Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

Continuamos acompanhando a Silly Season, que fez valer seu nome nesta semana. Os italianos foram “silly” o bstante para abrirem mão de Gianluca Petecof! O brasileiro, depois de derrotar Arthur Leclerc e não receber como prêmio o lugar na equipe Prema para disputar o FIA Fórmula 3 em 2021, já estava evidente que o seu lugar não era mais ali, ainda por cima quando foi anunciada a vaga para o irmãozinho do piloto titular da Ferrari.

Eu sigo o Gianluca Petecof no instagram e ele disse que logo teremos novidades para o seu seguimento no automobilismo. Eu torço muito que ele seja chamado para a Red Bull, só pra passar por cima dos ferraristas. Como Dennis Hauger foi para a Prema, quem sabe não tem um lugar esperando por Gianluca? Seria demais e mesmo com o Helmut Marco, chefe da Gestapo, confio no taco do nosso moleque. Só espero que ele não invente de correr nos EUA. Se for pra fazer a Indy Lights, tem que ser pela Andretti, se não for, ta morto!

Eu sou fã de corrida até no meio virtual (tem gente que não gosta, aqui no site tem muitos), mas eu duvido que nenhum deles tenha deixado de vibrar com os ‘Fittipaldi Brothers’ na abertura da temporada virtual da F1. Pietro e Enzo foram a dupla da Haas na corrida e com Pietro largando na P17 e Enzo largando na P10, de Haas, a gente já pensa que vai ser complicado. Felizmente, no mundo virtual não existe o abismo que temos entre as equipes no mundo real e Pietro deu um show, para chegar em 5° na corrida... é, Pietro deu um show, porque o que Enzo fez não tem palavras pra explicar. Ele foi pra cima e ganhou a corrida, derrotando o queridinho Arthur Leclerc com a Ferrari! Na corrida seguinte, largando em 17° (o grid é definido numa corrida curta disputada por "gamers"), chegou em 4°. Demais.

Ainda falando em Enzo Fittipaldi, o herdeiro do grande Emerson está com planos de diversificar na carreira e isso pode acontecer com sua participação no Road to Indy na categoria Pro200, que seria “a F3 no esquema da Indycar”, estando abaixo da Indy Lights. O calendário ajuda: só há conflito em uma data, no primeiro final de semana de julho, quando a categoria americana corre em Mid-Ohio e a F3 no Red Bull Ring, na Áustria. Com a questão financeira pesando tanto para se chegar a F1, Enzo estaria fazendo uma aposta interessante e buscar alternativas. Vamos acompanhar.

F3 Ásia

Ms vamos falar de corrida no asfalto porque Yas Marina recebeu 6 corridas em 4 dias, com as  rodadas triplas 2 e 3 disputadas no palco onde termina a temporada da F1. Como estamos no inverno do hemisfério norte, mesmo no deserto as temperaturas estão bem amenas, aliviando o calor que massacra no verão tanto ou mais do que em Bangu.

A primeira corrida aconteceu na tarde da quinta-feira, ficando as duas corridas seguintes da segunda rodada para a manhã e a tarde da sexta-feira. Os pilotos mais experientes continuaram a dominar a parte de cima do grid e o nosso representante teve que se contentar com a P14 para a primeira prova em um circuito que, na F1, não costuma ser de muitas ultrapassagens.

Apagadas as luzes vermelhas, para os 30 minutos +1 Volta, a pista larga deu espaço pra todo mundo escolher uma linha e não se meter em confusão, mas no trecho mais travado da parte final da volta Roberto Faria se meteu em uma dividida de disputa por posição e foi parar na área de escape, perdendo tempo e posições, completando a primeira volta em 18°.

Apesar das dificuldades de se fazer ultrapassagens em Yas Marina, após 1/3 de corrida Roberto Faria conseguiu recuperar uma posição, subindo para 17°. A transmissão não ajuda muito, com poucas informações de tela para acompanharmos e um comentarista (indiano) muito focado nos pilotos de seu país. E com Daruvala liderando, era difícil saber mais sobre o restante dos competidores. No final da corrida, com o abandono de Dino Beganovic, Foberto Faria herdou a P16.

Na manhã da sexta-feira em Abu Dhabi, madrugada no Brasil, os pilotos que correm atrás do título e dos pontos para superlicença voltaram à pista para a segunda corrida desta primeira rodada dupla de quinta e sexta-feira. Roberto Faria, nosso representante, largava na P15, abrindo a fila 8 e tendo que escalar o pelotão se quiser marcar pontos.

Apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta de corrida, os competidores passaram ilesos pelas primeiras curvas, mas novamente, na parte final da volta, alguns pilotos acabaram passando da conta. Roberto Faria foi conservador e manteve sua posição, mas avançou para 14° no início da segunda volta. Com o pelotão andando bem compacto do 9° ao 16° nas voltas seguintes.

Mas na metade da corrida o brasileiro cometeu um erro e perdeu posições, com os pneus se deteriorando na parte final da prova, Roberto Faria acabou perdendo mais posições para cruzar a linha de chegada numa 20ª posição que, definitivamente, não refletia a capacidade do piloto brasileiro.

Algumas horas depois eles estavam de volta, na parte da tarde, para a terceira e última corrida da segunda etapa. Nesta, o brasileiro conseguiu sua melhor posição de largada entre as 3 corridas, o 12° lugar, depois da equipe ter trabalhado no acerto do carro, que perdeu muito rendimento na metade final da corrida da manhã.

Apagadas as luzes vermelhas, Zhou, largando na P2 ficou parado e por sorte ninguém bateu nele. Isso deu uma embaralhada nos carros que vinham logo atrás e isso foi bom para o brasileiro. No final da maior reta na primeira das curvas tivemos a batida entre Irina Sidorkova, Alessio Deledda e Casper Stevenson fez com que o safety car fosse acionado (estava demorando). Roberto Faria largou bem e avançou para a P8 ao fim da 1ª volta. A piloto Russa conseguiu voltar aos boxes, mas os outros abandonaram. Zhou caiu para 20º.

Retomada a corrida na 5ª volta (o resgate consumiu mais de 1/3 do tempo de prova). Na relargada, Roberto Faria conseguiu segurar a P8, mas não conseguia acompanhar os carros da frente e formou atrás dele um grande pelotão onde ele parecia ser o mais lento, com uma guiada muito defensiva. Ele conseguiu segurar os ataques e até escapar da pressão até a chegada do chinês Zhou, que numa fantástica recuperação escalava o pelotão e tomou a P8 do brasileiro, que chegando em 9° marcou seus primeiros 2 pontos no campeonato.

No sábado, depois dos treinos classificatórios pela manhã, começou a terceira rodada tripla do campeonato, novamente com três provas no circuito de Yas Marina em Abu Dhabi. Roberto Faria conseguiu repetir sua melhor posição de largada neste circuito e ficou com a P12 para primeira prova.

Apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta de corrida, enquanto os pilotos mais experientes largando nas primeiras filas, Roberto Faria não conseguiu repetir a boa largada da corrida anterior e caiu para 13°. O safety car veio logo para pista com a necessidade de retirarem um carro que rodou na curva do final da reta mais longa, com o pessoal do resgate sendo “menos lento”, a corrida for retomada duas voltas depois.

Com o problema de freios de Patrick Pasma, o brasileiro recuperou a P12 na volta 6 e na 8ª volta ultrapassou Reece Ushuima, subindo para P11. Apesar dos esforços, Faria não conseguiu se aproximar de Roman Stanek e terminou fora dos pontos por uma posição. O vencedor foi Pierre-Louis Chovet.

Na manhã do domingo (madrugada no Brasil), tivemos a segunda corrida e o brasileiro Roberto Faria largando na 12ª posição. Se formos considerar os pilotos com mais quilometragem, vindos da F3 e F2 FIA, o brasileiro estaria entre os 6 primeiros com toda certeza.

Dada a largada para os 30 minutos +1 volta de corrida, logo nas primeiras curvas o brasileiro precisou sair da pista para evitar uma batida, mas ainda na primeira volta conseguiu recuperar a P12, em um pelotão que se estabeleceu do 7° ao 14° colocado e tinha atrás dele Patrick Pasma, um dos pilotos tidos experientes. Com a rodada de Alexandre Bardinon, que ficou parado no meio da pista, tivemos o safety car acionado.

Retomada a corrida, logo na primeira volta de bandeira verde tivemos outro incidente, desta vez com Nicola Marinangelli, que foi parar na barreira de proteção, trazendo o safety car novamente para a pista. Com o enrosco de Marinangelli com Nissany, Roberto Faria subiu para a P10. A corrida foi retomada faltando pouco menos de 4 minutos de corrida e o brasileiro foi duro na defesa de posição contra Patrick Pasma. Depois o finlandês tentou recuperar-se sobre Isawa e levou a pior. A disputa que is do 9° ao 12° lugar ainda levou Roberto Faria para a P9. O brasileiro conquistou mais 2 pontos no campeonato.

Menos de seis horas se passaram até que os carros voltassem para a pista e alinhassem para a última das corridas desta maratona de disputas realizadas em Yas Marina, Abu Dhabi. Nessa corrida Roberto Faria largou na 11ª posição e vinha animado para o fechamento depois de ter conquistado 4 pontos nas corridas anteriores.

Apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria teve uma primeira volta bem difícil, sendo empurrado para fora da pista logo na segunda curva e depois na seqüência após a grande reta. Isso o jogou para o final do grid. O acidente na primeira volta com um dos candidatos ao título, Dino Beganovic, acionou o safety car e agrupou o pelotão.

Depois de retomada a corrida, o carro do piloto brasileiro não mostrou estar em boas condições e ele acabou parando nos boxes, onde teve o carro examinado pelos mecânicos da sua equipe. Contudo, a corrida estava arruinada e sem chances de pontos. Ele ainda voltou para a pista, masnão conseguiu nada além de classificar o carro na P17.

Na próxima semana, tem a quarta rodada tripla, de volta a Dubai e vamos estar com o nosso carioca. E nesse período entre as temporadas mesmo quando não tivermos corridas e se por acaso não tiver coluna todo final de semana, sempre que tivermos novidades sobre o destino dos jovens pilotos brasileiros para a temporada de 2021. Peço desculpas pelas fotos. A transmissão da categoria não tem sido boa, com câmeras distantes e nosso piloto aparece muito pouco. Aqui o colunista de “silly” não tem nada! 

Um abraço a todos,

Genilson Santos