Olá leitores! Tivemos um final de semana dos mais interessantes no mundo do esporte a motor, e quase sempre foram corridas boas... tivemos grandes corridas de Endurance, Indy, Superbike e NASCAR; o ponto negativo, claro, tinha que ficar por conta das criaturas mais inúteis e despreparadas do esporte a motor, os comissários de pista da FIA... a exemplo do Shrek, definitivamente a grafia que usei fora da coluna para tais criaturas passou muito, muito longe de ser a utilizada aqui acima, e cada vez mais, com a equivocada e inoportuna atividade dessas pessoas, a Fórmula Um está se transformando em uma Fórmula Barbie, uma categoria que pune tudo aquilo que não está de acordo com o planejamento preliminar – como se uma competição de automóveis pudesse ser tão previsível dessa maneira... – e para piorar ainda por cima pune com parcialidade, pune de maneira política e não de maneira técnica. O FEBEAPI (FEstival de BEsteiras Assolando a PIsta) começou no sábado, onde o Fernando Alonso foi prejudicado pela equipe, que não o avisou do que acontecia nas duas curvas antes da abertura da volta. Mas claro que os pequenos ditadores tinham que não interpretar o regulamento, e apenas o aplicar à risca; entretanto, se fosse REALMENTE aplicado à risca, TODOS os pilotos que reduziram a velocidade à frente do Alonso deveriam ter sido punidos... como o julgamento dos elementos perniciosos não é TÉCNICO, e sim POLÍTICO, resolveram pegar apenas o último dos pilotos como bode expiatório e puniram somente o Sebastian Vettel com a regulamentar perda de 3 posições no grid de largada. Aí no domingo foi aquela distribuição de punições de 5 segundos. Sinceramente ao término da corrida austríaca da Fórmula Barbie eu fiquei arrependido de ter assistido aquilo e não a etapa desse domingo do Tour de France, que pelo que pude ver nos momentos finais após o pódio da purpurinada competição chancelada pela FIA deve ter sido MUITO melhor que a competição a motor. Imaginem só o CAOS que será na próxima etapa, em Silverstone, onde será testada pela primeira vez uma “sprint race” no sábado para definir o grid de largada da corrida principal no domingo; Michael Masi não tem a menor capacidade e competência para ocupar o cargo que ocupa. Defender o que Michael Masi e seus comandados fizeram nesse domingo na Áustria é tão ruim quanto defender político corrupto ou político incompetente só por causa da sua “ideologia”. É hora de dar um basta e; SE o objetivo da FIA for realmente ter um regulamento desportivo tão draconiano como o atual, substituir os comissários por sensores eletrônicos. Os sensores COM CERTEZA errarão menos que os comissários, e não tomarão decisões políticas. Já que não é para interpretar o regulamento, o falível elemento humano se torna completamente desnecessário. Vitória mais uma vez nas mãos de Max Verstappen, que basicamente teve o trabalho de se manter na frente com uma vantagem que não permitisse ataques da Mercedes. Seu companheiro Sérgio Pérez (6º) recebeu uma “prensa” do Norris no começo da corrida, depois no final quis descontar em outros pilotos que tentaram o ultrapassar. Acabou sendo punido pelos novos Torquemadas com 2 punições de 5 segundos cada, e o 6º lugar acabou de bom tamanho para ele. Em 2º terminou Valtteri Bottas, tentando mostrar para a equipe que sim, ele pode ser útil aos planos da equipe para ano que vem. Seu companheiro de equipe Lewis Hamilton (4º) mais uma vez se viu com um carro menos do que perfeito na mão, batalhou um bocado com algumas instabilidades, e conseguiu o resultado que era possível. Em 3º chegou Lando Norris, em um ótimo final de semana e arrancando 100% daquilo que o carro consegue oferecer. Seu companheiro Daniel Ricciardo (7º) fez uma bela corrida de recuperação após uma classificação que não foi das melhores. Em 5º terminou Carlos Sainz Jr., que se encontrou muito mais que seu badalado companheiro com os pneus mais macios usados nesse final de semana e portanto conseguiu extrair um desempenho melhor do fraco chassi da Ferrari. Seu companheiro Charles Leclerc conseguiu apenas o 8º lugar, perdendo algum tempo na disputa com um enfurecido Pérez. Em 9º chegou Pierre Gasly, lutando contra uma estratégia de pneus que não teve exatamente o resultado esperado por ele e com o mau desempenho do carro com os pneus macios com que largou. Acabou sendo um resultado decente para a equipe. Seu companheiro Yuki Tsunoda sofreu dos mesmos problemas, e com menos experiência terminou a prova em 12º lugar. A zona de pontuação se encerrou com Fernando Alonso, que se não teve grande velocidade no carro ao menos batalhou bastante para conseguir melhorar em relação à posição de largada. Seu companheiro Esteban Ocon (20º) já demonstra os sinais de dividir a equipe com uma pessoa tóxica como Alonso, e seu lamentável estado psicológico se reflete na má classificação e no envolvimento em um enrosco absolutamente evitável na primeira volta. Espero que ele procure ajuda profissional antes de desistir da categoria por conta de um elemento como Alonso. Agora é torcer muito, acender velas para todos aqueles que vocês são devotos, para que na próxima corrida Michael Masi não esteja com Josef Stalin na barriga e não atrapalhe novamente a competição... O deleite dos fãs de automobilismo começou na sexta-feira à noite, com a corrida IMSA WeatherTech 240, e começou muito bem para a torcida brasileira, haja vista que a vitória ficou com o Cadillac DPi #31 da dupla Pipo Derani/Felipe Nasr, que – largando em 4º lugar – investiram em uma estratégia baseada na economia de combustível e na cuidadosa observação dos pilotos adversários com potencial de gerar bandeiras amarelas para alcançar a liderança da corrida. A prova teve uma interrupção de pouco mais de 40 minutos por conta de tempestade de raios, e após a relargada Felipe continuou fazendo o possível para ser o mais rápido que dava economizando combustível. A chuva (fazendo os carros andarem mais devagar e acelerarem mais suavemente) e uma nova bandeira amarela contribuíram com esse objetivo, e finalmente a dupla brasileira conseguiu sua primeira vitória em 2021. Cruzaram a bandeirada apenas um segundo e meio à frente do Cadillac DPi #01 de Renger van der Zande/Kevin Magnussen. Os líderes do campeonato, o Acura DPi #10 de Filipe Albuquerque/Ricky Taylor, completaram o pódio terminando a corrida no 3º lugar. O pódio da LMP2 foi composto pelas duplas Ben Keating/Mikkel Jensen vencendo a corrida no carro #52, Tristan Nunez/Steven Thomas no 2º lugar com o carro #11 e Gabriel Aubry/John Farano em 3º no carro #8. A categoria LMP3 também teve vitória brasileira, com a dupla Felipe Fraga/Gar Robinson repetindo a vitória na categoria conquistada no domingo anterior com o carro #74 na corrida de 6 horas na mesma Watkins Glen pela escassa margem de 27 centésimos de segundo sobre o carro #91 da dupla Dylan Murry/Jim Cox. Completando o pódio tivemos o carro #54 da dupla Colin Braun/Jon Bennett. No interessante universo dos GTs, tivemos duas dobradinhas: na GTLM, 1º e 2º lugares para os Corvette C8.R com a dupla do carro #3 António Garcia/Jordan Taylor à frente da dupla do carro #4, formada por Tommy Milner/Nick Tandy, com o Porsche #79 pilotado por Cooper MacNeil/Matt Campbell completando o pódio. Na GTD, as honras ficaram por conta dos Lexus RC F da equipe Vasser Sullivan, com o carro #14 de Jack Hawksworth/Aaron Telitz terminando à frente do carro #12 de Frankie Montecalvo/Zach Veach. O pódio ficou completo com o Aston Martin Vantage #23 de Roman de Angelis/Ross Gunn. Final de semana com Superbike em um dos mais tradicionais palcos de corridas da Inglaterra, Donington Park, e eu não sei se fico feliz ou preocupado com o resultado das duas corridas. Explicando: tivemos um grande período de domínio do piloto Jonathan Rea (Kawasaki), que conseguiu tornar a categoria mais chata que a Fórmula Barbie nas épocas em que apenas Michael Schumacher ou Lewis Hamilton venciam... porém o grande problema é que o piloto que venceu as últimas 3 corridas se chama Toprak Razgatlioglu (Yamaha). Desculpem, mas irei me referir a ele apenas como Toprak, esse sobrenome é impronunciável (e quase inescrevível) para um latino. Isto posto, informo que na corrida do sábado Toprak foi monumental: largou em 13º, porém logo na segunda volta já alcançou o pole position Rea, o ultrapassou e ambos abriram confortável vantagem para o restante do pelotão – que por sinal propiciou um ótimo espetáculo para o público, com intensa disputa pelo 3º lugar. Ao cabo das 23 voltas, Toprak cruzou a bandeirada com praticamente 2 segundos e meio de vantagem pra Rea, com o pódio completo com a presença de Alex Lowes (Kawasaki). A corrida do domingo foi menos “intensa” que a do sábado, mas não teve como se chamada de chata: desta vez tivemos um pouco mais de disputa entre Toprak e Rea no começo da corrida, o turco passou à frente, Rea recuperou a posição na 10ª volta... e logo depois saiu da pista, caiu, voltou a corrida mas não conseguiu retornar à zona de pontuação. Dessa maneira Toprak venceu novamente, com Garrett Gerloff (Yamaha) em 2º após vencer o duelo contra Tom Sykes (BMW). Com esses resultados, o novo líder do campeonato é Toprak, apenas 2 pontos à frente de Rea. E no festivo domingo do 4 de Julho, data na qual os estadunidenses celebram sua independência, finalmente acabou o jejum de vitórias da Penske nessa temporada: Josef Newgarden dominou a corrida de Mid-Ohio, liderando 73 das 80 voltas, e nas últimas voltas conseguiu resistir à pressão de Marcus Ericsson, que estava disposto a estragar a festa do público que torcia pelos pilotos da bandeira com estrelas e listras. Não foi dessa vez, Ericsson... mas se deixou de vencer, a equipe de Chip Ganassi não pode reclamar, já que ficou com o 2º, 3º e 4º lugares na corrida, respectivamente Marcus Ericsson, Alex Palou (líder do campeonato) e Scott Dixon (3º no campeonato). O “momento bizarro” da prova teve como promotor Will Power, que numa corrida de 80 voltas quis resolver tudo logo no começo, forçou a barra pra cima do Scott Dixon, e após um leve contato com Dixon rodou na saída de uma curva na qual quem está no meio dela não enxerga a saída... como se não fosse o bastante, ainda acelerou como se estivesse tentando controlar uma derrapagem num oval, resultando em uma grande nuvem branca de pneu queimado... e retirou qualquer possibilidade de Ed Jones tentar desviar dele. Ambos deixaram a corrida após essa batida, que poderia ser perfeitamente evitável. E a NASCAR após muitos e muitos anos voltou a Road America, para fazer uma das melhores corridas do ano. Efetivamente, pista boa faz corrida boa, e os astros da categoria principal tiveram o auxílio de alguns pilotos da Xfinity para dar mais brilho ainda ao espetáculo. Primeiro segmento ficou com William Byron, ao passo que Tyler Reddick ficou com o segundo... pilotos interessantes, que mereciam vitórias em segmentos, mas claramente os líderes do campeonato estavam pensando na estratégia para o final da corrida. E mais uma vez a vitória em um circuito misto ficou com o atual campeão Chase Elliott, que no último segmento não deu chances para Kyle Busch se manter na liderança, assumiu a ponta na volta 46 e lá permaneceu até o final das 62 voltas da corrida. Buschinho ainda perderia a 2ª posição para seu companheiro de equipe Christopher Bell, que fez o possível para se aproximar de Elliott mas não teve êxito. O 3º lugar ficou com Kyle Busch, seguido por Kurt Busch em 4º e Denny Hamlin em 5º. Destaque para Chase Briscoe, mais uma vez conseguindo um grande resultado para a equipe Roush e sendo o melhor dentre os carros Ford na corrida., cruzando a bandeirada no 6º lugar. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |