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Nobres do Grid - Hyperlink (Agosto/2010) PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 30 July 2010 01:00

 

Olá amigos, Agora sim, a vida voltou ao normal. Copa do Mundo só daqui há quatro anos e o próximo mega evento, as Olimpíadas, não monopolizam a mídia da mesma forma. Mas já que estamos falando em coisas do mundo, vamos começar a nossa resenha do mês falando de um campeonato mundial: o WTCC. 

 

Neste mês a categoria teve duas etapas: A primeira, no circuito de Portimão, começou com uma vitória “da casa”. Tiago Monteiro venceu a primeira prova, conquistando sua terceira vitória na categoria. Monteiro largou na pole e não foi incomodado no início da prova, mas teve de se defender do francês Yvan Muller no decorrer da corrida. O italiano Gabriele Tarquini foi o terceiro, seguido pelo brasileiro Augusto Farfus Jr. 

 

Gabriele Tarquini venceu a segunda corrida da rodada. O italiano da SEAT teve um ótimo início de prova, partindo em sexto no grid e assumindo a ponta ainda nas primeiras voltas. Logo na largada, o pole-position Fredy Barth partiu muito mal e despencou para o oitavo posto. Com isso, Norbert Michelisz assumiu a ponta, mas a liderança do dinamarquês durou apenas quatro voltas. O piloto abandonou a prova em seguida.  

 

 

A Chevrolet vem dominando a categoria, prova disso são as vitórias na prova inicial. Muller em Portimão e Menu na Inglaterra. 

 

Alain Menu também sentiu o gosto da liderança por alguns momentos ao passar Michelisz na reta principal, mas foi superado por Tarquini duas curvas depois. Quando assumiu a ponta, o piloto da SEAT teve tranquilidade até a bandeirada. Enquanto isso, os pilotos da Chevrolet disputavam posições no pódio, com Yvan Muller terminando em segundo e Robert Huff fechando em terceiro. 

 

Duas semanas depois, a etapa ocorreu no traçado curto de Brands Hatch e com algumas novidades. Para nós, além da primeira transmissão ao vivo, mesmo que por uma TV por assinatura, de uma prova da categoria, o final de semana teve a presença de um – por enquanto – convidado. O brasileiro Cacá Bueno.  

 

Cacá correu com o quarto carro da equipe oficial da Chevrolet, ao lado de Yvan Muller, Robert Huff e Alain Menu. Foi a terceira vez que a equipe RML competiu com quatro carros em uma rodada este ano. O argentino Leonel Pernia esteve em Monza, onde chegou a marcar um ponto. Na etapa seguinte, em Zolder, na Bélgica, Vincent Radermecker foi o convidado. 

 

 

Cacá Bueno colocou os pés na categoria pela primeira vez. Correu em Brands Hatch pela primeira vez, mas faltou sorte na prova. 

 

Contudo, Cacá não é apenas um convidado. Em um furo de reportagem, o site dos Nobres do Grid reportou a reunião entre Cacá, o presidente da CBA e o manager da categoria, Marcelo Lotti onde praticamente foi traçado o destino do campeão da Stock Car brasileira para o ano de 2011. A equipe, que na época o piloto evitou comentar, tudo indica ser a Honda South America, com um companheiro de equipe argentino para o brasileiro. Além da Honda, uma outra montadora dá indícios de que vai participar da categoria no próximo ano: a Volvo. A montadora sueca participou de algumas provas da categoria nos últimos anos, mas a idéia agora é competir com regularidade no campeonato. A confirmação sobre as intenções da empresa foi dada por Alexander Murdzevski, diretor-comercial da Volvo. 

 

Se a Volvo e a Honda estão chegando, a BMW pode estar saindo. O regulamento do próximo ano vai sofrer grandes alterações, com um novo motor, menor, mais econômico, turbo (1.6 litros) e a equipe alemã anda “namorando” com seus compatriotas da DTM.  

 

Na corrida em si, O francês Yvan Muller venceu a primeira prova da sexta etapa do WTCC, disputada neste domingo em Brands Hatch, numa dobradinha da Chevrolet, já que seu companheiro Robert Huff finalizou a prova em segundo lugar. O terceiro colocado foi o britânico Colin Turkington, que corre o campeonato britânico, com uma BMW privada. 

 

 

O bom samaritano, Farfus, acabou levando a pior ao tentar fazer um jogo de equipe para favorecer o companheiro, Andy Priaulx. 

 

Os brasileiros tiveram sortes distintas. Augusto Farfus (BMW) concluiu a prova em sexto lugar, ganhando algumas posições e conseguindo um bom lugar para largar na segunda prova. Já Cacá Bueno, que andou do meio para trás durante o tempo que esteve na pista, abandonou a prova com o carro em chamas e não conseguiu participar da segunda prova do dia. 

 

Na segunda prova, Augusto Farfus fez uma largasa excepcional e pulou na ponta na primeira curva, sendo seguido por Priaulx e Muller. Na terceira volta – ao que tudo indica – para fazer jogo de equipe, deixou a porta aberta para o companheiro de equipe, mas o piloto da Chevrolet achou que dava para passar também e pegou o brasileiro pelo meio do carro, estragando a corrida de ambos.  

 

Andy Priaulx fez a festa da torcida local ao vencer a segunda prova, sua quarta vitória na temporada. Colin Turkington fe mais uma excelente corrida, pulando de sexto para quarto na largada e, por conta da batida, ganhou mais duas posições, terminando em segundo. Gabriele Tarquini completou o pódio. 

 

No programa de Brands Hatch, se a categoria principal não protagoniza um acidente "dos bons", as preliminares cuidam disso! 

 

No campeonato, a liderança é de Yvan Muller, da Chevrolet, com 199, seguido por Gabrielle Tarquini, com 176 e Andy Priaulx, da BMW, com 146. A próxima etapa será em Brno, na República Tcheca, dia primeiro de agosto. 

 

Se a corrida não teve aqueles acidentes peculiares da categoria, a outra prova do programa, a Seat Eurocup tratou de compensar. 

 

O Português Francisco Carvalho protagonizou um daqueles acidentes que nem o Diego Hipólito faria misturando o solo com o salto sobre o cavalo, no caso, o guard rail. Milagrosamente o piloto sofreu apenas escoriações leves e os fiscais de pistas – se no mínimo – tiveram as calças molhadas. 

 

No DTM, Jamie Green conquistou a vitória na etapa de Norisring do DTM, disputada no domingo dia 4, ainda em ritmo de copa do mundo, fazendo 3x1 para a Mercedes sobre a Audi. O piloto inglês, ao contrário de sua seleção, resistiu à pressão do sueco Mattias Ekstrom após a segunda metade da prova e alcançou o seu terceiro triunfo consecutivo no circuito alemão.  

 

Jamie Green - até nos retrovisores - marcou mais uma vitória da Mercedes no DTM este ano. São três, contra apenas uma da Audi.

 

O piloto da Mercedes herdou a liderança da prova logo no início da prova depois de o pole-position Ralf Schumacher (que parece que acordou) ser punido com um drive-through por queimar a largada. Na sequência, Green começou a abrir dos rivais, mas teve trabalho com Ekstrom após a rodada de pit-stops. Bruno Spengler fechou em terceiro, completando o pódio. 

 

O campeonato tem Bruno Spengler como líder, com 26 pontos, seguido por Jamie Green, com 22 e Mathias Ekstrom, com 21. Em agosto serão corridas duas etapas, em Nurburgring e em Zandvoort, na Holanda. 

 

A direção da categoria anunciou no último dia 15 a alteração no calendário, com a inclusão de uma prova, no circuito de Adria, no final do mês de outubro, jogando a prova de Xangai, que pode será realizada em um circuito urbano, para o final de novembro. Assim, o calendário passará a ter 11 etapas em 2010. Este circuito italiano já recebeu a categoria em 2003 e 2004.  

 

A nossa Stock Cars não correu no mês de julho, ficando as emoções reservadas para agosto, com a prova de Salvador onde a organização afirmou ter feito melhorias na pista e que isso permitirá ultrapassagens. Veremos! 

 

As “emoções” ficaram fora das pistas, com a troca de pilotos na AMG (Gustavo Sondermann não conseguiu mais “pagar a conta” e teve que deixar a categoria. Em seu lugar, vai correr Thiago Marques). Se um dos filhos de Paulo de Tarso deu uma “melhorada de vida”, o outro, deu um passo a trás: Tarso Marques deixou a equipe Gramacho e o campeonato agora no final do mês. A vaga de Tarso foi preenchida por... Sondermann! Gustavo voltou à casa onde sagrou-se campeão na Stock Light e – pelo visto – a conta ali é “mais em conta”. 

 

Já os hermanos, ainda tontos com aquela “ensacada” de 4x0 dos alemães, foram correr em Termas do Rio Hondo. Se a moda era ganhar de goleada, fazendo um trocadilho infame, a Honda não deu chances a ninguém em Rio Hondo. Em uma corrida emocionante e cheia de alternativas, onde as estratégias e a condição física dos pilotos foi fundamental, afinal, esta era a primeira das etapas do campeonato de endurance, Leonel Pernia (Equipe Petrobras) conseguiu a vitória com um 1-2-3, tendo no pódio seus companheiros Mariano Altuna e Jose Maria ‘Pechito’ Lopez.

 

 

A competição começou no sábado com a classificação. A priori, Gabriel Ponce de León (Ford YPF), o mesmo Pernia, Matías Rossi (Renault Lo Jack Team), Christian Ledesma (elaion Chevrolet), Emiliano Spataro (Fiat Scuderia) e Jose Maria Lopez pareciam ser todos candidatos à vitória da corrida que teria características distintas das anteriores: o vencedor só seria conhecido após 70 voltas, e com cada carro obrigado a fazer dois pits, um de reabastecimento e outro para troca de pneus. 

 

Em termas do Rio Hondo, a Honda não deu chances para a concorrência e emplacou uma "trifeta", fechando o pódio da etapa.

 

Algumas equipes tentaram estratégias distintas, a fim de tentar barrar a iminente vitória da Honda, mas ninguém conseguiu mudar o panorama. Com a pontuação diferenciada das provas de endurance, Pernia assumiu a liderança do certame com 77 pontos, seguido por Autuna, com 62 e Lopez com 58. A próxima etapa está programada para La Rioja, dia 22 de agosto. 

 

A NASCAR teve 3 etapas neste mês... bem menos do que o normal. Começando no “templo” de Daytona, Kevin Harvick começou na frente e terminou na frente no sábado à noite, na Coke Zero 400, no Daytona International Speedway, mas o que aconteceu entre a bandeira verde e a quadriculada foi um verdadeiro turbilhão! Ou se preferirem, embalos de sábado a noite, com direito a um daqueles acidentes tipicamente “by NASCAR”.

 

Entre a primeira volta e a última, a liderança passou pelas mãos de Kasey Kahne, Jeff Gordon e Dale Earnhardt Jr. além de Kevin Harvick, que precisou esperar a chuva parar e que causou atraso Cup Series.

 

 

Na corrida noturna de Daytona, Kevin Harvick venceu com direito a "show pirotécnico" no meio da prova com uma batida daquelas. 

 

Com mais de metade do grid eliminado ou avariado por daqueles acidentes, com direito a fogo e tudo, e que a noite ficou ainda mais assustador, Harvick cruzou a linha de chegada de um carro de comprimento à frente de Kahne e ampliou sua vantagem na pontuação do campeonato. Foi a vitória foi a segunda Harvick na temporada eo 13 º de sua carreira.  No final de semana seguinte, David Reutimann venceu a segunda corrida da Sprint Cup em sua carreira, na noite de sábado no, LifeLock.com 400, realizado no Chicagoland Speedway.

 

Reutimann, cujo a vitória anterior aconteceu no ano passado, após a interrupção pela chuva que encurtou a Coca-Cola 600 em Charlotte. “desta vez não tem asterisco”, disse o piloto, que cruzou a linha de chegada 0,727 segundo à frente de Carl Edwards. Esta foi apenas a segunda prova que ele terminou no “top five”.

 

 

Aqui o 00 não é do Dick Vigarista, David Reutimann venceu com méritos e - como ele mesmo disse - sem asteriscos! 

 

Reutimann não cabia em si na Victory Lane. Não parava de falar: “Nós ganhamos um presente. Ninguém deu a nós, e que é muito bom. Nós ganhamos! E é um esforço total da equipe, não só meu. Todos na Michael Waltrip Racing fez um trabalho fenomenal. Eu nem sei o que dizer. Você pensa sobre estes momentos toda a sua vida, e você pensa sobre todas as coisas certas para dizer. Eu estou a ponto de chorar - isso é incrível.” 

 

Em Indianápolis, na Brickyard 400 teve a vitória de Jamie McMurray, depois de duas relargadas sensacionais do piloto da Chip Ganassi, nas voltas 143 e 150, da 160 voltas da prova no mítico Indianápolis Motor Speedway. “Eu consegui, finalmente, o direito de beijar os tijolos!”, disse um eufórico McMurray após bater o líder do campeonato, Kevin Harvick, por 1,4s.  

 

 

Em Indianápolis, Montoya liderou o maior número de voltas, mas a vitória foi para Jamie McMurray... e a equipe beijou os tijolos.

 

Não existe, em teoria, vitória injusta para que luta por ela o tempo todo, mas não podemos deixar de reconhecer que foi o colombiano Juan Pablo Montoya a grande estrela do espetáculo, liderando 116 das 160 voltas.  Greg Biffle terminou em terceiro no seu n º 16, de Ford, o único não-Chevrolet se qualificar para o top 10. Clint Bowyer foi o quarto e quinto Tony Stewart. Jeff Burton, Carl Edwards, Kyle Busch, Joey Logano e Kurt Busch completaram o top 10. 

 

O campeonato, que tem a liderança de Kevin Harvick, seguirá em agosto com provas em Pocono, Watkins Glen, Michigan e Bristol.  No WRC, a França faz bonito, ao contrário do que fez na copa. Sem dar chances aos adversários, Sébastien Loeb impôs seu domínio e venceu mais uma etapa do mundial de Rali, desta vez na Bulgária. Já na sexta feira, venceu os quatro estágios, voando baixo no asfalto.

 

O francês venceu nada menos que os últimos 15 ralis disputados neste tipo de piso, mostrando ser o rei do pedaço! Daniel Sordo, companheiro de equipe de Loeb na Citroën, terminou o dia em segundo, 28s1 atrás do gaulês. Petter Solberg, também pela montadora francesa, só que representando equipe independente, foi o terceiro. Sordo reconheceu a superioridade de seu companheiro de equipe sobre os demais pilotos. “Não é fácil, o Sebastien está pilotando muito bem. Às vezes, nem dá para acreditar no que ele faz”, salientou o espanhol.

 

 

Está difícil segurar o Loeb nas trilhas do WRC este ano... o francês vem vencendo etapas em sequência e disparando na tabela. 

 

Petter Solberg terminou à frente de Mikko Hirvonen. O Finlandês só conseguiu colocar o primeiro carro da Ford na quarta posição geral. Desanimado, Hirvonen admitiu que os carros da Citroën estão em melhor forma na Bulgária, principalmente nos trechos mais rápidos.  Além do domínio de Loeb, o rali marcou o forte acidente de Kimi Raikkonen, que perdeu o controle de sua Citroën quando estava na quinta colocação, no final do último estágio na sexta-feira. O finlandês, campeão mundial de F1 em 2007 capotou o carro, mas não escapou ileso, assim como seu navegador, Kaj Lindstorm. Os dois conseguiram retornar a prova, mas com um grande atraso.

 

Com a vitória no Rally da Bulgária, Sébastien Loeb caminha a passos largos para o heptacampeonato. O francês soma agora 151 pontos, contra 100 de seu compatriota, Sébastien Ogier. Daniel Sordo, companheiro de equipe de Loeb, terminou a etapa búlgara em segundo, a 29s5 do vencedor. Petter Solberg foi o terceiro. Ogier venceu a 14ª e última especial da disputa. Foi o suficiente para que o francês subisse de sexto para quarto na classificação geral, embora tenha terminado a 1min55 de Loeb. Os quatro primeiros do Rali da Bulgária, que estréia no WRC, foram carros da Citroën. 

 

 

Está difícil segurar o Kimi Raikkonen nas trilhas do WRC. Na Bulgária, mais um acidente, uma escapada e uma aparada no mato. 

 

A próxima etapa será o Rally da Finlândia, o famoso “Rally dos 1000 lagos”, no qual os brasileiros Paulo Nobre e Edu Paula deverão participar na categoria PWRC, no final do mês, mas que comentaremos apenas na próxima coluna. 

 

O WRC deve ganhar mais uma equipe no ano de 2011. A Mini e a Prodrive – em associação – devem montar a nova equipe com o charmoso carrinho que, nos anos 60, teve sucesso em diversas competições no velho continente.

 

David Richards será responsável pelo desenvolvimento do projeto no WRC. O anúncio pôs fim a meses de especulações sobre a entrada da marca na competição.  O projeto é disputar algumas etapas em 2011 e o campeonato completo em 2012. A empresa, de propriedade da BMW, está confiante no sucesso e os pilotos Marcus Grönholm, Kris Meeke, Per-Gunnar Andersson e Mads Ostberg são nomes cotados para pilotar pela nova equipe. 

 

 

Este deve ser o modelo da Mini que irá disputar algumas provas do WRC em 2011. Em 2012 a idéia é fazer todo o campeonato.

 

No próximo mês teremos o Rally dos Sertões. A 18ª edição do Rally Internacional dos Sertões, que será realizada entre 10 e 21 de agosto, com largada em Goiânia (GO) e chegada em Fortaleza (CE), teve a sua distância alterada. Uma revisão realizada por Edu Sachs, Diretor Técnico da prova, indicou que o roteiro terá 156 quilômetros a mais do que o divulgado anteriormente, alcançando a marca de 4.593,42 quilômetros - 2.486,03 de especiais. No mês que vem, falaremos sobre a nossa mais fantástica prova de off Road... mas podemos ter “concorrência” em breve. Uma muito bem vinda concorrência. 

 

O contrato para a realização do Dakar 2011 na Argentina e no Chile já está fechado, mas a organização do evento não descarta a possibilidade de colocar outros países da América do Sul, como o Brasil, na edição de 2011. Segundo o diretor de prova, Etienne Lavigne, brasileiros, paraguaios e peruanos já manifestaram interesse em receber etapas, tornando o Dacar uma corrida continental.

 

O projeto de traçado incluiria esses três países, além de Argentina e Chile. Os organizadores já fizeram algumas viagens para analisar possíveis trechos, afirmou o dirigente pretende vir ao Brasil em breve.
Caso venha a acontecer, a largada do Dakar pode ser alterado. Nos últimos três anos, Buenos Aires sediou o início do evento. O retorno para a África continua sem uma definição devido aos problemas de segurança da região.
 

 

Passada a festa das 24 horas de Le Mans, os campeonatos de gran turismo retomam sua vida normal.  A prova do mundial do mês de agosto, em Paul Ricard, na França, teve a presença dos brasileiros Enrique Bernoldi, Ricardo Zonta e Rafael Daniel. Bernoldi chegou a andar bem no início da prova, mas acabou abandonando na décima volta. A dupla Zonta/Daniel, que largou em 13º, conseguiu avançar um pouco, terminando em décimo lugar. O campeonato terá uma etapa no Brasil, em 28 de novembro, e poderemos ver estas maravilhas em Interlagos. 

 

 

Nos 1000Km de Spa-Francorchamps, a Ferrari 430 de Jaime Melo e Gianmaria Bruni não teve problemas e venceu a prova. 

 

Mas as provas de endurance continuam e, desta vez, não houve quebra de câmbio: a Risi Competizione, que normalmente disputa a versão americana do chamado “Le Mans Series” venceu os 1000 Km do Algarve, em Portugal. Em parceria com Gianmaria Bruni, o brasileiro levou a Ferrari F430 à vitória na categoria GT2 da Le Mans Series, após quase seis horas de competição.  A dupla derrotou os companheiros de equipe Giancarlo Fisichella e Jean Alesi, que correram em parceria com Toni Vilander. Na categoria geral, o êxito coube ao trio da Peugeot (que também não ficou pelo caminho, como em Le Mans), formado por Olivier Panis, Nicolas Lapierre e Stéphane Sarrazin. 

 

Na terra Brasilis, o GT Brasil correu no meio autódromo de Jacarepaguá, que vai ficando e ficando enquanto a incompetência administrativa e operacional do Comitê Olímpico Brasileiro não inicia as obras – já atrasadas – do “parque dos elefantes (brancos)” que pretendem erguer no local. A corrida foi alucinante e os quase 15 mil espectadores que estavam nas arquibancadas, segundo a organização, tiveram um grande espetáculo.  

 

A dupla que foi uma das maiores vencedoras no brasileiro de marcas - Xandy Negrão e Andreas Matheis - venceu em Jacarepaguá. 

 

Se a liderança da dupla Xandy Negrão e Andreas Matheis, que estreava um Audi R8 não teve muito com o que se incomodar, atrás deles a disputa pelas posições subseqüentes foi até a última curva, com Allam Khodair fazendo uma prova de recuperação simplesmente sensacional. Daniel Serra completou o pódio do que foi a melhor corrida do ano até agora. O campeonato tem a liderança da dupla Matheus Stumpf/Valdeno Brito, com 96 pontos, seguidos por Claudio Dahruj/Rafael Daniel, com 85 e Allam Khodair/Marcelo Hahn, com 57, ao lado de Bruno Garfinkel/Ricardo Mauricio. A próxima prova será em Interlagos, no dia 8 de agosto. 

 

Já que estamos no Brasil, vamos falar de Fórmula Truck? A categoria sulamericana (pero no mucho) correu em Interlagos para um público de mais de 55 mil pessoas, segundo os promotores. O “caminhão da fiel”, de Robreval Andrade, fez a alegria da massa e marcou a pole position no sábado, dando a prévia do que aconteceria no domingo.

 

 

O timão levantou as arquibancadas de Interlagos na etapa da Fórmula Truck em São Paulo. Roberval Andrade sobrou na pista.

 

O piloto da Scania perdeu a posição na largada para Leandro Totti, mas reassumiu no fim da volta. Na quarta volta da corrida, um acidente espetacular envolveu os pilotos Bruno Junqueira e Diumar Bueno. Na chegada do S do Senna Junqueira atropelou o Volkswagen de Bueno. Em seguida, seu caminhão decolou por cima do adversário, fazendo que ambos se chocassem com a barreira de pneus. Após isso, o caminhão de Bruno ficou de cabeça para baixo, enquanto a cabine de Diumar Bueno se desprendeu da carroceria, protagonizando uma cena incrível.

 

O resgaste foi rápido e ambos saíram sem ferimentos, mostrando a segurança da categoria. Leandro Totti (Mercedes) terminou em segundo. Paulo Salustiano, mostrando toda a sua evolução na categoria, chegou em terceiro após emocionante disputa com Felipe Giaffone que foi quarto colocado. Com o resultado, Giaffone é o novo líder do campeonato, com 98 pontos, um a mais que Valmir Benavides. Wellington Cirino é o terceiro com 91. A próxima etapa vai ser em Londrina, no dia 22 de agosto. 

 

 

O acidente com Dilmar Bueno e Bruno Junqueira também levantou a arquibancada... de susto! Felizmente, nada de grave aconteceu.

 

Assim como no ano passado, os carrões da Top Race V6, categoria argentina, fizeram o espetáculo junto com a Truck. Os hermanos trouxeram para o Brasil mais de 70 carros, que estavam divididos entre as categorias principal de Jr. O grande exemplo para os nossos organizadores de categoria está no custo dos carros... 1/4 do valor dos nossos stock cars!!! 

 

Por fim, entremos no mundo dos monopostos. 

 

Em um dia frio que começou úmido que foi secando com o tempo, Yann Cunha não teve adversários e venceu a sétima etapa, a primeira da rodada tripla do Campeonato de F3 Sudam. Cunha, piloto da Bassan Motorsport, largou na pole e não deu chances aos adversários. No final, Yann terminou 33 segundos do 2º colocado, Nilton Molina. Completando o pódio, ficou o líder do certame, Bruno Andrade. 

 

A segunda etapa, no sábado, uma largada espetacular de Lu Boesel, da Dragão Motorsport, que estava em terceiro lugar no grid, permitiu que o piloto tomasse a ponta na primeira curva... mas não foi uma vitória tranquila. A corrida foi marcada pela forte disputa entre os primeiros lugares. Nilton Molina, da PropCar Racing, que no grid largou em quinto, também conseguiu logo emplacar o segundo lugar, mas perdeu posição na oitava volta e acabou fechando em quarto.  

 

 

Com os resultados de Campo Grande, a classificação da Fórmula 3 sulamericana ficou mais apertada e nada está definido. 

 

O restante da prova foi protagonizado pela intensa disputa dos três primeiros colocados que subiram ao pódio: Lu Boesel, Bruno Andrade e Yann Cunha, nessa ordem.Yann Cunha que saiu na pole da terceira prova, no domingo, ganhou a corrida com tranqüilidade. Boa parte da folga na corrida se deu também pela emocionante disputa pelo segundo lugar entre Lu Boesel (Dragão Motorsport) e Bruno Andrade (Cesário Fórmula).  

 

Boesel fez uma boa largada: saiu de quarto no grid e assumiu logo a segunda posição. Mas Andrade não deu folga e pressionou até a 12ª volta quando Boesel bateu no retardatário Jean Spolaor (Capital Motorsport) e quebrou a asa dianteira direita de seu carro, dando a brecha necessária para ser ultrapassado por Bruno Andrade que manteve o segundo lugar até o final da prova.  A disputa acirrada e a quebra da supremacia de Bruno Andrade e da Cesário Fórmula deram uma animada no campeonato, que terá a próxima rodada tripla no final de semana 31/7-1/8. Bruno ainda lidara o campeonato, com 159 pontos, seguido por Yann Cunha, com 141 e Lu Boesel/Nilton Molina com 109. 

 

 

Lucas Foresti continua na sua maratona de provas entre a Fórmula 3 inglesa e a GT3... os resultados estão melhorando.

 

Na Inglaterra, os brasileiros tiveram resultados melhores na última rodada, em Rockingham. O modelo de 3 provas numa etapa, que é copiado por aqui, foi criado por lá para tentar reduzer custos. Na primeira prova, Jean-Eric Vergne precisou resistir aos ataques de Carlos Huertas para vencer a primeira corrida. O líder do campeonato cruzou a linha de chegada com uma diferença de apenas 0s282 para o colombiano. O inglês Oli Webb terminou a etapa na terceira colocação.

 

A quarta posição ficou com James Calado, enquanto William Buller completou em quinto. Gabriel Dias foi o melhor entre os brasileiros. O paranaense finalizou a prova no sexto posto. Felipe Nasr obteve a sétima posição, logo à frente de Daniel Mckenzie e Adriano Buzaid. Na segunda prova, com os 10 primeiros da prova 1 largando em grid invertido, Daniel McKenzie foi o vencedor. O piloto da Fortec largou em terceiro e superou Daisuke Nakajima na durante as paradas para troca de pneus, introduzidas como obigatórias nesta rodada, conquistando assim sua primeira vitória na categoria. Adriano Buzaid, brasileiro da equipe Carlin, completou o pódio.

 

Pole, Nakajima (Filho de Satoru e irmão de Kazuki) liderou até realizar seu pit-stop na oitava das 16 voltas previstas para a segunda corrida. Já McKenzie retardou ao máximo sua parada, o que aconteceu apenas no 13º giro. O piloto voltou à frente do nipônico e graças ao bom rendimento dos pneus, manteve a liderança até o final. A prova final teve, finalmente, uma vitória brasileira... e com Felipe Nasr.

 

 

A "esquadra brasileira": Felipe Nasr, Adriano Buzaid, Lucas Foresti e Gabriel Dias. Os brasileiros estão melhorando na tabela. 

 

O início da corrida foi muito conturbado. Vergne participou de dois acidentes em sequência. Primeiro, o líder do certame se envolveu em disputa com Carlos Huertas, companheiro de equipe de Nasr, que foi jogado para fora da pista. O colombiano abandonou a prova. Na mesma volta, o francês disputou posição com Oli Webb, rival na luta pelo título, que rodou, provocando a entrada do safety-car.

 

O maior beneficiado pela confusão foi Adriano Buzaid, que assumiu a ponta da corrida. Não por muito tempo. Após a relargada, Nasr tinha melhor rendimento e ultrapassou o compatriota, abrindo grande diferença para os adversários.

 

Em recuperação surpreendente, Vergne conseguiu terminar em segundo, mas ficou a 15s652 de Nasr. Calado terminou na terceira posição, à frente de Adriano Buzaid, que conseguiu outro bom resultado após o pódio pela manhã.  A classificação do campeonato, após 15 das 30 corridas programadas tem Jean-Eric Vergne com 199 pontos, seguido de Oli Webb, com 148 e James Calado, com 115. Os brasileiros Adriano Buzaid e Gabriel Dias vem a seguir, com 98 e 96 pontos respectivamente. Nasr é o 10º com 49 e Lucas Foresti o 15º com 12. A próxima rodada será em Spa-Francorchamps, dias 31/7 e 1/8. 

 

 

Depois de muita batalha, finalmente Felipe Nasr venceu a primeira na categoria, em Rockingham.  

 

A GP2 teve duas rodadas duplas este mês... e o grande vencedor foi o venezuelano Pastor Maldonado. Ele venceu a primeira corrida da quinta etapa da GP2 disputada no sábado, dia 10, em Silverstone, na Inglaterra. O venezuelano, piloto da Rapax, ultrapassou o pole Jules Bianchi, da ART, logo na largada e não foi incomodado durante toda a prova. Bianchi ficou com a segunda posição. A terceira colocação ficou com o espanhol Dani Clos, da Racing Engineering. Enquanto isso, os brasileiros seguiam em seu jejum de resultados, tendo Luiz Razia abandonado na metade da prova e Alberto Valério conseguido apenas a 14ª posição. 

 

Na rodada de Hockenheim, na Alemanha, mais uma vez Maldonado venceu a primeira prova – a do sábado – diante de uma concorrência que parece não ter forças para impedi-lo de conquistar o título deste ano. Luiz Razia e Alberto Valério, mais uma vez, passaram em branco e as chances do baiano recuperar a diferença para o líder é praticamente nula. 

 

Com um nível bem abaixo que nos outros anos, a GP2 vai sendo liderada pelo venezuelano Pastor Maldonado. 

 

Em agosto, quando ocorre o período de “férias de verão” para os europeus, o certame terá etapas em Hungaroring no início do mês e Spa, no final. 

 

Os brasileirinhos... 

 

Na fórmula Indy, as possibilidades de conquista ainda perduram, apesar dos contratempos. Contudo, ao invés de falar sobre como foram as provas, o que a maioria dos amigos assistiu pela TV, melhor falar sobre a briga, depois da prova de Edmonton, envolvendo Helio Castro Neves.

 

  

Na largada em Watkins Glen, Helinho manteve posição, mas um toque com Dario Franchitti estragou sua estratégia de prova.

 

O brasileiro sofreu uma punição – no mínimo – estranha e para muitos esdrúxula após cruzar em primeiro lugar a corrida disputada no aeroporto da cidade de Alberta, no Canadá, país que foi o palco da categoria neste mês de julho. Helinho protagonizou uma cena dantesca, pegando pelo colarinho um comissário três vezes maior que eles. Se o “armário” não fosse calmo, o brasileiro poderia ter tomado um “K’O”, daqueles típicos do Mike Tyson dos bons tempos. 

 

Tudo indica que o existe entre Helio e o diretor de prova, Bryan Barnhart, é um “caso de amor antigo”, pelo menos na versão do brasileiro. “Todo tipo de situação que ele usa acaba sendo uma discrepância, e se você pegar qualquer corrida desde 2008, ele usa da situação pessoal. E não pode, porque ele nunca foi piloto e não sabe o que deve ser feito”, queixou-se. “Ele se ajusta em situações que não conhece e acaba se envolvendo em confusão. Infelizmente não se pode tomar uma decisão, ainda mais em relação a uma vitória, em uma situação não cabível. E a regra que ele impôs é totalmente subjetiva, aberta, e ele não é constante nela. Se ele quiser fazer algo certo, que faça em todas as corridas com todo mundo. Se ele tem a desculpa de que não tem televisão, de que não consegue ver tudo, que ele contrate outros fiscais e mais gente e coloque mais câmeras. Porque a única regra que acontece é comigo, e fica muito complicado você competir assim”, completou um indignado Helinho. 

 

Em Edmonton, uma punição polêmica, muitos protestos e um ato de insanidade... ainda bem que o fiscal "levou na boa"...

 

O campeonato tem a liderança do companheiro de Helinho na Penske, o Australiano Will Power e no mês de agosto cumprirá mais três etapas: Mid-Ohio, Infineon e Chicago. 

 

Se o problema de Helio Castro Neves parece grande, o de Felipe Massa mostrou-se muito pior.  

 

 

Vettel largou mal e jogou a corrida para o alto na primeira curva do GP da Inglaterra. Felipe Massa também teve um pneu furado. 

 

Na Inglaterra, depois de uma excelente largada, Felipe ultrapassou o outro piloto da Ferrari (chamar o Alonso de companheiro é piada, né?)... mas foi tocado por ele e teve o pneu furado, perdendo completamente as chances de uma pontuação decente. Já o espanhol, pagou caro por ter criticado de forma tão dura os comissários em Valência.

 

Depois de passar uma Renault já cambaleante e que abandonaria algumas voltas depois, teve que pagar um pesado drive thruogh, e logo aos uma entrada do safety car, o que acabou com as chances de sequer marcar pontos. Um peso “quase igual” ao de Hamilton na prova anterior. 

 

 

Alonso não devolveu a posição a Kubica, que mesmo tendo um carro debilitado, não poupou o espanhol de uma dura punição.

 

A corrida em si, mostrou mais uma vez que o Vettel é rápido... mas imaturo. Jogou para o alto as chances de um bom resultado tentando recuperar-se infantilmente da péssima largada. A vitória caiu no colo de Mark Webber, que não foi incomodado e seguiu tranqüilo para a quadriculada, com um Hamilton tirando tudo que podia do carro para tentar seguí-lo e uma espetacular recuperação de Jenson Button, que não se acertou com o carro nos treinos. 

 

Na Alemanha, Vettel repetiu a dose, largando mal e jogando o carro em cima do segundo colocado do grid, dasta feita o espanhol Fernando Alonso. Quem se beneficiou com isso foi Felipe Massa, largando em terceiro, pulou na ponta... para sua infelicidade. Felipe foi soberbo, andando rápido e não dando chances de aproximação ao espanhol... até que uma passagem por retardatários encurtou a distância e Alonso tentou o bote. Contudo, Felipe reagiu, fechou a porta e abriu distância. O que se ouviu no rádio foi um Alonso dizendo que aquilo era ridículo!  Ridículo porque? Um piloto não pode lutar pela vitória? Para Alonso e – pior – para a Ferrari, não. 

 

Vettel mais uma vez largou mal, quem se aproveitou foi Felipe Massa... pelo menos até onde a equipe deixou. .

 

Algumas voltas depois uma mensagem é passada de forma pausada como se fosse para uma criança: “Felipe, o Fernando está mais rápido que você. Por favor, confirme se entendeu a mensagem”. Do lado do piloto brasileiro, um silêncio sepulcral, que seria quebrado duas voltas depois, com uma “tirada de pé” no início da maior reta do autódromo que não deixou margem para dúvidas sobre qual eram as intenções da equipe com aquelas palavras... especialmente com o “desculpe”, dado logo após a manobra. Aquilo que alguns colegas da imprensa, jocosamente, apelidaram de "cláusula Barrichello" deu todas as mostras de que é real.

 

Alonso tomava a ponta e seguia para a vitória enquanto um Felipe, inicialmente seguindo-o de perto, simplesmente deixou de lutar e apenas manteve-se à frente de Sebastian Vettel. No estacionamento, depois da bandeirada, Alonso foi abraçar Felipe, que reagiu friamente. A celebração no pódio foi patética! Na entrevista coletiva, perguntado sobre o episódio, Felipe respondeu: “eu não tenho o que falar sobre isso”. Precisava? 

 

 

Uma imagem vale mais do que 1000 palavras. A tirada de pé na retomada de velocidade denuncia a "entrega" da posição.

 

O problema é que o artigo 39.1 do regulamento proíbe terminantemente o jogo de equipe com um piloto cedendo posição para o outro... e não tem como não dizer que não foi exatamente o que a Ferrari fez. O caso já rendeu uma multa de 100 mil dólares para o conselho do esporte a motor... o que para a Ferrari é um “trocado de padaria”. Pela frente, vem o julgamento do caso no tribunal da FIA, no dia 10 de setembro. Aí sim, a porca pode torcer o rabo. A casa de Maranelo pode perder os pontos da prova e os pilotos serem desclassificados, com a vitória indo para Sebastian Vettel. 

 

A prática do jogo de equipe é antiga... vem desde os anos 50. Na Austria, em 1973, o Peterson abriu para o Fittipaldi passar e continuar na luta pelo título... e ninguém reclamou. O Brasileiro quebrou algumas voltas depois e o sueco venceu. Na corrida seguinte, em Monza, não houve a ordem e Peterson venceu, com Fittipaldi em segundo. Só que, na época não tinha rádio, tantas câmeras, tanta mídia... mesmo assim, o Fittipaldi evitou polêmicas, assinou com outra equipe e foi campeão no ano seguinte.

 

A parte cômica do furdunço que a Ferrari arrumou foram as “declarações solidárias” que ela recebeu. Primeiro, Flavio Briatore disse que a Ferrari “não tinha com o que se preocupar em relação a um julgamento da FIA”... o fanfarrão italiano fala com conhecimento de causa, não? Além dele, veio a declaração do vice presidente da FIA, o espanhol (que surpresa) Carlo Gracia, defendendo as “ordens de equipe” e que a Ferrari não pode ser punida pelo que fez. A pizzaria parisiense já estará “aquecendo o forno”? 

 

 

Bernie Ecclestone, agora "fazendo-se de louco", afirma que o bom são 10 equipes no grid... cadê o discurso do ano passado?

 

Esta semana foi realmente pródiga em “declarações surpreendentes”. Alguém lembra da luta de Bernie Ecclestone para fazer com que o Grid da Fórmula 1 não minguasse, pelo contrário, crescesse e voltasse a ter 26 carros? Seu discurso era uma sintonia perfeita com a visão de seu amigo de décadas, Max Mosley. 

 

Foram criadas as aberrações da equipe que não existiu (USF1), das nanicas Hispania e Virgin, o Virtual Racing Team e uma Lotus malaia (quase paraguaia)... que tem contra si o cronômetro, o caixa e agora a declaração do “mal velhinho” que profetizou o encerramento das atividades de “uma ou duas equipes”. Talvez a Lotus – pelo nome – se salve. Como se não bastasse isso, ele disse que “bom mesmo seria ter 10 equipes”! Impossível não lembrar do Cacique Mario Juruna, que andava com um gravador à tira colo e colocou por diversas vezes os políticos brasileiros em enormes saias justas. Alguém poderia introduzir isso na F1... ia ser divertido. 

 

 

O falecido Cacique Mário Juruna, que foi até deputado, gravava tudo que os políticos falavam para cobrar depois... Cuidado, Bernie! 

 

Esse mês nós extrapolamos! Chega, né? 

 

Um abraço e até o mês que vem.  

 

Colaboraram na edição deste Mês: Fernando Paiva, Paulo Alencar e Willy Moller. 

 

Last Updated ( Friday, 30 July 2010 16:06 )