Olá leitores! Acho que nunca atrasei tanto a entrega de uma coluna... e também não lembro de ter aguardado tanto o final de uma corrida da NASCAR. Enfim, ao menos valeu a pena. Claro que o começo da temporada da NASCAR foi o grande assunto do final de semana, mas não será o único que abordarei nessa coluna, claro. Começando com algo mais “leve”... após a confirmação oficial de que a transmissão da Fórmula 1 para o Brasil nas próximas duas temporadas será pela Bandeirantes, ainda não foram confirmados os nomes que acompanharão o excelente comentarista Reginaldo Leme na transmissão. O posto de narrador e de segundo comentarista ainda estão vagos, mas pelos nomes que correm como boatos deve vir coisa boa por aí. Nem tanto pelo lado do narrador (infelizmente ainda tem muita gente no Brasil que vê o Galvão Bueno como “modelo”... para mim ele serve de modelo sim, modelo do que NÃO deve ser um narrador, mas enfim...), mas pelos comentaristas. Dos nomes ventilados (e a preferência é por um comentarista que seja ou tenha sido piloto), gostaria muito do Max Wilson. Ventila-se a hipótese Barrichello. Vamos ver o que virá. O surpreendente foi saber que a Red Bull assumirá o papel da Honda e será seu próprio fornecedor de motores a partir de 2022. Os austríacos dos energéticos, a partir da decisão da FIA de congelar o desenvolvimento de novos motores até 2024, criaram uma divisão para prosseguir com o desenvolvimento da motorização atualmente fornecida pelos japoneses. Em sendo bem sucedido, esse projeto pode indicar que um novo motor, puramente Red Bull, pode ser desenvolvido para a temporada de 2025 e, quiçá, até ter outra equipe cliente que não a Alpha Tauri. A conferir nos próximos anos... Ainda no campo Fórmula 1, um susto para a Alpine e para os fãs: Fernando Alonso resolveu treinar ciclismo na Suíça, que essa época do ano tem neve, gelo, quando não um e/ou outro o asfalto está molhado pelo derretimento de um dos dois... e sofreu um acidente. Tanto lugar melhor para treinar ciclismo nessa época do ano... enfim, para sorte dele foi apenas uma fratura na mandíbula, e ele deve estar na prova de abertura do campeonato mês que vem. Isso é, se os otimistas planos da categoria envolvendo o calendário tiverem a permissão da pandemia para se concretizar. Eu ainda acho que esse calendário foi muito “Poliana”, mas enfim, tem gente muito melhor paga que eu para definir essas datas. E já que título nas pistas do mundo real está quase impossível, ao menos teve brasileiro se dando bem no campeonato de Fórmula 1 virtual. Os irmãos Enzo e Pietro Fittipaldi, competindo pela equipe Haas, levaram essa ao título de construtores virtual, com Enzo também conseguindo o título de pilotos à frente do George Russell. Mundo virtual é uma maravilha, tem brasileiro sendo campeão e a Haas campeã de construtores... Esta segunda-feira foi apresentada a Yamaha M1 2021, que todos os fãs da marca dos três diapasões esperam ansiosamente que seja melhor que a moto de 2020... até porquê seria um pouco difícil para uma equipe com a tecnologia e experiência da Yamaha piorar aquele produto. A dupla de pilotos, Maverick Viñalez e Fabio Quartararo, não me empolga muito, mas... esperemos o melhor. Sem acreditar muito nesse melhor, que fique bem claro. E vamos ao que viemos, ao motivo do enorme atraso na entrega da coluna, o começo da temporada 2021 da NASCAR. Os fãs mais tradicionais que ainda continuam acompanhando a categoria – apesar do descontentamento dos “redneck” mais tradicionalistas com o formato de corrida com segmentos e título decidido em playoffs – não tiveram motivo para reclamar: tivemos “Big One” na sexta-feira (na Truck Series), no sábado (na Xfinity), no domingo (logo na volta 14 da Daytona 500) e na segunda feira (última volta da corrida, com direito ao Fusion do Keselowski ficar parecendo um Focus Hatchback de tanta pancada nas duas pontas do carro). E pela 8ª vez na história um piloto consegue sua primeira vitória justamente na mais famosa corrida do calendário. Dessa vez a honra coube a Michael McDowell, que conseguiu desviar do enrosco entre os dois pilotos principais da Penske com o carro #34 da Front Row Motorsport para estar na frente quando a bandeira amarela foi acionada na reta final do circuito. Em 2º lugar chegou o atual campeão, Chase Elliott, que fez uma grande corrida apesar de ter liderado apenas 3 voltas das 200 da prova. Em 3º terminou Austin Dillon, em uma corrida muito consistente e regular, sempre mirando as oportunidades de se manter na primeira metade do pelotão. Em 4º e 5º terminaram os dois principais nomes da temporada passada, Kevin Harvick e Denny Hamlin, sendo que principalmente Hamlin fez aquilo que melhor sabe fazer: venceu os dois primeiros segmentos, mas na hora decisiva... “afinou”. É, ele teve grandes chances de vencer pela 3ª vez consecutiva a corrida, mas no fim esse 5º lugar ainda acabou sendo um prêmio, sem Keselowski e Logano se enroscando ele teria terminado razoavelmente para trás. Quem também foi envolvido no acidente da última volta foi Kyle Busch, que não conseguiu refletir na corrida o se bom desempenho nos Duels no meio da semana. Agora vamos ver semana que vem, que a prova será no circuito misto de Daytona. Até a próxima! Alexandre Bianchini |