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O baile de carnaval em Barcelona PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 25 February 2020 00:35

Aê pessoal, como está o carnaval? Aqui em Palmas, no Tocantins, a coisa é tão animada que na segunda-feira o comercio inteiro estava aberto. Só não ficou parecida com uma segunda-feira como outra qualquer porque pelo menos um terço da “enorme” população foi fazer alguma coisa em algum outro lugar... pular carnaval, talvez.

 

O carnaval na baixada santista deve ser bem animado e por isso o nosso querido Carranca deve está saindo naquele bloco famoso, “Só não vai quem já morreu”, no meio da folia deixou para esse seu grande fã (sou seu fã, heim, Carranca) a responsabilidade de escrever alguma coisa para nossos leitores nessa terça-feira de Carnaval. Então, lá vamos nós.

 

Vou fugir um pouquinho da linha das colunas do mestre carranca, muito voltada para o automobilismo nacional e vou fazer uma paródia de carnaval com a primeira semana de testes da Fórmula 1 em Barcelona. Afinal, estamos no carnaval e vamos transformar o chatíssimo circuito catalão em um salão de baile para vestir quem é quem nesse primeiro baile onde temos Pierrot, Arlequim e Colombina. Mas quem é quem?

 

 

 

Pouca gente sabe, mas esses personagens tem origem na Itália do século XVI (será que ainda tem gente que lembra o que são os números romanos?) e fazem parte de um estilo teatral conhecido como “Commedia dell’Arte”, onde os integrantes de uma trama cheia de sátira social, os três papéis representam serviçais envolvidos em um triângulo amoroso: Pierrô ama Colombina, que ama Arlequim, que, por sua vez, também deseja Colombina.

 

O Pierrot só recebeu esse nome na França do século XIX e originalmente seu nome era Pedrolino. Era o mais pobre dos personagens serviçais, vestia roupas feitas de sacos de farinha, tinha o rosto pintado de branco e não usava máscara. Vivia sofrendo e suspirando de amor pela Colombina. No nosso salão, o Pierrot seria a Williams, a equipe com menos recursos no grid (vamos combinar que não dá pra chamar ninguém de pobre na F1, certo?), mas que não ficou com os piores tempos como muitos esperavam. Claro que é sempre bom lembrar nesses testes nem sempre se mostra tudo e a Williams, predominantemente branca, tem tudo para sofrer pelo amor da Colombina durante toda a temporada.

 

Mas quem seria a Colombina? Bela e refinada, esta é a Mercedes, que desfilou com graça e com um corpete que apertava seu “convergente decote”, deixou a todos babando no pit wall enquanto seduzia e encantava, sendo a mais cobiçada “dama do salão de asfalto”. Aquilo e aquela que todos querem alcançar e que, pelo visto, entre balanços e falsetes, todos passarão o ano, de salão em salão, correndo atrás sem alcançá-la.

 

Arlequim é o malandro da história, que tanto quer a Colombina e que para alcançá-la faz todos os malabarismos possíveis no salão, com movimentos acrobáticos, aqueles que ninguém mais faz. A tríade de Red Bull, Adrian Newey e Max Verstappen representam bem o Arlequim, e de a Colombina der vacilo, vai acabar sendo pega em um dos artifícios dos quais só mesmo o espertalhão Arlequim é capaz de fazer.

 

 

 

Tem um personagem da “Commedia dell’Arte” que não se fala no carnaval brasileiro e que, no Brasil, pelo talento do impagável Chico Anísio, o Nome ficou associado ao de mentiroso: Pantaleão. Este era apresentado como um velho tirano avarento, metido a galanteador, mas muito desajeitado, sendo alvo constantes de gozações e risadas. Alguém já enxergou a Ferrari? A equipe italiana teve um desempenho risível na primeira semana depois de uma noticiada falha de projeto no carro deste ano. Será que a casa de Maranello vai incorporar esse papel?

 

Alalaô ôôô ôôô!

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar 
Last Updated ( Tuesday, 25 February 2020 10:03 )