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Roberto Faria vence na F3 inglesa. No europeu, final de semana difícil para Bortoleto e Barrichello PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 25 July 2021 17:26

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos todas as ações de pista para nossos pilotos concentradas no desafiador autódromo belga de Spa=Francorchamps, cm a realização de mais uma rodada tripla da Fórmula Regional Europeia, onde temos a participação de Eduardo Barrichello e Gabriel Bortoleto, e da “excursão” da Fórmula 3 inglesa que também teve sua rodada tripla de costume, com a participação do brasileiro Roberto Faria.

 

Com todas as corrida na Europa e no mesmo autódromo, não tivemos problemas de arranjo de horários e com isso, todos pudemos acompanhar as corridas pelo youtube sem maiores problemas. A se lamentar apenas o fato do BRDC, promotor da Fórmula 3 inglesa não transmitir a corrida 1, apenas a 2 e a 3. Bem, vamos às corridas!

 

Fórmula Regional Europeia.

No treino classificatório 1, que a organização fez valer para a corrida do domingo, invertendo a ordem natural das coisas, teve a chance de começar com a pista um pouco úmida na conhecida e instável condição meteorológica da região das Ardenas. Os pilotos teriam que fazer tudo o quanto antes nos 20 minutos de treino e evitar alguma chuva, o que os jogaria para o fundo da classificação, mas todos foram com pneus slick.

 

  

Já na primeira volta lançada tivemos carros se tocando na Les Combes e isso provocou uma bandeira amarela geral, consumindo tempo até retirarem o carro 96. De forma inteligente, o diretor de prova decretou a bandeira vermelha, faltando 13 minutos e meio para o fim do treino até que o carro de Oliver Goethe fosse retirado da área de escape da curva, que fica no final da maior reta do traçado de 7 km. Diante do que aconteceu e com uma garoa suave caindo, todos partiram para a troca por pneus de chuva ao final da bandeira vermelha.

 

A pista molhada, na temporada passada, na F4 italiana, era uma condição onde Gabriel Bortoleto andou muito bem, mas foi Eduardo Barrichello que, faltando 6 minutos para o final estava na P10. Bortoleto, pouco antes, fez uma volta para P6, mas foi deletada por exceder os limites de pista. Com 3 minutos para o fim, Barrichello melhorou ainda mais, indo para P7, mas outros pilotos foram melhorando. No final, Eduardo Barrichello ficou com a P19 e Gabriel Bortoleto ficou com a P20.

 

 

Na parte da tarde, três horas antes da corrida do sábado, os pilotos voltaram para a pista e foram fazer o treino de classificação 2, para a corrida que aconteceria logo depois. A pista estava úmida e o céu fechado, com perspectivas de chuva. Antes mesmo da volta de apresentação, a maioria dos pilotos colocou os pneus de chuva. Ferrati, com pneus slicks, rodou na apresentação e Ido Cohen foi para os boxes trocar por pneus de chuva depois que o diretor de prova decidiu por mais uma volta de apresentação para dar tempo de tirarem o carro de Ferrati da grama.

 

Depois de duas voltas de apresentação, os carros alinharam no grid e apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto fez uma grande largada, subindo para 10° antes da metade da 1ª volta, mas nas cirvas rápidas em descida e brasileiro foi com mais força em uma das zebras, deu um 360°, mas teve sorte por continuar na pista e não ser acertado por ninguém. O problema foi cais para 17°. Eduardo Barrichello também teve problemas na largada, quebrou a asa dianteira e foi forçado a ir para os boxes trocá-la.

 

 

Na segunda volta outros pilotos rodaram na mesma curva que Bortoleto rodou e ficaram na grama. A direção de prova acionou o safety car e isso ajudou Barrichello, que teve a chance de agrupar-se ao pelotão. O trabalho para retirar os carros demorou bastante e foram perdidos mais de 14 minutos (praticamente metade da corrida) com os carros em bandeira amarela.

 

A relargada veio quando faltavam apenas 7 minutos de corrida. Com as rodadas, Gabriel Bortoleto subiu para 15° e Barrichello para 28°, mas era tempo de menos e posições demais para se escalar para conseguirem chegar em uma posição de pontos entre os dez primeiros. Seria preciso alguma problema muito grande com carros à frente de Bortoleto para isso acontecer.

 

  

Quando a bandeira verde veio, Bortoleto foi superado por Gnos e caiu para 16°, recuperou a posição no fechamento da volta, mas Haverkort o superou na descida pra Eau Rouge Barrichello manteve-se a salvo de mais problemas, mas era apenas o 27°. Bortoleto recebeu a quadriculada na P16 e Barrichello na P25 em um sábado molhado e complicado para os nossos pilotos.

 

Na manhã do domingo os pilotos voltaram para a segunda corrida da etapa de Spa-Francorchamps com uma condição bem diferente da enfrentada na corrida do sábado. O sol entre nuvens e a pouca perspectiva de chuva parecia ser uma boa possibilidade de uma corrida menos confusa, mas Spa é Spa e tudo pode acontecer por lá. Eduardo Barrichello estava largando na P19 e Gabriel Bortoleto na P20, precisando se recuperar do mau resultado no sábado.

 

Após a volta de apresentação, apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto largou melhor do que Eduardo Barrichello, pulando para 18°, enquanto Barrichello ficava em 20°. Ainda na 1ª volta Bortoleto ganhou mais duas posições, enquanto Barrichello saiu do top 20. Bortoleto continuava escalando o pelotão e na segunda passagem pela reta após a Radillon, subiu para P15. Barrichello fechou a segunda volta na P23.

 

 

Gabriel Bortoleto vinha fazendo uma boa corrida de recuperação e no início da terceira volta subiu para 14º. Eduardo Barrichello caiu para 24°. Com 10 minutos de corrida e sem bandeiras amarelas, Bortoleto lutava para se aproximar do pelotão à frente, que ia do P9 ao P13 para tentar chegar aos pontos enquanto Barrichello tentava se recuperar.

 

Uma colisão entre os carros Delli Guanti e Smith trouxe o safety car para pista faltando 19 minutos para o fim, agrupando o pelotão.  A remoção foi rápida e 3 minutos depois tivemos bandeira verde. Bortoleto segurou sua posição e Barrichello era o 23°. Ido Cohen superou Bortoleto a 10 minutos do fim, jogando o brasileiro para 15°. Marinangelli e Pesci bateram na source e Vidales se tocou com Aron na Les Combes. Com isso Barrichello subiu para a P20 e Bortoleto para 13°, vindo num pelotão compacto do P8 até ele.

 

 

Nos minutos finais Fluxa superou Barrichello e tomou a P20 enquanto Pasma fechava o pelotão com Bortoleto que ia até o 9° colocado, Haverkort, que na última volta foi superado por todos do pelotão e Bortoleto subiu para 12°, mas não conseguiu, apesar da grande corrida, chegar aos pontos. Eduardo Barrichello terminou em 22°. A próxima etapa será apenas em setembro, no Red Bull Ring.

 

Fórmula 3 Inglesa

A tradicional categoria britânica deixou a ilha neste final de semana e foi para a igualmente chuvosa região das Ardenas para fazer uma rodada tripla em um dos circuitos mais tradicionais da Europa. Uma excelente oportunidade de aprendizado para o Brasileiro Roberto Faria, nosso representante na categoria de tanta história para o nosso automobilismo.

 

Nos treinos as coisas não correram bem para o brasileiro. Com muitas dificuldades, Roberto Faria não conseguiu ir além da 13ª posição em um grid com apenas 16 carros que foram para a Bélgica. Em termos de pista, um dos piores resultados do ano para ele, que precisaria fazer corridas de recuperação num circuito pouco familiar.

 

 

A corrida 1 aconteceu na manhã de sábado e com um desafio adicional para os pilotos: a pista molhada. Claro que, correndo na Inglaterra isso não é nada incomum, mas Spa é uma pista onde eles não andam normalmente. O sol apareceu pouco antes da largada, mas com 20 minutos de corrida e com o que se sabe de Spa, ninguém arriscou por pneus slicks. Roberto Faria estava largando na P13, precisando fazer uma grande corrida de recuperação. A direção de prova determinou duas voltas de apresentação

 

Apagadas as luzes vermelhas para as 9 voltas (ou 20 minutos) de corrida, Roberto Faria evitou problemas e manteve sua posição na primeira parte da primeira volta, mas na volta seguinte o brasileiro não conseguia se aproximar dos carros à sua frente e em 2 voltas já tinha mais de 13s de desvantagem para o líder, O’Sullivan. O 14°, Marzorati, não atacava, mas a distância para o 12° estava aumentando.

 

  

A corrida, de uma forma geral, teve 2 voltas com alguma disputa e 7 voltas bem frias como estava a manhã na região. Nas duas voltas finais, Roberto Faria começou a tirar a diferença para Garfias e conseguiu a ultrapassagem na penúltima curva antes de receber a bandeira quadriculada na 12ª colocação. A vitória foi de Christian Mansell (que é neozelandês e não é parente do ex-piloto de F1).

 

Na tarde do sábado os pilotos voltaram à pista para a segunda das três corridas da rodada tripla programada para o circuito belga. Depois de algumas horas sem chuvas os pilotos teriam a oportunidade de correr com pista seca e todos estavam com pneus slicks, apesar do céu nublado e das chuvas em Spa não mandarem aviso. Roberto Faria estava largando novamente na P13.

 

Após a volta de apresentação (desta vez apenas uma), os pilotos alinharam no grid e, apagadas as luzes vermelhas, meio grid abusou na source e Roberto Faria se deu bem, ganhando duas posições e antes do final da primeira volta já era o 10°. Antes da Les Combes, o brasileiro era o P9, mas estava sob ataque de Lebbon, tendo que adotar uma guiada defensiva.

 

 

Ter que se defender de lebbon estava prejudicando o ritmo de Roberto Faria, que não conseguia acompanhar o P8, Simmons, e ainda permitiu a aproximação do P10, Garfias, que logo superou Lebbon, mas que acabou batendo em ma das curvas e ficou em posição perigosa depois da Les Combes. Sagrera e Simmos começaram a brigar e isso permitiu a aproximação do brasileiro, mas juntou um pelota do 8° ao 11°.

 

Roberto Faria foi superado por Lebbon na abertura da 6ª volta e caiu para 10°, mas o grupo estava compacto. Ushjima recebeu uma punição de 5s por exceder limites de pista enquanto Roberto Faria abria a última volta superando Simmons e voltando para a P9. Talvez ganhasse mais uma posição com a punição do japonês, mas a diferença estava no limite. No final, por 6 décimos, o brasileiro continuou na P9. Bilinski venceu a corrida.

 

No final da manhã do domingo, com pista seca e algum sol, os pilotos foram para a pista e encerraram a rodada tripla em Spa-Francorchamps com um grid invertido em relação a corrida anterior. Com isso, Roberto Faria estava largando na primeira fila, na P4 e com uma chance real de conseguir um pódio.

 

 

Após a volta de apresentação e realinharem, as luzes vermelhas foram apagadas e Roberto Faria tentou atacar por fora na Source... e acabou empurrado para a área de escape. Menos mal, conseguiu manter a P4 até o final da reta e tomada da Les Combes. O pole, Marzorati caiu para 3° e foi superado pelo brasileiro na Bus Stop, antes de completarem a 1ª volta, mas Alvarez veio junto e passou o ítalo-britânico na Source.

 

Na reta grande Roberto Faria já deixou Juffali para trás e tomou a P2, mas errou duas curvas depois e voltou para 3°, perdendo contato com o árabe e sendo atacado por Alvarez e ushujima. Mas o brasileiro se recuperou rápido e na volta seguinte tomava de volta a P2, mas estava a mais de 3s do líder e envolvido numa briga com 4 carros, o que ajudava o líder Grundtvig.

 

 

Roberto Faria achou uma boa linha para descer da Les Combes até a Bus Stop e se afastou da briga que ficou pela P3, passando a virar mais rápido que o líder e foi se aproximando rápido. Na volta 5, Jaffali perdeu uma das curvas, saiu, bateu e ficou em posição perigosa numa das poucas caixas de brita. Estranhamente, não acionaram o safety car, mas Roberto Faria vinha tirando mais de meio segundo por volta.

 

Com uma inacreditável bandeira amarela apenas no local a corrida seguiu e volta 6 o brasileiro tirou 1s da diferença. Na volta 7 ele tirou outro segundo de diferença e entrou na 8ª volta, contornando a Source com o líder na alça de mira. Na tomada da Les Combes ele atacou, mas não passou, completando a ultrapassagem apenas na saída da curva e assumindo a ponta.

 

 

Na liderança, mostrou estar com o carro na mão e foi abrindo distância para o 2° colocado, Grundtvig e entrou pela última volta com mais de 1s de vantagem. O brasileiro continuou acelerando e conquistou sua primeira vitória na Fórmula 3 inglesa, juntando o seu nome ao de outros grandes pilotos brasileiros. Ele saiu da Bélgica em 4° lugar no campeonato, com 168 pontos (o líder é zak O’Sullivan, com 294).

 

  

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

    
Last Updated ( Monday, 26 July 2021 08:11 )