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Roberto Faria faz 2 pódios na Inglaterra. Tomaselli estreia na WSeries e Fonseca pontua na F4 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 27 June 2021 20:09

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana novamente tivemos corridas nos EUA e Europa. E com a volta da W Series, que teve a temporada 2020 suspensa em virtude da pandemia, mas que volta agora com ainda mais força, passando a fazer parte da programação de preliminares dos eventos da Fórmula 1.

 

Ainda na Europa, Roberto Faria encara mais uma rodada tripla pela Fórmula 3 inglesa (não-FIA), mas que tem um peso tradicional pela história dos pilotos brasileiros desde Emerson Fittipaldi e que neste final de semana foi para o grande palco da Inglaterra: Silverstone.

 

Nos Estados Unidos, Gabriel Fonseca acelerou no circuito misto de Mid-Ohio em mais uma etapa do campeonato norte americano da FIA-F4, com pontos em jogo para a cobiçada superlicença. Agora vamos para as corridas.

 

Fórmula 4 Américas

A categoria foi para Mid-Ohio encarar os quase 4 km de extensão do circuito misto, terceira etapa da temporada da US FIA-F4, como nosso representante, o paulista Gabriel Fonseca entre os 27 inscritos para a prova. As coisas começaram difíceis para nosso piloto que, nos treinos livres ficou apenas com o 21° e, devido a chuva torrencial que caiu na região no final da manhã e na tarde da sexta-feira, não teve como realizar o treino classificatório.

 

 

 

Assim, o grid foi definido pela classificação do campeonato até então. Melhor para Gabriel Fonseca, 9° colocado com 17 pontos, largando na 5ª fila pelo critério definido. Pelo regulamento da competição, tirando nosso representante do fundo do pelotão para uma condição claramente mais vantajosa.

 

Para a primeira das três corridas, no final da manhã do sábado, o tempo estava firme e sem ameaças de chuva. Gabriel Fonseca na P9 tinha um grande desafio: manter-se à frente de carros e pilotos que foram mais rápidos que ele no treino livre antes do temporal que impediu o treino classificatório.

 

Apagadas as luzes vermelhas, para as 14 voltas de corrida, Gabriel Fonseca largou bem e colheu o fruto do enrosco entre Nico Christodoulou e Rodrigo Gutierrez logo no início da corrida e que trouxe o safety car para a pista. Com isso, Gabriel Fonseca subiu para a 7ª colocação.

 

 

 

Três voltas com bandeira amarela e após a saída do safety car, a corrida foi retomada e Gabriel Fonseca conseguiu relargar bem e não permitiu ataques dos seus perseguidores diretos. A corrida foi, de certa forma monótona, sem que houvessem grandes disputas e até o final da prova, o piloto brasileiro conseguiu sustentar a 7ª posição e somou mais 6 pontos no campeonato. Na corrida, Gabriel Fonseca fez a 11ª melhor volta e isso vai pesar na formação do grid da corrida 2 no domingo.

 

 

 

Dentro do critério do regulamento do campeonato nos EUA, aconteceu o que tínhamos informado e Gabriel Fonseca estava largando na 2ª corrida da rodada tripla de Mid-Ohio na P11 na corrida da manhã do domingo. Apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Fonseca não conseguiu repetir o desempenho da corrida anterior e ao longo da prova foi sendo superado por seus perseguidores e após 15 voltas o brasileiro recebeu a bandeira quadriculada em 18° lugar.

 

Apesar do mal resultado na corrida 2, Gabriel Fonseca fez a 14ª volta mais rápida na prova e, com isso, conseguiu um lugar na 7ª fila para largar e dependendo de uma corrida de recuperação para alcançar as posições dos pontos. Apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Fonseca fez uma largada segura e manteve sua posição.

 

 

 

O problema que vimos nas três corridas foi que as ultrapassagens não eram fáceis em Mid-Ohio e ter um pelotão compacto do 6° ao 19° lugar deixava isso claro. O brasileiro recebeu a bandeirada na 14ª posição. Com o final da terceira rodada do campeonato concluída, Gabriel Fonseca ocupa agora a 11ª posição na classificação com 23 pontos, no campeonato liderado pelo mexicano Noel León.

 

Fórmula 3 inglesa

A segunda rodada tripla do campeonato inglês de F3 teve como palco a “casa da F1”, Silverstone. Nosso representante, Roberto Faria, nos treinos livres sempre esteve entre os mais rápidos e, em uma das sessões, terminou como 1° colocado. Na sessão de classificação, o piloto brasileiro chegou a ter o 5° melhor tempo, mas no final foi penalizado por exceder os limites da pista e perder sua melhor volta, terminando assim com a 8ª posição.

 

 

 

Na corrida 1, disputada na tarde do sábado, largando da P8 na quarta fila, quando foram apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria foi agressivo e atacou forte seus adversários, superando 3 carros à sua frente e já na saída da curva Brooklands, ainda na primeira volta, tomava a 5ª posição e começava uma disputa Javier Sagrera.

 

A disputa acabou sendo ruim para ambos uma vez que foram perdendo contato com os carros da frente. Apesar das tentativas ao longo da corrida, Roberto Faria não conseguiu superar o piloto espanhol e acabou por receber a bandeira quadriculada na 5ª colocação. Posição que iria interferir diretamente no grid das corridas a se disputar na manhã do domingo.

 

 

 

Na primeira corrida do domingo, com aquele céu bem britânico, tivemos Roberto Faria largando na 6ª posição, mas isso não parecia ser um problema para o piloto brasileiro. Após a volta de apresentação que antecedeu as 10 voltas (ou poderiam ser 20 minutos se terminasse por tempo), íamos ver um daqueles “flashbacks” do passado brasileiro na categoria.

 

Apagadas as luzes vermelhas, Roberto Faria largou bem mas caiu para a P7 antes da primeira curva. Duas curvas depois retomava o 6° lugar, posição na qual passou na primeira volta, mas colado no 5° colocado. Na sequência de curvas velozes, o piloto brasileiro deu um show na segunda volta, superando os carros à sua frente para assumir a 3ª posição.

 

 

 

Roberto Faria deixou pra trás uma disputa sinistra, com direito a toques, asas quebradas e saídas de pista. Com isso, abriu uma distância segura para o pelotão que vinha atrás e tentou acompanhar os protagonistas da corrida do sábado, Ushujima e Sullivan, mas o ritmo dos líderes era inacreditavelmente forte e, mesmo abrindo em relação ao 4° colocado, o brasileiro foi perdendo terreno em relação aos líderes.

 

A partir da metade da corrida Lubin, o 4° colocado, descolou do pelotão da briga e começou a virar voltas rápidas, aproximando-se de Roberto Faria, que precisou passar a se precaver de uma tentativa de ataque nas voltas finais. Roberto Faria apertou o ritmo, a ponto de se aproximar dos líderes para evitar um ataque última volta, quando a diferença entre ele e Lubin caiu para menos de meio segundo, com os 4 primeiros separados por 1,5s. Roberto Faria conseguiu segurar a P3 e conquistou seu primeiro pódio na temporada.

 

 

 

Para a corrida final da rodada tripla, com a inversão do grid, Roberto Faria estava largando na 10ª posição, mas isso não parecia ser um problema depois daquilo que o brasileiro havia mostrado nas duas primeiras corridas. Apagadas as luzes vermelhas, os pilotos fizeram uma primeira volta selvagem, sinistra, contornando as curvas de alta com 3 lado a lado, numa troca de posições alucinante.

 

Roberto Faria continuou em 10° na primeira volta, mas começou a escalar o pelotão na volta seguinte, indo para P8 na segunda volta e P7 na volta seguinte. Na 4ª volta tinha um pelotão do 1° ao 4° e um outro do 5° ao 7°, onde estava o brasileiro.

 

 

 

No pelotão da frente, dois dos competidores se tocaram enquanto Roberto Faria ultrapassava mais um e nisso, ao invés de subir para a P6, ele era o 4° colocado com 15 minutos de prova a se disputar. Mas Sullivan e Ushujima vinham escalando o pelotão.

 

Sem se preocupar com isso, Roberto Faria superava Jurtali e assumia a 3ª posição, mas os dois líderes estavam longe. Tudo poderia mudar quando, devido aos carros parados em posição perigosa, o safety car veio para a pista, faltando 10 minutos para o final do tempo de prova, que tinha 10 voltas previstas. Era a chance para tentar atacar pela vitória.

 

 

 

O resgate foi bem demorado e a bandeira verde foi acionada faltando menos de 4 minutos para o final da corrida. Roberto Faria largou bem, ficando a salvo de ataques dos que vinham atrás, mas os dois primeiros foram ainda melhores e conseguiram uma boa vantagem para o brasileiro, que foi buscar, fez a volta mais rápida, mas não teve tempo para ultrapassar e vencer a prova, terminando na P3. O brasileiro, com os dois pódios conquistados em Silverstone, subiu para a 3ª colocação no campeonato com 90 pontos, atrás de Zak Sullivan e Reece Ushijima.

 

W-Series

Depois da parada forçada em 2020, a W Series voltou a competir em 2021. 18 pilotos de diversos países pelo mundo passaram por um processo de seleção até chegar na categoria. 12 das 18 pilotos que iniciam o campeonato estiveram na temporada 2019, vencida por Jamie Chadwick – que está na disputa pelo bicampeonato. Este ano (a seleção foi feita para a temporada de 2020).

 

Os treinos para a abertura da temporada foram um treino livre e um treino classificatório, ambos com 30 minutos de duração e em ambos Bruna Tomaselli ficou com o 11° tempo entre as 18 pilotos. No primeiro, a 8 décimos da pole position. No segundo, a 6 décimos, mostrando evolução por estar numa pista onde nunca havia estado.

 

 

 

Na tarde do sábado, após o treino da Fórmula 1, as jovens pilotos voltaram para a pista do Red Bull Ring para a etapa de abertura do W Series que, de forma surpreendente – e infelizmente – é uma corrida única no final de semana. Deveriam fazer pelo menos uma rodada dupla, com uma corrida no sábado e uma outra no domingo, com grid invertido nas primeiras posições.

 

Bruna Tomaselli, a piloto brasileira que é natural do estado de Santa Catarina, conseguiu a 11ª posição entre as 18 competidoras nessa etapa. Várias das participantes já tem experiência com o carro e disputaram a temporada de 2019. Portanto, foi uma boa posição de largada para enfrentar 30 minutos +1 volta programadas.

 

A programação atrasou um pouco, o que não é comum nas corridas da programação da F1, mas às 16:35, hora local tivemos o apagar das luzes vermelhas e Bruna Tomaselli fez uma largada segura, saindo da parte emborrachada da pista e tomando a P10 no início da primeira volta. Duas voltas depois, com toque que deram na Jamie Chadwick, a brasileira subiu para 9°.

 

 

 

Com 10 minutos de prova, Bruna Tomaselli atacou pela P8, mas o circuito austríaco é cruel e quem se dá mal em um ataque acaba ficando vendido pra quem vem atrás e a brasileira acabou perdendo duas posições, caindo para 11° A chance veiu quando entrou a bandeira amarela e o safety car com o abandono de Marta Garcia e isso agrupou o pelotão.

 

Após duas voltas tivemos a bandeira verde. Bruna Tomaselli largou bem e não permitiu ataques das pilotos que vinha atrás na primeira curva. O problema foi que, na segunda curva ela levou um toque por trás, rodou e caiu para 16°. Numa forte corrida de recuperação a nossa representante conseguiu subir até a P12, mas não havia mais tempo para continuar progredindo. Apesar dos problemas, não foi uma estreia de todo ruim.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Monday, 28 June 2021 20:46 )