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Corridas na América e novidades pelo mundo PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 08 June 2020 07:53

Olá leitores!

 

Mais uma vez espero que tenham todos passado bem a semana, tomando as medidas de distanciamento social necessárias nessas épocas de pandemia, cujos dados de infecção e mortes estão decrescendo nos países que levaram a pandemia a sério... e graças a isso pode-se planejar o retorno das atividades no campo do automobilismo. OK, os Estados Unidos da América não levaram tão a sério assim, mas como as regiões onde costumam ter corridas possuem baixa densidade populacional e as corridas estão sendo disputadas como se fossem provas de campeonatos regionais no Brasil, ou seja, sem público algum nas arquibancadas, aparentemente por lá sem grandes problemas.

 

E vamos começar com a volta da Indycar às pistas, em uma prova disputada no Texas Motor Speedway na noite do sábado que teve duas gratas surpresas: uma delas foi a redução da corrida de 225 voltas para 200, que com certeza contribuiu para a melhora da dinâmica da corrida pelo fato dela ficar menos cansativa para o espectador (estranhamente algumas pistas parecem aceitar provas longas melhor que outras, e esse oval do Texas, ao menos para monopostos, fica melhor com distâncias menores), e outra os carros com o Aeroscreen. Como aquela proteção ficou eficiente e bonita!!!!! Os carros ficaram com aparência de aviões de caça, simplesmente lindos. Pelo que deu para ver com o vencedor da prova no Winner Circle, ainda será necessário um pouco mais de treino para sair mais rapidamente de dentro do carro, mas até aí no começo do uso das tiras de sandálias de dedo, ops, Halo, também era assim. E nenhum piloto reclamou de “ficar zonzo” dentro do carro que nem o (espero) futuro aposentado da Fórmula 1 Sebastian Vettel reclamou no único teste efetuado com equipamento análogo a esse.

 

Deixando a corneta de lado e falando da corrida, a equipe Ganassi mostrou que está com o carro bem acertado para pista de uma milha e meia, conquistou a vitória com Scott Dixon mostrando autoridade no final e poderia ter feito 1-2 na corrida, se Felix Rosenqvist não tivesse rodado e batido na mureta de proteção em um tentativa mal sucedida de ultrapassar um retardatário por fora no conjunto de curvas 1 e 2, em sua pressa de tentar alcançar Dixon para tentar lutar pela liderança. Observando de fora, claro que a gente pensa que ele poderia aguardar a reta seguinte para ultrapassar, mas... no calor da corrida, voltas finais, ele fez uma aposta e perdeu. Agora é trabalhar para recuperar os pontos perdidos nas próximas provas. Claro que essa batida levou a uma bandeira amarela, que foi retirada na volta 197... e o que vimos foi, da volta 197 até a volta 200, Scott Dixon abrir uma vantagem de 4s41 sobre o segundo colocado Simon Pagenaud, da poderosa equipe Penske. Sim, ele abriu pouco mais de 4 segundos em 3 voltas num oval. Pensem num carro bem acertado esse que o Dixon teve na mão... em 3º chegou Josef Newgarden, autor da pole position no treino classificatório que teve poucas horas antes da largada, em 4º chegou Zach Veach (fazendo ótimo trabalho com o carro 26) e fechando o Top-5 chegou o experiente especialista em ovais Ed Carpenter. Tony Kanaan, em sua temporada de despedida das pistas, nas quais correrá apenas nos circuitos ovais, teve sua atuação disfarçada pelos números: quem vê que ele se classificou em 10º e terminou em 10º não consegue ter uma dimensão do trabalho que ele teve para levar o fraco carro da equipe Foyt a um resultado decente. Teve que superar uma punição por excesso de velocidade nos boxes, que fez ele largar no final do pelotão, chegou a estar uma volta atrás do líder, recuperou essa volta, e com tudo isso ainda voltou à posição na qual largou. Que corridaça do Tony!

 

Saindo do real para o virtual, foi disputado o GP virtual de F-1 no Azerbaijão, e mais uma vez o vencedor no simulador foi George Russell (Williams)... eu confesso estar com uma certa pena do rapaz. Está se acostumando a andar na frente, vencer corridas no simulador... a hora que voltar ao mundo real, o choque será grande, afinal a chance da Williams ter feito um carro vencedor para 2020 devem ser tão grandes quanto as chances que tenho de acertar as 6 dezenas da Mega Sena fazendo uma aposta simples de apenas 6 números. Enfim, o pódio na prova do videogame, ops, simulador, foi Russell em primeiro, com Alex Albon (Red Bull) em segundo e Esteban Gutierrez (Mercedes) em 3º. Pietro Fittipaldi (Haas) terminou em 6º e Enzo Fittipaldi (Ferrari) chegou em 13º, à frente do companheiro Leclerc após ambos se envolverem em um enrosco no começo da prova. A próxima partida... digo, corrida do Virtual Grand Prix será semana que vem, na data em que originalmente teríamos o GP do Canadá se o vírus vindo da China não tivesse se espalhado pelo planeta.

No universo das duas rodas, uma notícia que surpreendeu: a equipe oficial da Honda, o HRC, assinou para 2021 com... Pol Espargaró. Para correr com Marc Márquez. Ou seja, mesmo sem ter corrido uma única vez pela equipe oficial da Honda, Alex Márquez já sabe que terá que procurar outra moto para sentar ano que vem. Desconfio de leve que o HRC percebeu que promoveu o irmão mais novo para uma moto oficial um tanto quanto cedo demais... e Pol deverá ser um companheiro que, sem interferir nas vitórias de MM#93, pode conseguir bons pontos para a equipe frequentando o pódio, justamente por ter um estilo de pilotagem mais ou menos semelhante ao de Marc Márquez, conforme demonstrado em seus tempos na KTM. Parece ser uma contratação interessante para a equipe, a conferir.

 

O WTCR divulgou seu calendário atualizado, todo no continente europeu, com 6 etapas (Salzburgring, Nürburgring, Slovakia Ring, Hungaroring, Aragón e a final em Adria, no sul da Itália) compostas por rodada dupla nas duas primeiras etapas e rodada tripla nas 4 seguintes. Campeonato dos mais interessantes, que promete ter uma edição regional na América do Sul... mas esse só vou acreditar com os carros alinhados no grid. A etapa de abertura deve ser interessante, já que a pista é veloz... mas estreita. Será divertido.

O DTM, campeonato em sérias dificuldades de sobrevivência por conta dos altos custos envolvidos, também tem calendário atualizado, começando no comecinho de agosto em Spa-Francorchamps, depois duas corridas seguidas em Lauzitsring, uma etapa em Assen (será interessante ver esses carros grandes em uma pista feita para motos...), duas corridas seguidas em Nürburgring, a primeira no circuito de Fórmula 1 e a segunda na versão que normalmente a categoria usa, mais curta, em seguida mais duas corridas seguidas em Zolder e encerrando o campeonato em Hockenheim. Com menos datas (6 etapas ao invés das 9 do DTM), mas correndo nas mesmas pistas, estreará o DTM Trophy, com carros baseados no regulamento da GT3 e que pode ser a tábua de sobrevivência da categoria, uma volta aos carros de corrida efetivamente calcados em carros “de verdade” como era nos anos 80 e 90. Parece interessante, a conferir.

 

A NASCAR foi correr em Atlanta e fez um gesto de grande simbolismo antes do começo da corrida: em pleno estado da Georgia, palco de grandes conflitos por questões raciais no século passado, parou os carros durante as voltas de aquecimento por 30 segundos para protestar contra o racismo, em consonância com os protestos sociais que estão agitando os EEUU esses dias, e com pronunciamento do presidente da NASCAR. Provavelmente a categoria deve ter perdido alguns fãs em seus redutos tradicionais, mas com certeza ganhou outros em outros mercados mais densamente povoados. Em uma pista que consome muito os pneus, a vitória ficou nas mãos de Kevin Harvick, mais uma vez mostrando sua qualidade de “piloto finalizador”, liderando 151 das 325 voltas da prova para alcançar sua 51ª vitória na categoria principal. Em 2º lugar chegou Kyle Busch, que nas voltas finais disputou a posição com seu companheiro de equipe JGR Martin Truex Jr., que por sinal foi o vencedor dos dois primeiros estágios mas teve que se contentar com o 3º lugar na bandeirada final. Em 4º terminou Ryan Blaney e fechando o Top-5 chegou Denny Hamlin.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini