Olá pessoal, Na ausência do nosso querido Toni Vasconcelos esta semana, me pediram para escrever a coluna desta sexta-feira enquanto minha pesquisa para a coluna “Brasil de Norte a Sul” não fica pronta. Os dois campeonatos de monopostos mais importantes do mundo começaram no mesmo dia: a Fórmula 1 e a Fórmula Indy. Uma num Oasis de luxo e ostentação, outra, numa pista improvisada, pois a ganância de um dirigente força – por contrato – que a “concorrente” não possa “correr em seus domínios”. Cercadas de imensas expectativas, prenderam fãs em todo mundo diante da TV. No meu caso, que assisti as duas provas, um sentimento foi comum: frustração! A prova do Bahrein, tão esperada, com um suposto equilíbrio entre diversos carros e equipes, com promessas de disputas ao longo da prova, foi simplesmente maçante, com as emoções terminando ao fim da primeira meia volta. A vitória “caiu no colo” do Fernando Alonso, que agradeceu muitíssimo a ‘gentileza’ de Felipe Massa quando este não “espalhou” na curva 1 e ao problema com a Red Bull do Sebastian Vettel. Duvido que o brasileiro venha a ser retribuído! O Alonso vai jogá-lo depois do guard rail numa situação oposta. Se o segundo lugar foi sua melhor 1ª prova do ano, muita coisa ainda precisará ser esclarecida sobre o tal do “aquecimento do motor”. Como o Massa não é o Rubinho, certamente não ficaremos sabendo de como foi a conversa após a corrida. A estréia da Indy em São Paulo, se não foi um sucesso total, isto pode ser atribuído em grande parte ao curto tempo para se preparar tudo. O prefeito (que os inimigos acusam de ser uma bichinha) foi macho suficiente para “comprar a briga”, criar um circuito e proporcionar que 50 mil pessoas vissem uma corrida diferente. Só em terem conseguido fazer a prova os paulistanos estão de parabéns. Agora, no ano que vem, tem que ser melhor... muito melhor. A “reta do sabão”, que virou “reta do poeirão” tem que estar pronta pra receber carro de corrida no lugar dos alegóricos. Só tem uma coisa: os pilotos foram lá ‘trocentas’ vezes, andaram na pista, andaram na reta... e ninguém percebeu que poderia haver um problema? A culpa não pode ser só dos organizadores... mas que foi medonho ver aquele poeirão subindo e as consequências do que podia ter acontecido, não há como negar. A pista tinha muita ondulação? Me mostrem um circuito de rua que não tem! Podem escolher o país. A chuva, que causou a interrupção da prova frustrou as previsões apocalípticas dos que torciam por um dilúvio, com direito a transbordamento da fossa à céu aberto chamado de Rio Tietê. Muita gente criticou a paralização da corrida... mas isso já aconteceu em Elkhart Lake, um circuito, com a mesma Indy há bem pouco tempo. Foi uma precaução. A estes - e a outros - críticos, deixo a lembrança da tormenta que se abateu sobre Interlagos em 1993, que fez o dia virar noite, que levou o Prost a perder o controle do carro e o público a uma cartase por conta da vitória épica do herói nacional. E se fosse o contrário? Irresponsabilidade seria o melhor dos adjetivos publicados pela não aparição da bandeira vermelha. Para os “do contra”, meu caloroso abraço, Toni, precisando, estamos à disposição! Felicidades e velocidade, Paulo ‘Shrek’ Alencar – O Ogro do Cerrado. |