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Dia das Mães com F1, F-E e NASCAR PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 10 May 2021 03:02

Olá leitores!

 

Neste final de semana no qual no domingo as mães foram homenageadas, muita velocidade para nosso deleite, fãs do esporte a motor que somos. Do zumbido dos elétricos ao ronco dos V-8 da NASCAR, o gosto do fã foi atendido.

 

A Fórmula Um foi para aquela que tradicionalmente é a corrida mais chata do ano, e realmente a pista de Montmelò não decepcionou: corrida mais chata que lâmina de barbear. Junte-se ao problema aqui no Brasil um narrador que estava em seus piores dias, e foi um desafio acompanhar a prova.

 

Vitória previsível de Lewis Hamilton, para coroar o final de semana em que ele atingiu a histórica marca de 100 pole positions na carreira. A competência do inglês ao volante aliado ao auxílio propiciado pelo estrategista da Red Bull (que quis homenagear a Ferrari, acredito) garantiram que Lewis desse um enorme passo em direção ao 8º título na categoria. Seu companheiro Sancho Pança, digo, Valtteri Bottas, como sempre demonstrou ser rápido em uma volta, mas não tem constância para ser rápido a corrida inteira.

 

Em 2º chegou Max Verstappen, que definitivamente sentiu-se como um piloto da Ferrari nesse domingo, com a equipe estragando na mureta do boxe o trabalho que ele arduamente conquistou na pista. Enfim, ele faz parte dessa geração de pilotos que não discute com o engenheiro e o estrategista e aceita as ordens sem questionar. Parto do princípio que o piloto, ali dentro do carro, sabe melhor que o cidadão sentado na banqueta em frente aos monitores o que está acontecendo com o carro. Se ele ao menos não questiona... tem que aceitar. Seu companheiro Sérgio Pérez (5º) ainda não se adaptou completamente ao carro, de comportamento bem mais arisco ao que ele estava acostumado, e não fez uma má corrida. Não foi nada excepcional, mas não dá pra dizer que foi ruim; já mostra mais resultados, entretanto, do que os outros companheiros que Max teve recentemente.

 

Em 4º terminou Charles Leclerc, conseguindo o melhor resultado possível na atual fase da Ferrari, e com um sorriso no rosto pelo resultado obtido. A ótima largada contribuiu para o resultado, com certeza, já que além de chata a pista é de difícil ultrapassagem. Seu companheiro Carlos Sainz Jr. (7º) não estava satisfeito com o resultado, mas reconheceu que não largou bem como Leclerc e evidentemente esse tipo de erro prejudica o desenrolar do resto da corrida todo (desde que você não tenha um Mercedes na mão, claro).

 

Em 6º chegou Daniel Ricciardo, arrancando o desempenho que o carro da McLaren permitia nesse final de semana. A boa velocidade nas retas não foi suficiente para chegar mais próximo dos pontos, mas foi boa para manter um dos Ferrari atrás dele. Seu companheiro Lando Norris (8º) reconheceu que o resultado não foi o desejado, mas foi o possível naquela pista.

 

Em 9º terminou Esteban Ocon, fazendo o que foi possível com o seu Alpine. Já foi um avanço, afinal ano passado nenhum dos carros da então Renault chegou na zona de pontos, e essa vez um deles pontuou sem auxílio de quebras adiante. Não se deve tirar o mérito de Ocon para alcançar esse resultado, já que o famoso companheiro de equipe dele, Fernando Alonso, reclamando horrores da estratégia da equipe (era questão de tempo para ele começar a reclamar... eu achava que iria demorar até a Inglaterra, mas o Semeador da Cizânia começou antes), terminou apenas em 17º lugar.

 

Em 10º lugar, reclamando horrores dos Deuses do Olimpo (também conhecido como “comissários”), chegou Pierre Gasly, que recebeu uma punição de 5 segundos por conta de ter parado na largada com o pneu dianteiro à frente do colchete que marca o lugar de largada ao invés de atrás... como o piloto não enxerga onde ficam as rodas por conta da estrutura lateral absurdamente alta adotada após 1994, e não existe uma marca na mureta indicando o lugar exato, não consigo considerar esse um “pecado capital” como os Deuses do Olimpo e o piloto de Stock que faz a tradução dos rádios das equipes consideraram. Se a posição exata de largada é tão importante, e como os carros têm sensores para tudo, poderia ter uma luz que acende no painel pra indicar que passou do ponto correto. Seu companheiro Yuki Tsunoda (20º) foi o único piloto a abandonar a corrida, com o motor apagando após uma subida mais forte na zebra.

 

Próxima corrida, Mônaco, vamos ver o que nos aguarda...

 

Esse sábado a Fórmula E correu em Mônaco, não naquele circuito curto das edições anteriores, mas na pista usada pela F-1 com a chicane do porto mais acentuada. O barulho de furadeira dos carros no túnel era difícil de aguentar, mas ao menos a corrida foi interessante. Afinal, por ser uma pista de Fórmula Um, é mais larga que os traçados habituais da categoria. O nome do dia foi António Félix da Costa: o piloto português fez a pole, mas teve muito trabalho para conseguir a vitória, duelando longamente com Robin Frijns e Mitch Evans pela liderança da corrida. A ultrapassagem que da Costa fez sobre Evans na última volta foi linda, e justamente na saída do túnel. A adoção do traçado completo foi uma decisão acertada da categoria, e espero que as lições aprendidas sejam aplicadas para a confecção de outros circuitos a partir da próxima temporada. A vitória ficou com Félix da Costa, acompanhado no pódio por Robin Frijns em 2º e um quase sem bateria Mitch Evans em 3º. A respeito dos brasileiros, Lucas di Grassi terminou em 11º (após largar em 17º) e Sérgio Sette Câmara largou em último e terminou em 16º, ao menos tendo o consolo de terminar à frente do companheiro de equipe (que foi 18º).

 

A NASCAR foi para Darlington para a tradicional prova “retrô”, onde os pilotos atuais homenageiam nomes do passado, e a corrida foi um show de Martin Truex Jr.: venceu o primeiro segmento, venceu o segundo, e quando todos achavam que a vitória ficaria com Kyle Larson (afinal, desde a adoção do formato atual de disputa, os vencedores de segmentos jamais tinham vencido a corrida), Truex foi lá e recebeu em primeiro lugar também a bandeirada final. Um domingo sensacional para o piloto do Toyota #19, que liderou 248 das 293 voltas da corrida. Larson tentou alcançar Truex, mas no final teve de se contentar com a 2ª posição, cruzando a linha de chegada a 2 segundos e meio atrás do vencedor. O 3º colocado, Kyle Busch, nunca chegou realmente a ameaçar a liderança (liderou apenas 9 voltas), mas do segundo segmento em diante ficou andando entre os primeiros com regularidade, e foi o melhor resultado que ele poderia esperar ao final. O Top 5 foi completo com William Byron em 4º lugar e Denny Hamlin em 5º. Foi bom ver novamente um carro da Roush terminar entre os 10 primeiros (Chris Buescher foi o 9º colocado), e foi curioso que os 2 primeiros carros a abandonar o fizeram da mesma maneira: batendo de frente na mureta da reta oposta (local antigo do pit lane) e com a frente do carro se dobrando para frente e pra baixo.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.