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O destino de Fittipaldi, Petecof, Collet e a grande corrida de Roberto Faria PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 14 February 2021 13:04

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Tivemos agitos nos bastidores da vida de alguns pilotos brasileiros e mesmo que não fossem as melhores de todas, não podemos dizer que foram notícias ruins. Pelo contrário, podemos dizer que foram boas notícias dentro do que era possível.

 

Na semana passada, especulei sobre a possibilidade de Enzo Fittipaldi se dividir entre a Europa e os Estados Unidos, mas isso não vai acontecer. O neto de Emerson Fittipaldi deixou a academia de jovens pilotos da Ferrari e não vai disputar a F3 FIA, indo para a PRO200, etapa intermediária do Road to Indy.

 

Se por um lado isso frustrou muita gente que, como eu, via nele mais chances de sucesso na F1 que seu irmão mais velho, a ida para os EUA vai ser pela equipe Andretti, que tem uma das melhores estruturas no programa de acesso para a IndyCar. Caso venha a se sair bem e fazendo boas temporadas na Indy Lights nos anos seguintes, pela idade dos pilotos que hoje estão na Andretti na categoria principal e com a força do sobrenome, ele pode conseguir se estabelecer e, quem sabe, até voltar por cima para a Europa como fez Juan Pablo Montoya.

 

 

 

Outro que deixou a ingrata academia de pilotos italiana, Gianluca Petecof também anunciou onde vai correr em 2021 e vai ser uma grande aposta: ele vai assumir um dos carros da Campos Racing, do recém falecido Adrian Campos, agora gerenciada por seu filho, na FIA F2.

 

Campeão da Fórmula Regional Europeia em 2020 e sem apoio da Ferrari e da Prema para seguir no programa que protegeu Arthur Leclerc, derrotado na pista e no psicológico pelo nosso piloto, Petecof não vai ter uma vida fácil. A Campos Racing foi a equipe onde Guilherme Samaia correu em 2020 e mesmo com talento e velocidade, ele não conseguia sair do fundo do pelotão. Vai ser um grande desafio.

 

 

 

A outra confirmação foi a de Caio Collet na FIA F3. Integrante do Renault Sport Academy desde 2019, o brasileiro seguirá no programa que agora passa a se chamar Alpine Academy, como parte de toda a transição para a Alpine F1 Team. O brasileiro será um dos pilotos da equipe holandesa MP Motorsport e terá entre seus adversários o francês Victor Martins, que também é da academia francesa.

 

F3 Ásia

Para a rodada 4, a penúltima rodada tripla da temporada, o circo da F3 asiática retornou para Dubai, lembrando que devido ao Covid 19 não tivemos corridas na Malásia, Tailândia, Coréia do Sul e China como em anos anteriores. Para o brasileiro Roberto Faria era uma chance de voltar a uma pista que agora não é mais desconhecida. Problema foi quando abriram a transmissão e começaram falando chinês ou japonês (não sei reconhecer a diferença... talvez fosse coreano). Eu já estava sofrendo com o sotaque do Patel, comentarista indiano, achei que estaria ferrado! Felizmente apareceu um narrador em inglês pra salvar minha pele.

 

O grid encolheu um pouquinho com duas desistências. Agora eram 21 pilotos e desta vez seria uma corrida por dia, com a primeira na manhã sexta-feira. E logo de cara o nosso representante mostrou serviço e marcou o 5° melhor tempo, sua melhor posição de largada no campeonato, apenas lembrando que na última corrida da primeira passagem por Dubai, Roberto Faria conseguiu uma P7 pra corrida 3, mas teve problemas com toques na largada e ficou fora dos pontos.

 

 Largando na P5, o brasileiro saiu bem, mas se enrolou na sequência de curvas na primeira volta.

 

Apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos de corrida, Roberto Faria fez uma grande largada e saiu para a P3 na tomada da primeira curva, mas tomou um “chega pra lá” na segunda curva e acabou caindo para 7° e sujando os pneus fora do trilho, só retomando um bom ritmo no final da volta, depois de quase perder a P7.

 

O brasileiro retomou o ritmo e foi pra cima de Stanek, chegando a ameaçar a posição dele, mas com o passar das voltas o carro do brasileiro parecia estar perdendo rendimento e na metade da corrida ele já estava 2 segundos atrasado em relação ao carro à sua frente e sendo duramente atacado por Bolukbasi e Nissany.

 

 Roberto Faria teve dificuldades para manter sua posição na metade final da corrida, algo que vem se repetindo.

 

O brasileiro resistiu o quanto pode, mas acabou superado, caindo para 9° na volta 11 e com David Vidales embutido. Um acidente no fundo do pelotão levou o safety car para a pista faltando 3 minutos para o fim. Como não conseguiram tirar o carro da posição na área de escape (que nem era tão perigosa assim), a corrida foi encerrada com bandeira amarela e Roberto Faria repetiu a P9 de duas da seis corridas em Yas Marina. Chovet venceu, com Zhou e Pasma completando o pódio. Depois da corrida, foi punido por uma atitude antidesportiva e caiou para 16°.

 

Na manhã do sábado (madrugada aqui no Brasil) tivemos a segunda das três corridas em Dubai. Roberto Faria não conseguiu repetir a boa performance dos treinos para corrida 1 e largou na P9. Ele precisava para essa corrida equilibrar o comportamento do seu carro para não sofrer na metade final da prova.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria largou muito bem e subiu para a P7, fazendo uma boa primeira volta e buscando avançar no pelotão que travava uma briga muito dura à sua frente. Na volta seguinte o brasileiro já era o 6°, mas um carro parado no meio da pista de Al Qubaisi acionou o safety car. E como vimos em todas as corridas, o resgate é muito pouco eficiente, consumindo muito tempo de prova.

 

  Depois de largar na P9 e subir para a P7, Roberto Faria foi atingido por Iwasa e com o carro danificado, não terminou a C2.

 

Retomada a corrida, Roberto Faria resistiu aos ataques, primeiro de Iwasa, depois de Vidales. Por uma direção defensiva demais, perdeu o contato com o 5° colocado. Mas na seqüência de esses, foi tocado por Iwasa, rodando e os dois caíram para 19° e 20° na classificação que não mostrou, mas o acidente tirou brasileiro da prova. Mais à frente, Nissany (esse é famoso) errou e tirou o líder, Maini, da prova. Ambos abandonaram. Com o demora na remoção dos carros, novamente a corrida acabou com bandeira amarela e um pódio com Pasma Zhou e Chovet. 

 

A corrida de encerramento da 4ª etapa do F3 Ásia aconteceu na manhã do domingo (madrugada no Brasil) e novamente Roberto Faria mostrou velocidade para conquistar a P5 na classificação, mas precisava ter ritmo de corrida para manter-se entre os primeiros nos 30 minutos de corrida.

 

Apagadas as luzes vermelhas, o brasileiro contou com a má largada de Zhou e subiu para a P4, fechando a primeira volta com uma pequena folga para o 5°, Maini. Mas com a parada de Al Qubaisi no meio da pista na terceira volta, o pelotão agrupou quando Roberto Faria tinha uma boa vantagem e se aproximava de Pasma.

 

 Fazendo sua melhor corrida no campeonato, o brasileiro andou na P4 durante quase toda prova.

 

Retomada a corrida após duas voltas e por pouco Roberto Faria não perdeu a P4 na relargada e primeiras curvas, mas recuperou-se em seguida, afastando-se de Maini. Mas na volta seguinte uma colisão envolvendo Daruvala e Bardinon acionou a bandeira vermelha. Os carros parados no meio da pista e o trabalho ineficiente das equipes de resgate colocavam a chance de ter outra corrida terminada em bandeira amarela em alta percentagem. Isso preservaria pelo menos 15 minutos de corrida.

 

Após 20 minutos (o que acabaria com a corrida se fosse em bandeira amarela) os carros voltaram para a pista e relargaram em movimento, diferente do que normalmente ocorre. Roberto Faria largou melhor do que na relargada anterior e segurou bem a posição, ficando mais próximo de Pasma, o P3, mas a recuperação de Zhou, que já era o P6 era uma ameaça real. A 4 minutos do fim, Zhou já era o P5 e foi impossível segurar o chinês. Depois, a briga foi segurar Maini e conseguir a melhor posição no campeonato. Com a P5 foram 10 pontos somados e subir para 15° no campeonato com 14 pontos. Chovet Vidales e Pasma fizeram o pódio.

 

 Roberto Faria tentou tudo, mas não conseguiu segurar Zhou e caiu para a P5. 

 

Na próxima semana, tem o encerramento do campeonato da F3 Ásia com os pilotos voltando para o Yas Marina em Abu Dhabi e vamos estar com o nosso carioca. E nesse período entre as temporadas mesmo quando não tivermos corridas e se por acaso não tiver coluna todo final de semana, sempre que tivermos novidades sobre o destino dos jovens pilotos brasileiros para a temporada de 2021. Aqui o colunista de “silly” não tem nada! 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos