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Retrospectiva Nacional 2021 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 27 December 2021 08:28

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que quase todos tenham passado um ótimo Natal junto aos seus familiares e/ou com as pessoas amadas. Por que o “quase”? Ora, não desperdiçarei meus votos de felicidades com o povo anti vacina, o povo que ainda está reclamando de “injustiça da FIA” contra o Hamilton em Abu Dhabi após o mesmo ter sido favorecido pela entidade em quase todas as corridas anteriores e nas últimas temporadas também (aliás, a solicitação da última coluna persiste, por favor, fãs do Hamilton, venham chorar às margens das represas da Cantareira, precisamos de líquido nelas) e, principalmente, não desejo nada de bom para quem usa farol de xenônio ou lâmpadas de LED desreguladas iluminando o revestimento do teto do carro adiante (95% dos usuários desses equipamentos em São Paulo Capital, a propósito) e aquelas pessoas que vêem um radar de 50 km/h e passam nele a 30 km/h achando que vão ganhar bônus na habilitação ou estrelinha dourada do departamento de trânsito.

 

Vamos começar a retrospectiva nacional com uma categoria que, a bem da verdade, é sul americana, mas como na sua temporada de estreia teve as 3 primeiras etapas disputadas em território tabajara, e como 4 dos 6 primeiros colocados são lusófonos, então entrará na parte nacional. A temporada 2021 do TCR South America teve uma quantidade reduzida de carros, e nem todos os pilotos tinham níveis de pilotagem semelhantes, mas para uma primeira temporada envolvendo carros não fabricados por aqui e seguindo regulamento FIA, não foi ruim. Eu seria profundamente injusto em medir o TCR South America com a mesma régua utilizada para o WTCR, o ETCR ou algum dos campeonatos nacionais europeus da categoria. Como dizem, “problemas de dentição” acontecem com toda categoria nova. Em sua temporada de estreia, a experiência com o tipo de automóvel falou alto, e o título não ficou com um sul americano: o espanhol Pepe Oriola levou o título, mas não sem lutar na pontuação contra os brasileiros Rodrigo Baptista (vice campeão) e Raphael Reis (3º colocado). Na subcategoria TCR Trophy, o título também ficou com brasileiro, no caso o Fabio Casagrande. As perspectivas para a categoria em 2022 são promissoras, já que as etapas realizadas em território verde e amarelo farão parte da programação da categoria que mais leva público às pistas, a Copa Truck. Além disso, existe a previsão da chegada de mais pilotos para competir e uma surpresa considerável: a Toyota vai estrear o modelo Corolla Sedan TCR justamente no certame sul americano, já que o desenvolvimento do mesmo está a cargo da Toyota Gazoo Argentina... inclusive o carro já foi para a pista fazer shakedown, primeiro com o presidente da Toyota Argentina e depois com o piloto argentino Matias Rossi, grande campeão do TC2000 conhecido do pequeno público brasileiro que não acompanha apenas a Fórmula Barbie por sua participação em etapas da Stock Car. Já estou “seco” para assistir presencialmente uma etapa da Copa Truck, se tiver os TCR então vai ficar perfeito.

 

Por falar em Stock Car, a temporada 2021 dela foi das mais interessantes de se acompanhar. Muito equilíbrio entre as equipes, e por conta disso foi de extrema importância a demonstração de equilíbrio entre velocidade e regularidade do campeão Gabriel Casagrande, que conquistou o seu primeiro título e também foi a primeira vez que um piloto da equipe A. Mattheis Vogel Motorsport (união de dois “monstros” da categoria, Andreas Mattheis e o super solícito Mauro Vogel, dois chefes de equipe que eu admiro MUITO na categoria). Um título muito merecido seja para o piloto, seja para o pessoal da equipe que batalhou para entregar um equipamento confiável para Gabriel. Infelizmente o companheiro de Gabriel, Guga Lima, não conseguiu pontuar regularmente e a equipe Mattheis Vogel acabou em 5º lugar no campeonato de equipes (vencido, por sinal, pela super competente Eurofarma RC). Em uma atitude surpreendente em se levando em conta a ínfima capacidade tapuia de organizar qualquer coisa que não seja desfile de Carnaval, a VICAR já soltou o calendário de 2022... embora eu esteja ainda meio ressabiado com algumas coisas programadas. Por um lado, feliz pelo atrativo do retorno da Corrida de Duplas, sempre um atrativo extra, e também foi anunciada uma corrida no RJ, a ser disputada no Aeroporto do Galeão (uma das duas melhores saídas do Brasil). O traçado inicial proposto me pareceu meio... sem graça. Acredito que utilizando as vias de serviço entre as pistas pode-se fazer coisa bem interessante ali no aeroporto. Enfim, vamos ver o que acontece até 10 de abril, data planejada para essa corrida. Minha dúvida permanece em relação às duas etapas programadas para o autódromo de Brasília... depois que ele quase foi completamente destruído na tentativa anterior de reforma, gostaria de saber se ele conseguirá ficar pronto até o começo de julho, quando deve receber as 5ª e 6ª etapas do certame. Acredito mais que possa ficar pronto para a etapa de encerramento, programada para 20 de novembro, um final de semana após meu aniversário. Enfim, vamos ver o que acontecerá. Confesso ter estranhado o fato da 4ª e da 9ª etapas terem sido marcadas para o Velocittá, pista perfeita para track days, mas definitivamente acanhada (principalmente na estrutura de pit lane) para uma categoria como a Stock e todo o séquito que a acompanha. Enfim... esperemos.

 

Sabem todos esses elogios que fiz para a VICAR e seu calendário divulgado com antecedência? Pois é, esqueçam tudo isso no tocante à Copa Truck... o site permanece inalterado desde 05/12, inclusive não constam ainda no site os resultados oficiais da etapa de Pinhais... aí depois o Shrek senta o verbo no assessor de imprensa e os jornalistas e assessores de imprensa profissionais ficam bravinhos com ele. Esse povo também não se ajuda... talvez se ficassem menos tempo nos grupos de whatsapp chorando a derrota do Lewis Hamilton na disputa do título da Fórmula Barbie tivessem atualizado o site. Enfim, vamos em frente. Assim como na Stock Car, a Copa Truck teve campeão inédito: na categoria mais pesada das nossas pistas foi a vez de André Marques e seu Mercedes-Benz inscrever seu nome no rol de campeões. Na subcategoria Super Truck, outro campeão inédito, Felipe Tozzo (Iveco), e entre as marcas após anos de dominação VW foi a vez da Mercedes-Benz levar o caneco.

 

Semana que vem será a vez da retrospectiva internacional... até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.