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Percepções... virais ou não PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 04 March 2020 22:32

Caros Amigos, todas as pessoas que estão acompanhando os noticiários, seja por qual for a sua plataforma de mídia preferida, estão vendo – cada um a sua maneira – os impactos que este “coronavirus” vem causando em diversos seguimentos no mundo, muito além da saúde pública.

 

Como consequência do temor de que o vírus se espalhe e produza uma pandemia, causando milhões de mortos, a economia pisou com força no freio e as bolsas de valores pelo mundo despencaram. Até os conteiners do comércio com a China estão ficando em quarentena.

 

Como não gozo de uma saúde firme e resistente, cerquei-me – claro – de mais cuidados, como todos em minha casa para preservar este que vos escreve, mas se compararmos com outras epidemias causadas por outros vírus vindos da Ásia, como o H1N1, é mais uma gripe que requer cuidados extras se formos olhar com uma lógica matemática... e esta causa menos óbitos que outras.

 

Independente disso, o planeta acionou o botão do pânico e neste final de semana a Dorna, promotora da Moto GP anunciou o cancelamento da etapa no Qatar. Evidente que não demoraria para a mídia começar a especular se o mesmo não vai acontecer com o GP de Fórmula 1 na Austrália. No Japão todos os dias estão falando sobre até um cancelamento (ou adiamento) dos jogos olímpicos. Na segunda-feira, o site Autosport apresentou reportagem afirmando que não há aceno em relação a um cancelamento, mas alguns chefes de equipe tem mostrado preocupação com a não possibilidade de alguns membros de algumas equipes não poderem entrar no país.

 

Considerando o final dos testes pré-temporada da Fórmula 1 no dia 28 de fevereiro, o retorno para as sedes e o embarque dos equipamentos e pessoal das equipes para a Austrália, não haveria tempo hábil para o cumprimento de um período de quarentena por parte de nenhum dos envolvidos antes de serem iniciados os trabalhos em Albert Park. Até o momento o Grupo Liberty Media não se manifestou, tampouco os promotores do evento ou mesmo as autoridades australianas. O GP da China já foi cancelado/adiado e há especulações também sobre o estreante GP do Vietnã.

 

Vírus à parte, alguns dos envolvidos no que espero vá acontecer na Austrália em uma semana estão com alguns “sintomas”, como dores de cabeça, talvez náuseas ou outros mais desconfortáveis. Afinal, todos foram pegos de surpresa pelo interessante dispositivo dos carros da equipe Mercedes que altera a convergência das rodas, mas não creio que alguém tenha se surpreendido com o número de voltas dadas pelo W11, apesar de terem ocorrido duas quebras de motor, algo raro em se tratando da equipe alemã.

 

Talvez o caso mais grave de enxaqueca esteja pelos lados de Maranello. Desde que “vazou” a notícia de que o carro não foi bem nos testes no túnel de vento, os italianos tem trabalhado freneticamente para encontrar uma solução e isso – solução – foi algo que não se viu em Barcelona. Pouca velocidade de reta e dificuldades nos contornos de curvas parece um preço alto a pagar pela pouca carga aerodinâmica, problema crônico no ano passado e que tentaram resolver para este ano.

 

Quem não parece sofrer de males ou vírus é a Red Bull, que cumpriu seu programa de testes, com os motores Honda funcionando bem e o carro sendo rápido com toda a gama de pneus disponível. Adrian Newey parece ter acertado – mais uma vez – a mão no projeto. Resta saber até onde os touros austríacos serão capazes de tentar rivalizar com as flechas de prata da estrela de três pontas.

 

Quem provocou náuseas em muita gente certamente foi a Racing Point, que apareceu como uma versão cor de rosa do carro da Mercedes do ano anterior. Dependendo do grau de evolução dos concorrentes (caso das equipes que no ano passado travaram interessantes disputas no pelotão intermediário), talvez este não seja suficiente para alcançar a performance do carro rosa. Dependendo do grau dos problemas, que só aparecerão de verdade na Austrália, até a Ferrari pode se sentir ameaçada, algo que pode deixá-los vermelhos de raiva.

 

Essa “coisa” da “equipe B” já foi fruto de acusações contra a Haas alguns anos atrás e também gerou protestos, mas não era algo tão evidente quanto o que se viu entre Mercedes e Racing Point. A antes Toro Rosso, agora Alpha Tauri já foram apontadas como “réplicas de Ferrari e Red Bull. Entretanto, a performance da “equipe B” mostrou potencial para gerar incômodos e é isso que vamos ver, realmente em uma sexta-feira 13 (dia ruim para os supersticiosos) em Albert Park.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva