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Difícil demais ouvir o ronco dos motores em 2020 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 30 March 2020 21:00

Todos estamos enfrentando uma crise sem precedentes, me arrisco a dizer, na história da humanidade com o ataque do coronavírus, ou Covid-19. Claro que, em várias fases de sua criação, o homem enfrentou a gripe espanhola, a peste bubônica, H1N1 e outras doenças que ameaçaram dizimar a todos nós. Mas eram outros tempos. Tempos em que as viagens eram de navio e se precisava de dias, meses, para se chegar a um destino mais longe. Hoje, um avião te leva ao Japão em um dia. Com isso a disseminação desse vírus ganhou status de pandemia e cá estamos nós, limitados às paredes de nossas casas e apartamentos evitando qualquer contato com outras pessoas e tentando sobreviver.

 

Somos obrigados, não só por determinação de governadores e prefeitos, a ficar em casa para nos proteger e proteger os outros. Os mais velhos (como eu) são, pelo menos em tese, os mais ameaçados, apesar de já ter visto anúncios de jovens e até mesmo crianças morrendo pelo ataque fulminante desse bichinho invisível, mas forte e poderoso. Quem pode ficar em casa se cuidando, fazendo home office ou até mesmo fazendo nada, ajuda a evitar a propagação. Claro, tudo o que estou escrevendo é de ouvir especialistas, infectologistas que ditam regras baseados na Medicina e não no achômetro ou pensômetro, como diria um antigo professor. Nunca me imaginei escrevendo sobre isso! É preciso amor a você e ao próximo, que é qualquer pessoa, conhecida ou não.

 

E o automobilismo? O que fará nesta ano? Refiro-me Especialmente ao nacional, pois Itália e Inglaterra, dois berços do esporte a motor mundial, estão em situação bastante complicada. Os Estados Unidos também passam e um especialista afirmou que eles podem ter entre 100 e 200 mil mortes. Exagero? Sei lá! Nunca na história desse país, ops da humanidade, aconteceu uma calamidade desse vulto em todo o globo. Mas e o automobilismo por essas bandas? Pelos cálculos dos especialistas ainda teremos alguns meses de clausura, felizmente em nossas casas e não num leito hospitalar, o que deixa a situação pior ainda.

 

  Assim como nesta imagem de Interlagos, todos os autódromos do mundo estão vazios e em silêncio.

 

Como observador, daqui da varanda do meu apto, de onde só saio para comprar alguma coisa para comer e volto rapidinho (obedecendo as orientações do prefeito e do governador de São Paulo), vejo que pelo menos a cidade de Santos está praticamente parada. Praias vazias apesar dos belos dias de sol neste outono recém-começado. Ruas quase sem movimento e tal. Isso deve acontecer em vários outros lugares. Tá bom, mas e o automobilismo? Sim, todos os integrantes das equipes e seus pilotos fazem parte da humanidade e, portanto, precisam ficar em suas casas. Até quando? Sinceramente acho que seremos obrigados e ficar quase que enjaulados durante mais alguns meses. Por questão de segurança, claro.

 

Vejam o exemplo da Itália, onde o prefeito de Milão disse, há algum tempo, que não seria preciso fechar a cidade. Semana passada ele veio a público pedir perdão e admitiu o erro. Erro que ajudou a ocasionar quase 100 mil casos e cerca de 11 mil mortes. Como pedir perdão aos mortos? Sem chance. Por isso acredito que aqui pelos nossos lados ainda iremos longe, muito longe no enfrentamento desse vírus. Quem sabe possamos ter um campeonato com cinco ou seis provas meio que emboladas, somente para manter a sequência de 42 temporadas e 41 anos da Stock Car e a da iniciante Copa Truck, só para me limitar às duas categorias sobre as quais mais comento. Sem qualquer comparação, mas numa fase em que andava ruim das pernas a Stock fez dez corridas no ano: nove em Interlagos e uma no Rio somente para caracterizar a categoria como nacional. É uma ideia.

 

Donos de equipes, engenheiros, pilotos, mecânicos, cozinheiros, enfim, todos os que trabalham com o automobilismo também precisam se adaptar à nova situação mundial e repensar esta temporada de 2020. Patrocinadores também têm de entender que o Covid-19 é um problemão e que devem voltar a investir no automobilismo em 2021. Tomara sem doença alguma!

 

#FiqueEmCasa

 

Milton Alves