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Guerras sem fim PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 28 July 2021 21:47

Caros Amigos, As guerras sem duvida nenhuma desempenharam um papel fundamental na história da humanidade e através dela que a sociedade transformou no que é hoje. A historia da humanidade e a história das guerras estão intrinsecamente associadas sendo que ascensão e quedas de impérios, reinos e civilizações dependem da aplicação de forças militares. Apesar das muitas mudanças que tiveram lugar na história da guerra certas constantes permanecem.

 

Algumas guerras ao longo da história tiveram períodos curtos, como a guerra dos 6 dias, entre árabes e israelenses outras foram extremamente longas, como a “guerra dos 100 anos”,  um dos maiores conflitos da Idade Média, entre duas das principais potências européias: França e Inglaterra. Apesar do nome, durou mais de um século – segundo a definição dos historiadores, tudo começou em 1337, para terminar só em 1453.

 

Cerca de 10 dias atrás, uma “guerra” que se estabeleceu nesta temporada teve sua primeira “troca de tiros” efetiva quando a Mercedes de Lewis Hamilton tocou a Red Bull de Max Verstappen na primeira volta do GP da Inglaterra. Na minha coluna da semana passada abordei o assunto com as controvérsias em torno da decisão da punição dada ao piloto inglês, que – na pista – conseguiu se recuperar e vencer a corrida.

 

Entretanto, a disputa não terminou naquele final de semana, mesmo depois de encerrada a corrida, com declarações de parte a parte a respeito do ocorrido e nesta semana a Federação Internacional de Automobilismo aceitou um recurso impetrado pela equipe Red Bull solicitando a revisão do julgamento – e consequente punição – aplicada à Lewis Lewis Hamilton (10 segundos), que os austríacos consideraram insuficiente.

 

A FIA emitiu convocatórias à Red Bull e à Mercedes para comparecerem por videoconferência às 16 horas desta quinta-feira do fim de semana do Grande Prêmio da Hungria. O documento revelou que a Red Bull apresentou sua petição para revisão na sexta-feira passada, dia 23 de julho – o mesmo dia em que a Red Bull publicou as primeiras reflexões de Horner após a corrida sobre o assunto. Nesta conferência, o Gerente de Equipe de cada equipe, bem como até dois representantes de equipe adicionais cada, devem comparecer à reunião com os comissários.

 

O Código Desportivo Internacional da FIA permite o direito de revisão se “um novo elemento significativo e relevante for descoberto que não estava disponível para as partes que buscam a revisão no momento da decisão em questão”. Até o momento não se sabe qual ou quais elementos significativos ou elementos novos a equipe de Max Verstappen teria para apresentar. Caso os elementos a virem ser apresentados pela Red Bull sejam considerados, a investigação será reaberta. Caso não sejam, vamos ver até onde a equipe continuará insistindo na questão.

 

Como ilustração, a equipe Alfa Romeo foi a última equipe a exercer seu direito de revisão, com os comissários considerando-os tendo evidências suficientes para reabrir a investigação sobre a penalidade de 30 segundos de Kimi Raikkonen em Imola. E embora os comissários, após solicitação da Alfa Romeo para revisão da pena, simpatizassem com a natureza técnica da regra, foi decidido manter a pena original. Explicando sua decisão, os comissários escreveram: “[Artigo] 42.6 dos Regulamentos Esportivos de Fórmula Um da FIA indica que um piloto pode passar para recuperar sua posição inicial, incluindo (e mais importante neste caso) ‘durante a(s) volta(s) atrás do Safety Car’ e se ele falhar em recuperar sua posição antes de SC1, ele deve entrar no pit lane e começar a partir dos boxes. A falha em fazer isso incorre na penalidade obrigatória de uma penalidade stop and go de 10 segundos”. Como o piloto não cumpriu a punição a tempo hábil, foi punido em 30 segundos.

 

Como a minha coluna é publicada na noite da quarta-feira, na quinta-feira, após o almoço – no horário do Brasil – saberemos o que foi decidido nesta verdadeira guerra entre pilotos e equipes que promete ter muitos outros capítulos.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva