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Chuva, velocidade, tradição e saudade PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 02 November 2020 20:20

E aê Galera... agora é comigo!

 

A gente tinha tudo pra ter um final de semana maravilhoso, com direito a feriadão, mas acabou sendo uma porcaria (o adjetivo não era bem esse...).

 

O acidente que tirou a vida do Amadeu Rodrigues roubou as manchetes no meio automobilístico, tomando o lugar das 4 horas de Goiânia do Brasileiro de Endurance, da etapa de Londrina da GT Sprint Race e da tradicional Cascavel de Ouro.

 

Eu percorro quase todas as semanas mais de 3.000 km pelas estradas da região centro oeste do Brasil e sei bem das dificuldades que enfrento. Se um dos maiores pilotos de sua geração pode não conseguir evitar um acidente, quem dirá um simples condutor de veículo como somos nós, a grande maioria? Os fatores que podem levar a um acidente muitas vezes não dizem respeito ao motorista ou a um determinado motorista. Duvido que tenha havido qualquer imprudência da parte do Sr. Amadeu. Imprudente, talvez, tenha sido Deus que o levou do convívio de sua família, amigos e do mundo da velocidade cedo demais.

 

Amadeu Rodrigues estava retornando de Goiânia, onde foi disputada mais uma etapa do Campeonato do Brasileiro de Endurance. Disputada debaixo de chuva, que começou a cair de leve 20 minutos antes da largada e que só aumentou nas horas seguintes. Com isso muito tempo de bandeira amarela e de safety car na pista e os intervalos com bandeira verde foram bem complicados. A pista encharcada fez os pilotos sofrerem muito com a falta de visibilidade. Teve carro que, em parada dos boxes, abriu furos no parabrisa de fibra para este parar de embaçar. A prova chegou a ser interrompida com bandeira vermelha e, por este mesmo motivo, encerrada logo após a última janela de pitstop. 

 

A aderência comprometida tirou a vantagem dos protótipos e igualou a disputa desses com os carrões da GT3. A vitória acabou ficando o trio da Mercedes GT3 #09, Xandy Negrão, Xandinho Negrão e Andreas Mattheis (Xandy e Mattheis formaram uma dupla vitoriosa nas corridas de turismo dos anos 80) depois herdarem a primeira colocação por conta da punição do protótipo AJR Pedro Queirolo e David Muffato que não cumpriu o tempo mínimo na última janela obrigatória de pitstop antes da bandeira vermelha. A segunda colocação ficou com o Porsche 911 #55 de Ricardo Maurício e Marcel Visconde. Queirolo e Muffato cruzaram a linha de chegada em terceiro, garantindo assim a primeira colocação na categoria P1.

 

 A chuva foi a protagonista da etapa de Goiânia do Brasileiro de Endurance, que teve a corrida encerrada com bandeira vermelha.

 

Na categoria GT4, vitória do trio da McLaren #22 Flávio Abrunhoza, Lucas Foresti, e Leandro Ferrari. Já na GT3 Light o primeiro lugar foi do Aston Martin #63 de Sérgio Ribas, Guilherme Ribas e Júlio Campos. A GT4 Light teve o pódio como vencedora a dupla Felipe Tozzo/Renan Guerra. Na categoria P2, quem levou a melhor foi a dupla do Sigma Aldo Piedade e Jindra Kraucher. E na P3, Aldoir Sette e Bruno Smielevski venceram novamente.

 

No estado do Paraná teve velocidade em dose dupla: Em Cascavel, tivemos a tradicional Cascavel de Ouro e em Londrina, mais uma etapa do GT Sprint Race.

 

No tradicional Autódromo Internacional Zilmar Beux foi disputada a 34ª edição da Cascavel de Ouro, apresentando como novidade a restrição do grid a carros produzidos a partir de 2018. Com regulamento técnico baseado no da categoria Turismo Nacional, a tem três horas de duração e premia os vencedores com 100 mil reais, além de um dos troféus mais tradicionais do esporte brasileiro, que destaca uma serpente confeccionada em ouro.

 

Considerados os imprevistos que tiraram cinco carros do grid na semana do evento, a Cascavel de Ouro teve 45 carros inscritos... e uma grande novidade: Desses, 24 formaram o grid principal e outros 21 formaram o grid da primeira edição da Cascavel de Prata, para os carros produzidos entre 1997 e 2017, com duas horas de disputas e prêmio em dinheiro de 50 mil reais para os vencedores. A lista inclui modelos como VW Gol da segunda geração, Fiat Palio, Ford Ka e Fiesta, GM Celta, Renault Clio e Peugeot 207, entre outros.

 

A mudança no regulamento era necessária e deu mais chances a todos os competidores. Em 2018, por exemplo, foram 70 carros inscritos, houve a necessidade de uma repescagem para definir os 55 que largariam. Com a renovação da frota que a categoria homologada pela CBA (Turismo Nacional) proporcionou, veio a ideia de não excluir, mas agregar, de uma forma justa e correta, todos os que queriam participar da corrida. Por isso o grid dividido. Mas o maior adversário da edição de 2020 foi a pandemia e o número de inscritos não atingiu o esperado, mas em momento algum o evento esteve ameaçado.

 

 O trio vencedor da Cascavel de Ouro também largou na frente, mas a vitória não foi facil. foram apenas 17s de vantagem.

 

Com um GM Onix, o trio formado por Thiago Klein, de Cascavel; Odair dos Santos do Paraguai, e Beto Monteiro, de Recife, venceu a 34ª Cascavel de Ouro, disputada neste domingo no Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel, no Paraná. Eles que também fizeram a pole position começaram a corrida na frente, perdendo a liderança em alguns momentos, mas sempre com a estratégia sob controle. Foi o piloto da casa, Thiago Klein, quem pilotou na parte final da prova e recebeu a bandeira quadriculada. Completando o pódio vieram Gefferson de Lima/Naor Petry (PR/SC), VW Gol e Guilherme Sirtoli/Leônidas Fagundes/Júnior Niju. Mas a verdade é que todos são vencedores em um evento como esse.

 

Alguns quilômetros distantes dali, em Londrina, a GT Sprint Race fez uma “Edição Especial” com uma rodada tripla. A vitória na primeira das três corridas da GT Sprint Race – Special Edition foi de Weldes Campos (GTSR#11), da categoria PROAM. O piloto, companheiro de Ricardo Sperafico, repetiu a boa performance dos treinos e do classificatório para vencer pela segunda vez na temporada. Ele completou as 15 voltas no circuito de Londrina com o tempo de 21m45s019.

 

O segundo lugar ficou com Thiago Camilo (GTSR#21), que corre ao lado de Pedro Ferro, com 21min46seg988, e o terceiro foi para Gerson Campos (GTSR#82), parceiro de Galid Osman, 21min50seg693. Weldes largou na frente e permaneceu assim até a volta oito, quando Thiago assumiu a ponta duas voltas depois, ele recuperou a liderança manteve assim até cruzar a linha e garantir mais uma vitória.

 

A vitória na segunda corrida da GT Sprint Race – Special Edition em Londrina foi do paulista Gerson Campos (GTSR#82/PRO), que tem como companheiro Galid Osman.  Na manhã ensolarada e de céu azul deste domingo (1º/11), no Autódromo Internacional Ayrton Senna, o experiente piloto, com seis temporadas na categoria, garantiu sua segunda vitória no ano. Ele completou as 15 voltas no circuito paranaense com o tempo de 22m18s676. O segundo lugar coube a Weldes Campos (GTSR#11), parceiro de Ricardo Sperafico, com a diferença para o líder de 3s659, e o terceiro lugar ficou com Adalberto Batista (GTSR#793), a 8s548.

 

 A GT Sprint Race fez um belo espetáculo com as três corrida da Edição Especial com disputas volta a volta. (foto: Sig Comunicação)

 

A segunda corrida, assim como a primeira, apresentou uma intensa troca de posições. Pedro Ferro (GTSR#21) largou na frente, mas foi ultrapassado por Luís Debes (GTSR#45) ainda na primeira volta. Mais tarde, na volta quatro, Gerson Campos encostou e assumiu a liderança. A partir daí, o piloto conseguiu segurar a posição sem muitos ataques dos adversários, garantindo a sua segunda conquista na temporada.

 

A terceira corrida, realizada na tarde deste domingo e que fechou a classificação geral da Special Edition teve como vencedores Ricardo Sperafico/Weldes Campos, com o tempo de 28m25s012, Sérgio Ramalho/Daniel Coutinho/Dudu Trindade (PRO), a 1s367 do vencedor, e Diego Nunes/Marcelo Brisac/Eduardo Menossi (AM), a 1s617.

 

Ricardo Sperafico e Weldes Campos fecharam o fim de semana no Autódromo Internacional Ayrton Senna com quase 100% de aproveitamento. A dupla deixou de ficar na frente apenas na segunda corrida, quando garantiram o segundo lugar. Em um momento tão positivo, eles ainda não deixaram escapar o título da GT Sprint Race Special Edition.

 

Após duas etapas – Goiânia e Londrina - , Pedro Lopes/Gabriel Teixeira (GTSR#18), na PRO, Weldes Campos/Ricardo Sperafico (GTSR#11) na PROAM, e Raphael Teixeira (GTSR#37), na AM, garantiram o título geral da disputa cada campeão recebeu 40 mil reais e ainda somou importantes pontos para a classificação Overall, que incluirá também os resultados da GT Sprint Race. 

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Parabéns para Gerson Kern, que na ausência do ótimo Luc Monteiro, que foi se aventurar como piloto na Cascavel de Ouro, narrou a corrida pelo youtube (eu não estava com paciência para os perdidos no espaço do canal por assinatura). Os comentários do Bruno Império também foram muito bons.

- Como tem gente competente fazendo trabalho de narração e comentário fora da TV. Só posso pensar que o apadrinhamento é um negócio muito forte nesse meio. Será que tem “teste do sofá”?

- Falando em transmissões, a “dupla divindade” (Osires, o Deus do Egito, e o De Cristo, enviado do nosso Senhor) mandaram bem mais uma vez na narração da Cascavel de Ouro. Só faltou umas sacaneadas com o piloto-narrador, Luc Monteiro. Vou cobrar na próxima.

- A gente sabe que por conta da pandemia e os meses que ficamos sem atividades de pista tá faltando final de semana pra tanta corrida, mas precisava a GT Sprint Race marcar sua etapa para Londrina, no mesmo final de semana da Cascavel de Ouro? As cidades ficam no mesmo estado, a 370 km uma da outra.

- Sabem aquela coisa infame do “não sei, sou de humanas” (eu sou formado em Administração)? Vimos um bom exemplo de que isso pode ter algum fundo de verdade quando o Nhonho (que nunca me decepciona), no treino livre da F1, errou a conta das curvas. A gargalhada ali pelas 7 da manhã deve ter acordado os vizinhos que ainda dormiam num raio de uns 3km, no mínimo.

- Não satisfeito, ele ainda completou com um “eu acho que essa curva tem nome” (%#@%$#&#!!! Não consegui encontrar um a grafia aceitável para substituir aquelas três palavras juntas). Todas as curvas tem nome, Nhonho!!! E pra colocar a cereja no bolo, ele deu o nome errado, dizendo que era a ‘Tosa’ (era a Aqua Minerale). O “%#@%$#&#” arrancou da cama quem ainda tinha tentado voltar a dormir.

- Final de semana que vem tem rodada casada da Copa Truck com a Stock Car em Curitiba. Espero que a categoria dos brutos seja tratada em condições de igualdade e não como “puxadinho” do vento da VICAR. Estou de olho...

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar