Olá leitores!

Tudo bem convosco? Espero que sim. Vivemos nesse momento duas realidades distintas. Enquanto aqui na República Sebastianista da Banânia toda e qualquer competição a motor foi adiada por conta da irresponsabilidade de considerável parcela dos tapuias, que por conta própria resolveram que já podiam se aglomerar e dispensar todo e qualquer cuidado de prevenção contra a propagação do COVID-19, gerando inclusive novas variantes com maior velocidade de contaminação e dessa maneira sobrecarregando as UTIs não apenas no sempre precário sistema público de saúde, mas também nos hospitais particulares, na parcela pensante do planeta os preparativos para os campeonatos que ainda não começaram estão a pleno vapor.

No Bahrein tivemos talvez a mais curta pré temporada da história da Fórmula 1, que ao menos foi na mesma pista em que começará a temporada, nos poupando dos chatíssimos e inconclusivos testes em Montmelò. A pista catalã até pode ter sido um parâmetro de testes em tempos passados, mas com os atuais autódromos do calendário basicamente o que conseguia ser apurado lá servia muito bem para a corrida... da Catalunha. Evidentemente não entrarei em méritos de tempos de volta, por serem inúteis em um período em que o objetivo é testar as modificações planejadas na prática. O que diz muito mais a respeito é a quantidade de voltas dadas na pista, e nesse ponto testou mais foi quem precisava testar mais: as equipes que ano passado sofreram com os motores Ferrari foram as que mais voltas deram na pista, e previsivelmente aquelas com motores Mercedes andaram menos – com a honrosa exceção da McLaren, que trocou do Renault para o Mercedes para essa temporada e precisava fazer quilometragem para entender melhor a nova fonte de propulsão na prática. Apenas acho que 3 dias foi pouco, muito pouco para poder avaliar qualquer coisa de maneira eficiente, mas como vivemos em tempos de contenção de custos... outra curiosidade desse período em terras barenitas: o governo ofereceu a todos os integrantes da comitiva da Fórmula 1 a vacinação contra o vírus. Novamente, colocamos em contraponto as atitudes bananeiras e... dá vontade de sentar na calçada e chorar.

No mundo das 2 rodas, além da publicação de uma série de vídeos com Marc Márquez fazendo exercícios, pessoalmente fui surpreendido com o anúncio que ele estará na relação de inscritos para a primeira prova da temporada. Eu espero sinceramente que seja apenas uma maneira de garantir a ele completo acesso às instalações da pista para material promocional dos patrocinadores, e até fotos sentado sobre a moto. Não gostaria de ver ele – novamente – pulando etapas na recuperação. Talvez ele devesse ter uma conversinha com Freddie Spencer a respeito de pilotar moto com o braço não estando em perfeitas condições... mesmo o problema do Freddie sendo completamente diferente, não é legal forçar o que não deve ser forçado nesses momentos. E para mostrar a união familiar, Alex Márquez foi algumas vezes ao chão e acabou fraturando o pé. Família que se quebra unida permanece unida? Não tenho certeza, mas...

A NASCAR foi para o palco da decisão do ano passado, Phoenix, para uma etapa com poucas bandeiras amarelas e emoções também limitadas. A corrida se pareceu muito mais com aquelas etapas “jogo de xadrez” da fase decisiva que com uma etapa do começo do ano. Certo que a pista não é das que mais permite mudanças de posições: dentre os 10 primeiros colocados, apenas o 6º (Kevin Harvick) não largou entre os 10 primeiros, tendo feito uma bela “escalada” do 18º ao 6º lugar. Tudo indicava que a Penske daria as cartas, com os 3 primeiros colocados no 1º estágio (vitória de Ryan Blaney) e com a vitória de Logano no 2º estágio... mas aí veio o 3º estágio, e na última relargada a 25 voltas do final Martin Truex Jr. surpreendeu Logano com uma retomada de velocidade excelente, assumindo a ponta na curva seguinte para não mais sair de lá e conquistar sua primeira vitória em Phoenix. Logano – visivelmente decepcionado – teve de se contentar com o 2º lugar, com Denny Hamlin em 3º lugar, Keselowski em 4º e o atual campeão fechando o Top 5. Notável a corrida de Aric Almirola, saindo de 32º para 11º ao fim das 312 voltas.

Até a próxima!