Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

Nesse período entre as temporadas, vivemos aquilo que no mundo da Fórmula 1 alguns chamam de ‘Silly Season’, onde se falava muita bobagem e entre as bobagens, algumas coisas sérias, projeções ou mesmo previsões do que iria acontecer... e que muitas vezes acontecia.

Vamos ter mudanças importantes para 2021. A Fórmula 2 e a Fórmula 3 não vão mais correr juntas no mesmo final de semana da Fórmula 1. Elas vão se revezar e junto com elas a W-Series vai entrar nesse revezamento. A melhor parte é que teremos brasileiros e uma brasileira no grid dessas categorias. É claro que a cobertura vai ser total por parte da minha coluna no Nobres do Grid.

Uma mudança técnica muito importante também vai acontecer: O Campeonato Europeu de Fórmula Regional da Alpine, certificado pela FIA, contará com 10 eventos de duas corridas por fim de semana, com três eventos programados para acontecer na Itália e sete mais sendo realizados em toda a Europa.

 A partir de 2021 a marca francesa no mundo da velocidade vai ser a Alpine, que também vai fazer a parte técnica da Fórmula Regional.

O plano é ter um grid de no máximo 36 carros em equipes de no máximo três carros, e a possibilidade de um quarto adicional no caso de piloto feminino (este ano a Fórmula Renault Eurocup tinha 18 a 20 carros no grid e a Fórmula Regional, 12). Além disso, vai haver uma troca de motor. Os novos carros serão empurrados por um motor Renault de 1,8 litro, aspirado, no lugar Alfa Romeo Turbo. O chassi vai continuar sendo o Tattus e serão equipados com pneus Pirelli. Os novos carros serão construídos no departamento de corrida da fábrica Alpine de Dieppe.

Depois do término da temporada da Fórmula 3 tivemos três brasileiros fazendo treinos pós temporada e fazendo tempos entre os 10 primeiros. Igor Fraga (na Hitech), Enzo Fittipaldi (na HWA) tiveram a companhia de Caio Collet (na Art Grand Prix), mas até o momento só temos a confirmação da continuidade de Enzo na categoria. Igor Fraga tem um bom currículo e mostrou capacidade técnica. Se houver suporte financeiro e ele mudar de equipe, o Brasil só tem a ganhar. Com o novo formato da Fórmula Regional Europeia, fica a interrogação sobre Caio Collet.

 Felipe Drugovich treinou com o seu novo carro, o da equipe Uni Virtuosi, para a temporada de 2021.

Após o final da temporada da Fórmula 2 todos fomos impactados pelo comunicado de Pedro Piquet, via redes sociais, de que estaria abrindo mão da carreira e dos planos de chegar um dia à Fórmula 1 de uma maneira digna de um Piquet: sincero, direto e sem aliviar pra ninguém. Uma perda para o nosso automobilismo e um alerta para a FIA. O que Pedro falou sobre o caminho para a Fórmula 1 é a mais pura verdade.

Mas tivemos testes pós-temporada em Sarkir e se tivemos uma péssima notícia com relação à mudança de planos de Pedro Piquet, tivemos a excelente notícia de que Felipe Drugovich vai correr por uma equipe que poder lhe dar condições de brigar pelo título na temporada de 2021. A mudança para a Uni Virtuosi (que teve várias vitórias e pódios com Callum Ilott e Guan Zhou) é um passo adiante para o brasileiro que surpreendeu muito fã de corridas no Brasil (não a este colunista, que o acompanha desde a Eurofórmula).

 Guilherme Samaia, que penou a temporada inteira, treinou na Charouz, no carro de Pedro Piquet, e ficou sempre no top 10.

Outro brasileiro que esteve no grid da categoria em 2020, mas que não teve como mostrar toda a sua capacidade, Guilherme Samaia (vergonhosos os comentários dos brasileiros durante as transmissões das corridas no youtube) também participou dos treinos e no carro que foi de Pedro Piquet, na equipe Charouz e se saiu muito bem, ficando entre os 10 primeiros nas seções que foi para a pista, uma delas ficando com o 6° melhor tempo.

A W-Series, depois de um ano sabático devido à pandemia ganhou um espaço nobre na programação do automobilismo mundial, fazendo a parte do programa de preliminares da Fórmula 1 em 8 etapas da temporada 2021, inclusive saindo da Europa pela primeira vez, com corridas nos Estados Unidos e no México. A brasileira Bruna Tomaselli continua como uma das participantes do campeonato, que tem a abertura prevista para 26 de junho, em Paul Ricard.

 com uma visibilidade que não teve até hoje, a W-Series fará preliminares da Fórmula 1 e Bruna Tomaselli estará no Grid.

Desse período entre as temporadas não acho que teremos coluna todo final de semana, mas sempre que tivermos novidades sobre o destino dos jovens pilotos brasileiros para a temporada de 2021. Aqui o colunista de “silly” não tem nada! 

Um abraço a todos,

Genilson Santos