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Ninguém vence a Indy 500 sem um grupo forte / O resultado do teste com o ‘push to pass’ no IMS PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 07 April 2021 12:00

Tudo bem, pessoal? Espero que sim.

 

Nesta quarta-feira, já em plena primavera aqui nos Estados Unidos, estou seguindo para Indianapolis, onde treinarei nesta quinta e sexta com o carro da Meyer Shank Racing no mais famoso oval do mundo, o Indianapolis Motor Speedway. Como já contei na semana passada, será um treino coletivo muito importante porque será a primeira vez que andarei com minha nova equipe na pista em que farei minha reestreia na categoria.

 

Pela primeira vez a equipe fundada pelo Mike Shank terá dois carros na IndyCar, sempre nas seis corridas das quais farei parte. O outro carro é do Jack Harvey, que cumprirá a temporada toda.

 

Mas além das questões técnicas, que obviamente são fundamentais, há uma outra que quero me aprofundar na coluna de hoje. Trata-se do entrosamento com a equipe e a avaliação de todo o potencial técnico e humano disponível.

 

Evidentemente que hoje a Indy 500 tem um formato diferente. Mesmo assim, são 15 dias de convivência diária com o mesmo grupo focando todos os esforços para o dia 30 de maio. Depois de disputar 20 edições desta corrida sensacional e histórica, todas pela Penske, aprendi que uma vitória começa a ser construída muito tempo antes do dia da disputa.

 

  Para vencer as 500 Milhas de Indianápolis não basta ser um grande piloto: é preciso uma equipe forte e bem entrosada.  

 

Essa dinâmica acontece no respeito às individualidades, na comunicação clara sobre cada aspecto da preparação, no enfrentamento do problema no exato momento em que acontece, no encorajamento para que qualquer problema seja superado, enfim, num profundo processo de empatia.

 

Às vezes, na programação para uma prova curta, com pouco tempo de treino, muita coisa acaba passando. Mas na Indy 500, quando tudo é diferente e mais intenso, todas as arestas precisam ser aparadas. Não há espaço para ignorar situações que podem ser resolvidas.

 

Vou dar um exemplo simples. Imaginem que um membro do time possa estar tendo dificuldades em uma certa operação. Há duas maneiras de encarar isso: enfrentar ou deixar pra lá. Minha postura é sempre de enfrentar.

 

Se a gente deixa pra lá, além de um prejuízo de performance que pode ir se avolumando, perde-se a oportunidade de encontrar uma solução satisfatória e de maneira tranquila. E conceitualmente, isso vale para qualquer situação. Quanto mais a gente adia a resolução de um caso, mais difícil será no futuro porque, obviamente, corre o risco de se avolumar.

 

É por isso que estou convencido de que o entrosamento é um dos fatores decisivos para uma conquista, que não é e nunca foi individual, mas sempre coletiva. E garanto que não tem nada de filosófico nessa afirmação, é a pura realidade.

 

Cada membro da equipe é um ente valioso na construção de um objetivo, indo muito além de mera tarefa profissional. O sentimento de cumplicidade em torno de uma missão, como vencer a Indy 500, faz com que cada um se torne um gigante. Por experiência eu digo sem medo de errar: a vitória no Indianapolis Motor Speedway está reservada para um grupo de gigantes.

 

É isso, amigos. Semana que vem eu conto como foram esses dias.

 

Forte abração e se cuidem!    

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

Olá Amigos,

 

Na semana passada escrevi sobre o teste que aconteceria no Indianapolis Motor Speedway visando mudanças que a Indy Car Series está estudando para a temporada de 2023 na configuração de seus motores, com a inclusão de tecnologia híbrida.

 

O “Push-to-Pass”, como nós nos habituamos a chamar, usado no INDYCAR em circuitos mistos e circuitos de rua desde 2009, dá aos pilotos um pequeno aumento de potência que auxilia nas ultrapassagens. Ele nunca foi usado em uma corrida de pista oval e, embora tenha sido testado três vezes ao longo dos anos em diferentes locais. Na última sexta-feira foi sua primeira experiência no icônico IMS de 2,5 milhas.

 

Quatro pilotos da categoria, liderados pelo seis vezes e atual campeão da temporada Scott Dixon da Chip Ganassi Racing e também por Alexander Rossi da Andretti Autosport, vitorioso na Indy 500. Além deles, testaram foram o campeão de duas temporadas Josef Newgarden da Equipe Penske e o 2020 Indy 500 Rookie do Ano de 2020, Pato O'Ward. Utilizaram o novo motor V6 de 2,4 litros, biturboalimentado, que estreará em 2023 com este novo recurso para os ovais.

 

Dixon, Rossi, Newgarden e O’Ward e suas equipes participaram de um teste aerodinâmico no IMS em novembro, e os ajustes feitos então foram validados nesta sessão. Honda e Chevrolet tiveram, cada uma, duas equipes participando hoje.

 

  Os pilotos gostaram da experiência com o novo motor e o "push-to-pass" dos ovais, mas ainda há muito o que se testar. 

 

Os pilotos passaram mais de duas horas na tarde de sexta-feira correndo para simular as condições da corrida. Eles receberam variáveis ​​diferentes para cada stint de 20 voltas, com algumas durações de “Push-to-Pass” programadas para abranger apenas cinco segundos, outras mais. Cada duração mudava a velocidade com que os carros alcançavam o final das longas retas da IMS, com intervalos de 380 mph a 376 mph. Os pilotos se mostraram mais acessíveis à acionamentos curtos.

 

A troca dos motores para 2023 já irá proporcionar um ganho de 100 cv e o “Push-To-Pass” irá adicionar algo entre 50 a 70 cv. Os testes anteriores Push-to-Pass ovais foram realizados em Pocono Raceway, Phoenix Raceway e World Wide Technology Raceway, mas com uma geração anterior do sistema Push-to-Pass. Os quatro pilotos acharam a experiência e a possibilidade como algo positivo.

 

Os testes regulares da temporada que terá início em dez dias, em Barber, Alabama, recomeçaram nesta terça e prosseguem na quarta-feira, no Texas Motor Speedway, em preparação para o Genesys 300 e XPEL 375 em, 1° de maio, no oval de 1,5 milhas.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs