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Apesar da FIA, que final de semana! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 13 September 2021 10:34

Olá leitores!

 

Apesar da FIA, que final de semana! Muita corrida boa aconteceu, o fã de esporte a motor presenciou disputas empolgantes seja qual fosse a categoria que assistisse, e tenho certeza que os momentos assistindo as corridas foram emocionantes (e sim, entre as emoções está a raiva).

 

Comecemos pelo sábado, quando a NASCAR foi até Richmond para a segunda etapa dos Playoffs em uma pista pequena, mas que geralmente oferece grandes espetáculos noturnos para o público, e dessa vez não foi diferente. Quem deu as cartas em Richmond foi a Joe Gibbs Racing: venceu os dois primeiros estágios com Denny Hamlin e fez a trifeta no final da prova, com 3 carros nas 3 primeiras posições. O grande vencedor da prova foi Martin Truex Jr., que logo no começo recebeu uma punição por queima de largada (cruzou a linha de largada/chegada à frente do pole position quando foi agitada a bandeira verde) mas se recuperou vindo lá do fundo do pelotão e nas últimas 50 voltas não deu chance para os adversários tirarem sua liderança. Segundo piloto da Joe Gibbs a garantir passagem para a próxima fase eliminatória dos playoffs, vamos lembrar... em segundo chegou Denny Hamlin, razoavelmente desapontado por não vencer após liderar os 2 primeiros estágios mas satisfeito com o comportamento do carro e com os pontos obtidos por ser o piloto que mais voltas percorreu na liderança. Em 3º terminou Christopher Bell, fazendo uma corrida segura e na maior parte do tempo no grupo dos 10 primeiros colocados. É difícil se sobressair em uma equipe com tantos astros, mas lá está ele fazendo um bom serviço. Em 4º chegou o atual campeão, Chase Elliott, que batalhou bastante, liderou 58 das 400 voltas, mas ao fim não teve muito o que fazer com a esquadrilha JGR à sua frente. Encerrando o Top-5 apareceu Joey Logano, em atuação discreta a corrida toda mas salvando pontos importantes para continuar na disputa pelo título. Próxima corrida será numa pista ainda menor que Richmond, o coliseu de Bristol, outro lugar que dificilmente oferece corrida ruim. Estou na expectativa...

 

O TCR sul americano foi até o belo autódromo de Rivera, no Uruguai, para mais uma etapa do seu campeonato, e tivemos duas corridas muito boas. A pista ajuda... na primeira corrida do dia o uruguaio Santiago Urrutia (Lynk & Co), que compete regularmente no WTCR, estreou na filial sul americana com uma vitória, sendo acompanhado no pódio pelo líder do campeonato, o espanhol Pepe Oriola (Honda Civic), que terminou a corrida no segundo lugar e o degrau mais baixo do pódio ficou com Pablo Otero (Lynk & Co), também do Uruguai. O melhor brasileiro foi Raphael Reis (Honda Civic), que cruzou a bandeirada final em 4º lugar. Para a segunda corrida, a tradicional praticado do grid invertido para a largada em relação à chegada da primeira corrida, e para decepção dos uruguaios no meio da corrida Urrutia teve de abandonar a corrida. Isso facilitou a vida de Pepe Oriola para conquistar a vitória, sendo acompanhado no pódio pelo vice líder do campeonato, o brasileiro Rodrigo Baptista (Audi RS3), que largou em último (nas duas corridas, diga-se de passagem) e fez uma excelente corrida de recuperação. O degrau mais baixo do pódio ficou nas mãos de Fabricio Larratea e seu Alfa Romeo Giulietta. Ótima categoria, merecia melhor divulgação por essas bandas aqui.

 

O Mundial de Motovelocidade foi até Aragón para mais uma etapa em circuito no sentido anti-horário, o tipo preferido de pista do Marc Márquez e que inclusive é homenageado com seu nome em uma das curvas da pista espanhola. E quem acordou domingo cedo (aqui no Brasil a transmissão da Moto3 começou pouco antes das 7 horas da manhã) não se arrependeu nem um pouco. A categoria inicial deu um belíssimo show para o público (como de costume, aliás, já que normalmente é onde estão as disputas mais interessantes) e deixou o campeonato mais embolado ainda, com os dois líderes caindo e deixando de marcar pontos. Após uma luta acirrada, Dennis Foggia conseguiu se impor sobre Deniz Öncü e conquistou a vitória com uma margem minúscula (41 milésimos de segundo) sobre o turco. Não vou dizer que o 3º colocado assistiu a disputa de camarote pois Ayumu Sasaki teve uma contenda dura pelo degrau mais baixo do pódio com Izan Guevara... corrida excelente. A Moto2 – como de costume – foi mais tranquila, e mais uma vez o público teve de tirar o chapéu para Raul Fernandez... em seu ano de estreia na categoria o jovem espanhol venceu mais uma vez alcançou o topo do pódio (repetindo o feito de Marc Márquez quando passou pela categoria), mesmo tendo feito uma cirurgia uma semana antes por causa de um metacarpo fraturado. Só não conseguiu ser mais produtivo em termos de campeonato pois o líder na pontuação, Remy Gardner, chegou em segundo lugar e portanto a diferença diminuiu mas o filho do grande Wayne ainda tem 39 pontos de vantagem... o degrau mais baixo do pódio foi ocupado por Augusto Fernandez, que com esse resultado fica na 5ª posição na classificação do campeonato. A categoria principal teve uma corrida como há muito não víamos. Marc Márquez tentou, tentou bravamente conseguir sua segunda vitória no ano, mas... era o dia e a hora da primeira vitória de Francesco Bagnaia (Ducati) na categoria. O espanhol começou tentando na reta oposta, mas viu que ali o motor italiano falava muito mais alto que o japonês. Começou então a buscar alternativas no miolo da pista, para conseguir chegar na reta oposta com uma vantagem suficiente para o motor da Ducati não permitir o troco... e não deu certo. Chegou a assumir a liderança por alguns metros algumas vezes, mas cada vez que passava o italiano este devolvia a ultrapassagem quase de imediato. À medida que a última volta chegava, #MM93 começou e estudar menos os pontos de ultrapassagem e tentou resolver “na raça”. Novamente não funcionou, e Bagnaia conquistou uma merecidíssima vitória, por uma pequena margem de 67 centésimos de segundo. Em 3º, quase 4 segundos atrás do líder, chegou Joan Mir, que apesar do grande resultado praticamente não apareceu na corrida, tal foi o grau das outras disputas. O líder do campeonato, Fabio Quartararo, mais uma vez foi a melhor Yamaha do dia... não que isso queira dizer grande coisa, já que após muito brigar tanto com os adversários como com a moto ele conseguiu u 8º lugar, sem dúvida melhor que seu companheiro Cal Crutchlow, que não passou de 16º lugar. Esse GP marcou a estreia de Maverick “randandan” Viñalez na Aprilia. Terminou em 18º com a mesma moto de Aleix Espargaró, que foi o 5º. Aparentemente o aprendizado de Viñalez com o motor V-4 (antes ele só tinha pilotado com as 4 cilindros em linha) vai ser duro...

 

A Indy foi até Portland para uma corrida em que a fornecedora do pace car ficou bem feliz, pois os pilotos se enroscaram o suficiente para o carro aparecer bastante na transmissão. Vitória maiúscula de Alex Palou (Ganassi), que após ser envolvido no strike da primeira curva logo após a largada caiu lá para o fundo do pelotão. Combinando uma pilotagem impecável com uma estratégia de paradas pra reabastecimento feita de forma magistral pela equipe, ele conseguiu se recuperar do prejuízo inicial e arrematou sua terceira vitória na temporada, além de uma confortável vantagem de 25 pontos na classificação faltando 2 corridas para o final. Em segundo, pouco mais de 1 segundo atrás, terminou Alexander Rossi (Andretti), e o atual campeão Scott Dixon (Ganassi) manteve suas chances de conquistar mais um título chegando em 3º lugar. Jack Harvey (Meyer Shank) terminou em 4º lugar e o Top 5 foi encerrado por Josef Newgarden (Penske), ainda em 3º no campeonato. Hélio Castroneves (Meyer Shank) foi bem prejudicado no acidente da primeira volta, mas ainda conseguiu retornar para a corrida e terminar a prova... 19 voltas atrás dos líderes, mas terminou.

 

E lá no Autodromo Nazionale di Monza tivemos uma corrida eletrizante, com uma mais do que merecida vitória de Daniel Ricciardo, que guiou como um monstro o final de semana todo, e conseguiu uma pequena redenção da temporada difícil que ele vem enfrentando ao conseguir a sua primeira vitória desde 2018 e a primeira vitória da McLaren desde 2012. Melhor ainda para a equipe inglesa, foi uma dobradinha, já que Lando Norris conseguiu administrar a pressão que recebeu de Pérez e terminou em 2º lugar. Por falar em Pérez, ele cruzou a bandeirada em 3º... mas como excedeu os limites da pista e teve vantagem com isso, a punição de 5 segundos recebida o derrubou para 5º lugar. Punição essa que não existiria se a Fórmula Barbie não fosse tão ridícula com essas questões de limites de pista ou incentivasse os autódromos a terem áreas de escape com brita ou grama ao invés de asfalto.

 

Por falar em coisas ridículas, claro e evidente que a FIAcedes não poderia deixar de estragar o final de semana com alguma coisa. E na decisão mais estúpida desde a punição a Sebastian Vettel no GP do Canadá alguns anos atrás, o STF da categoria, capitaneado pelo incompetente Michael Masi, entendeu que um incidente de corrida (em QUALQUER OUTRA categoria dois pilotos se tocarem disputando posição em uma chicane é considerado incidente de corrida, na Fórmula Barbie não) seria digno de punição e, após horas de conversas os ‘jênios’ iluminados (iluminados no sentido Stephen King da expressão, lembremos) decidiram que Max perderá 3 posições no grid em Sochi e levou 2 pontos na carteira. Já escrevi outras vezes, mas repetirei: seria mais honesto a FIA soltar um comunicado dizendo que, por conta de cláusulas contratuais sigilosas cujos detalhes não podem ser revelados, o campeão da temporada TEM que ser Lewis Hamilton e que todos os outros pilotos podem disputar livremente as posições abaixo. É menos feio do que dar apenas 10 segundos de punição quando Hamilton tira Verstappen da pista em uma curva de alta velocidade e depois punir Verstappen com 3 posições no grid após um contato de corrida entre dois carros na curva mais lenta do circuito. É bem menos feio do que fazer isso, afinal esse tipo de atitude fomenta teorias conspiratórias de todos os tipos. O que dizer da atitude dos comissários? Vergonha, vexame, humilhação, palhaçada, são as palavras mais suaves que posso utilizar para definir esses seres inúteis (afinal, com a tecnologia de hoje 90% do “trabalho” deles pode ser feito de forma computadorizada, o que não dá é pra programar os computadores para agir de maneira diferenciada de acordo com o piloto envolvido... e talvez por isso eles continuem lá). Enfim, que fiquemos com a ótima lembrança da grandiosa vitória de Daniel Ricciardo.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.