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Calendários sem novidade e muvuca na Truck PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 20 January 2020 21:35

Aqui estou de volta depois de um tempinho longe. Estamos em 2020, mas pode parecer 2017, 2018, e até o ano passado. Não adianta nada pilotos e equipes reclamarem da indefinição, pois o calendário da Stock Car, que saiu no final do ano passado, está com dois buracos nas etapas desta temporada. Na verdade, até agora são três, pois nem mesmo o treino coletivo, marcado para dia 8 de março, está com local definido. Determina a lógica de custos e locomoção que o treinamento seja em Goiânia mesmo, onde dia 29 de março será disputada a abertura da temporada com o retorno da interessante corrida de duplas.

 

No entanto, as incertezas continuam no calendário, pois a corrida de Campo Grande, na capital do Mato Grosso do Sul, está citada para dia 7 de junho como alternativa. Na prática quer dizer que os organizadores não sabem mesmo se será lá. Na mesma situação, ou quase, está a prova do dia 8 de novembro, com local sem identificação. Corremos o risco de termos uma terceira etapa em Goiânia, uma terceira em Interlagos ou ainda a repetição de Velopark, Vello Città, Londrina ou outra pista. Com a inauguração do autódromo em Lima Duarte, uma pequena cidade situada na Zona da Mata de Minas Gerais, passa-se a ter essa possibilidade, isso caso não fique como a de Curvelo, que foi usada em pouquíssimas provas e depois sumiu do mapa, ou dos calendários.

 

O caso da Copa Truck está bem parecido, pois se pilotos e equipes receberam um rascunho desde o final do ano passado, até agora não existe nada oficializado. Segundo um passarinho, que tanto pode ser macho ou fêmea, me contou, a organização da categoria prometeu para esta semana o calendário. Como os organizadores são os mesmos da Stock Car, a indefinição é igualzinha: Campo Grande é a incerteza, além da possibilidade de realizar corrida em Lima Duarte, no Autódromo Potenza, o mesmo em que a Stock pode correr. Uma coisa ligada à outra. Normal.

 

   Fazer calendário para o automobilismo brasileiro é mais complicado do que resolver aqueles quebracabeças de milhares de peças.

 

Pilotos e equipes da Truck queriam mesmo voltar a correr em Guaporé, mas a pista continua vetada pela Confederação Brasileira de Automobilismo, o que é uma pena, pois a torcida gaúcha faz um espetáculo à parte na cidade serrana. Só quem viu sabe do que estou falando. A Truck tem outras indefinições além do famigerado calendário, que virou uma espécie de tradição negativa nas duas categorias. Pelo que se comenta nos bastidores, a SporTV está fora. Não vai mais transmitir as corridas. Será mesmo? Dizem que além de negociar com a Rede Record e com a Band, Carlos Col, o todo-poderoso das duas mais importantes categorias nacionais, continua a falar com os diretores da SporTV, que devido às negociações não terem andado, virou alternativa, palavra que eles entendem e usam muito bem.

 

Outro problema a ser resolvido é o dos pneus, que também deve ter uma solução nesta semana. Negociações acontecem entre a Truck e Pirelli, que estava nos anos anteriores, Good Year, que já esteve na extinta Fórmula Truck, e a Michelin. Até agora nada confirmado. Pelo menos oficialmente. Para finalizar a série de incertezas, as turbinas dos caminhões também estão indefinidas, pois a Borg Warner parece não ter mais interesse em produzir o equipamento especialmente para os caminhões da Copa Truck. Existe a possibilidade de ser usada uma turbina de série, dessas vendidas nas lojas especializadas, o que tiraria potência dos brutos, mas nada excepcional que possa atrapalhar as brigas na pista.

 

Por falar em brigas, quando já estava no final da minha coluna, fiquei sabendo de uma muvuca do caramba. Lembram da corrida final de 2019, quando Roberval venceu, mas estava com o caminhão fora do regulamento e acabou sendo punido e Paulo Salustiano ficou com as duas vitórias em Interlagos? Pois é. Aquele episódio ainda não acabou. Roberval pediu verificação nos caminhões do campeão Beto Monteiro, no do vice André Marques e no do ganhador Paulo Salustiano. Por incrível que pareça, os caminhões estão esperando essa vistoria até hoje. Ficaram guardados em Interlagos até o dia 24 de dezembro, foram transferidos para um galpão, provavelmente em Guarulhos, cidade da Grande São Paulo, e lá continuam, pois o tribunal da CBA estava de férias.

 

Segundo me disseram engenheiros de fora da CBA (algo que teria sido solicitado por Roberval) farão as verificações técnicas nos quatro caminhões. Sim, quatro, pois Renato Martins, dono da equipe RM, dos brutos de Beto e Salustiano, também protestou o de Roberval e os quatro ficaram retidos. Ao que tudo indica, os membros do tribunal voltam a trabalhar nesta semana e poderemos ter definições. O problema é que tudo isso tem custo, e alto, e, pelo que me contaram, quem pagará a conta, que já está acima de R$ 100 mil, é Roberval, que, como dizem os pilotos, escreveu (reclamou de possíveis problemas) os caminhões adversários. A alegação de Roberval é que o painel frontal dos três (Beto, André e Salu) estava fora do regulamento, algo que não foi constatado na vistoria pós corrida.

 

   Apesar dos troféus entregues e erguidos, a decisão da Copa Truck ainda tem questões a serem decidicos no tribunal. (Foto: +Brasil)

 

Renato Martins também escreveu Roberval que foi citado em três artigos: eixo traseiro fora do local determinado pelo regulamento, tubos que seguram o tanque com diâmetro diferente do exigido e asa traseira numa posição diferente da determinada. Essa briga promete, pois há um histórico, por assim dizer. Martins e Drugovich já se envolveram em outra confusão há muitos anos, em 1998, numa muvuca com o falecido Aurélio Batista Félix, na extinta F Truck. Até hoje, no que resta da sede da categoria, está lá um Ford KA zero quilômetro guardado pela Justiça, já que após a confusão jurídica nenhum dos dois interessados deu sequência à história e o carro está lá, no segundo andar, guardado, esperando alguma definição.

 

Em tempo: também fiquei sabendo que o regulamento da Copa Truck está sendo reescrito por um especialista para evitar duplas interpretações. Acredito que seja um advogado ao lado do dirigente maior da Truck e também da Stock. Tomara retirem arestas que advogados usam para livrar seus clientes.

 

PÍLULAS

 

1 - Raijan Mascarello está de volta aos caminhões. Campeão na Mercedes, o plantador de soja decidiu retornar aos brutos. Muito boa gente!

 

2 - Bia Figueiredo, a segunda mulher a correr na Stock Car (depois de Regina Calderoni) e a primeira a fazer temporadas completas, está fora de boa parte do campeonato deste ano. Ela será mãe e, claro, não pode se arriscar nas corridas.

 

3 - Paulo Gomes, tetracampeão da Stock Car, será mesmo candidato à presidência da CBA? Será que Paulão tem cacife político para isso? Será que sua gestão como diretor de Marketing há alguns anos vai ajudá-lo? Só o tempo dirá!

 

4 - A Sprint Race, comandada pelo ex-piloto Thiago Marques, fez muitas mudanças. A começar pelo nome, que passou a ser GT Sprint Race. Nesta temporada também estará com carros novos e mais potentes e garantiu que correrá no mineiro Autódromo Potenza.

 

5 - Os altíssimos custos da Stock Car têm levado alguns pilotos a procurar a Copa Truck para continuarem a correr. Alguns deles já conversaram com donos de equipes e estão esperando definição de seus patrocinadores. Mudanças à vista!

 

6 - Usar engenheiros de fora da CBA, como solicitado por Roberval Andrade na Copa Truck, coloca em dúvida a capacidade e isenção dos especialistas da entidade.

 

Milton Alves

    
Last Updated ( Tuesday, 21 January 2020 17:37 )