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Respeitem os 4 títulos de Sebastian Vettel PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 13 June 2021 14:42

Olá fãs do esporte a motor,

 

Independente dos resultados que eles alcancem, tenho um enorme respeito profissional e pessoal pelos meus clientes. Não apenas por serem meus clientes e terem me procurado para ser a terapeuta escolhida por eles, mais do que por serem seres humanos e todo ser humano merecer ser respeitado, isso sem falar que como uma pobre mortal que sou, jamais conseguiria fazer o que eles fazem em seus carros e motos.

 

Fico extremamente indignada quando vejo, ouço ou leio comentários jocosos contra qualquer dos meus pacientes, ex-pacientes ou mesmo os tantos que nem sabem que eu existo, mas ainda assim, merecem meu respeito como profissionais da velocidade, seja ele um personagem da história presente ou do passado. Este é um dos motivos que evito as redes sociais. Dou-me o direito de me poupar deste tipo de ambiente tóxico.

 

 Apesar de saber que o desafio seria grande, Sebastian Vettel tinha confiança em uma virada de página na sua carreira.

 

Entre os meus pacientes tenho um que partilha da mesma opinião e não tem redes sociais – até onde realmente precisamos delas para viver? – e vive sua vida buscando fazer seu trabalho da melhor maneira possível, sendo pai, marido, filho e amigo de todos da melhor maneira possível. Esse é Sebastian Vettel, um dos grandes campeões da história da Fórmula 1 e um exemplo de pessoa.

 

A sessão virtual (apesar de estarmos com quase tudo normalizado em relação aos procedimentos preventivos com a pandemia nos Estados Unidos, os pilotos da Fórmula 1 estão com as viagens bastante restritas e estamos mantendo o sistema de sessões online) na quinta-feira, quatro dias depois da corrida, Sebastian estava com um brilho nos olhos perceptível até pela tela do computador.

 

 As dificuldades iniciais foram maiores do que ele mesmo esperava, mas Sebastian Vettel conseguiu ir ao Q3 em Mônaco.

 

No final do ano passado, quando ele já tinha assinado seu contrato com a Aston Martin e diante do tratamento nada respeitoso por parte dos chefes na Ferrari, Sebastian fez um quase desabafo quando disse que precisa olhar mais para si mesmo, mas em momento algum ele considerou simplesmente negociar ou rescindir seu contrato com a equipe italiana, sendo profissional até o último dia do compromisso assinado, respeitando a Ferrari e sua história.

 

A chegada na Aston Martin veio cheia de esperanças, especialmente pelo que o carro da temporada de 2020 – uma “cópia” do que era o carro da Mercedes em 2019 – tinha feito, mesmo com um ano de defasagem tecnológica. Mas o carro de 2021 não teve a mesma “liberdade” proporcionada no ano anterior e o resultado foi um carro que não teve a mesma performance, sendo regularmente superado por McLaren, Alpha Tauri e eventualmente a Alpine.

 

 Uma estratégia perfeita e uma pilotagem precisa: o somatório de talentos sempre produzirá bons resultados.

 

Evidente que as cobranças viriam e Sebastian tinha total consciência que elas viriam. Confesso, ele jamais deixou de assumir que encontrou alguma dificuldade para se adaptar ao carro e à metodologia de trabalho da equipe. Impiedosa como costuma ser, a Mídia tratou de “aposentá-lo” ao final da temporada ou – no caso de algumas más línguas – até mesmo antes do final do ano, com uma substituição por Nico Hulkenberg.

 

Mas se os anos deixaram, além dos títulos, vitórias e números, Sebastian aprendeu a lidar com pressões e administras situações desconfortáveis. Neste particular a Ferrari foi uma grande escola. Demorou um pouco. Talvez um pouco mais do que devia, mas Sebastian tinha certeza de que as coisas iriam chegar e nem mesmo os quatro resultados de pista das primeiras corridas iriam colocá-lo para baixo.

 

 No Azerbaijão a combinação de estratégia e pilotagem voltou a dar certo e o resultado foi além do esperado, e merecido!

 

O entendimento com o engenheiro e o trabalho nas estratégias de corrida foram fundamentais para o sucesso e os pontos conquistados nas duas últimas corridas. Logicamente Sebastian sabe que os abandonos de Lewis e Max na última corrida foram fundamentais para que ele chegasse ao pódio, mas é preciso considerar que, em Mônaco, Sebastian levou o seu Aston Martin pela primeira vez ao Q3 e, no Azerbaijão, ficou com a P11.

 

Neste caso, ficar fora do Q3 acabou se mostrando uma vantagem para a corrida, visto que ele ficou mais tempo na pista com pneus macios do que outros pilotos, usando pneus macios novos e após as paradas era o 7° colocado, com seu companheiro de equipe ainda por fazer a parada (que não aconteceu) e após a bandeira amarela, onde Pierre e Charles foram para os boxes novamente, ele manteve-se na pista, com pneus de 10 voltas e manteve-se à frente dos dois, na 4ª posição. Mérito de sua pilotagem.

 

 É bom que as pessoas respeitem Sebastian Vettel. Ninguém é tão vencedor por acaso.

 

Como disse no final do ano passado, ninguém é tetra campeão mundial de Fórmula 1 por acaso e Sebastian mostrou que merece respeito.

 

Beijos do meu Divã,

 

Catarina Soares