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A fronteira oeste dos autódromos brasileiros PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 01 December 2021 20:21

Caros Amigos, Mesmo às vésperas da penúltima etapa deste emocionante campeonato mundial de Fórmula 1, que como bem disse o respeitável e consagrado comentarista Reginaldo Leme, “o mais emocionante e disputado deste século”, usarei a referência da estreia de Jeddah no calendário da maior das categorias apenas como uma referência para o assunto que abordarei nesta nossa conversa de todas as semanas.

 

Apesar de ser classificado – e as imagens mostram que sua configuração nos leva a assim chamá-lo – como “circuito de rua”, o circuito de Jeddah foi “construído para a Fórmula 1” a partir de uma área onde não haviam ruas e avenidas anteriormente, ao contrário de Mônaco, Baku ou mesmo Sochi, que foi desenhado dentro do parque olímpico das olimpíadas de inverno de 2014.

 

O site dos Nobres do Grid tem duas séries de matérias onde os autódromos no Brasil foram visitados e revisitados, onde os administradores destes autódromos à época foram entrevistados e de dois dos artigos produzidos – Caruaru e Goiânia – foram apresentados projetos para reforma e até a construção de um novo autódromo em uma processo de permuta. Apesar de não terem saído do papel, ao menos o atual autódromo de Goiânia foi recuperado e é hoje uma das praças de eventos mais importantes do país.

 

Além de Goiânia, temos outros dois autódromos na região centro oeste do país: Brasília e Campo Grande. O autódromo da capital federal, que nos últimos anos foi fortemente atacado pela especulação imobiliária e que – após um projeto de reforma repleto de pontos obscuros – acabou semidestruído em 2014, graças ao atual governo do Distrito Federal e a ação do atual grupo grstor da VICAR, que promove a Stock Car no Brasil, teve as obras de reforma retomadas. Mesmo não tendo sido concluída à tempo de receber a etapa de encerramento da categoria em 2021, Tudo aponta para a conclusão ainda no primeiro trimestre de 2022.

 

O Banco de Brasília, que é um dos patrocinadores da Stock Car, vai assumir a gestão do autódromo, que pertence à Agência de Desenvolvimento (Terracap), e tem como parceiro na reforma da pista o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF). A intenção do BRB é transformar o local em um espaço multiúso, com espaço para ciclistas, caminhadas e corridas, kartódromo, concessionárias de veículos, pista off-road, centro médico e a manutenção do Drive-in.

 

O conceito de “espaço multiuso” estava no projeto que havia para a permuta de área entre o atual autódromo de Goiânia e um “espaço multiuso” que teria além do autódromo (com o mesmo desenho do traçado, mas com 4,5km), espaços para feiras, exposições, shows e convenções no município vizinho de Senador Canhedo, com um “anel verde” para circundar a área e impedir uma futura especulação imobiliária, fato recorrente em relação aos autódromos no Brasil, casos da própria Goiânia, de Caruaru, Interlagos e o do autódromo de Pinhais (AIC).

 

Neste último final de semana, dentro do conceito de “espaço multiuso”, foi feito o anúncio de que Cuiabá vai receber um dos maiores espaços multieventos da América Latina. O governo lançou a construção de um empreendimento que terá um autódromo (de asfalto), Uma pista à parte para arrancadas, kartódromo, espaço para shows e outros eventos para 100 mil pessoas, lago para prática esportiva com 100 hectares, museu do agronegócio, pista de motocross, pista de caminhada com 5 km, pista de skate, pista de ciclismo, pista de bicicross, um parque verde para as famílias e estacionamento para mais de 12 mil veículos. As obras serão feitas em separado.

 

O espaço será concedido à iniciativa privada. Com área de 3 milhões de metros quadrados, doada por uma empresa ligada ao agronegócio e o estado se prepara para construir a infraestrutura necessária para o local. As especificações técnicas do autódromo ficarão sob a supervisão da CBA e do presidente da comissão de autódromos, Luiz Ernesto Morales, responsável pelas obras recentes em Interlagos e outros circuitos pelo país e seguirão as normas da FIA para competições nacionais e internacionais. A previsão de conclusão do autódromo é de dois anos segundo o governo do estado.

 

A região ainda possui o autódromo Orlando Moura, em Campo Grande, atualmente subutilizado. Apesar de possuir um traçado com ótima extensão para os eventos do automobilismo e motociclismo nacionais, o mesmo carece de uma reforma em seu asfalto e algumas poucas adequações em termos de itens de segurança, segundo relatório feito pelo Sr. Luiz Ernesto Morales e um trabalho que levaria bem menos que os dois anos para a construção do novo autódromo em Cuiabá.

 

Com a desativação do AIC ao final desta temporada, os homens de negócio – e de política – do estado do Mato Grosso do Sul deveriam observar com atenção os movimentos nos estados vizinhos, ver o retorno que o autódromo de Goiânia vem dando e o projeto lançado em Cuiabá. O entorno do autódromo de Campo Grande permite a concepção de projetos de integração que podem gerar tanto retorno quanto.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva 
Last Updated ( Thursday, 02 December 2021 09:50 )