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Kiko Porto é vice líder na USF2000 e Brasileiros tem vida dura na França PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 30 May 2021 23:25

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos corrida nos Estados Unidos e na Europa. Depois de uma grande performance no circuito misto do Indianápolis Motor Speedway, com sua primeira vitória na temporada, era hora de Francisco ‘Kiko’ Porto acelerar no oval de 1 km (0,686 milha) do Lucas Oil Raceway – que também fica na cidade de Indiana, há alguns quilômetros do templo de Indianápolis – para a Freedom 75.

 

Na frança, depois de desmontar o circo em Mônaco, a Fórmula Regional Europeia se deslocou umas poucas centenas de quilômetros para chegar ao autódromo de Paul Ricard, onde seria disputada a quarta rodada dupla do campeonato, com a participação de Eduardo Barrichello e Gabriel Bortoleto, ambos na busca de melhores resultados e menos problemas como os da etapa anterior.

 

Problema – e dos grandes – vem enfrentando Gianluca Petecof, que está sob sério risco de ficar de fora não apenas da etapa de Baku, no Azerbaijão, no próximo final de semana, na preliminar da Fórmula 1, como também de todo o restante da temporada por falta de patrocínio. Por pouco ele não ficou fora já em Mônaco e caso não consiga fechar nenhum contrato, perderemos um piloto no time Brasil da categoria.

 

Vamos torcer por nossos pilotos em seus desafios dentro e fora das pistas.

 

USF2000

Depois de dois treinos livres onde ficou apenas com tempos intermediários, na hora do “vamos ver”, Kiko Porto mostrou que estava buscando o melhor acerto do seu carro nos treinos iniciais e conseguiu marcar o 6° melhor tempo para a Freedom 75, no Lucas Oil Raceway, marcada para a o final da tarde da sexta-feira.

 

Como a corrida é em um circuito oval (o único da temporada para os pilotos da USF2000, com piso em asfalto e curvas com inclinação de 12 graus), os carros foram para a pista individualmente, seguindo uma ordem estabelecida pela organização do campeonato. Kiko Porto fez uma volta excelente e mostrou que ter corrido neste oval no ano passado ajudou a trabalhar as referências.

 

 

 

No final da tarde da sexta-feira os jovens pilotos da categoria de entrada os 24 pilotos que treinaram para a corrida foram frustrados pela chuva que caiu na pista e atrasou a corrida. As equipes de trabalho foram para a pista e tentar secá-la, deixando-a em condições de ter a corrida. Com duas horas de atraso, já com iluminação artificial os carros da Pro2000 foram para a pista. Deram algumas voltas e voltaram para os pits com a volta da chuva. A corrida foi adiada para o sábado, 11:45 hora local.

 

Na hora marcada a transmissão entrou no ar. As condições de pista estavam boas, mas a temperatura mais baixa, no ar e no asfalto, seriam uma variante diferente da qual os pilotos encontraram nos treinos. Kiko porto estava largando na P6 e, na corrida do ano passado, tivemos poucas trocas de posição. O céu estava nublado, mas sem previsão de chuva e um pouco de sol aparecia entre as nuvens.

 

 

 

Após a corrida da Pro2000 (a Freedom 90, com boas disputas) os carros da USF2000 vieram para pista e com um pouco mais de sol sobre o Lucas Oil Raceway para as 75 voltas no circuito oval e após 3 voltas atrás do safety car, foi agitada a bandeira verde. Largando por fora, Kiko porto fez uma ótima largada, pulando para P5 e indo para o ataque pela P4.

 

A transmissão estava horrível, nem parecia internet norte americana. Depois de um início muito forte, Kiko Porto perdeu ritmo e passou a ser atacado por Yuven Sundaramoorthy e a disputa roda a roda entre os dois afastou a ambos dos 4 primeiros e juntou outros 2 carros, Josh Green e Josh Pierson atrás deles, com Matt Garrido se aproximando, mas o brasileiro retomou o ritmo e conseguiu abrir uma distância que foi aumentando para o grupo que o seguia.

 

 

 

Com 1/3 de corrida, Kiko Porto estava firme na P5 e tirando diferença para Christian Brooks, que era o 4° colocado, mas eles estavam há mais de 2 segundos dos três primeiros. Quem começou a se aproximar depois da volta 30 foi Yuven Sundaramoorthy, reduzindo pouco a pouco a diferença para o brasileiro.

 

Logo se formou um pelotão do P4 ao P7 e todos se aproximando do P3, Jace Denmark, na altura da metade da corrida. Na volta 48 Kiko Porto conseguiu superar Christian Brooks, mas precisava aproveitar e tentar abrir vantagem na P4 e foi conseguindo deixar a briga pela P5 para trás. Com 55 voltas, a vantagem passava de 2 segundos.

 

 

 

Faltando 20 voltas para o final, Kiko Porto foi pra cima de Jace Denmark e foi tirando a diferença, mas a transmissão estava polarizada na disputa pela ponta, que vinha desde a primeira volta. Na volta 65 os lideres se tocaram. Com isso Denmark e Porto se aproximaram. Kiko Porto estava tranquilo na P4, mas ainda buscava um lugar no pódio e por 9 centésimos não conseguiu.  Yuven Sundaramoorthy continua líder do campeonato com 177 pontos, seguido de Kiko Porto, com 170, Christian Brooks e Michael D’Orlando com 164. A próxima etapa é a rodada dupla em Road América.

 

Fórmula Regional Europeia

Depois de correr nas apertadas rua de Mônaco, a circo da Fórmula Regional Europeia foi para Le Castelet, onde fica o autódromo de Paul Ricard, onde qualquer um precisa errar muito para conseguir bater em um guard rail, tamanha são as áreas de escape. Esta é a quarta rodada dupla do campeonato da categoria e mais um desafio para Eduardo Barrichello e Gabriel Bortoleto.

 

Nos treinos livres da sexta-feira, tivemos um pouco mais do mesmo. Gabriel Bortoleto ficou com o 22° tempo e Eduardo Barrichello com o 24°, ambos com mais de 1,3 segundos de desvantagem em relação ao melhor tempo. A classificação foi dividida: na manha do sábado, a classificação para a corrida do sábado, que acontece na parte da tarde. No domingo, a repetição do esquema.

 

 

 

A manhã do sábado em Le Castelet reservou para os pilotos foram pra pista naquele esquema sinistro de 20 minutos de treino e desta vez sem divisão de grupo, com 35 carros inscritos. Os brasileiros melhoraram suas posições, mas ainda vão largar na “metade de baixo” do grid, com Gabriel Bortoleto fazendo a P20 e Eduardo Barrichello a P23, mais de 1,3 segundos mais lento que o pole position, Gregorie Saucy.

 

Pouco mais de 5 horas depois, sob um sol agradável os pilotos voltaram para a pista e largariam para a corrida 1, com 30 minutos + 1 volta e um grande desafio para os brasileiros, uma vez que, apesar da pista ser larga, as ultrapassagens em Paul Ricard não são fáceis. Após a volta de apresentação e posicionados, a largada foi abortada e os pilotos foram para mais uma volta de apresentação.

 

 

 

O carro de Isack Hadjar apagou e ele foi removido para os boxes. Dada mais uma volta e com o tempo de prova reduzido para 28 minutos + 1 volta – e desta vez sem problemas – foram apagadas as luzes vermelhas para a largada e Gabriel Bortoleto foi para 19°. Quem largou bem foi Eduardo Barrichello, que subiu para a P20, contando com a batida entre Fluxa e Boya, que provocou a entrada do safety car logo na primeira volta.

 

Sem a eficiência do resgate monegasco, levaram 4 voltas e mais de 10 minutos para que a corrida fosse retomada. Agitada a bandeira verde, a corrida foi retomada e os brasileiros mantiveram suas respectivas posições nas primeiras curvas, conseguindo se distanciar do 21°. Antes de completada a volta, Bortoleto superou Delli Guanti e subiu para 18°, abrindo do italiano e de Barrichello, mas Delli Guanti voltou ao ataque duas voltas depois e Bortoleto teve que passar a se defender. Barrichello não conseguiu acompanhá-lo, mas estava distante de Gnos, o P21.

 

 

 

No terço final da prova Barrichello se aproximou e, pressionando Delli Guanti deu chance para Bortoleto passar a atacar Goethe pela P17. Um pelotão se formou do P13 ao P20. Bortoleto errou o ataque e ficou entregue para Delli Guanti, que recuperou a P18. Logo depois, uma batida no final do pelotão entre Gnos e Famularo trouxe de volta o safety car, faltando pouco menos de 3 minutos de corrida, o que acabou com as disputas, encerrando a prova sob bandeira amarela.

 

Na manhã do domingo, assim como no dia anterior os 35 pilotos foram para a pista para, em apenas 20 minutos definirem o grid para a corrida que aconteceria no início da tarde, dentro da programação de eventos daquele final de semana em Paul Riccard. Novamente os brasileiros não conseguiram boas posições de largada, com Gabriel Bortoleto sendo o 19° e Eduardo Barrichello o 22°.

 

 

 

No mesmo horário da corrida do sábado, os pilotos voltaram para a pista e foram alinhar seus carros na reta dos boxes para o encerramento da 4ª rodada dupla da categoria, com 30 minutos de corrida, mais uma volta. No classificatório os brasileiros foram mais de 1 segundo mais lento que o pole position, mas para o 10° colocado, a diferença era de menos de meio segundo.

 

Apesar do sol, nuvens pesadas cercavam o circuito antes da largada, mas 35 carros entrando nos boxes para trocar pneus seria um pesadelo. Sempre bom lembrar que Gabriel Bortoleto andou bem com pista molhada ou úmida na F4 italiana. Após a volta de apresentação os pilotos alinharam seus carros e apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Boetoleto brigou muito ao longo de toda primeira volta e avançou para a P16, enquanto Eduardo Barrichello caia para a P27.

 

 

 

Barrichello começou uma recuperação, recuperando duas posições enquanto Gabriel Bortoleto acabou quebrando a asa dianteira na segunda volta, sendo forçado a parar nos boxes para trocá-la e comprometer sua corrida. Apesar disso, Barrichello continuou na P25. Bortoleto voltou na P34, mas distante do pelotão à sua frente.

 

Como se nada pudesse ficar pior, Eduardo Barrichello teve problemas na 4ª volta, na disputa com Benavides saiu da pista e caiu para P32. Só mesmo uma chuva para mudar a dura realidade dos brasileiros na corrida 2. Barrichello recuperou uma posição sobre Ferati e algumas voltas depois sobre Gohler. Faltando 4 minutos para o fim, Marinangeli ficou parado em posição perigosa após um toque com Gnos e provocou a entrada do safety car. Barrichello subiu para 28° e com dois italianos fora (Ferati e Marinangeli), Bortoleto era o 32°.

 

 

 

Tivemos a última volta em bandeira verde e Bortoleto subiu para 31° graças a um problema com Barrichello, que largou mal. Tivemos uma volta sinistra, com muito toques entre os pilotos e Gabrieu Bortoleto cruzou a bandeirada na P28, com Eduardo Barrichello na P29, num difícil domingo para os brasileiros que teriam que esperar por Zandvoort em 19 e 20 de junho para buscar melhores resultados. Bortoleto tem 2 pontos na classificação, enquanto Barrichello ainda não pontuou.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.