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Domingo de corridaças e frustrações PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 29 March 2021 00:08

 

Olá leitores!

 

Enfim um final de semana com as duas principais categorias das duas e das quatro rodas: as estreias do Mundial de Motovelocidade e do Mundial de Fórmula 1 foram muito aguardadas pelos fãs e as corridas fizeram jus à expectativa. Ficou faltando nesse final de semana apenas a NASCAR na pista de Bristol coberta de terra, mas a chuva não permitiu, transformando a pista em uma grande bacia de lama. O pessoal da Truck Series até tentou andar na pista, mas não tinha condição alguma de tentar circular com a lama levantada pelo competidor da frente. Se o tempo permitir, as duas corridas deverão acontecer nessa segunda feira... tenho minhas dúvidas, mas enfim, o planejamento é esse.

 

Começando com a Fórmula 1, que teve uma estreia em grande estilo, em que pese o resultado final da corrida tenha sido o famoso “mais do mesmo”. Previsível foi também a rodada logo na primeira volta (provocando a entrada do safety car, enfim um carro não Mercedes após muitos e muitos anos) do Mazepin, afinal de contas dinheiro compra vaga na equipe, mas não compra talento... para sorte dele o papai tem dinheiro suficiente para pagar todos os prejuízos que o pimpolho causará na Haas esse ano. E aparentemente o Sebastian Vettel saiu da Ferrari, mas a Ferrari do ano passado não saiu dele, haja vista os resultados apresentados neste final de semana...  conseguiu aparecer apenas quando cometeu erros na pista e na hora da disputa de posição com o “desaposentado” Fernando Alonso, que detonou os freios do carro e teve de abandonar, ao contrário do companheiro de Alpine Esteban Ocon...

 

Vitória ficou nas mãos do Lewis Hamilton, e não temo dizer que, menos ostensivamente que no Canadá, mas novamente teve o dedo dos Deuses do Olimpo, ops, comissários da FIA na vitória. Hamilton e Bottas passaram boa parte da corrida utilizando aquela área de escape na saída da curva 4, mas quando o Hamilton foi ultrapassado no final da corrida os comissários pediram rapidamente para o piloto que ultrapassou o Hamilton devolver a posição... já disse, e repito: se é apenas para aplicar a letra do regulamento SEM INTERPRETAÇÃO, o cargo de comissário de prova é mais inútil que anjo da guarda do John Fitzgerald Kennedy. Para aplicar punições sem interpretação, existe algo melhor e mais barato que comissários chamado “sensores eletrônicos”. Tirem aqueles senhores de ego inflado e com decisões para lá de questionáveis e coloquem os sensores, que punirão igualmente todos os que infringirem o limite de pista, e não apenas alguns. Já o Sancho Pança, digo, Valtteri Bottas, terminou sem grandes problemas em 3º lugar, posição boa levando em conta a estratégia digna de Ferrari que a Mercedes aprontou para ele e a troca de pneus não exatamente veloz.

 

Em 2º lugar, contrariado e com todos os motivos para isso, chegou Max Verstappen. Muito veloz nos treinos, estava com um carro bastante rápido na parte final da prova, e poderia ter vencido sem a parcialidade dos “especialistas em regulamento” lá na torre de controle. Seu companheiro Sérgio Pérez (5º) foi definitivamente o melhor piloto da corrida: largou dos boxes por conta de uma pane elétrica apresentada pelo carro na volta de apresentação, conseguiu fazer funcionar a estratégia pensada pela Red Bull para a recuperação de posições, e terminou apenas 5,5 segundos atrás do 4º colocado... excelente resultado para o mexicano, que mostrou que a decisão de contratar um piloto “de fora” do universo Red Bull para companheiro do Max foi acertada.

 

Em 4º terminou Lando Norris, feliz com o resultado e o ritmo encontrado durante a prova, e mostrando que efetivamente o 3º carro mais rápido nesse começo de temporada pertence à McLaren. Seu companheiro Daniel Ricciardo (7º) também se mostrou satisfeito com o resultado, levando em conta ainda estar se acostumando a um carro razoavelmente diferente daquele que ele pilotou nas últimas temporadas. Deve apresentar resultados melhores mais próximo do meio da temporada.

 

Em 6º chegou Charles Leclerc, fazendo o que foi possível com o carro da Ferrari, que melhorou um pouco em relação ao ano passado (afinal, piorar seria muito difícil), mas ainda não tem um ritmo de corrida que permita brigar na frente. Seu companheiro Carlos Sainz Jr. (8º) não fez uma má corrida na sua estreia pela vermelhinha de Maranello, e tirou do carro aquilo que ele poderia oferecer. Não nos iludamos, a Ferrari é isso aí, 4ª força do campeonato, dependendo de como a Alpha Tauri evoluir 5ª força.

 

Por falar em Alpha Tauri, bela estreia do Yuki Tsunoda na equipe, com um consistente 9º lugar e uma corrida sem cometer erros. Como bônus, passou o “desaposentado” Fernando Alonso em uma bela manobra. Seu companheiro Pierre Gasly (17º) foi muito bem na classificação, mas teve azar na corrida, com um toque que quebrou a asa dianteira, e os destroços da asa acabaram danificando o assoalho do carro... daí para frente não tinha muito o que fazer. Para completar o quadro desfavorável, apresentou um problema de câmbio no final, fazendo a equipe o chamar para os boxes em definitivo para evitar a quebra total da peça.

 

Fechando a zona de pontuação chegou Lance Stroll, cujo 10º lugar talvez não faça jus ao que ele apresentou na corrida, especialmente ao disputar posição com Alonso. Ele já fez corridas piores e terminou mais à frente. De qualquer forma, foi melhor que seu experiente companheiro de equipe Sebastian Vettel, que talvez precise ser avisado que 2020 já acabou, haja vista que o desempenho foi digno dos piores momentos dele ano passado.

 

Próxima corrida será em Imola, onde espero que tenham comissários de pista que saibam para quê eles estão lá, ou seja, interpretar o regulamento... fossem comissários brasileiros eu juro que daria um desconto, já que ler não está entre os maiores hábitos da nação e, definitivamente, interpretação de texto está em extinção em terras tapuias, mas vindo de países com níveis educacionais melhores que os da República Sebastianista da Banânia eu não perdoo não. Errar é humano, perdoar é divino, mas não sou Deus.

 

Também no deserto, só que dessa vez do Catar, começou o Mundial de Motovelocidade com uma corrida absolutamente eletrizante na Moto3, e quando eu digo eletrizante significam 10 motos disputando os 3 lugares do pódio na última volta... nem dava direito pra respirar. Vitória do Jaume Masià, aquele que estava na hora certa e no momento certo para vencer. Na Moto2 tivemos uma excelente corrida de recuperação do Sam Lowes, uma das mais incríveis que já vi, a propósito. Vitória mais do que merecida. Na categoria rainha, a MotoGP, a corrida acabou sendo mais cerebral, e a emoção mais espaçada – o que não quer dizer que a corrida foi chata, longe disso. A vitória acabou ficando com Maverick Viñalez, que tinha pneus em melhor estado nas voltas finais e se valeu disso para assumir a liderança e conquistar uma vitória que a equipe oficial da Yamaha esperava há um bom tempo. Foi acompanhado no pódio por Johan Zarco em 2º com a Ducati da Pramac e por Francesco Bagnaia em 3º, com a Ducati oficial. O atual campeão Mir terminou em 4º após perder 2 posições ao alargar a trajetória na última curva e ser “engolido” pela maior potência dos motores Ducati de Zarco e Bagnaia. Por sinal, nos treinos do sábado Zarco marcou a maior velocidade máxima registrada na categoria, retirando o recorde do Dovizioso: alcançou 362,4 km/h. Sobre duas rodas, vamos lembrar. Definitivamente eu não sei se aí é caso de coragem ou outra coisa... o “king Kong” do domingo ficou com a equipe SRT Yamaha: Valentino Rossi (com moto oficial) em 12º e Franco Morbidelli (com a moto do ano passado) em 18º. Que fase...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini