E aê Galera... agora é comigo!

O primeiro final de semana do ano ainda deixou alguma coisa para trás no meu bloco de notas das dívidas como vocês que lêem a coluna do Ogro do Cerrado todas as terças-feiras.

Entre o natal e o ano novo não acontece nada em termos de automobilismo nacional e o próximo evento de pista serão as Mil Milhas de Interlagos, mas ainda temos coisas para contar sobre o final da temporada de 2021 e hoje, nossa coluna é sobre como terminou a temporada da GT Sprint Race, que teve a última etapa disputada no AIC e com os títulos das categorias em aberto, em mais uma corrida narrada pelo meu camarada, o Sinestro, com os comentários de Eduardo Cerrato.

Como era comum no AIC, as largadas sempre tinham um grande potencial de confusão no final da reta com a tentativa de todos passarem ao mesmo tempo pela chicane da demolição. O pessoal não decepcionou esse colunista, com dois dos 20 competidores ficando pelo caminho e Rafael Dias tomou a liderança, mas a liderança não durou muito tempo. Na segunda passagem, ele não fez a chicane da demolição e pegou de frente a barreira de pneus que colocaram por lá. Pedro Aizza agradeceu e assumiu a ponta.

Mesmo com a frente avariada, Rafa Dias e Gerson Campos faziam uma grande disputa pelo terceiro lugar. Na frente, Pedro Aizza, vinha fazendo uma corridaça e se mantendo à frente de Julio Campos, mas com uma punição por queima de largada, Pedro Aizza tomou um Drive Through, deixando a liderança para Léo Torres. O parceiro do piloto da Stock Car, Julio Campos, era o líder na categoria Pro, com Rafael Dias liderando a Proam e Luis Debes na Am, mas Pedro Costa tomou a liderança de Rafa Dias numa briga com 4 carros.

Léo Torres abriu vantagem e na briga pela P2, Eudes Campos e Gerson Campos não tinham como fazer a chicane da demolição lado a lado até que Eudes passou reto e perdeu a posição, perdendo depois a P3 para Nathan Brito, que mostrou de quem é filho saindo nas 4 e destroçando uma das placas de publicidade feitas de isopor. Julio Campos foi o vencedor na Pro, Pedro Costa brigou muito e se defendeu como nunca para garantir a vitória na Proam sobre Rafa Dias, que tentou tudo o que foi possível para recuperar a posição. Luis Debes foi o vencedor na Am.

Com o resultado da corrida 1 definindo o grid da corrida 2, Julio Campos estava na vantagem, largando na pole position. Largou bem, segurou a posição e contornou na frente a chicane da demolição, que voltou a fazer suas vítimas no fundo do pelotão depois da segunda perna. Antônio Junqueira deixou Gerson Campos para trás, tomando a P2. Lá na saída da chicane da demolição, Rafael Maeda e Walter Lester fizeram da grama estacionamento. Foram 4 carros envolvidos, mas o pessoal conseguiu sair antes da volta ser completada, evitando a entrada do Safety Car.

Julio Campos veio tomando sufoco, mas Antônio Junqueira abusou na chicane da demolição, saiu mal e perdeu a P2 para Eudes Campos. A briga era boa também na Proam, onde Pedro Aizza, Rafael Dias e Francesco Franciosi brigavam na pista e pelo título. Caê Coelho lidarava na Am, mas Luis Debes estava em cima dele para tentar mais uma vitória, mas Eduardo Trindade vinha escalando o pelotão e tentando a vitória na Am.  

Escalando o pelotão vinha Gabriel Casagrande! Uma semana antes de se sagrar campeão da Stock Car, Gabriel Casagrande vinha de uma largada na P18 para assumir a P5 geral e a P3 na Pro, mas ficou lento faltando 5 minutos para o final da corrida e acabou abandonando. Pedro Aizza passou por Rafael dias, que tinha a frente do carro bastante avariada. Depois de dar uma escapada na grama, Luis Debes se recuperou e assumiu a ponta da categoria Am. Na penúltima volta, Caê Coelho recuperou a ponta na categoria AM, mas o campeão do ano foi Luis Debes. Julio Campos veio tentando segurar a ponta até o fim e a última volta foi dramática, com Eudes Campos fazendo um mergulho kamicase e os dois bateram na curva do pinheirinho a vitória consagrou o campeonato Julio Campos e Leo torres com o título na Pro. Pedro Aizza, que ganhou corridas na geral, vinha garantindo o título da categoria Proam, mas parou na parte de fora da curva do pinheirinho na penúltima volta e mesmo com o drama, ele foi o campeão da categoria Proam por 1 ponto! Um final espetacular para uma grande categoria.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Descobri que rolou um amigo oculto (em alguns lugares é amigo secreto) com a galera que fazem a alegria desta parte da minha coluna e vou contar para vocês o que aconteceu, quem tirou quem para presentear e os presentes que foram dados.

O Sinestro, o melhor locutor do automobilismo brasileiro, tirou o Mestre de Cerimônias de convenções da Hinode, que narrou a F-E na TV Cultura, e deu pra ele uma gravata estampada do Pernalonga pra ver se ele desemposta a voz.

O Tala Larga (que está fininho) e é narrador do canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) tirou o Tropeço, assessor de imprensa da Stock Car e deu de presente pra ele um voucher para uma sessão de hidratação no cabelo.

O Nhonho (que dispensa apresentações) tirou o Caprichoso, seu antigo colega de trabalho que hoje está na Band. Deu para ele um buquê de rosas brancas e um pendrive com seu CV pra ver se arranja uma boquinha na Band.

A Cadeiruda tirou o Nhonho e deu pra ele um jogo de três sutiãs... pra ele parar de pagar peitinho na TV.

O Caprichoso tirou o Taquara Rachada, o comentarista da F. Indy na TV Cultura e enciclopédia viva sobre automobilismo e deu pra ele uma caixona com 50 caixas de Benalet e um diapasão, pra ele tentar “afinar a garganta”.

O Matuzaleme tirou o comentarista mais apimentado do automobilismo brasileiro e deu pra ele uma cópia de seu anuário, o Almanaque Fontoura do automobilismo.

O Goleiro de Pebolim tirou o Sinestro e deu pra ele um par de sapatos com salto interno para ele ficar “menos baixinho”.

O Dr. Smith tirou o Alexi Lalas, narrador da F. Indy e do Brasileiro de Endurance e deu pra ele um barbeador elétrico com aparador de costeleta e cavanhaque da Polishop.

O Tropeço tirou a Cadeiruda e deu pra ela uma cinta modeladora para ela dar uma afinada na cintura.

O Chucky (Brinquedo assassino, assessor de imprensa da Copa Truck e coçador de saco ao vivo da TV) tirou o Goleiro de Pebolim e deu pra ele um saquinho de bolas de gude.

O Taquara Rachada tirou o Dr. Smith e deu pra ele a última edição do dicionário Michaelis.

O Alexi Lalas tirou o Enviado de Cristo (Comentarista da TN) e deu pra ele um agendamento para entrevista o pessoal Império Endurance Brasil para ver se consegue se livrar do puxa-saco do patrocinador da categoria na cabine de transmissão.

O Mestre de Cerimônias de convenções da Hinode tirou o Chucky e deu pra ele um pack com 06 pomadas para combater o chato (aquela coisa que dá ali nos “países baixos”).

O apimentado Pimenta tirou o Tala Larga e deu pra o ex-gordinho um livro autografado do Galvão Bueno.

E, por fim, o Enviado de Cristo tirou o Matuzaleme e deu pra ele uma agenda com capa de couro, daquelas com páginas numeradas e linguetas para lembretes.

Lamentei que não chamaram os diretores de corrida, ele, o PIROCA e o amigo do Adoniran Barbosa, o Ernesto. Fiquei sabendo também que, por razões religiosas, o Filho do Deus do Egito se recusou a participar por ser uma coisa associada a outra divindade.

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.