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No Brasil, Copa Truck e Porsche Cup e as controvérsias da corrida da F1 em Jeddah PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 06 December 2021 00:35

Olá leitores

 

Espero que quase todos tenham tido uma ótima semana (o quase fica por conta da exclusão do povo antivacina e dos fãs do Lewis Hamilton). Esse final de semana tivemos uma decisão de título em uma categoria séria (a Copa Truck), uma etapa de 500km da Porsche Cup em Interlagos com uma impressionante exibição de modelos da marca de Stuttgart nos bastidores que contou inclusive com o estupendo 959, e uma ópera bufa de péssimo gosto apresentada pela Fórmula Barbie, que teve como palco o Circuito de Jedi, digo, Jeddah, uma pista cheia de desafios, tão boa que nem parece obra do escritório de Hermann Tilke, o Maldito, e que – justamente por ser boa e apresentar desafios aos pilotos – foi criticada por grande parte dos “novos fãs” da categoria e pela “imprensa especializada” tapuia, que nos últimos tempos têm se especializado mais em “lacração” e em torcer do que em efetivamente informar. Tanto que o que salvou a corrida foi a minha decisão de assistir a transmissão com o som da TV desligado, pois eu não estava com a menor disposição pra ouvir o Quasímodo falar “patrão” no máximo a cada 5 minutos (sim, podem conferir, ele não tem a capacidade de ficar 5 minutos sem usar um dos bordões que apenas ele e quem dá emprego pra ele acham graça), o vetusto comentarista defendendo Hamilton a qualquer custo em troca do patrocínio da Petronas (patrocinadora da Mercedes) ao canal de YouTube dele e aquelas previsíveis traduções de rádio “muito bem feitas”. Resolvi me poupar desse desgaste desnecessário. O que, como veremos adiante, até foi bom...

 

Começando pela categoria que deixa os pilotos resolverem na pista as questões, a Copa Truck fez a sua última etapa do ano se despedindo do Circuito dos Pinhais, que ao término de 2021 será demolido para a construção de um bairro residencial. Haja vista o desprezo do Boobus brasilianus para com o esporte a motor. Triste, mas previsível. Fosse um estádio de futebol, com a mais absoluta certeza isso não aconteceria. Enfim, o que vimos foi a consagração na pista de André Marques (Mercedes), que na primeira corrida comboiou o pole-position e líder Paulo Salustiano (VW) por boa parte da corrida e acabou fazendo um jogo de equipe deixando seu colega de Mercedes Wellington Cirino passar e melhorar a matemática para ser vice campeão. Danilo Dirani e Roberval Andrade completaram o quarteto Mercedes no Top-5 da primeira corrida. E se a primeira corrida foi boa, a segunda foi um espetáculo. Simplesmente o Michael Masi arrancaria os cabelos de ver algumas das disputas na pista... pilotos correndo, defendendo posição, fazendo o adversário que quisesse passar ter um trabalho extra... enfim, esporte a motor DE VERDADE, como SEMPRE deveria ser. Talvez o grande nome do final de semana tenha sido Felipe Giaffone (Iveco), que mais uma vez provou que o que ele sabe e entende MESMO é pilotar. De macacão antichamas e capacete, é difícil encontrar alguém com tanta competência naquela posição entre o banco e o volante. Largando em 20º na primeira corrida, cruzou a bandeirada da segunda corrida na 2ª posição, se defendendo bravamente contra os ataques de Paulo Salustiano, que queria chegar em segundo pra fazer a dobradinha 1-2 da VW com o vencedor Beto Monteiro... mas teve que se contentar com o 3º lugar mesmo. Com o título e o 2º lugar garantidos, André Marques e Wellington Cirino correram pelo resultado e chegaram em 4º e 5º lugares, respectivamente. Na categoria principal, tivemos Giaffone terminando o campeonato em 3º, Salustiano em 4º e Beto Monteiro em 5º. Na categoria Super, título para Felipe Tozzo (Iveco), garantido com 2 segundos lugares dentro da categoria na última etapa. O vice nessa categoria ficou com José Augusto Dias (VW) e o 3º lugar, apenas 3 pontos atrás, ficou com Giuliano Losacco (Mercedes). Agora é esperar pela temporada 2022, ano em que espero ter a oportunidade de levar minha filha para assistir a etapa que for disputada em São Paulo. O calendário completo ainda não saiu no site da categoria, mas sabe-se que a primeira etapa será no trav... ops, “técnico” circuito de Santa Cruz do Sul (RS).

 

Como de costume a descrição mais detalhada da prova da Porsche Cup virá na coluna das terças feiras assinada pelo Shrek, mas devo ressaltar o elenco estelar que esteve na pista. Dos pilotos que ocuparam o pódio, os vencedores Eduardo Azevedo e Ricardo Maurício, a dupla que terminou em 2º Rodrigo Mello e Nelsinho Piquet e os terceiros colocados Pedro Boesel e Sérgio Sette Câmara, ao carro #440 com o trio feminino Carol Aranha, Bruna Tomaselli e a mamãe Bia Figueiredo. O piloto com maior QI do automobilismo também participou, fazendo dupla com Sylvio de Barros, e ficou em 28º lugar, 10 voltas atrás dos líderes. Um belo espetáculo, com uma bela transmissão. Também espero ter a oportunidade de conferir pessoalmente uma etapa deles em 2022.

 

E tivemos o espetáculo vergonhoso de Jeddah... vamos recapitular: Max foi arremessado pra fora da pista pelo Lewis em Silverstone. Max foi retirado da prova por Bottas (então ainda com esperança de renovar o contrato e trabalhando ativamente em prol de Lewis) na Hungria. Max foi retirado da corrida por Hamilton na Itália (e claro que Hamilton não recebeu nenhuma punição, pois... deixa pra lá). A Mercedes pode bater em outros carros nos treinos, que não tem nenhuma punição; a Mercedes pode empurrar outros carros pra fora do traçado diversas vezes, e não tem nenhuma punição; a Mercedes pode andar desnecessariamente devagar durante o período de Safety Car... que não tem nenhuma punição. E vimos que a Mercedes pode bater na traseira de outros carros, que também não tem nenhuma punição. Só esse fim de semana em Jeddah, o Hamilton bloqueou o Mazepin no terceiro treino livre, o Hamilton desrespeitou a necessidade de diminuir de ritmo durante uma das bandeiras amarelas, o Hamilton forçou Max duas vezes pra fora da pista, o Hamilton bateu na traseira do Max, e o Bottas desacelerou de maneira anormal durante o safety car... e NENHUMA punição foi dada para nenhuma dessas infrações. Agora imaginem só se o Max tivesse feito isso tudo... a FIAcedes teria excluído ele do campeonato, só pelo acumulo de irregularidades de Jeddah. E aí as pessoas querem que eu “tenha respeito pela categoria”... prometo que o farei, QUANDO e SE a categoria se der ao respeito. Na atual configuração, com todos os desmandos e favorecimentos acontecidos, não existe a mais vaga hipótese disso acontecer. Max pode lutar, pode batalhar, mas não adianta. A FIA não vai deixar Max ser campeão. O que tem por trás disso? Deixo pra vocês responderem. Só apresentei os fatos, contra os discursos inflamados e vazios dos fãs do Hamilton chamando Max de irresponsável para baixo. E claro que a pior imprensa especializada em automobilismo do planeta está maciçamente a favor de Hamilton, por motivos que, em respeito às leitoras da coluna, não elencarei. A leitura do texto da análise feita pelos comissários do incidente da batida do Hamilton na traseira do Max é, literalmente, de provocar ânsia de vômito. Então o piloto recebe a determinação de deixar o outro carro passar, sai da linha principal de corrida, diminui o ritmo, o outro diminui também... e vendo que o piloto de trás não passa, o piloto da frente freia pra deixar o outro passar. E, no intestino grosso dos comissários, a culpa é do piloto da frente. Talvez seja mesmo, não saiu da pista, desceu do carro e estendeu o tapete vermelho para o Lewis passar, então no intestino grosso dos comissários realmente ele foi culpado. Quanto ao resultado da ópera bufa, só não foi o desejado pela FIA, pois foram apenas 99% parciais, faltou aquele 1% pra desclassificarem o Max da corrida lá na sala dos comissários. Que, se fosse a FIA uma entidade séria, já teriam sido substituídos por sensores eletrônicos. Tecnologia pra isso existe, mas aí como você vai distorcer as análises como os “humanos” fazem? Não dá, né? Assim sendo, “O Escolhido da FIA” venceu, com Max em segundo (por enquanto; ainda acho que podem tentar achar algo para o desclassificar na segunda ou terça feira) e Bottas completando o Pódio da Vergonha após ultrapassar Ocon literalmente a poucos metros da chegada. Uma pena para Ocon, que fez uma corrida excelente e merecia esse pódio. Daniel Ricciardo fez uma ótima corrida, ganhando várias posições e terminando em 5º lugar numa corrida das mais conturbadas. Seu companheiro Lando Norris acabou apenas em 10º lugar, reclamando das posições perdidas. A equipe Ferrari, rezando ansiosamente pelo fim da temporada e aposentadoria do horrível chassi usado nas duas últimas temporadas, terminou em 7º com Leclerc e 8º com Sainz Jr.; em sua penúltima corrida pela Alfa Romeo, Giovinazzi conquistou um bom 9º lugar com seu Alfa Romeo.

 

Agora é aguardar semana que vem, quando teremos a decisão do título da Stock Car e ver o que Dona FIAcedes vai aprontar em Abu Dhabi... já vou com a pior das expectativas, já que a chance do título não ter influência vinda da sala dos comissários é praticamente zero.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.