Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
O tranquilo segurança de Xandinho Negrão PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 20 April 2020 15:50

Está cada dia mais difícil falar sobre automobilismo sem que carros e caminhões estejam nas pistas do mundo. Tá bom que muita gente tem investido nas corridas virtuais, mas aí, se por um lado mantém os pilotos em atividade, ou evidência, nos raros sites que publicam esse tipo de coisa, por outro não tem o cheiro de gasolina/etanol/diesel e a fumaça dos pneus queimados nas largadas e saídas de boxes. Enfim, falta a essência e o que me parece mais agrada os fãs: o ronco dos motores.

 

Mas, como o coronavírus está atrapalhando tudo e todos em todos os lugares do mundo, mesmo aqueles que querem negar o óbvio, vou contar um dos ‘causos’ que vivi nesses andanças pelos autódromos do Brasil. Lá por volta de 2001/2002, não lembro exatamente, eu era o assessor de imprensa da Fórmula 3 Sul americana, que na época era uma categoria de muito respeito, apesar da altíssima ingerência de gente da Codasur, que fazia de tudo para proteger alguns pilotos e equipes queridinhos deles.

 

Mas vamos ao ’causo’. Estávamos em Cascavel e, depois de um treino, provavelmente numa sexta-feira, eu e alguns poucos membros da equipe da assessoria saímos para jantar. Era uma das minhas primeiras vezes na cidade do Oeste paranaense e fui no restaurante por indicação. Saímos do autódromo, que ainda tinha a alquebrada pista antiga e estava bem decadente - totalmente diferente de hoje - e nos dirigimos a um restaurante. Junto estava o Xandinho Negrão, filho do grande piloto Xandy Negrão. Xandinho nunca andava sozinho. Com ele, sempre um segurança pessoal.

 

Esse segurança que não lembro o nome, me conhecia, pois estávamos juntos em todas as corridas e na mesa sentamos para conversar e, claro, comer. Uma hora ele teve de ir ao banheiro e voltou de lá meio irritado. Estranhei, pois ele sempre se mostrava tranquilo e paciente. Aí ele me contou o que tinha acontecido. Estava ele lá, esvaziando a bexiga, quando encostou um camarada do lado dele e começou a falar uma série de bobagens. Nada sexual, como alguns devem estar pensando. Pior, muito pior.

 

Sinceramente, não acreditei no que o cara falou para o segurança, pois o rapaz, que não lembro o nome, tinha 1m90 de altura a mesma metragem de largura e, como todo segurança pessoal, andava armado. Perguntei se o cara falou sério e ele disse que sim e que o sujeito o tinha ofendido e dito a grande idiotice que negros eram inferiores e não mereciam estar ali no restaurante. E falou olhando para ele!!! Apesar de ter mantido o equilíbrio e não ter massacrado o imbecil, ele voltou para a mesa ainda meio pasmo pela ousadia da figura, mas manteve o sorriso nos lábios. O melhor de tudo foi que ele se conteve, não meteu a mão no sujeito nem o denunciou na Delegacia de Polícia por racismo.

 

Meus amigos de Cascavel dirão que algumas coisas só acontecem naquele boa cidade paranaense. Tem horas que concordo com eles. E olhe que isso já faz tempo, né?

 

Pílulas

 

 Quando as atividades voltarem nas pistas, vai ter caminhão apavorando adversário e o público...  

 

1 - Ouvi dizer que o Djalma Fogaça, que em vez de O Monstro poderia ser apelidado de O Eterno, continuará a disputar a Copa Truck, seja lá quando for começar e me arrisco a dizer se é que teremos alguma corrida, com seu caminhão Ford. Mas só na casca e, claro, sem o logo da fabricante que fechou suas instalações na cidade de São Bernardo, Grande São Paulo. Ele deve escolher um propulsor de outra marca. Acredito que ficará com os confiáveis Mercedes-Benz.

 

2 - Outro que também não deve mais usar os motores da multinacional norte-americana é Adalberto Jardim, mais um da lista dos pilotos eternos e bons, tanto tempo faz que está nos cockpits dos vários tipos de carros e caminhões. Jardim deve montar um caminhão que os amigos tem chamado Frankstein, tal a quantidade de peças diferentes do seu Ford original.

 

Milton Alves