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O futuro de Valentino Rossi na Moto GP PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 13 July 2020 11:39

Olá fãs do esporte a motor,

 

Quando vocês estiverem lendo esta coluna a Fórmula 1 estará indo da segunda para a terceira corrida desta temporada maluca de 2020. Imaginem como foi atender meus pacientes (9 dos 20 pilotos), junto com todos os outros, com fuso horário de 10 horas? A terapeuta vai precisar de terapia depois desta temporada.

 

Apesar de toda essa maratona de sessões com pilotos de automóveis, inclusive com os pilotos nas categorias norte americanas e com coisas em paralelo, como o caso de COVID 19 que afastou Jimmie Johnson das pistas, o assunto desta quinzena, a sessão que eu escolhi, não tem quatro, mas duas rodas.

 

É muito difícil ter um ídolo como paciente e Valentino Rossi é um grande ídolo do esporte para mim. Foi por muita insistência da irmã dele que aceitei tê-lo como paciente e, confesso, não me arrependo do desafio. Lidar com um vencedor como ele não é fácil e com alguém que tem um senso de humor e uma atitude quase sempre positiva torna o trabalho mais desafiador. Afinal, toda aquela empatia pode esconder coisas nas camadas mais profundas.

 

 Dono de 9 títulos mundiais, Valentino Rossi, mesmo quarentão, esbanja jovialidade e não pensa em parar de correr.

 

Há dois anos e meio temos trabalhado a positividade voltada para o fortalecimento da próxima etapa da vida. Afinal, aos 41 anos, Valentino não vai ficar em cima de uma moto para sempre, apesar de, por ele, a aposentadoria seria algo distante... mas lá no fundo ele sabe que as coisas não funcionam assim e que fatores externos ainda tem o poder de jogar contra seus interesses. O melhor exemplo disso é que a sua equipe, a Yamaha, parece ter perdido o caminho nos últimos anos.

 

Se Valentino é um piloto fora de série – e disso não creio que existam contestações – ele não é a única grande estrela na Moto GP e mesmo na Yamaha, a estrela ascendente é Fabio Quartararo, que nas últimas duas temporadas, com uma moto Yamaha sem ser a oficial de fábrica, andou na frente dos dois pilotos titulares da equipe oficial: Valentino e Macerick Viñales. Situação bastante constrangedora.

 

  Maduro e consciente de sua história no motociclismo mundial, Valentino se preocupa com o futuro, sem esquecer do passado.

 

Se no final do ano passado e no início deste ano muito se falou sobre uma ida de Quartararo para equipe principal e de Valentino concluindo seu contrato – que vai até 2021 – na equipe Petronas, onde Quartararo esteve em 2018 e 2019, alguns passos foram dados nesta “troca”, com a contratação da revelação pela equipe principal no início do ano, mas com o anúncio de que ele permaneceria na equipe satélite.

 

Com o adiamento do início do campeonato devido a pandemia do COVID 19, as coisas foram mudando com o passar das semanas e o tempo não é algo que trabalha a favor de um atleta veterano, o cenário em torno de uma troca antes mesmo de 2021 foi tomando corpo e o que se passou a falar no final do mês passado era que a Petronas Yamaha SRT estaria pronta para assinar um contrato até 2022 para Rossi a partir da próxima temporada.

 

  A relação com a estrela ascendente da Yamaha, Fabio Quartararo, segue aquele modo descontraído "bem Valentino Rossi".

 

 

Valentino quer continuar correndo por um longo tempo porque sente que ainda é competitivo, mas ele é bem realista e seria capaz de se aposentar se ele perceber que não pode mais dar aos fãs a felicidade que normalmente dá e todos sabemos, especialmente ele, que Valentino Rossi não corre só por si, mas também por milhares de fãs que vão e lotam circuitos por todo o mundo.

 

Com a temporada tendo início no final de semana de 17 a 19 de julho, as questões envolvendo esta troca entre pilotos para a temporada 2021 começou a tomar um novo rumo nas últimas semanas e seguindo até mesmo para uma suposta antecipação dessa mudança já para 2020, antes desta temporada curta ter início, algo que surpreendeu a muitos que acompanham a principal categoria da motovelocidade mundial.

 

Valentino, naquele “mood style” que lhe é usual, chegou a dizer que, se por um lado as pessoas podem pensar que ele estará dando um passo para trás, ele poderá estar dando um passo para frente, com todos os olhos e cobranças voltados para a equipe principal e ele, na equipe satélite, poderá se divertir com a moto, com a equipe – que todos dizem ter um ótimo ambiente de trabalho – e, quem sabe, ele não vai conseguir fazer aquilo que Quartararo fez na temporada passada, andando na frente das motos oficiais da marca? Valentino ri.

 

  Em um jogo que está sendo lançado este ano, Valentino Rossi aparece com a moto da equipe satélite da Yamaha.

 

A reação psicológica que as pessoas quando são preteridas em uma condição de trabalho normalmente não tem uma reação positiva, mas quando falamos de Valentino Rossi é praticamente impossível não vermos algo como uma reação positiva ao que quer que seja. Em todo caso, estarei por aqui para qualquer necessidade.

 

Beijos do meu Divã,

 

Catarina Soares