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Da F-E aos eventos da NASCAR e WRC: não faltaram opções PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 01 March 2021 09:41

Olá leitores!

 

Não dá pra dizer que não teve opções esse final de semana: elétricos na Arábia Saudita, WRC na neve e os enormes V-8 da NASCAR na Flórida.

 

Vamos começar com a abertura da temporada da Fórmula E, em 2 corridas noturnas – aliás, fica a sugestão, corrida noturna acabou sendo muito legal, bem melhor que a média das corridas diurnas – e com alguns nomes novos pra movimentar a categoria. A prova de sexta-feira foi vencida por Nyck de Vries, que soube aproveitar com maestria a pole position conquistada e venceu de ponta a ponta. Nem mesmo o safety car provocado pelo enrosco entre Alex Lynn e Sam Bird abalou a superioridade do holandês da Mercedes. Em 2º lugar chegou Edoardo Mortara, que fez uma das ultrapassagens mais bonitas da história da categoria, deixando pra trás de uma só vez Mitch Evans (que teve que se contentar com o degrau mais baixo do pódio) e Wehrlein, que perdendo ritmo ainda conseguiu defender um 5º lugar. Quanto aos brasileiros, Lucas Di Grassi terminou em 9º após uma grande corrida de recuperação e Sergio Sette Câmara pagou pelo noviciado na categoria e terminou em 20º lugar. Já a corrida do sábado acabou antes do previsto, por conta da bandeira vermelha provocada pela capotagem de Alex Lynn após bater na traseira de Mitch Evans. Felizmente foi só o susto e o prejuízo material. A vitória ficou com Sam Bird, que assumiu a liderança após uma excelente largada, com Robin Frijns terminando em 2º lugar e... na pista, o 3º lugar foi de Vergne. Entretanto, como ele não tinha utilizado por duas vezes o Modo Ataque, obrigatoriedade prevista em regulamento, acabou sendo punido e caiu para 12º lugar. Melhor para António Félix da Costa, que herdou o degrau mais baixo do pódio, e também para Sérgio Sette Câmara, que largou em 2º lugar e, com a punição a Vergne, terminou em 4º lugar. Já Di Grassi acabou concluindo a prova em 8º lugar, mais um que se beneficiou com a punição. Gostaria de deixar um elogio para a transmissão da TV Cultura, muito bem feita, sem ufanismos e com comentários que realmente acrescentam ao espectador. Feliz em saber que estamos bem servidos na transmissão.

 

O WRC foi até a Finlândia para uma prova com muita neve e muita velocidade. As imagens das câmeras onboard dos carros andando a perto de 200km/h em um piso não exatamente aderente como a neve são impressionantes. E a vitória em condições tão complicadas ficou nas mãos do estoniano Ott Tänak (Hyundai), que liderou desde o começo e, sem grandes dificuldades, venceu por pouco mais de 15 segundos a jovem (20 anos) esperança local Kalle Rovanperä (Toyota), que com esse resultado se torna o mais jovem piloto a liderar uma temporada do Mundial de Rali. O degrau mais baixo do pódio ficou nas mãos de Thierry Neuville (Hyundai), que assume com isso a vice liderança na pontuação.

 

E já que estamos no campo do rali, na noite de sexta-feira Hannu Mikkola, aos 78 anos, perdeu a batalha contra o câncer. Teve 18 vitórias na categoria máxima do rali, em uma longa carreira (19 anos) em que passou dos carros “normais” que participavam dos ralis nos anos 60 e 70 aos monstros do Grupo B, sendo o primeiro campeão de rali com um carro de tração integral, em 1983 com o Audi Quattro. Venceu 7 vezes o prestigioso rali de sua terra natal, o Rali dos 1000 Lagos, além de ter vencido uma das mais sensacionais provas já disputadas, o rali feito de Londres até o México em 1970 como comemoração da Copa do Mundo de Futebol, que seria disputada meses após naquele país latino-americano. Por 2 vezes foi vice campeão e por outras 2 terminou o campeonato em 3º lugar Resquiat in pace, campeão.

 

E já que estamos no clima de obituário, terça feira foi anunciada a morte de Fausto Gresini, dono da equipe de motovelocidade com seu nome e que lutava desde o final do ano passado com as complicações decorrentes da Covid-19. Infelizmente, mais uma vítima do vírus de comportamento mais imprevisível dos últimos tempos. Resquiat in pace. Sobre a etapa no norte da Finlândia, recomendo a leitura da coluna dos nossos especialistas italianos. Como boa novidade do ano, o canal Fox está transmitindo ao vivo as disputas no final de semana.

 

Na Fórmula 1, a equipe de transmissão da Bandeirantes está quase completa. Após a contratação de Sérgio Maurício para narrar, confirmou-se a presença de Max Wilson (excelente escolha) e consta que o acerto com Felipe Giaffone está próximo. Em sendo isso, são válidas contratações para acompanhar o mestre Reginaldo Leme e a competente Mariana Becker. Saindo dos bastidores no Brasil para os bastidores lá na Europa, Sérgio Pérez já percebeu que sua tarefa em 2021 não será das mais fáceis, já que tanto no simulador como no carro em um dia de filmagem ele percebeu que o comportamento do carro da Red Bull exige que o piloto se adapte a ele, não adaptar o carro ao piloto. Mais ou menos a história da moto da Honda na MotoGP, feita sob encomenda para o estilo do Marc Márquez, e os outros que se adaptem. A Red Bull faz o carro para o estilo do Verstappinho, e o companheiro de equipe que se vire.

 

E a NASCAR foi até Homestead para a 3ª corrida da temporada, em uma corrida estranhamente chamada Dixie Vodka 400. Eu juro que achava que a bebida preferida do pessoal da “Dixieland” era o moonshine wiskey, mas... vivendo e aprendendo. Descobri que eu tolerava corridas nessa pista quando valiam a decisão do campeonato, mas corrida em Homestead no começo da temporada é o tipo de coisa mais chata que lâmina de barbear. Deu sono a maior parte da corrida. As exceções foram os finais do segundo e terceiro segmentos, que conseguiram ser interessantes. O resto da corrida... socorro. Primeiro segmento foi vencido sem maiores dificuldades por Chris Buescher, e o segundo segmento ficou nas mãos de William Byron em uma manobra cirúrgica: enquanto Denny Hamlin e Martin Truex se digladiavam para ver quem chegaria na frente indo para a parte de cima da pista na última curva, ele mergulhou para a parte de baixo da pista, deixou os dois para trás e levou o segmento nos metros finais. Hamlin, claro, reclamou do Truex, já que reclamar é o que o pipoqueiro, digo, carteiro faz melhor. A vitória acabou ficando nas mãos de quem mais merecia: William Byron liderou 102 das 267voltas da corrida e fez por merecer a segunda vitória de sua carreira e o carimbo no passaporte para os playoffs. Em 2º lugar chegou Tyler Reddick, que foi grandioso nas voltas finais e não teve muita cerimônia para passar por adversários muito mais experientes. Em 3º terminou Martin Truex Jr., em 4º Kyle Larson e fechando o Top-5 estava Kevin Harvick. Um dia não muito auspicioso para a poderosa equipe Penske, cujo carro melhor colocado foi o de Brad Keselowski, em 16º lugar. Lamentavelmente o vencedor do primeiro segmento perdeu muito rendimento na parte final e terminou apenas no 19º lugar.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini