E aê Galera... agora é comigo! Estava aqui no hotel sem muitas ideias para escrever minha coluna da semana quando lembrei do que li ontem a noite na Coluna Radar, escrita pelo Falcon, o nosso boneco em ação, natural do Rio de Janeiro ontem a noite. Ele deu uma “esculachada educada” no assessor de imprensa do Enzo Fittipaldi, que esteve treinando pra estreia da categoria nesse final de semana. Eu vou pegar um pouquinho mais pesado. Como os pilotos e as categorias internacionais não são assunto da minha coluna, não sabia se tinha chegado algum release do assessor de imprensa do Enzo Fittipaldi sobre os treinos da PRO2000. Só tinha um jeito de saber: perguntei pra minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia. Ela respondeu que não. Na minha página do Facebook tenho visto com alguma frequência uns tutoriais de jornalismo feitos por uma ‘Coach’ chamada Patricia Alves. Tenho gostado do que vejo: uma linguagem inteligente, acessível e umas dicas bem interessantes. Em todo caso, não pretendo trocar minha vida de pequeno empresário pela do jornalismo, mas posso dizer, com segurança, que tem muito coleguinha das salas de imprensa que deveriam contratar a Patricia Alves para ajudá-los no trabalho. Patricia Alves vem apresentando vários tutoriais sobre o trabalho dos jornalistas e assessores de imprensa. Aproveitem! Durante os quase dois anos que fui editor chefe no Nobres do Grid, tarefa que o Capitão passou pra mim em 2013, sempre fui contra (e ainda sou), a reprodução integral e literal dos releases que recebemos. Até “batizei” os coleguinhas que fazem isso como “a turma do copy/paste”. Como eu lia o que se publicava em vários sites, lia o mesmo texto, com todas as vírgulas, em vários deles. Qualquer um pra escrever alguma coisa tem que ter a capacidade de criar seu próprio texto. Se você copia e cola o texto de outro você não tá fazendo coisa (a interjeição não era bem essa...) nenhuma. E que ninguém venha com papinho de que está prestigiando o coleguinha... isso é comodismo ou preguiça! Nesse meu tempo como “chefe”, fui fazendo uma rede de contatos com os assessores das categorias e pilotos para encaminhar esses releases dos seus clientes e com o material que eles enviavam, eu direcionava para os colunistas usarem os dados que estavam nos releases, como o resultado final de uma corrida, a classificação do campeonato, algum recorde de volta, alguma foto enviada, mas deixava bem claro que não ia aceitar cópia de texto. Depois que eu deixei a editoria, vi que esse método foi mantido. Eu uma sala de imprensa tem gente com grandes clientes e gente que procura um meio de pagar os boletos no fim do mês. Esse trabalho de assessor de imprensa certamente não é gratuito e como o profissional é remunerado, ele tem a obrigação de fazer seu trabalho direito. Aí eu pergunto: todos fazem? Eu via uns releases que falavam de alguns pilotos que eu morria de rir (e de pena) com o que o assessor tinha que fazer. O piloto tinha feito uma corrida horrível, chegado no fundo do pelotão, rodado sozinho na pista e o coitado do assessor tinha que falar bem da corrida do cara, que tinha sido um aprendizado, que “quase chegou nos pontos”, etc. Eu não teria esse jogo de cintura e jogaria a coisa (novamente, a interjeição não é essa...) toda no ventilador. Só que o assessor tem boletos pra pagar e não pode perder o cliente. Do outro lado, se o assessor (ou assessora) é pago, tem que fazer o seu trabalho. A gente tá falando do neto do Emerson Fittipaldi, o assessor (que os coleguinhas sabem quem é) é famoso, tem muitos clientes importantes (vivos e até mortos) e não escreve nada sobre os testes do cliente. Se liga nas paradas, coleguinha... aposto que tá cheio de olho gordo (e magro) no teu cliente. O Falcon teve que se virar procurando informações nos sites americanos pra conseguir escrever alguma coisa, enquanto no mesmo autódromo, no Road to Indy, Kiko Porto, piloto da USF2000, teve seu trabalho nos testes apresentado por sua assessoria. Procura a Patricia... ela pode te ajudar. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Como prometi na semana passada, deixei as pílulas da Fórmula 2 para esse final de semana. Lá vão elas! - A Band contratou o ‘Sinestro’, que eu considero o melhor narrador de automobilismo do Brasil, no ano passado pra narrar a Stock Car. Tudo bem que foram atrás do ‘Ligadíssimo Caprichoso’ pra narrar a F1, mas custava nada deixar o Sinestro com a F2? - Eu gosto muito do ‘Lá Vão Eles’ (preciso arranjar um apelido melhor pra ele), ele apresenta bem o programa semanal que as vezes vejo o VT no final de semana, mas como narrador... falta! Alô Band, coloca o ‘Sinestro’ na próxima. - Como costuma fazer na Porsche Cup, nossa categoria Gourmet, o ‘Prosdócimo’ (ele não é nenhuma Brastemp, mas quebra o galho) deu suas derrapadas, mas não comprometeu o geral. Mas com o “Q.I.” que ele tem, nem precisa se esforçar muito... - Quem mandou bem pra caramba (a interjeição não era bem essa...) foi o ‘Mr. Burns’ (ver Simpsons). Ele manda bem desde as transmissões da Indy e fez o que a gente que assiste corridas na TV espera de um comentarista: mostrou conhecimento, não falou bobagem (a interjeição não era bem essa...) e conseguiu antecipar os movimentos de estratégia das equipes. Mandou muito bem. - Nesse final de semana teve uma corrida diferente... uma corrida de carros tipo os do Dakar, só que elétricos. E diferente do Dakar, com 3 carros largando juntos... levantando areia uns nos parabrisas dos outros. Tinha tudo pra dar problema (e eis que a interjeição se repete...) e deu! Sorte que só teve uma batida. Podiam ter sido mais. - Eu gostaria de saber qual é o problema em se procurar um fonoaudiólogo nesse meio do jornalismo. O narrador da Extreme-E é o narrador das atrações do Cartoon Network, mas eu achava que ele “fazia a voz” para o canal dos desenhos e não que aquela fosse a voz dele. - Será que teremos mais adiamentos de corridas nesta semana? Espero que não. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar |