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Robinson Crusoé ataca na Endurance por conta do dia dos pais (e filhos) da Stock Car no AIC PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 09 August 2021 21:48

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana – considerando as corridas – começou mais cedo devido a antecipação da etapa da Stock Car para este final de semana do dia dos pais. Como os promotores parecem viver em galáxias distantes uma das outras e não devem se comunicar, a primadona do nosso automobilismo causou, com sua antecipação de etapa, um conflito de datas com o Campeonato Brasileiro de Endurance, categoria onde correm alguns pilotos da Stock Car e que já estava marcada há muito tempo para acontecer em Interlagos. Como o autódromo paulista tem um calendário cheio e uma mudança iria interferir em todo o calendário da categoria se – por exemplo – a corrida passasse para o dia 21 deste mês, o promotor da Endurante teve que improvisar e fez a corrida na sexta-feira, corrida que eu só consegui assistir na tarde do domingo graças ao youtube.

 

No AIC, em Pinhais, deram pra corrida da Stock o nome de GP de Pinhais, prestigiando a cidade onde está o autódromo está localizado, mas desta vez o principal evento do final de semana no Paraná foi o da maior categoria do automobilismo brasileiro: a Turismo Nacional, que realizou nada menos do que OITO corridas para seus grids nas categorias A; B e Super (a galera ‘Tarja Preta’). Diferente do que foi em Cascavel, também tivemos as corridas da Stock Light.

 

Vamos começar pelo início... na sexta-feira o Campeonato Brasileiro de Endurance, com 24 horas de antecedência, realizou as 4 Horas de Interlagos e com direito a um feito na pista: pela primeira vez na temporada um carro da GT3 superou os protótipos e levou a vitória. Os Mercedes-AMG GT3 são na prática mais lentos que os protótipos da classe P1 e, mesmo assim, a dupla venceu na Geral entre 30 carros após quatro horas de prova em São Paulo. Foi a primeira vitória de Cacá e Baptista em 2021, além do terceiro pódio em quatro etapas.

 

Felizmente tem youtube para quem trabalha na sexta-feira poder assistir a corrida no sábado com a sempre ótima narração do Alexi Lalas, ex- zagueiro da seleção de futebol dos EUA e que apesar do comentarista meia boca que puxa o saco do patrocinador, garante a transmissão como faz na TV Cultura onde não tem que sofrer com o Taquara Rachada nos comentários. Voltando pra corrida, a disputa teve velocidade e estratégia. A ultrapassagem de Cacá sobre o protótipo de David Muffato no ‘S’ da Sadia na última hora de prova e coroou uma etapa perfeita, que também contou com pole position na categoria GT3. A segunda colocação na geral ficou com Pedro Queirolo e David Muffato, resultado que deu à dupla do AJR 113 a vitória na categoria P1. Completaram o pódio Allam Khodair e Marcelo Hahn, que seguem líderes da GT3, Jindra Kraucher e Aldo Piedade, com o novo protótipo Sigma P1 para o pódio na sua corrida de estreia, e a dupla Ricardo Maurício e Marcel Visconde no Porsche GT3.

 

 Os protótipos da P1 largaram na frente, mas foram caindo um a um até serem todos superados pela Mercedes da GT3 (reprodução: youtube)

 

Fernando Poeta, Claudio Ricci venceram na P2. Hugo Cibien, Leandro Totti e Luiz Oliveira conquistaram a vitória na P3. Na categoria GT4, quem levou a melhor também foi a Mercedes. André Moraes e Cássio Homem de Mello cruzaram a linha na primeira colocação, deixando a BMW M4 do trio Henry Visconde, Lucas Foresti e Paulo Sousa na segunda colocação. A McLaren de Marco Pisani, Gustavo Conde e Marcelo Brisac chegou em terceiro. Já na GT4 Light, o trio Guilherme Bottura, Gaetano Di Mauro e Pedro Burger conquistou a segunda vitória seguida a bordo da Ginetta. E na GT3 Light, a Ferrari de Ricardo Mendes, Tom Filho e  Marçal Muller levou a melhor sobre o Aston Martin da família Ribas.

 

No AIC não faltaram corridas. Foram 12 no total, com 2 da Stock Light, 2 da Stock Car e 8 da principal categoria do final de semana no Paraná, a Turismo Nacional. Trabalho duro para o Filho do Deus do Egito, que narrou todas as corridas do final de semana, A Stock Light para a TV e a Stock Car para o canal da internet – essas na companhia do meu camarada da assessoria que mais deixa furo na imprensa nacional, Chuck, o brinquedo assassino, coçador de saco ao vivo na TV, mas que se defende como comentarista – além das corridas da Turismo Nacional onde faz a dupla celestial do universo com o Enviado de Cristo.

 

 O grid continua encolhendo na Stock Light, mas as disputas continuam quentes (Reprodução: youtube)

 

Começando pela Stock Light, tivemos uma corrida no sábado e outra no domingo. Felipe Baptista na corrida 1 da quinta etapa da temporada 2021 da Stock Light, disputada neste sábado no anel externo do Autódromo Internacional de Curitiba.

 

Quinto do grid de largada, Baptista assumiu a liderança na parte final da prova e, fazendo bom uso do botão de ultrapassagem, conseguiu se manter na ponta para conquistar sua quinta vitória no ano. Logo na largada, Gabriel Robe acelerou forte para manter a ponta, seguido por Arthur Leist, que superou Zezinho Muggiati para tomar a segunda posição. Na 12ª volta, Zezinho Muggiati acionou o botão de ultrapassagem na reta para recuperar a segunda posição, que havia perdido para Arthur Leist ainda na largada. Faltando 11 minutos para o final, Zezinho atacou por dentro para tomar a liderança de Robe sem usar o botão de ultrapassagem, enquanto Arthur Leist, Felipe Baptista e Felipe Papazissis vinham numa briga feroz pela terceira posição. Mas foi nos minutos finais da corrida que o líder do campeonato mostrou quem mandava na categoria, foi pra cima, passou todo mundo e usando bem o ‘push to pass’ garantiu mais uma vitória. Meu piloto, o Zezinho, terminou em 4°.

 

 Com a inversão do Grid, Raphael Reis aproveitou as brigas para fugir na ponta e vencer no domingo (Reprodução: youtube)

 

Na corrida do domingo, com um grid cada vez menor – dessa vez só 13 carros – Alberto Cattucci, que largou na frente graças a ridícula inversão de 10 posições no grid em relação ao resultado da corrida 1, foi engolido ainda nos primeiros metros da reta por Raphael Reis, Matheus Iorio, Raphael Teixeira, caindo para a quarta posição. Meu piloto, o Zezinho, que no sábado herdou a terceira posição graças à desclassificação de Felipe Papazissis, veio escalando o pelotão e fez uma grande ultrapassagem na Curva 0 pra tomar a quarta posição de Arthur Leist, mas acabou punido com um drive trough após um toque no carro de Rapha Teixeira. Longe de confusões e problemas, Raphael Reis seguiu pra vitória, seguido de Arthur Leist e Matheus Iorio. Felipe Baptista teve um furo de pneu e terminou em 12°. Meu piloto, o Zezinho, foi o 8°.

 

Na categoria principal, tivemos as duas corridas no domingo, com Rafael Suzuki largando na pole position e segurando a ponta no final da longa reta do AIC, seguido por Gabriel Casagrande, que passou Daniel Serra. Ricardo Maurício apareceu em quarto, com Bruno Baptista em 5°. O Safety Car foi acionado após a pataquada com um acidente daqueles de principiantes envolvendo Cesar Ramos, Galid Osman, Ricardo Zonta e Felipe Massa no S do final da reta, que ganhou uma barreira de pneus na perna externa para o pessoal não fazer atalho. A relargada na quarta volta com Casagrande pressionando Suzuki e Felipe Lapenna subindo pra 5°. Serrinha foi pra cima de Casagrande e recuperou o 2° lugar, mas o paranaense retomou a posição usando o push to pass.

 

 Rafael Suzuki fez uma corrida sensacional em Curitiba, mas acabou desclassificado (Reprodução: youtube)

 

Depois das paradas de boxes, onde os pilotos pensaram suas estratégias para a corrida 1 e a 2, Rafael Suzuki segurava a ponta, com Daniel Serra e 2° e Casagrande em 3°. Serra usou o botão de ultrapassagem para tentar a ultrapassagem sobre Suzuki na volta 24, mas o piloto da Full Time manteve a liderança. Sergio Jimenez parou na barreira de pneus na passagem seguinte, e o Safety Car foi acionado pela segunda vez na prova. Na relargada, quando restavam pouco mais de um minuto para o final da prova, todo mundo tentou de tudo, mas ninguém conseguiu nada! Suzuki manteve a liderança e seguiu para vencer pela primeira vez na temporada, sendo seguido por Serra e Casagrande. Horas depois, Suzuki foi desclassificado e Serra herdou a vitória. Só que o japonês não levou: os ‘comissacos’ apontaram uma irregularidade no combustível. A equipe vai recorrer e o resultado final do campeonato só vai sair em 2076... se não chover!

 

Depois daquele balé de bêbado para arrumarem a inversão do grid tivemos a largada para a corrida 2, que foi uma daquelas sacanagens do destino que não se faz. Felipe Lapenna, que estava na 6ª posição, fez uma largada sensacional, atropelou o grid, tomou a P2 e, ainda na primeira volta superou o pole, Átila Abreu, pra assumir a ponta. Com uma pilotagem segura o piloto da equipe Hotcar, do eterno Amadeu Rodrigues e agora dirigida por sua filha, Bárbara is se impondo na liderança e ao final das paradas nos boxes, continuou na liderança, com quase 1s5 de vantagem para Átila, com Casagrande em terceiro, Cacá Bueno em quarto e Maurício em quinto, enquanto o líder Serra vinha em nono. Barrichello e Salas se envolveram em um toque e acabaram rodando, marejando os olhos do Ogro que aqui escreve.

 

 O grid invertido exige estratégias para se alcançar o sucesso e Átila Abreu sabe como jogar com isso (Reprodução: youtube)

 

Quando a imagem da TV mostrou o carro de Lapenna lento na pista, faltou força para soltar um palavrão. Ele e a equipe não mereciam isso. O caminho ficou livre para Átila Abreu assumir a ponta e vencer, com Gabriel Casagrande, em um ótimo final de semana, terminar em segundo e Denis Navarro completar o pódio em terceiro.

 

A coluna ficou muito grande e eu nem falei da Turismo Nacional. Vamos combinar uma coisa: A gente guarda o melhor pra depois e daqui duas semanas eu conto como foi o show da melhor categoria do automobilismo brasileiro com uma coluna dedicada só para a categoria. Pode ser?

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Pelo visto a coçada de saco ao vivo e a cores queimou o filme do Chuck, o brinquedo assassino, camarada da assessoria, que faz um bico de comentarista. No sábado os comentários pingaram com o Gás Nobre. Não saiu nenhuma “matéria de grid” com o rascunho do inferno assustando as criancinhas...

- Deixo aqui meu veemente protesto pela escalação do Caprichoso para a narração da Stock Car. Se for assim, tem que dar a oportunidade para o meu camarada, o Sinestro, o melhor mais feio narrador de automobilismo do Brasil narrar a Fórmula 1.

- Sem rádio e com todo mundo falando português o Dr. Smith fica com a vida mais fácil, né? Mas ainda assim e com a empresa familiar sendo responsável pelo suporte técnico da categoria, ele viaja numas maioneses intergaláticas quando abre a boca.

- A equipe da Band, com o Caprichoso, o Matuzaleme e o Dr. Smith estavam no autódromo. A transmissão do canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) foi feita no estúdio na cidade calamitosa... que decadência.

- Com o fim dos jogos olímpicos, o narrador globêstico (a segunda vogal não era bem essa...), o Tala Larga, voltou a narra corridas e deixaram em paz o porteiro, o auxiiar de almoxarife e outros trabalhadores do Projac. Já o Nhonho, que nem comentar sabe, poderia se inspirar no GB, que dá pitaco em tudo que é esporte sem saber coisa (o advérbio não era bem esse...) nenhuma.

- Uma eternidade narrando a Stock Car e o Caprichoso não sabe quantos carros da Toyota tem no grid... pior que isso, ninguém pra “soprar a resposta”. O Matuzaleme não sabe e o Dr. Smith estava em outra galáxia.

- Na transmissão o Caprichoso fez uma chamada para o GP da Bélgica de F1... “NO PRÓXIMO FINAL DE SEMANA”. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) foi ouvido num raio de 3 km. Depois ele “remendou”, mas aí já era.

- Primeira volta da primeira corrida e os pilotos mais profissionais do país não conseguem fazer uma chicane num fim de reta. Toda vez dá problema e dessa vez eles capricharam.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.