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Drugovich no Sábado. Piquet no Domingo. Bravos Garotos PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 29 November 2020 20:38

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos a volta da Fórmula 2 com a hora da decisão do título e a expectativa de vermos um título nas mãos de um Schumacher, mas com duas rodadas duplas pela frente em uma categoria onde coisas fora do normal podem acontecer, até os treinos ninguém poderia afirmar nada, mesmo com os 22 pontos de vantagem do alemão sobre Callum Ilott.

 

Mas nosso foco, como sempre, estava nos brasileiros Felipe Drugovich, que chegou no emirado árabe do Bahrain com 79 pontos, na 11ª posição no campeonato, mas com uma ótima impressão causada pelo seu desempenho por uma equipe com recursos bem menores que pelo menos metade do grid. Pedro Piquet só conseguiu 2 pontos ao longo da temporada enquanto seu experiente companheiro de equipe Charouz conseguiu 122. Um ano difícil, mas não mais difícil do que o de Guilherme Samaia, que não conseguiu pontuar em nenhuma prova e amargou as últimas posições em treinos e corridas pela Campos Racing.

 

Os treinos no Bahrain mostraram um grande equilíbrio. Nos treinos livres tivemos os 14 primeiros dentro do mesmo segundo e tudo poderia acontecer. Sendo um circuito de 5.412 metros, essa diferença fica menor ainda. Nestes, Felipe Drugovich ficou com o 9° melhor tempo e Pedro Piquet foi o 12°. Guilherme Samaia foi o 19° entre os 22 carros do grid, mas apenas 20 foram pra pista.

 

 Felipe Drugovich teve uma boa adaptação ao circuito do Bahrain. O resultado veio no treino classificatório.

 

Depois do treino livre 2 da F1 os pilotos da F2 foram para a pista e encararam so 30 minutos de treino classificatório. Como tem sido praxe, eles fazem praticamente duas tentativas de 13 minutos, com um “intervalo” para ajustar o carro e o equilíbrio continuou grande, com os pilotos fazendo tempos muito próximos e qualquer décimo de segundo perdido fazia uma considerável diferença.

 

Felipe Drugovich evoluiu muito do treino livre para o classificatório, estando sempre entre os primeiros, mas acabou prejudicado por uma bandeira vermelha que veio justamente quando ele vinha em volta rápida com as melhores parciais. Mesmos sem os pneus nas melhores condições, o brasileiro conseguiu fazer o segundo melhor tempo, 391 milésimos distante do pole, Callum Ilott, mas Felipe estava confiante no ritmo de corrida.

 

 Pedro Piquet manteve o desempenho médio da temporada e ficou no meio do pelotão para a corrida.

 

Pedro Piquet pagou um preço mais alto do que o de seu compatriota, tendo as voltas prejudicadas por tráfego e também pela bandeira vermelha. Ao contrário de Drugovich, o piloto da Charouz ficou com o 13° lugar, apenas dois atrás de seu companheiro de equipe. Quem continuou carregando os problemas na Campos Racing foi Guilherme Samaia, 19° colocado, mas seu companheiro de equipe foi apenas o 15°, mostrando a fragilidade da equipe.

 

Na manhã do sábado tivemos a corrida 1, a primeira das 4 corridas no oriente médio e uma das grandes variáveis da corrida seria a estratégia de pneus, algo que a equipe de Felipe Drugovich tem falhado regularmente. Para essa corrida, eles foram com a mesma estratégia do pole position, largando com os pneus médios para as 32 voltas, mas já na 2ª fila tínhamos carros largando com os pneus duros. Piquet e Samaia, largando mais atrás, optaram por largar com pneus duros.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich fez uma grande largada e tomou a ponta, mas apesar de ter conseguido uma boa vantagem após as primeiras curvas, não conseguiu abrir vantagem para Ilott e eles, juntos, com pneus médios, não conseguiam abrir vantagem para quem largou com pneus duros, o que podia significar um erro de estratégia de ambos. Piquet evitou confusões e manteve a P13, mas logo foi ultrapassado por Shwartzman. Samaia caiu para 21°.

 

 Felipe Drugovich tomou a ponta na largada enquanto Pedro Piquet lutava para avançar no pelotão intermediário.

 

Um pelotão com os 4 primeiros se destacou, com Drugovich ditando o ritmo de corrida, usando o fato da pista estar muito suja, com “marbles” e areia do deserto para ir preservando os pneus médios, esticando ao máximo a vida desses na corrida. Enquanto isso, Piquet recuperava a posição em cima do russo e voltava para a P13. Mas já na 8ª volta a escolha de Ilott e Drugovich começava a mostrar-se arriscada. O inglês foi superado por Armstrong e Schumacher, caindo para 4°. O Alemão passou pra 2° e foi pra cima de Drugovich enquanto Piquet superava Deletraz na disputa interna da equipe, indo pra P12.

 

Na 10ª volta começaram as paradas nos boxes de quem optou pelos pneus médios. Drugovich estava bem, com 3s de vantagem sobre Schumacher e administrando seus pneus de forma mais eficiente que Ilott, que caiu para 4° e estava 7,5s atrás. Ilott foi para os pits na volta 13, junto com outros carros atrás dele. Com isso Piquet subiu para 9°. Drugovich continuava com voltas consistentes e tinha 3,4s de vantagem sobre Schumacher. Na pista, Piquet superava Aitken e subia para 8° e em seguida para 7°.

 

 Piquet foi bem até antes da troca dos pneus duros para macios enquando Drugovich voltou atrás de Ilott depois do pitstop.

 

Drugovich foi para os pits na volta 16, voltando à frente de Ilott, na 12ª posição, mas com pneus ainda frios, o brasileiro errou e perdeu a posição. Piquet foi para o pit na volta 18, voltando em 16°. Drugovich já era o 4°, 1s atrás de Ilott e a 27s de Schumacher, o líder, na volta 19. Na volta seguinte, Schumacher foi para os pits e Drugovich recuperou a liderança, na reta dos boxes, superando Ilott. Na 21ª volta a vantagem para Schumacher era de 14.2s Piquet também vinha se recuperando e era o 14°, a 7s, do 8° colocado para poder ser o pole no domingo. Samaia era o 20°. Drugovich ia abrindo de Ilott na ponta.

 

Faltando 8 voltas para o fim Drugovich tina 3s de vantagem na liderança e 15s sobre Schumacher, o 4°. Piquet não tinha com o pneus médios o mesmo rendimento que teve na primeira metade da corrida e foi superado por Tsunoda, caindo para 15° e não conseguia escalar o pelotão. Guilherme Samaia era o 20°, continuando sua agonia com o carro da Campos. Na volta 26 Piquet superou Lundgaard e subiu para 14°, mas as chances de chegar na P8 eram ínfimas.

 

 Em uma corrida sensacional, Drugovich retomou a ponta e venceu com autoridade no Bahrain. Piquet foi o 11° e Samaia o 21°.

 

Felipe Drugovich, mesmo sem ter (talvez) a melhor a melhor estratégia foi espetacular na conservação de seus pneus médios na primeira metade da corrida e isso fez toda a diferença no final. Schumacher não conseguia se aproximar e Ilott era 0,5s mais lento por volta. Piquet superou Alesi na volta 28 e subiu para 13°. Drugovich seguiu com autoridade para uma vitória sensacional, mostrando que pode ser o piloto que o Brasil precisa para entrar na F1. Impôs mais de 13s sobre o 2° colocado e fez o hino nacional tocar no Bahrain. Piquet superou Gelael e Ghiotto nas duas últimas voltas, terminando em 11°. Guilherme Samaia foi o 21°.

 

No início da tarde do domingo (lá no Bahrain) os pilotos da F2 voltaram para a pista tendo 23 voltas de corrida pela frente na corrida curta. Todos de pneus duros e muito sol, mas a temperatura era de 27 graus. Com o grid invertido, Felipe Drugovich largando na P8, Pedro Piquet na P11 e Guilherme Samaia na P21. Como andaram bem com pneus duros, Drugovich e Piquet podiam esperar um bom desempenho e não podíamos deixar de torcer por uma boa corrida de Samaia.

 

 Pedro Piquet aproveitou as confusões no pelotão para avançar e, com o bom desempenho com os pneus duros, foi para a frente.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Felipe Drugovich foi atrapalhado pelo carro à sua frente que largou muito mal e o bloqueou. Com isso, caiu para 11°. Melhor para Piquet, que subiu para P10. Samaia teve um problema e foi oara os boxes no final da 1ª volta enquanto Drugovich caiu para 12°. Na volta seguinte, Piquet era o 9° enquanto Drugovich caia para 13° num início de corrida irreconhecível depois da corrida do sábado.

 

Um pelotão se formou do 3° AP 13°, com todos no mesmo ritmo e Piquet atacava Zhou. Drugovich parecia ter tomado um bom ritmo de corrida e encostou no fundo do pelotão antes do safety car ir para pista pela parada de Theo Pourchaire em um ponto perigoso no setor 1. A relargada seria crucial. Alguns carros foram para o os pits e colocaram pneus médios. Os brasileiros continuaram na pista.

 

 Felipe Drugovich estava numa briga dua para fazer pontos e isso desgastou seus pneus em demasiado. 

 

Duas voltas depois tivemos a bandeira verde, com Piquet na P8, Drugovich na P12 e Samaia na P21. Com pneus e freios frios, carros muito juntos tinha tudo para dar problema... e deu! Daruvala foi tocado por Ilott quando ele tentou passar Schumacher, o pelotão embaralhou, Ilott danificou a asa dianteira e Piquet se deu muito bem, pulando para 4°. Drugovich também se saiu bem, indo para 8°. O safety car virtual foi acionado e a corrida só foi retomada na 10ª volta.

 

Piquet atacava forte Armstrong pela P3 enquanto seu oponente reclamava do carro. Na volta seguinte Piquet chegava na posição de pódio numa grande ultrapassagem e colocava distância no adversário. Um pelotão do 4° ao 8°, mas Drugovich, o P8, não atacava os carros à sua frente. Schumacher, que também foi bem no sábado, igualmente não tinha um bom rendimento. Samaia era o 19°, mas graças aos 3 abandonos.

 

 Pedro Piquet vinha fazendo sua melhor corrida da temporada. Estava a caminho do pódio e encostando no 2° colocado.

 

No terço final da prova a disputa ficou feroz entre Schumacher, Lundgaard e Drugovich. O ataque de Drugovich à Lundgaard dava folga para Schumacher, que fugia enquanto, mais à frente, Piquet ia se aproximando de Mazepin para tentar a P2. O líder do campeonato fugiu 2s com a disputa atrás dele e o prejuízo de uma fritada de pneus por drugovich o fez perder a P8 para Deletraz, com pneus mais novos e inteiros (ele trocou pneus no safety car).

 

Nas voltas finais Drugovich não tinha mais pneus em condições de atacar Lundgaard pela P8 e marcar pontos. Piquet estava 2s distante de Mazepin não tinha mais como buscar a P2 e tinha que se preocupar com Deletraz, que já era o 4°, mas foi neste momento que o carro do brasileiro, a caminho do pódio, simplesmente parou de funcionar. Um pecado para Piquet que fazia uma corrida sensacional. Com isso Drugovich subiu para P8 e Samaia para P18. A vitória foi de Shwartzman. Felipe Drugovich subiu para 9° no campeonato com 105 pontos.

 

 Faltando uma volta e meia, o carro do brasileiro ficou lento e parou, frustrando aquele que seria o seu 1° pódio na F2.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

  
Last Updated ( Sunday, 29 November 2020 21:31 )