E aê Galera... agora é comigo! Vocês não fazem ideia do tanto que eu ouvi da minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, pela coluna da semana passada. Quando chegou aquele textão com 6 laudas em Calibri 11, a mulher ‘rodou a baiana’, literalmente. O complicado é que neste final de semana tivemos as etapas finais da Copa Truck, GT Sprint Race, Copa HB20 e Porsche Endurance. Para escrever sobre tudo, contando os lances das corridas ia dar problema. Sexta-feira conversamos e ficou decidido que a coluna desta semana ficará restrita à Copa Truck e à Porsche Endurance. Sobre a GT Sprint Race e a Copa HB20 vamos falar depois do final da temporada. No final de semana que vem vamos ter Stock Car, Stock Light, Turismo Nacional e Mercedes Challenge. No seguinte, teremos o encerramento do Brasileiro de Endurance. Eu vou lavar as mãos! Vou assistir tudo, preparar os textos e o que a Rainha da Bahia mandar, eu preparo a introdução e ela publica. Sabadão nublado com umas chuvas para fazer cair bem a dobradinha da patroa e revezar entre a TV pra fazer as pílulas da F1 e assistir a categoria gourmet do automobilismo brasileiro, que sabe fazer festa chique como ninguém, em Interlagos numa corrida de 500 km que eu assisti pelo youtube depois do treino da F1, ao vivo na Band que assim deixou a transmissão de TV para o canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) fazer ao vivo. Aposto que o youtube teve mais audiência. A gente tem que admitir: esse pessoal da Porsche sabe fazer evento! Fizeram uma festança para o pessoal endinheirado que tem carros da marca alemã em Interlagos no último sábado com o encerramento da temporada e do ‘campeonato de endurance’ – que tem 3 corridas no ano – em que os pilotos regulares da categoria convidam pilotos profissionais para dividir o carro. Mas esta corrida final teve mais do que isso, com algumas participações de pilotos que correm fora do país. Além da badalação dos VIPs, tivemos público nas arquibancadas para quem gosta de ver boas corridas e grandes disputas. Largada da Porsche com o pole, Enzo Elias, chegando na frente para a freada no final da reta dos boxes (Reprodução: youtube). Com 500 Km de percurso (as outras etapas foram de 300 Km) tivemos carros com 2 pilotos e outros com 3 pilotos, seguindo a regra de distância mínima percorrida por cada um, número mínimo de paradas obrigatórias e tempo mínimo de parada no Box nessas paradas obrigatórias. O pole position foi Enzo Elias, que dividiu o carro com Jeff Giassi, que tem uma trajetória no automobilismo daquelas que todos nós (ou quase todos, uma vez que, com 2,04 de altura e 145 Kg, acho que não consigo sequer entrar no carro) poderíamos ter com talento e treinamento: ele é “piloto de videogame”! Sim, Giassi ganhou destaque no automobilismo em competições de simuladores e quando veio para o asfalto, mostrou uma impressionante habilidade, sensibilidade e velocidade. Tempos mais rápidos à parte, uma corrida com 500 km não se decide com uma volta rápida ou nas primeiras curvas. Como não faltavam cobras criadas no grid, os moleques da pole tinham que se cuidar... e se cuidaram muito bem. Com Guilherme Salas largando ao lado, Enzo Elias se defendeu muito bem para tomar o ‘S’ da Sadia na liderança e – milagrosamente – não teve enrosco, não teve toque (ao menos visível) na primeira curva da corrida. Mas não dava pra comemorar e na entrada do ‘S’ original Miguel Paludo enfiou o carro embaixo (literalmente) do carro de Guilherme Salas. Estrago feio para ambos, que foram para os boxes e melhor para Enzo Elias, que abriu uma vantagem para o novo P2, Gabriel Casagrande. E como eu já esperava, o ‘low profile’ não duraria muito. Na segunda volta sobrou pancada entre os carros. Pedro Boesel foi acertado na entrada do laranjinha por Max Mohr. Pouco antes, Leo Sanchez acertou o ator globêstico (a segunda vogal não era bem essa...). Com excesso de destroços, fluidos e testosterona (exceção ao carro #440, de Carol Aranha, Bia Figueiredo e Bruna Tomaselli) na pista, o Gomalina, diretor de provas e nosso colunista, demorou pra botar pra fora do Box o Safety Car, que só entrou no início da 4ª volta. A relargada veio na abertura da volta 6. Novamente Enzo Elias se defendeu bem e entrou no ‘S’ da Sadia em primeiro. Quem vacilou foi Gabriel Casagrande e foi superado por Gaetano Di Mauro. Novamente todos passaram inteiro na primeira curva. Na volta seguinte, Cesar Ramos Passou Rubens Barrichello. Não demorou muito pra sair a punição de Miguel Paludo pelo toque em Guilherme Salas: drive through pra ele. Enquanto isso, Cesar Ramos subia para 3° e na volta seguinte para a P2. Na volta 12 aconteceu algo bem incomum para um carro da marca alemã: um motor estourar e lavar a pista de óleo. Foi o carro de Sergio Jimenez e com isso 5 carros deslizaram na pista e milagrosamente não bateram entre si e nem foram acertados por quem vinha atrás. O Gomalina teve que botar pra fora dos boxes o Safety Car. Muitos aproveitaram para antecipar a primeira parada obrigatória, com alguns trocando de piloto. Cena de "nado sincronizado" (no óleo). Todos rodando e ninguém batendo, felizmente (Reprodução: youtube) O Safety Car saiu na volta 15, com Nelson Marcondes (Rubens Barrichello) na frente do até então líder, agora com Jeff Giassi ao volante, que não demorou para recuperar a posição. Mas após as paradas a liderança era de Ricardo Maurício, que substituiu Eduardo Azevedo. O primeiro dos GT3 era o pilotado por Galid Osman, de Paulo Souza. Os ‘comissácos’, auxiliados pelos fiscais de Box e pela cronometragem detectaram que alguns pilotos deixaram os boxes antes do tempo mínimo de parada e com isso, foram punidos com um ‘Drive Througt’. Entre eles o líder da corrida, Ricardo Maurício, que mesmo pagando a punição, conseguiu voltar na frente – e com folga – do segundo colocado. Já Galid Osman, também punido, caiu para 3°. Com uma hora de corrida e 31 voltas percorridas, Ricardo Mauricio liderava, seguido de Vitor Baptista, Jeff Giassi e Werner Neugebauer. Pouco depois os primeiros carros voltaram a Box para a segunda parada. O líder entrou na volta 40 e Alceu Feldmann tomou a ponta com Marçal Müller em terceiro. Mesmo com a punição sofrida, Miguel Paludo era o P4. Com as mudanças de estratégia, começou a embaralhar a cabeça do Ivan, o Terrível e do Prosdócimo, que foram derrapando na narração e comentários. Com duas horas de corrida, Eduardo Azevedo (Ricardo Maurício) liderava tranquilo, com mais de 40s de vantagem para Rouman Ziemkiewicz, que substituiu Gabriel Casagrande. Thiago Camilo, que substituiu Alceu Feldmann vinha em terceiro. Na GT3, Rafael Suzuki estava no carro de Lucas Salles e era o primeiro da categoria. O líder entrou nos boxes e Ricardo Maurício reassumiu o carro para tentar estabelecer uma vantagem ainda maior, devolvendo o carro ao dono do mesmo a 30 voltas do fim. Ele sabia que só um problema mecânico ou um acidente tiraria a vitória. Na pista, uma briga antiga voltava às câmeras com Nelson Piquet Jr. e Lucas Di Grassi e Di Grassi não fez cerimônia (mesmo retardatário) em espremer o desafeto antigo para fora da pista na passagem entre o mergulho e a curva de subida para o café. Piquet assumiu a P2 e vinha virando 1s mais rápido que o líder, novamente Ricardo Maurício, que saiu dos boxes com 15s de vantagem para Piquet. Companheiros de equipe na Stock Car, sim. Na Porsche Cup a conversa é outra: Camilo e Ramos se pegaram (Reprodução youtube). A briga pelo terceiro lugar foi intensa na reta final da prova. Sette Câmara emparelhou com Camilo na volta 109 na tomada do ‘S’ da Sadia. Camilo defendeu. Forçado a tirar o pé, Sette Câmara perdeu posição para Cesar Ramos. Então na subida do Café Cesar Ramos atacou, foi espremido por Thiago Camilo se os dois se tocaram (com Ramos tocando a traseira do carro de Camilo. Companheiros de equipe na Stock Car, Thiago Camilo levou a pior e acabou acertando o muro em alta velocidade. O Gomalina não pensou duas vezes e botou pra fora do Box o Safety Car. Numa velocidade pouco comum, os ‘comissacos’ deram bandeira preta para Cesar Ramos pelo acidente, apesar de Thiago Camilo ter “espremido” Cesar Ramos contra a grama. Lucro total para Enzo Elias e Jeff Giassi, que subiam para a P6 e tinham o título do campeonato de endurance nas mãos. A bandeira verde veio faltando 3 voltas para o final, mas ninguém tirou a vitória de Ricardo Maurício (que relargou com 3 carros entre ele e Piquet) e o título de Enzo Elias e Jeff Giassi, que chegaram em 4°. Na GT3, o título ficou com Nelson Monteiro e Alan Helmeister. O domingão foi com a Copa Truck e a decisão do campeonato, que teve a narração do meu camarada Sinestro, o melhor narrador do automobilismo brasileiro, e nos comentários MauMau Ferreira, chefe de equipe da Stock Car que não manda mal, pelo contrário, manda bem pra caramba (o advérbio não era bem esse...). André Marques, para não ser campeão, ia ter que fazer muita bobagem (o advérbio não era bem esse...). bastava chegar e pontuar para o título mudar de montadora de caminhões, indo para a Mercedes Benz. Paulo Salustiano dominou os treinos, largou na pole e tomou a ponta na corrida 1 (Reprodução: youtube) Largando na pole, o Beato Salu foi só no controle e ainda na reta e assumiu a ponta. André Marques se posicionou na P2 e Wellington Cirino não foi pro vale tudo pra cima do patrão. Milagrosamente todos passaram praticamente inteiros pela chicane da demolição, mas sempre tem umas fibras quebradas. Vindo de trás e avançando com força, vinha o Dr. Smith, no seu iveco #4 e Beto Monteiro, eles que foram jogados para trás no treino. A muié do dono estava “no lugar errado”, numa P4 irreal e surreal, segurando o pelotão inteiro e vazando um “fluido estranho”. Conseguiu se manter até a volta 4 e acabou “abrindo as rodas”. Lá na frente o Beato Salu ia de boa na liderança, mas de boa mesmo estava André Marques, na P2 e com o funcionário padrão, Wellington Cirino de “guarda costas”. Na volta 7 o caminhão de sucata, aquele “pseudo ecológico” arregou e abandonou, lavando a frente de Box de óleo. Felizmente foi nos boxes! Se fosse na pista seria um problema para os outros competidores e se fosse na grama, ia direto para o lençol freático. Para a temporada 2022 não serão mais permitidos “caminhões de fundo de garagem” no grid da Copa Truck. Com isso, os que usam desse tipo de equipamento vão ter que conseguir um caminhão construído por alguma das montadoras de verdade. Isso serve também para a equipe dos caminhões amarelos com um “MF” (será de “Mal Feito”? De “Marmanjos Feios?”). na grade. O caminhão que a equipe chama de "ecológico", lavou de óleo os boxes no AIC. Em 2022, só os de fábrica (Reprodução: youtube). A corrida ficou tranquila para o Beato Salu que venceu sem dificuldades a corrida 1. O Patrão deu um arrego para seu bom funcionário e liberou a P2 para Wellington Cirino e assim ele ampliar a vantagem para o terceiro colocado na classificação, justamente o Beato Salu, que mostrou estar com um caminhão muito rápido. André Marques, tranquilão, ficou com a P3 e os dois caminhões de sua equipe continuavam na frente do campeonato. Bastou uma volta para que o ‘balé do bebum perneta’ invertesse as 8 primeiras posições com os sobreviventes da corrida 1 arrumando o grid da corrida 2 Beto Monteiro e Giuliano Losacco dividiram a primeira fila, mas o pernambucano, bicampeão da Copa Truck e Bi da Fórmula Truck não deu chances para o bicampeão da Stock Car, mas a largada não foi tão tranquila quanto a do Beato Salu na Corrida 1 e a galera se espremeu pra passar na chicane da demolição e a briga no fundo do pelotão teve pista, brita e grama! Quem largou bem pra caramba (o adjetivo não era bem esse...) foi o Dr. Smith, mostrando que de macacão e capacete ele sabe o que faz (já comentando F1 na TV...), enquanto Giuliano Losacco avariou a frente do caminhão. Por conta dos esfregas nas primeiras curvas o diretor de prova e amigo do Adoniran Barbosa, o Ernesto, botou o Safety Truck na pista para a equipe de resgate recolher os detritos e tirar os caminhões parados de locais perigosos. Andre Marques e Wellington Cirino fizeram largadas seguras e evitaram confusões. A relargada foi rápida, só uma volta de Safety Truck e na relargada o Beato Salu mostrou que era o cara do final de semana, passando todo mundo e assumindo a P3. Na retomada da Corrida André Marques foi mais arisco e se meteu numa disputa com o corintiano fake (ele é palmeirense) Roberval Andrade e Danilo Dirani pela P4. Enquanto isso, com o pessoal mais atirado na corrida 2, vieram as queimas de radar e a muié do dono além de queimar o radar na reta dos boxes, ‘queimou’ a entrada dos boxes pra pagar o drive through. Aproveitando-se da inversão dos 8 primeiros no grid, Beto monteiro saiu da P1 e assumiu a ponta (Reprodução: youtube). Beto Monteiro não conseguia abrir muita vantagem na liderança, com o Dr. Smith e o Beato Salu vinham perto. A briga quente era entre Roberval Andrade e Danilo Dirani, com direito a empurrão pra grama. Melhor para Wellington Cirino que superou Danilo Dirani, mas o kartista mostrou que tamanho não é problema pra ele e como Cirino tinha que terminar a corrida com bons pontos, não entrou em dividida. Que queria botar pra rachar era o Beato Salu, que foi com tudo para cima do Dr. Smith. Melhor para Beto Monteiro, que conseguiu se afastar da disputa que foi até a linha de chegada com Dr. Smith levando a melhor. Beto Monteiro venceu com tranquilidade, dando a 2ª vitória para a equipe VW, que venceu as duas corridas, mas perdeu o campeonato. Título de André Marques e vice de Wellington Cirino. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Infelizmente a Band fez a pior cobertura de um final de semana da F1 e F2 do ano, com narrações, comentários e “entradas de desinformação” pavorosas (o adjetivo não era bem esse...). Incomodei muito meus vizinhos com os meus “meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) graças ao time com Caprichoso, Matuzaleme, Celsinho ‘Vai às Favas’ (o destino não era bem esse...), Mr. Burns e Prosdócimo. O Goleiro de Pebolim se salvou por praticamente ficar só nas traduções de rádio. - Dessa vez coloco o “PseudoSabido”, que fica na produção na equipe pela quantidade de desinformação nas homenagens à Frank Williams (justíssimas se não estivessem erradas). O Piers Courage revirou no túmulo quando trocaram a nacionalidade dele de britânica para holandesa, assim com Sir. Frank, quando “venderam a sua equipe” no início dos anos 70 e José Carlos Pace, que correu para a Williams em 1972. - Gosto muito do Celsinho ‘Vai às Favas’ (o destino não era bem esse...) apresentando seu programa no Bandsports, mas é insuportável ouvi-lo narrando corridas. Ele não sabe quem são os pilotos das categorias e nem quem está correndo. Quando a galera cai matando na internet, ficam com “putinhos”. Nem lembrar o que viu e narrou poucas horas antes parece ser possível. Olhar para a tela antes de falar, nem pensar! - O seu comentarista mais técnico, o Mr. Burns, estava com “diarreia cerebral” nesse final de semana. Juntou tudo que é bobagem (o advérbio não era bem esse...) que não falou durante o ano e despejou de uma vez no final de semana. - Aí junta o Mr. Burns e o Prosdócimo no domingo e nenhum dos dois viu que foi o Pourchaire que ficou parado na largada da F2... e o Prosdócimo “chutou” ter sido o Lundgaard. Vai pra Porsche que o partiu! E os caras são pagos para estar lá. - A direção de jornalismo da Band tem que chamar o Arrelia Jr. e a Chapolim Colorada para uma conversa TODAS as vezes que tiver corrida no final de semana. Eles esquecem rápido os puxões nos arreios e desandam a falar bobagem (o advérbio não era bem esse...) e fazer pseudopiadas das quais só eles riem. - Com um presumível empate na pontuação para última corrida, o Matuzaleme já devia ter no bolso a ‘cola’ de que em 1974 Fittipaldi e Regazzoni chegaram empatados pra decidir o campeonato na última corrida. Além de ter ficado folheando o Almanaque Fontoura pra procurar informações, passou a pontuação errada (54 pontos), que corrigiu depois de algum “expert do twitter” informar que eram 52 pontos. - E não dá nem pra ficar colocando #aposentamatuzaleme... já pensou se contratam o Nhonho? “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) - Mais uma vez o meu Camarada Sinestro e o MauMau do Bem mostraram o que é narrar e comentar corrida na transmissão da final da Copa Truck. “Se liga nas paradas” pessoal da Band... - Com o treino da F1 no mesmo horário da final da Porsche vi a corrida de Interlagos “em VT” pelo youtube. Quem não tinha outra coisa pra passar, passou. Os entendedores entenderão. - Seis laudas de novo. A Chica da Silva vai surtar! Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |