 Bom dia, pessoal!
Começaram ontem (18), aqui em Indianapolis, os treinos preparatórios para a Indy 500. Trata-se, na verdade, de um período crucial, pois temos de trabalhar em duas frentes. Ao mesmo tempo, e não necessariamente nessa ordem, temos de encontrar o acerto para o Qualifying, que acontece neste fim de semana, e também para a corrida, em 30 de maio. Obviamente que é um trabalho intenso, com muito planejamento e análise de dados. Em compensação, tenho um prazer enorme em testar, conversar com os engenheiros para experimentar soluções, voltar à pista para ver se funcionou o acerto pensado e repetir o processo até encontrar o pacote certo. De ontem até sexta-feira, são cerca de seis horas por dia de pista aberta. Como não há tempo a perder, aproveitamos o primeiro dia para verificar a maioria das coisas que foram planejadas com antecedência. Vocês se lembram que a gente participou do teste coletivo, aqui mesmo em Indianapolis, e daquela ocasião saíram muitas informações que foram aplicadas e desenvolvidas na fábrica, lá em Ohio. Assim, a tudo aquilo que já tínhamos, os dados de agora vão se somando. É uma salada de gráficos e números que traduzem o desempenho em cada milímetro do oval de 2,5 milhas. Só que de nada adianta muita informação se a equipe não sabe o que fazer com ela. Pois aqui na Meyer Shank Racing, os caras são feras, falamos de igual para igual e as ideias e experiências vão de encaixando de forma perfeita.  Em Indianápolis, o carro precisa estar perfeito para se conquistar a vitória e Helio Castroneves sabe bem como fazer isso.
Essa é minha 21ª 500 Milhas e as pessoas se espantam com a minha motivação. Mas estou realmente muito feliz por estar aqui, estreando numa nova equipe, ao lado de pessoas realmente incríveis. Esse é meu ambiente, meu mundo, minha vida. Temos muito trabalho pela frente até o sábado, o primeiro dia do Pole Day. Como só largam 33 carros e o número de inscritos excedeu a esse número, será um ano com a volta do Bump Day. No primeiro dia do Qualifying, dois grupos serão formados ainda no sábado. Os nove mais rápidos se credenciam para, no dia seguinte, disputar o Fast 9, prática que efetivamente define o pole position. As demais posições, entre o 10º e 30º colocados já saem definidas no sábado mesmo. Sobra também para o domingo a definição da última fila com o atrativo adicional do Bump Day, formado pelos pilotos que não conseguem um lugar no grid. É isso, amigos. Como estou escrevendo na manhã desta quarta-feira, deixem eu ir para meu treino acelerar a bagaça. Forte abraço a todos e até semana que vem. Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br  Olá Amigos,
A incrível temporada da NTT IndyCar Series continuou na 5ª Rodada, com mais descobertas e surpresas onde Rinus VeeKay se tornou vencedor pela primeira vez na categoria após uma jornada épica para levar o carro da Ed Carpenter Racing ao Victory Lane no GMR Grand Prix em Indianápolis. Ultrapassando o pole position e líder desde a primeira volta, Romain Grosjean, perto da metade das 85 voltas da corida, o holandês de 20 anos colocou sua marca com autoridade nas 2.439 milhas e 14 curvas do traçado misto da Indy enquanto estabelecia uma grande vantagem sobre Grosjean (9 segundos) e Alex Palou (16,2 segundos) na P3, a 10 voltas do fim. Gerenciando sua liderança, o holandês alcançou uma vitória com uma folga de 4,9s sobre Grosjean, piloto da Dale Coyne Racing e 15s de vantagem sobre Alex Palou, da Chip Ganassi. Foi a primeira vitória da equipe de Ed Carpenter desde Iowa em 2016 com Josef Newgarden e, por incrível coincidência, veio cinco anos depois do dia em que o compatriota Max Verstappen conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1 em Barcelona em 15 de maio de 2016. VeeKay também se tornou o terceiro novo vencedor de 2021 na IndyCar, seguindo Palou em Barber e Pato O'Ward na segunda corrida no Texas.  Com uma estratégia perfeita e um carro muito acertado, VeeKay voou no circuito misto de Indianápolis.
Embora ver um P1 se transformar em um P2 na linha de chegada raramente deixa um piloto feliz, Grosjean não ficou muito chateado com o resultado da corrida, considerando o quão perto sua carreira e vida chegaram ao fim em novembro no evento de Fórmula 1 do Bahrain. Em retrospectiva, o único erro da equipe se deu com a sua chamada para os pits e manter Grosjean com os pneus macios (com faixa vermelha) e mais rápidos da Firestone nas duas primeiras passagens. Além de Grosjean e Palou, VeeKay e os pilotos que terminaram da P4 a P7 começaram a corrida com os pneus mais duros (prime) Firestone mais lentos e os trocaram por macios (vermelhos) pelo resto da corrida, ou foram para os duros (prime) na primeira parada e voltaram aos macios (vermelhos) durante o restante da corrida.  Romain Grosjean largou na pole e liderou a primeira metade da corrida, mas a estratégia de pneus não foi a melhor.
Ao correr os dois primeiros ‘stints’ com os pneus macios (vermelhos) e deixando para usar os compostos mais duros (prime) após a segunda parada, Grosjean lutou no meio da corrida contra os pilotos com pneus macios (vermelhos) e perdeu o contato com VeeKay. Considerando como ele perdeu a sessão de treinos de abertura com um vazamento de água no seu carro, Palou foi nada menos que espetacular para a Chip Ganassi. VeeKay e Grosjean estavam “em um planeta diferente” com o plano da equipe de usar os pneus vermelhos para abrir a corrida e permanecer nos pneus duros (prime) até que a bandeira quadriculada saindo pela culatra na busca pela vitória, no entanto, Palou solidificou sua posição atrás do companheiro de equipe Scott Dixon no campeonato e liderou o time de quatro carros para casa pela segunda vez este ano.  Alex Palou foi o melhor entre os quatro carros da equipe de Chip Ganassi, mas não conseguiu ir além da P3.
Atrás do trio do pódio, Josef Newgarden foi quem conseguiu o melhor desempenho para o Team Penske, mas se levarmos em conta que ele largou na P2, posição que foi perdida ainda na primeira volta, e o seu ritmo de corrida foi insuficiente para conseguir uma posição melhor conseguir a P4, com 18,4s de atraso para VeeKay, foi o melhor que o campeão de 2019 conseguiu fazer. Inicialmente mal-humorado com a escolha de sua equipe de chamá-lo para os pits mais cedo e colocá-lo em uma estratégia de economia de combustível, Graham Rahal executou a missão com perfeição, saltando de P11 a P5 com o carro da Rahal Letterman Lanigan Honda. Simon Pagenaud, da Penske, completou os seis primeiros, com 29,6s de distância do vencedor.  Jack Harvey vinha fazendo uma grande corrida e poderia ter chegado entre os 3 primeiros, mas a sorte não sorriu para ele.
Entre o grande grupo de favoritos que tinham péssimas posições de qualificação para superar, Alexander Rossi foi o com melhor desempenho no automobilismo de P14 a P7 com o carro da Andretti Autosport. Scott Dixon foi outro que não teve uma boa posição de largada e conseguiu ir de P16 para P9, e daqueles que estão fazendo grandes melhorias, Ryan Hunter-Reay de Andretti Autosport conseguiu ir da P19 para a P12. O resultado mais triste do dia ficou para Jack Harvey, que estava a caminho de conquistar outro pódio na temporada nesta corrida até que tudo deu errado durante sua segunda parada nos pits. O carro da Meyer Shank Racing Honda teve um problema ao colocar um pneu traseiro antes de sair do pit, que o forçou a parar e esperar que o problema fosse resolvido. Saindo dos pits pela segunda vez, seu pneu traseiro direito furou e forçou um retorno imediato. O início de Harvey na P3 e logo depois assumindo a P2 ao superar Newgarden foram soterrados pelos problemas e terminaram com um final pouco representativo no P23, duas voltas até VeeKay.  Entre os que largaram no fundo do grid, Scott Dixon usou uma estratégia alternativa para terminar na P9 e ainda liderar o campeonato.
Em estratégia e velocidade, é preciso parabenizar Rinus VeeKay. Ele foi agressivo enquanto caçava, impecável enquanto liderava e ajudou a acabar com uma longa seca para a equipe baseada na cidade de Indianápolis. E podemos acreditar que o feito deste último sábado não será o último de VeeKay e da Ed Carpenter Racing nesta temporada. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. | 
