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Semana estranha, um novo campeão e um Nobre para eternidade PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 16 September 2019 06:29

Olá leitores!

 

Esta foi uma semana estranha, seja por conta do passamento para outro plano da grande lenda do automobilismo nacional, o construtor de carros Anísio Campos (a cuja família e amigos esta coluna oferece os mais sinceros pêsames) seja por conta da lista divulgada das 14 pilotas que participarão da seleção para a temporada de 2020 da WSeries, com 13 garotas em diferentes graus de maturidade nas pistas (mas ainda podendo ser consideradas novatas, ou em ascenção)... e a experiente Katherine Legge. Ela já pilotou carros da Indy, vai fazer o quê com os F-3 da WSeries? Entendi a participação da Tatiana Calderón no primeiro dia de testes, apenas para passar a experiência dela nas pistas para as mais jovens, mas... a Legge, não entendi. Só se for para colocar uma competidora mais experiente e veloz para que as outras garotas tenham um tempo de volta para servir de modelo durante a temporada, pois não creio que ela precise provar nada a ninguém, ao contrário das outras garotas que estão em fase de ascensão. Enfim, vamos ver o que vai dar. Brasil estará representado na seletiva pela Bruna Tomaselli, a quem esse colunista deseja todo o sucesso e que seja aprovada para a disputa do campeonato de 2020.

 

Começamos com o DTM, que teve seu campeão decidido por antecipação: René Rast (Audi) colocou uma mão inteira e mais 4 dedos na taça já no sábado, quando atingiu o máximo de pontos possíveis, conquistando a pole (3 pontos) mais a vitória (25 pontos) na corrida, e ainda contou com o erro de seu principal rival, Nico Müller (Audi), que queimou a largada, recebeu como punição um drive-through, e tentou jogar com a sorte antecipando a parada para a troca de pneus na esperança de um safety-car que não veio... terminar fora da zona de pontos o deixou em uma situação bem complicada na briga pelo título. Subiram ao pódio junto com Rast os pilotos BMW Bruno Spengler em 2º lugar e Marco Wittmann em 3º. Pietro Fittipaldi foi apenas o 15º, imediatamente à frente do Müller. No domingo, basicamente o que Rast precisava para assegurar o título era terminar na zona de pontuação, já que os 2 pontos conseguidos pela 2ª posição no grid de largada o deixavam em situação ainda mais confortável perante Müller... e ele não correu risco algum na prova. Pole e vitória ficaram nas mãos de Jamie Green (Audi), que se defendeu bem dos ataques de Robin Frijns (Audi) naquilo que talvez tenha sido a única real emoção da corrida de domingo, já que o 3º colocado René Rast apenas queria terminar a prova e estava em ritmo de observação da disputa à frente. Duas coisas ficaram flagrantes: primeiro, o grande domínio Audi no domingo, ocupando as 7 primeiras posições, e segundo como que Nürburgring GP (a pista moderna, curta) propicia corridas de fórmula interessantes mas provas de DTM chatas. Mais uma vez Pietro não foi bem, dessa vez terminando em 13º.

 

Neste domingo aconteceu a etapa da Stock Car no Velopark, e as duas corridas foram muito interessantes para o público que as acompanhou. Na primeira prova, grande atuação de Felipe Fraga, que logo no começo fez uma bela ultrapassagem para assumir a ponta e depois acelerou com força para garantir sua primeira vitória na temporada – que por sinal, não está das mais fáceis para ele... foi acompanhado no pódio por Gabriel Casagrande (que conseguiu repetir na corrida o bom desempenho mostrado na classificação) em 2º e por Ricardo Maurício em 3º lugar. Já na segunda prova, uma corrida ainda mais emocionante, muito mais movimentada, e que nas voltas finais teve um interessante duelo entre o vencedor Rubens Barrichello e o 2º colocado Bruno Baptista, onde a experiência de mais de 40 anos de idade de Rubinho fez a diferença sobre o novato de 22 anos. Talvez tenha sido a melhor corrida do Bruno nesta temporada, muito boa mesmo. O pódio ficou completo com Ricardo Maurício terminando mais uma vez em 3º lugar, e assim assumindo a liderança do campeonato, à frente do seu companheiro de equipe RC Eurofarma Daniel Serra. A temporada promete...

 

O Mundial de Motovelocidade foi mais uma vez até Misano e voltamos à programação normal, com vitória de Marc Márquez... ou quase normal. Afinal, dessa vez o adversário que deu calor no Márquez foi o francês Fabio Quartararo, que assumiu a ponta logo na 3ª volta e lá ficou até o final da corrida, quando a maior experiência do espanhol e a nítida superioridade da Honda oficial sobre a Yamaha privada do francês não o permitiram mais segurar a ponta. É aquela história: Márquez não fez mais que a sua obrigação, ao passo que Quartararo superou e muito as expectativas. Inclusive pelo fato de terminar à frente das DUAS Yamahas oficiais de fábrica, com Viñales em 3º e Rossi em 4º. Efetivamente não sei o que acontece na equipe oficial, mas eles estão mais perdidos em termo de desenvolvimento e organização interna que a Ferrari, como se isso fosse algo fácil de alcançar... Aliás, dos 5 primeiros lugares tivemos 4 Yamahas, já que Morbidelli, companheiro de equipe de Quartararo, chegou em 5º. Dovizioso, cada vez mais apagado, ficou em 6º e seu companheiro Gasparzinho, ops, Petrucci, não passou de um vergonhoso 10º lugar com uma Ducati oficial. Na MotoE, categoria elétrica que teve sua segunda corrida esse final de semana, o brasileiro Eric Granado terminou em 5º lugar. Apesar da presença do Eric, confesso não ter me animado para assistir a corrida... já acho corrida de fórmulas elétricos chata por conta do barulho de furadeira, de motos... ainda não reuni a necessária coragem.

 

Começou este domingo a fase decisiva (Playoffs) da NASCAR com a corrida de Las Vegas, e a tradicional fórmula de ovais de 1,5 milha para corridas interessantes dessa vez não funcionou bem, assim como aparentemente não funciona o planejamento do Fox Sports para a transmissão durante a fase decisiva da NASCAR... tivemos a transmissão apenas do 3º segmento ao vivo, pois no horário dos dois primeiros segmentos (vencidos por Joey Logano e Martin Truex Jr., respectivamente) estavam transmitindo jogo do campeonato argentino de futebol... enfim, coisa de quem compra direitos de transmissão de muitos campeonatos e depois não consegue se organizar. O terceiro segmento foi mais uma prova de estratégia do que qualquer outra coisa, tanto que a corrida colocou esse vosso escriba para dormir em frente à TV... depois que acordei fiquei sabendo que o mestre dos ovais de uma milha e meia Martin Truex Jr. foi o vencedor, seguido por Kevin Harvick em 2º, Brad Keselowski em 3º, Chase Elliott em 4º e com Ryan Blaney encerrando o Top-5. Um mau dia para os irmãos Busch, nativos de Las Vegas mas que abandonaram por acidente (Kurt, pneu furado, 40º lugar) ou terminaram no meio do pelotão por conta de erros de pilotagem (Kyle, 19º lugar após perder tempo consertando uma raspada mais forte no muro). Semana que vem tem Richmond, pista que costuma ter corridas interessantes...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini