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Turismo Nacional faz a festa em Interlagos em dia de vira e fado PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 17 May 2021 21:30

E aê Galera... agora é comigo!

 

Este final de semana o Autódromo de Interlagos foi palco da abertura de temporada em seus domínios da maior e mais importante (eu falo isso sem demagogia) categoria de automobilismo do país: a Turismo Nacional.

 

É preciso falar a verdade: para quem só tem olhos para as categorias que vivem sob os holofotes (na verdade, umas lanterninhas de loja de R$ 1,99) da mirrada “imprensa especializada”, sim, porque é pequena, pouco vista e ignorada pelo público em geral e pelos meios de massa, com exíguos segundos de exposição, o automobilismo de uma forma geral um “esporte marginal”.

 

Então, os “pseudograndes” veículos de mídia do seguimento, que ignoram a existência de uma categoria do tamanho da Turismo Nacional, merecem mesmo serem ignorados pelo público em geral. É em categorias como o Turismo Nacional e nos Regionais dos estados que se faz aquele automobilismo Raiz (com R maiúsculo), onde o talento conta mais que o dinheiro e levar 66 carros para Interlagos é uma vitória, uma glória, ainda mais temos a Stock Car e a Stock Light como preliminares.

 

Com vamos deixar o melhor para o final, falemos das preliminares. Assisti a corrida com a Band, com narração do Sinestro, de voz afiada e uma pata quebrada, com comentários do Dr. Smith (ia ter... e teve!). Depois de superar o 2° colocado por ínfimos 5 milésimos, Gabriel Casagrande conseguiu contornar o ‘S’ da Sadia na ponta, mas contornou mai a curva do sol e foi atacado na reta oposta, por Diego Nunes – por dentro – e Allam Khodair – por fora – ambos pilotos da Blau Motorsport. Casagrande fechou a porta de dentro e Diego Nunes levou a pior (na pista). Na torre dos “comissacos” trabalharam (corretamente e, graças a Deus, a tempo) punindo o piloto paranaense com cinco segundos no tempo final de corrida.

 

Claro que a punição demorou e só veio no meio da corrida, depois da janela dos pit stops, quando Casagrande tinha pouco mais de quatro segundos de vantagem sobre Khodair, Casagrande tinha aumentar sua vantagem para cinco segundos para vencer e Khodair, que completou 40 anos no sábado, tinha que impedir isso.

 

Foi uma “guerra de push” entre os dois até o final e Gabriel Casagrande conseguiu cruzar a linha de chagada com 5,5 segundos sobre Khodair, vencendo, apesar da punição. Bruno Baptista completou o pódio, seguido de Cesar Ramos, Átila Abreu, Diego Nunes, Denis Navarro, Pedro Cardoso, António Félix da Costa e Galid Osman, que completaram os dez primeiros, que inverteram a ordem de chegada para a segunda prova.

 

Depois da “volta de arrumação”, a largada da segunda corrida foi dada e Galid Osman tomou a ponta antes mesmo do ‘S’ da Sadia. O portuga – convidado para substituir Ricardo Mauricio, que está com Covid – nunca tinha andado em Interlagos, mas conhecia os antigos carros da categoria, tendo corrido nas provas de duplas alguns anos atrás – saiu de 18° pra 9° na primeira prova e, na regra dos “noves fora” (essa é só pra quem tem mais de 40 anos) tomou a ponta depois da janela de pits, que foi decisiva nas estratégias de pilotos e equipes. Que o diga a equipe do gigante Meinha, que levou Daniel Serra da última colocação no grid da corrida 1 (punido por ter perdido uma peça que é fixada no motor para equilibrar o peso dos mesmos e, na pesagem após o treino, estar meio quilo abaixo do peso mínimo, fazendo-o perder a 4ª posição conquistada no treino) até a segunda posição na corrida 2. Apelido referente a um personagem de Chico Anísio, dado por Raul Boesel, o chefe da RC Eurofarma fez todo mundo de Pedro Bó em Interlagos!

 

 Feliz da Costa fez a festa em Interlagos (Imagem: reprodução TV)

 

O portuga cantou o fado, dançou o vira, deu entrevista, emocionado, levou o troféu pra casa... mas não somou os pontos! Antonio Felix da Costa, que foi convidado para correr no início da semana e substituir Ricardo Maurício, não foi filiado na Codasur, a Confederação Sulamericana da Automobilismo. O fato não o impedia de correr, mas ele não pontuaria e, com isso, não somou os 36 pontos conquistados.

 

No final da corrida 2 ainda tivemos a tentativa de decolagem de Gaetano Di Mauro, que tentou dar uma de motoboy e passar no meio dos dois carros (Daniel Serra e Guilherme Salas, na briga pela 2ª posição) à sua frente. A pancada foi feia, além de quase virar de cabeça pra baixo, bateu de lado no muro de concreto e espalhou destroços na reta para a abertura da última volta. A corrida terminou com bandeira amarela e o piloto, depois do atendimento, de um desmaio pela pancada e de ficar em observação, estava bem, felizmente.

 

 Gaetano Di Mauro sofreu um forte acidente na corrida 2. O piloto passa bem. (Imagem: reprodução TV)

 

Na Stock Light, pela internet, com o filho do Deus do Egito na narração e o Chuck, o brinquedo assassino que coça largando a assessoria e assumindo os comentários, na corrida do sábado Felipe Baptista, não deu chances aos seus adversários. Mesmo sem ter feito a pole position, largando na terceira posição, quando foi dada a largada ele não tomou conhecimento da dupla da equipe Motortech, Gabriel Robe e Arthur Leist, que largavam na primeira fila, enfiou o carro entre o pole e o muro dos boxes, tomou a linha de dentro, contornou o ‘S’ da Sadia na frente e deixou os dois para trás, mas não foi embora na primeira volta, com os carros da Motortech colados e os três abrindo do restante dos competidores, liderados pelo meu piloto, o Zezinho! Arthur Leist conseguiu acompanhar a tocada do líder – Robe ficou mais pra trás – e não deu sossego para Felipe Baptista, mas antes da metade da corrida, Baptista já tinha uma boa folga e poupando os “push”. Na P4, Zezinho tomava sufoco de Rafa Reis e perdia a P4. Ná última parte da corrida, Gabriel Robe saiu da disputa pela ponta. Leist ainda tentou na base do “push” buscar a ponta, mas não conseguiu tomar a ponta e o 100%, com 3 vitórias, de Felipe Baptista. Pra fechar o pódio, Rafa Reis furou o pneu na penúltima volta e meu piloto, o Zezinho, tomou a P3 de Gabriel Robe na última volta, mas a transmissão não mostrou.

 

Na corrida do domingo, com o grid invertido (promotor, com um grid de 16 carros – tivemos mais 1 carro em relação a Goiânia – pra quê inverter 10 posições?), os pilotos da Light tiveram que encarar a serragem e o que restou de fluidos do carro de Gaetano Di Mauro. Na largada, o poeirão de serragem subiu e deu problema (o advérbio não era bem esse...) no ‘S’ da Sadia e teve consequências 3 curvas depois: meu piloto, o Zezinho, que foi acertado no ‘S’ da Sadia, teve o carro avariado e na curva que apoiou do lado esquerdo, no laranjinha e ficou sem um pneu. Lucas Kohl, que largou na pole, assumiu a ponta, mas Gabriel Robe já era o P2 na volta 3, enquanto Arthur Leist era o P4 e Felipe Baptista o P6. Robe tomou a ponta na volta 5, mas Kohl não desistiu da briga. Rafa Teixeira, na P5, segurava Felipe Baptista e outros 3 atrás dele, só que na volta 7, ele rodou e tirou o tampão do pelotão, que ficou 6 segundos atrás dos 4 primeiros. Arthur Leist superou Lucas Kohl na volta 11 e foi atrás da vitória. No terço final de corrida, Leist tirou a diferença, mas a dobradinha ficou garantida, com Lucas Kohl fazendo um pódio 100% gaúcho na corrida 2.

 

 Fivemos duas ótimas corridas na Stock Light em Interlagos. (Imagem: Reprodução Youtube)

 

Agora vamos falar do principal evento do final de semana, o Turismo Nacional, que teve quatro corridas no final de semana, com 66 carros inscritos e a transmissão feita pela dupla mais poderosa do automobilismo mundial, o filho do Deus do Egito na Narração e o Enviado de Cristo nos comentários, garantindo a emoção... com quatro corridas de 20 minutos para os pilotos das categorias A e B, e outras quatro corridas de 20 minutos para os pilotos da categoria Super. O dia estava prometendo. Na corrida 1 das categorias A e B teve piloto rodando na volta de chegada para o grid. Isso, nem o pessoal da F1 consegue fazer. Nem o Mazepin. Coisa linda, com o grid indo da linha de chegada até a saída da curva do café. A galera das categorias A e B foi com tudo e no ‘S’ da Sadia teve batida feia, com entrada do safety car. Na categoria Super, que segundo o filho do Deus do Egito, a categoria é “a turma da tarja preta”.

 

Com tanta corrida e tanta disputa na pista, não dá pra descrever os detalhes de cada uma, mas dá para convidar todo mundo a acompanhar pelo youtube as corridas que tem uma transmissão num padrão que não deve nada para nenhuma categoria do país. Agora vamos aos resultados: Na corrida 1, os vencedores foram Nilton Rossoni na classe A e Alexandre Papazissis na Classe B. Os carros foram alinhados para a largada parada da corrida 2 com o grid sendo invertido dentro dos critérios da categoria. Vitor Perillo foi o vencedor na categoria A e Alexandre Papazissis voltou a vencer na categoria B. Na corrida 1 da categoria Super, o vencedor (teve disputa até os últimos metros) foi Luiz Carlos Ribeiro. Na corrida 2, que aconteceu logo em seguida, com os sobreviventes da corrida 1 e com a inversão no grid dos primeiros na corrida 1, teve pouca corrida e muito safety car na pista. O vencedor foi Anderson Freitas.

 

  66 carros fizeram a festa da velocidade de da diversidade com a Turismo Nacional. (Imagem: Reprodução Youtube). 

 

Fechando a programação do evento em Interlagos, tivemos as corridas 3 e 4. O nível de disputas foi sensacional. O grid perdeu alguns “combatentes”, que não sobreviveram às duas primeiras corridas e não conseguiram recuperar seus carros. Na corrida 3, a corrida das categorias A e B teve pancadas tanto na reta dos boxes como na reta oposta ainda na primeira volta, colocando o safety car na pista e bandeira vermelha. 10 minutos depois tivemos a nova largada, mas teve bandeira amarela com carro parado na reta dos boxes e entrada do safety car. O resgate foi rápido e a 2 voltas do fim, 7 carros estavam na briga pela ponta. Peter ‘Tubarão’ Gottschalk resistiu a todos os ataques para venceu na categoria A. Na B o vencedor foi Rafa Colombari... por 35 milésimos sobre Fábio Torunaga. Uma volta pra recuperar o fôlego, arrumar a inversão de grid e os sobreviventes pararem na reta dos boxes para a largada da corrida 4, que teve 17 minutos ao invés dos 20, com disputas duras, sem interrupções e o vencedor da categoria A foi William Perillo. Na categoria B, vitória do estreante Faruk Araujo.

 

Na categoria Super, com 20 sobreviventes (7 ficaram fora) os pilotos partiram para a corrida 3 e os “tarjas pretas” não decepcionaram. A corrida foi disputada e sem maiores problemas. No final, com óleo na descida para o mergulho o safety car entrou e acabou com a disputa na prova, vencida por Luis Carlos Ribeiro. A corrida 4 demorou um pouco para largada até resolverem o problema do óleo no mergulho. Quando largaram, os 18 sobreviventes partiram para a última corrida do dia e Gustavo Magnabosco foi o vencedor.

 

 Grid cheio e muita vontade as vezes dá confusão... e não faltaram confusões. (Imagem: Reprodução Youtube). 

 

Automobilismo Raiz é assim: com 3, as vezes 4 carros lado a lado na reta oposta. Sempre sobrava a barreira de pneus ou um guard rail para alguém. As freadas para o ‘S’ da Sadia eram sempre pra lá do Deus me livre e muita gente errou, rodou e bateu. E podem ter certeza, na próxima corrida, em Cascavel, com o Bacião para separar quem é piloto com P maiúsculo ou não.

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Por muito pouco não optei por assistir a corrida da Stock Car pelo MotorsportTV, em inglês. O tanto de coisa que ouvi quando liguei a TV (passando pelos dois canais brasileiros) foi a promessa de que  a coisa ia ser complicada.

- Na Bandeirantes, o filho do palhaço Arrelia e a Chapolim Colorada foram para Interlagos insistiam em monopolizar a transmissão... pobre Sinestro. Ainda teve que sorrir e fazer sala.

- Aí eu vou até o canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) porque me avisaram que o Ridículo seria o narrador e não o Tala Larga. Estavam passando umas imagens do treino e o Nhonho dispara: “Casagrande é um piloto que 'contém' muito talento...” tive que me perguntar se ele fazia isso em uma lata, uma garrafa, uma caixa...

- Daí, logo em seguida, o coitado do Ridículo larga pra todo mundo que a corrida era em Brasília... eu considero o Ridículo um ótimo narrador, mas ficar andando em má companhia é algo perigoso: se liga nas paradas, Ridículo... nhonhice pode ser um mal contagioso!

- Em uma das minhas redes sociais, o Sinestro colocou que o comentarista na transmissão seria o Dr. Smith e não o Matuzaleme. Perguntei pra ele o que estava acontecendo e ele falou que o Matuzaleme estava em casa, que estava com um probleminha de saúde, mas estava tudo bem.

- Fui de Band na transmissão, sempre boa do Sinestro, sem inventar, sempre ligado nas paradas e conseguindo “administrar as viagens” do Dr. Smith... até o acidente do Gaetano Di Mauro... ah, o Dr. Smith nunca decepciona e mandou essa pérola aqui: “Soft wall é aquele muro mais mole que tem na Fórmula Indy!” Meu Jesus amado (a expressão que não posso escrever também tem três palavras...)! O tal do “muro da Fórmula Indy” é feito de quê? De geleia? É um pudim?

 

 

- Ser um sucesso nas redes sociais tem suas vantagens. Um seguidor do Tonhão Nareba fez um print de um papo dele com Sergio Paese, que foi seu contemporâneo nas categorias de base e também correu na Indy. Nem vou reproduzir... vejam vocês mesmos.

- O Pizzaiolo do bairro da Glória levou um “escritório móvel” para Interlagos. Gostaria de ter um retorno mais objetivo da assessoria de imprensa da CBA sobre o quão eficaz foi a iniciativa. Em todo caso, é preciso reconhecer que neste início de mandato, ele vem mostrando mais empenho que o Cabeça de Ovo, seu antecessor.

- Tem certas coisas que não se pode elogiar. Na coluna da semana passada, elogiei o novo site da Stock Car e Stock Light. Fui no site no final da tarde de segunda-feira para dar uma checada nas informações que qualquer assessoria séria colocaria e... meu Jesus amado (a expressão que não posso escrever também tem três palavras...)! Na sessão “últimas notícias”, o que havia era uma coletânea de releases escritos pelos assessores de equipes e pilotos!!! A minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, me encaminha os mesmos releases. Assessoria de “copy/paste”, assessoria? Que vergonha.

- Com as confusões dos comissacos, ninguém se entende de como está a classificação do campeonato. Seria bom resolver isso antes do final do ano.

- Na corrida de Goiânia, o diretor da corrida deixou a corrida em andamento com um carro numa caixa de brita no final da reta dos boxes. Em Interlagos, na primeira corrida da Stock Light, ele também não colocou o safety car e os carros entraram na reta oposta (Com bandeira verde e pé no fundo) com um carro sendo rebocado por uma picape... meu Jesus amado (a expressão que não posso escrever também tem três palavras...)! Aí eu descobri o nome do diretor de corridas da Stock Car. É Mirnei... Mirnei PIROCA!!! Editoras, é sério. Esse é o sobrenome do cara: PIROCA! Isso explica muita coisa...

- Aproveito aqui para desejar melhoras, uma boa e rápida recuperação para o Matuzaleme. Tamo junto!

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

    
Last Updated ( Tuesday, 18 May 2021 10:48 )