Olá leitores! Final de semana grandioso! Sim, com exclamação e tudo. Seja na Motovelocidade, seja na Fórmula Barbie, seja na NASCAR, o patamar de qualidade das corridas esteve na mesosfera. De quebra tivemos a decisão do título da W Series, ou seja, quem não gostou das corridas é por conta de quem a pessoa estava torcendo não ter alcançado o resultado desejado. Ladies first: em uma rodada dupla realizada no Texas, a campeã da primeira temporada Jamie Chadwick defendeu seu título com garra e determinação, não dando chances para as adversárias, vencendo tanto a corrida do sábado como a do domingo. No sábado foi acompanhada no pódio por Emma Kimiläinen na 2ª posição e por Alice Powell na 3ª posição. Domingo ela foi ladeada por Abbi Pulling na 2ª posição e por Emma Kimiläinen na 3ª posição. E se no sábado a brasileira Bruna Tomaselli foi a última a receber a bandeirada, no domingo chegou na frente de competidoras com mais experiência e recursos para treinamento... sim, os resultados dela não foram os que nós (eu, principalmente) esperávamos, mas... pelas condições do automobilismo tabajara, o desempenho foi convincente. Eu realmente torço para que ela consiga alguma competição para se firmar no exterior, pois para quem quer crescer, principalmente em monopostos, a única alternativa é sair do Brasil. O campeonato ficou com Jamie Chadwick como campeã (159 pontos), seguida por Alice Powell (132 pontos) como vice campeã e Emma Kimiläinen (108 pontos) na 3ª posição. A título de curiosidade, Bruna terminou o campeonato à frente de gente como a polonesa Gosia Rdest (que já competiu de Turismo, inclusive o TCR alemão, além de Fórmula 4, GT-4 e algumas corridas de Endurance) e a italiana Vicky Piria (instrutora na Academia Ferrari e frequente presença como test driver em programas automotivos italianos). Então... vamos apoiar ao invés de apenas atirar pedras. O Mundial de Motovelocidade foi até Misano para uma corrida altamente emotiva. Além de fazerem 10 anos do trágico acidente que vitimou Marco Simoncelli (cujo nome foi dado justamente ao autódromo de Misano), foi a última corrida de Valentino Rossi em território italiano antes da aposentadoria. A torcida correspondeu, fazendo um verdadeiro mar amarelo nas arquibancadas, e não ficou decepcionada com o que viu na pista. Logo cedo a Moto3 teve mais um de seus espetáculos impressionantes, onde quem brilhou foi Dennis Foggia, que largou em 14º lugar para, 23 voltas depois, cruzar a linha de chegada em primeiro lugar. Com o detalhe que ele alcançou a 1ª posição já na volta 15... desempenho realmente impressionante do italiano perante sua torcida. O 2º lugar ficou com Jaume Masia, que tentou bravamente conseguir a vitória, mas o desempenho de Foggia na última volta foi simplesmente impecável, tanto que a melhor volta da prova foi marcada por Foggia nessa última volta. No degrau mais baixo do pódio, quase 5 segundos atrás dos líderes, ficou o líder do campeonato Pedro Acosta, cuja expressão de desagrado no pódio era visível... afinal, ele conseguiu reduzir os danos, mas ainda assim a vantagem dele no campeonato está diminuindo... e 21 pontos em 2 corridas, com a vitória valendo 25 pontos, não quer dizer grande coisa. Na Moto2 as coisas também não foram muito bem para o piloto líder no campeonato: Remy Gardner terminou apenas em 7º lugar e viu Sam Lowes vencer e chegar a 18 pontos atrás dele no campeonato. A comemoração toda ficou com a equipe Marc VDS, que fez 1-2 nessa corrida, com Lowes na liderança e Augusto Fernandez cruzando a linha de chegada em 2º; o 3º lugar ficou com Aron Canet, que mesmo fazendo seu 4º pódio na temporada não estava exatamente muito feliz... destaque para as motos da equipe VR46, com pintura amarela alusiva ao “capo” da equipe, Valentino Rossi. A grande expectativa, claro, era para a prova da MotoGP. Por muitas voltas pareceu que Francesco Bagnaia (Ducati) conseguiria a desejada vitória para prolongar um pouco mais a disputa pelo título... ledo engano. Quando ele tinha conseguido abrir uma vantagem sobre Marc Márquez (Honda) que permitia que ele respirasse um pouco mais sossegado sobre a moto, um tombo acabou com o sonho de título do italiano e encerrou ali mesmo a disputa pelo campeonato. Com 2 corridas de antecipação e um 4º lugar, Fabio Quartararo se tornou o primeiro francês a ser campeão da categoria máxima da motovelocidade em mais de 70 anos, e encerrou um longo jejum de títulos da Yamaha. O francês foi impecável durante o ano, e o título ficou em ótimas mãos. Com o tombo de Bagnaia, a vitória ficou nas mãos de Márquez, dessa vez conseguindo vencer em um circuito no sentido horário (as outras vitórias dele esse ano foram em pistas no sentido anti-horário), sendo acompanhado no pódio pelo seu companheiro de equipe HRC Pol Espargaró, e no degrau mais baixo do pódio o jovem Enea Bastianini, com sua Ducati privada da equipe Avintia, que passou Quartararo na última volta para conquistar um pódio muito merecido pelo desempenho dele nessa corrida. O Circuit Of The Americas em Austin recebeu mais uma etapa da Fórmula Um, em uma corrida sem grandes emoções, mas com um jogo estratégico muito intenso. E quem levou a melhor na estratégia dessa vez foi a Red Bull, que colocou Max Verstappen no degrau mais alto do pódio e ainda teve Sérgio Pérez terminando no 3º lugar, mesmo sem ingerir líquido algum durante a corrida devido a um problema no sistema de hidratação no carro do piloto mexicano. Hamilton conseguiu reduzir os danos ao seu objetivo de conquistar o 8º título mundial terminando a corrida em 2º lugar. Destaque para a corrida de Daniel Ricciardo, que mesmo com um carro mais lento que as Ferrari ainda conseguiu terminar na frente de Sainz Jr., além de ter feito algumas belas ultrapassagens na pista. Porém, o grande momento de Ricciardo foi no sábado: ele realizou o sonho de pilotar o Chevrolet Monte Carlo de Dale Earnhardt que está em posse do chefão da McLaren Zak Brown. O capacete aberto utilizado na experiência “roots” ao volante mostrou a felicidade de estar realizando um sonho, feliz como uma criança ao ganhar um presente há muito esperado. Para a corrida, inclusive, Daniel utilizou um capacete com uma belíssima pintura homenageando Dale, com um resultado estético absolutamente fantástico. Por falar em Dale, Dale lembra NASCAR, e a NASCAR foi pra última corrida antes da etapa de eliminação que definirá os 4 pilotos que disputarão o título em Phoenix. E a verdade é que a corrida não decidiu muita coisa; afinal, o vencedor foi novamente Kyle Larson (Chevrolet), que já estava garantido na grande final com a vitória no Roval de Charlotte... ou seja, próximo final de semana, no Halloween, teremos 7 pilotos disputando acirradamente em um apertado e espremido oval de meia milha as 3 vagas restantes para a disputa final. Levando em conta que nesse exato momento os 3 carros da Penske estão fora da disputa do título e que um da Gibbs (o de Truex) também está, a corrida em Martinsville tem tudo para ser proibida para cardíacos. Nesse atual momento, vão para a final 2 carros da Hendrick (Larson e Elliott) e 2 da Gibbs (Hamlin e Buschinho). A corrida do Kansas terminou com vitória de Larson, com Chase Elliott (Chevrolet) na 2ª posição, Kevin Harvick (Ford) na 3ª, Kurt Busch (Chevrolet) na 4ª e Denny Hamlin (Toyota) fechando o Top-5. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |