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Bortoleto e Petecof pontuam nas duas corridas em Mugello na Fórmula Regional Europeia PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 10 October 2021 17:45

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Estamos na reta final das temporadas das categorias de acesso ao topo do automobilismo mundial e neste final de semana tivemos apenas a Fórmula Regional Europeia, fazendo a sua 9ª rodada dupla, desta vez no circuito de Mugello, na Itália, com a participação dos nossos três brasileiros: Gabriel Bortoleto, Eduardo Barrichello e Gianluca Petecof.

 

Depois de conquistar o título na USF2000, o piloto pernambucano, Kiko Porto nos confirmou que o plano para a temporada 2022 é correr na PRO2000, passo seguinte no caminho para a IndyCar Series. Como campeão da categoria, ele recebeu de prêmio o pagamento dos custos na categoria de cima, o que é uma grande ajuda com o dólar no valor que está.

 

 

Pernambuco também está em alta na Europa, com Rafael Câmara, um dos melhores kartistas do mundo na atualidade, tendo testado – e impressionado – na F4 italiana, por uma equipe que não está entre as mais fortes – Cram Motorsports – e ficou com o 3° melhor tempo nos dois dias de testes, mostrando que a Prema – onde testou e foi o mais rápido em setembro – vai marcar bobeira se ele for correr em outra equipe. Além de Rafa Câmara, Ricardo Gracia e Álvaro Cho também estiveram participando de testes na categoria, a mais competitiva da Europa.

 

Fórmula Regional Europeia.

A categoria regional dos monopostos chegou a sua penúltima etapa na desafiadora pista de Mugello, palco conhecido de Gianluca Petecof e Gabriel Bortoleto, mas uma novidade para Eduardo Barrichello, que não teve nesse final de semana a presença do seu pai, Rubens Barrichello, uma vez que o piloto da Stock Car tinha compromisso na Super TC 2000, categoria argentina de turismo onde corre pela Toyota.

 

 

Na sexta-feira tivemos os treinos livres, com um grid de 36 carros, e Gabriel Bortoleto foi o mais rápido entre os brasileiros, mas longe do que vinha fazendo nas etapas anteriores, ficando na P16. Gianluca Petecof foi o P19 e Eduardo Barrichello, conhecendo a pista, o P29. Na parte da tarde os pilotos voltaram pra pista e no segundo treino livre Gabriel Bortoleto voltou a andar bem, marcando o 8° melhor tempo da sessão. Gianluca Petecof ficou com a P20 e Eduardo Barrichello com a P31.

 

No sábado peã manhã tivemos o treino classificatório para a corrida que aconteceria na parte da tarde. Eu e todos que se conectaram no youtube ficamos na espera, mas deu ruim na transmissão e essa deixou a gente na mão. O bom é que os brasileiros estiveram melhor, a exceção de Gabriel Bortoleto, que mesmo sem repetir o resultado do treino livre 2, ficou com a P10 para a largada. Gianluca Petecof foi o 16° e Eduardo Barrichello o 28°.

 

 

Pouco mais de quatro horas depois os 36 pilotos estavam de volta ao traçado de Mugello para a primeira das duas corridas do final de semana. O sol de outono não fez a temperatura subir muito, mas a pista não estar molhada e escorregadia já era alguma coisa. Outra coisa boa é que Mugello é um circuito, diferente de Valência, onde os pilotos terão pontos para ultrapassagens.

 

Após a volta de apresentação o grid gigante tomou posição para os 30 minutos +1 volta de corrida e, apagadas as luzes vermelhas, um strike entre vários dos primeiros carros do grid na primeira curva beneficiou em muito Gabriel Bortoleto, que viu 3 carros ficarem na caixa de brita e com a posição ganha na pista, o brasileiro pulou para a P6. Gianluca Petecof também se beneficiou, passando para 9°, com uma largada espetacular. Eduardo Barrichello também saiu ganhando e era o 23°.

 

 

A remoção dos três carros que ficaram na caixa de brita (Adrien David conseguiu sair, voltar aos boxes e trocar a asa dianteira, mas caiu para último) consumiu 12 dos 30 minutos de prova e, com a bandeira verde agitada, Gabriel Bortoleto largou bem e manteve a 6ª posição, mas Gianluca Petecof fez ainda melhor e duas curvas depois da reta dos boxes fez uma ultrapassagem dupla e subiu para 7°. Eduardo Barrichello segurou sua P23 na primeira volta sem confusões.

 

Os 6 primeiros abriram uma vantagem confortável, com Petecof segurando o segundo pelotão como podia, defendendo-se de Gabriele Mini, enquanto Bortoleto atacava Alatalo pela P5. Eduardo Barrichello ganhou uma posição e subiu para 22°. Bortoleto atacava duro pela 5ª posição. No fundo do pelotão, Ferati rodou, mas conseguiu tirar o carro de uma posição perigosa enquanto Petecof ia se mantendo a salvo de Mini.

 

 

Os dois primeiros abriram uma boa vantagem, deixando a briga aberta pela P3 com 4 carros, quando a batida entre Colhler a e Pesce, faltando 6 minutos para o final, trouxe o safety car de volta à pista. Sendo uma disputa no fundo do grid, Eduardo Barrichello não ganhou nenhuma posição com o acidente, assim como Bortoleto e Petecof, que estavam nas posições dos pontos.

 

O resgate foi mais rápido dessa vez e os pilotos receberam bandeira verde para uma última volta... foi insano! Todos foram para o tudo ou nada. Bortoleto conseguiu segurar a P6, mas Petecof perdeu uma posição, caindo para 8°. Lá no fundo, Barrichello ganhou uma posição e foi para 21°. Tivemos assim dois brasileiros nos pontos nessa corrida. A 5ª posição garantiu o título antecipado para Gregorie Saucy.

 

 

Na manhã do domingo tivemos o treino de classificação para a corrida 2 e, desta vez, não deu BO na transmissão dos 20 minutos de loucura com 36 carros na pista tentando fazer uma volta limpa e se classificar bem para a corrida. Apesar do sol, as temperaturas do ar e do asfalto estavam baixas (11 e 9 graus, respectivamente). Aberto o box, as equipes não foram todas ao mesmo tempo para a pista, mas logo os 36 pilotos estavam lá, tentando aquecer seus pneus para fazer uma volta rápida.

 

 

Na metade do treino Gabriel Bortoleto estava na P5, mostrando que sua evolução na categoria estava bem sólida, mas os tempos foram baixando na segunda metade do treino e ele não conseguia uma volta limpa. Gianluca Petecof e Eduardo Barrichello brigavam para ficar entre os 20 primeiros. Faltando 6 minutos, Borotleto pulou para a P4 e Gianluca Petecof para a P9, mas os tempos continuavam caindo. Mas o treino foi interrompido a 2m14s do fim, com Ferati saindo da pista e batendo, chamando uma bandeira vermelha. Nesse momento Bortoleto era o P10, Petecof o P14 e Barrichello o P26. A direção de prova decidiu encerrar o treino e evitar um tudo ou nada nos minutos finais.

 

Na hora da corrida, 5 horas depois, as nuvens tomavam conta do céu, mas estava mais quente do que pela manhã, com a pista a 17 graus e o ar a 13. Após a volta de apresentação os 36 carros se posicionaram para os 30 minutos +1 volta. Apagadas as luzes vermelhas, eles largaram e passaram limpos na primeira curva. Gabriel Bortoleto largou bem e pulou para 8°, mas foi Gianluca Petecof quem voou e assumiu a P10. Eduardo Barrichello não foi bem e caiu para 29°.

 

 

Na volta seguinte, Gabriel Bortoleto atacou Delli Guanti e tomou a P7. Gianluca Petecof estava tranquilo na P10 e na segunda volta já atacava Delli Guanti, que caia para 9°, com uma boa vantagem para Alex Quinn. Barrichello ia brigando para melhorar sua posição depois da má largada e era o 27°. A paz de Petecof acabou rápido, com Quinn e Boya no seu encalço com carros visivelmente mais rápidos.

 

Entre os primeiros a única disputa era pela P3, mas a briga de Petecof, do 9° ao 12° lugar estava bem intensa, indo até a brita quando necessário. Quem deu uma escapada foi Gabriel Bortoleto e com isso acabou sendo superado no final da Reta por Adrien David, caindo pra P8, mas continuou no ritmo, passando a perseguidor. Lá no final, Eduardo Barrichello vinha posição a posição subindo, superando Pesce e assumindo a P26.

 

 

A corrida ficou bem morna na sua metade final. A única mudança que vinha acontecendo era a escalada de Eduardo Barrichello, que foi herdando posições com saídas de pista e abandonos e faltando 5 minutos para o final era o 22°, justamente quando o safety car veio para a pista devido a batida de Ido Cohen nas barreiras de pneus num ponto perigoso da pista, o que agrupou o pelotão.

 

O serviço foi simples e rápido, com a bandeira verde vindo depois de 2 voltas e dando aos pilotos tempo para duas voltas de insanidade. Gabriel Bortoleto relargou bem, tentou tomar a P7 de volta, mas não conseguiu. Ainda assim, teve melhor sorte que Gianluca Petecof, que foi superado por Alex Quinn e caiu para a P11, fora dos pontos. Eduardo Barrichello ganhou uma posição e herdou outra, com a saída de pista de Alatalo, que batem num ponto perigoso, subindo para 20°.

 

 

A direção de prova não colocou o safety car na pista, mas uma outra batida forte fez o diretor de prova acionar a bandeira vermelha, com o carro de Ferati batido e atravessado na pista. Com a bandeira vermelham valeria o resultado da volta anterior e com isso Bortoleto ficou com a P8, Petecof com a P10 e Barrichello com a P22. Bortoleto continuou em 15°, com 40 pontos. Petecof somou 5 pontos e saiu de Mugello em 22° lugar. Barrichello, sem pontos, era o 29°.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando duas categorias, com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em dois continentes e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.