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Minha quarta escultura para o Borg-Warner Trophy / Um ano difícil e “sem fim” PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 23 December 2021 11:04

Olá, amigos, tudo bem?

 

Na semana passada, em um dos meus últimos compromissos antes do Natal, estive no estúdio do escultor norte-americano Will Behrends, artista responsável por esculpir o rosto dos vencedores da Indy 500 que aparecem no troféu da prova, o mundialmente famoso Borg-Warner Trophy. Apesar de já ter vivido essa experiência em três vezes anteriores, foi emocionante estar pela primeira vez em Tryon, na Carolina do Norte, para a sessão final da escultura.

 

O processo de criação do Will é muito interessante. Ele molda em argila, no tamanho natural, a cabeça do piloto com uma riqueza impressionante de detalhes. Para fazer essa etapa, ele se baseia em imagens de TV, fotografias e, muito provavelmente, nos estudos que ele já tem dos trabalhos anteriores.

 

Will foi o responsável pelas três esculturas que já tenho no troféu, mas naquelas ocasiões ele se baseou unicamente em fotografias. Agora, porém, nesse encontro pessoal, ele pode acrescentar detalhes que nem sempre são perceptíveis nas fotos. 

 

A etapa final é esse face-to-face com o objetivo de captar e conferir particularidades do rosto que vão mudando no decorrer do tempo. Até as rugas que a gente vai adquirindo ao longo dos tempos, mesmo as mais sutis, estão na escultura. E o resultado é de uma semelhança inacreditável. 

 

 

Mas a foto que vocês estão vendo nessa coluna, embora pareça uma fotografia minha, ainda não é a escultura definitiva. Depois desse encontro, ele vai se debruçar sobre a finalização e, a partir desta escultura, sairá rosto de prata para ser eternizado no troféu.

 

Não sei, honestamente, como pode ficar melhor do que já está. Para mim, está parecidíssima comigo a escultura. Se já fiquei maravilhado com o que vi, imagine quando o artista considerar o trabalho como concluído?

 

Será minha quarta face na mesma peça e cada uma delas com suas características. Quando ganhei a primeira Indy 500, em 2001, tinha acabado de completar 26 anos. Hoje, aos 46 anos, tenho um prazer enorme de novamente de viver esse momento de minha carreira.

 

Antes de encerrar, quero desejar a todos um Natal o mais especial possível para cada um dos Leitores que me acompanharam ao longo deste ano. Sob diversos aspectos, independentemente da intensidade, em ano que está terminando deixou marcas profundas em cada um de nós, principalmente naqueles que se viram separados de pessoas queridas em razão da pandemia. 

 

Qualquer que seja a condição particular de cada um, se pudermos comemorar o Natal com saúde, ao lado das pessoas amadas e em comunhão com os ensinamentos do Aniversariante, certamente nossos corações e mentes adquirirão forças para os próximos desafios do ano que se aproxima.

 

Além disso, aviso que vocês não estão livres de mim em 2021. Semana que vem estarei de volta não apenas para desejar um Ano Novo maravilhoso para todos, mas também para falar de minhas atividades assim que janeiro chegar.

 

Forte abraço, Feliz Natal e nos vemos semana que vem.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

Parece que este ano de 2021 não vai ter fim. Este ano perdemos um dos maiores jornalistas especializados em automobilismo aqui nos Estados Unidos. Robin Miller trabalhou até quase não poder mais ficar em sua cadeira de rodas para poder se deslocar nos eventos, que acabou freada por um câncer agressivo.

 

Não bastasse uma perda deste tamanho, perdemos há poucas semanas um dos maiores pilotos de nosso pais, o quatro vezes vencedor da Indy500 Al Unser, que lutou por quase duas décadas contra um câncer, que venceu essa corrida injusta e cruel onde competir é terrivelmente difícil.

 

Essa doença maldita acabou por levar mais um grande nome ligado ao nosso automobilismo: Thomas Eugene McHale faleceu nesta segunda-feira aos 68 anos, após uma batalha contra o câncer de cólon que o minava há alguns anos. Mr. McHale era um ponto de referência em um paddock barulhento e cheio de auto-importância desenfreada. O gerente de comunicações de esportes motorizados da Honda, ele era a personificação da calma e classe.

 

Por meio de sua supervisão dos esforços de relações públicas de corrida da American Honda, o ex-repórter do Mansfield News Journal de Ohio e membro da equipe CART IndyCar Series PR trouxe um poderoso nível de compreensão para o cenário onde Honda, Acura e Honda Performance Development dominavam. Foi o apoio generoso de McHale aos escritores, repórteres e meios de comunicação que cobriram o esporte que fez uma diferença excepcional. Até para alguns blogueiros como eu, que tinha um blog alguns anos atrás, bem antes de me unir aos Nobres do Grid, ele dava atenção.

 

 

Ele também se preocupava profundamente com a mídia do automobilismo como uma instituição. Mais do que alguns livros sobre o esporte – desde que houvesse uma abordagem de corrida envolvendo Honda ou Acura – foram fortemente subscritos pela marca por causa dele. A presença constante de anúncios relacionados a corridas em revistas automotivas, revistas de corrida e sites muitas vezes trazia o nome de McHale em um pedido de compra e, à medida que as corridas passavam por suas fases cíclicas de expansão e queda, ele encontrava uma maneira – já que seu orçamento anual era cortado repetidamente – para gastar com os pontos de venda que ele respeitava, a fim de mantê-los à tona em tempos difíceis. Gente como Mr. McHale farão uma falta imensa nos bastidores.

 

Para não ficarmos sem falar sobre algo relativo à temporada 2022, vamos ter novidades na sinalização eletrônica. Em um investimento significativo para dar à sua equipe de controle de corrida um conjunto aprimorado de ferramentas de gerenciamento de sessão, a IndyCar está trazendo o EM Motorsports Marshalling System para introduzir um novo conceito de sinalização com grandes painéis de luz de 20 × 20 polegadas que serão afixados em todas as curvas, especialmente nos circuitos de rua e podem substituir a necessidade de fiscais de pista para agitar bandeiras de sinalização com as mãos.

 

 

Com o sistema conectado a uma rede local que alimenta diretamente o controle da corrida, a ativação de um painel de luz atingirá o diretor da corrida Kyle Novak e sua equipe em um instante, exibido em um monitor que mostra o local da ativação e o tipo de exibição de sinalização que foi usado. De acordo com o processo de sinalização tradicional, um fiscal de pista agitava uma bandeira enquanto outro usava um fone de ouvido de rádio para chamar e informar o controle da corrida sobre a sinalização. Com os novos painéis de luz, o acionamento do sistema atende a ambas as necessidades.

 

Além de usar o sistema de sinalização de LED para gerenciar bandeiras amarelas locais e de todo o circuito, Novak prevê que os trabalhadores voluntários de canto trabalhem nos painéis de controle para gerenciar as bandeiras azuis de passagem e todas as outras necessidades de sinalização que eram feitas anteriormente com as bandeiras de pano. O novo sistema também dá à IndyCar a capacidade de enviar os sinais eletrônicos locais para o cockpit de cada carro e serem exibidos diretamente aos pilotos.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.