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Todas as atenções estão voltadas para Daytona / A F1 é interessante para os pilotos da IndyCar PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 05 January 2022 18:23

Olá, amigos, tudo bem?

 

Espero que todos estejam com as baterias recarregadas nesse início de ano para enfrentar os desafios diários. Há sempre um sentimento de esperança nesse período e meu desejo é que essa motivação perdure ao longo dos 12 meses do Ano Novo.

 

Para mim, depois de um descanso entre Natal e o Ano Novo, já no dia 3 de janeiro estava dentro de um avião para cumprir o primeiro compromisso do ano. Ao longo dos próximos dias, praticamente todas as atividades da minha agenda apontam para Daytona Beach, cidade da Flórida, banhada pelo Oceano Atlântico, onde fica o sensacional Daytona International Speedway.

 

Embora as atividades de pista, objetivamente falando, só comecem no dia 21 de janeiro, a importância dessa prova de abertura do IMSA WeatherTech SportsCar Championship exige uma preparação especialíssima. Tentando fazer uma comparação, a Rolex 24 at Daytona está para o campeonato dos protótipos e GTs, assim como a Indy 500 está para a IndyCar.

 

 Helio Castroneves começou o ano focado no seu primeiro compromisso com a MSR: as 24 Horas de Daytona. 

 

O período de preparação para a Rolex 24 at Daytona é longo. Além do trabalho individual de cada equipe, há o treino coletivo para todas as equipes inscritas, que é o Roar Before the Rolex 24, de 21 a 23 de janeiro.

 

A dinâmica do Roar atualmente é diferente. Antes, acontecia na primeira semana do ano, o que significaria dizer que estaríamos na pista já a partir de sexta-feira agora. E era somente treino livre. Agora, para encurtar a permanência das equipes em Daytona, o Roar acontece exatamente uma semana antes e ganhou importância, pois é dessa prática que sai o grid da prova de 24 horas.

 

No dia 21, sexta-feira, é só treino, num total de quatro horas de pista aberta. O sábado é dedicado a mais três horas de treinos e ao Qualifying, que determina a posição de largada para o domingo, quando temos um Warmup de 20 minutos e a Motul Pole Award 100, prova de 100 minutos, que define o grid.

 

Cumprida essa fase, voltaremos à pista para treinos nos dias 27 e 28. E no sábado, 29, teremos a largada para prova de 24 horas às 15:40, no horário do Brasil. Mas sobre a prova, a preparação da Meyer Shank Racing e o acerto do Acura ARX-05 DPI eu vou falar mais para a frente. Por agora, posso adiantar que nosso quarteto será formado pelo Simon Pagenaud, Oliver Jarvis, Tom Blomqvist e o Castroneves aqui.

 

Forte abraço a todos e até semana que vem!

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

Vamos começar o ano de 2022 com uma pergunta? Até onde a Fórmula 1, que este ano terá duas corridas nos Estados Unidos e há um estudo potencial para termos uma terceira corrida, provavelmente no traçado misto de Indianápolis, talvez já em 2023, é uma categoria interessante para os pilotos da IndyCar?

 

Depois da frustrada compra da Sauber por Michael Andretti e a possível ida de Colton Herta para a Fórmula 1, tivemos o teste de Pato O’Ward na McLaren em Abu Dhabi e o desempenho do piloto mexicano foi extremamente positiva, além do que o corpo técnico da equipe esperava. Em quase 160 voltas, O’Ward cumpriu um programa de testes que mostrou mais do que uma rápida adaptação ao carro.

 

A oportunidade para Pato O’Ward realizar um dia de testes com jovens pilotos para a McLaren após a última corrida da temporada Fórmula 1 foi resultado de uma aposta com Zak Brown, que prometeu ao jovem mexicano a chance de pilotar um carro da categoria quando ele conseguisse vencer sua primeira corrida da IndyCar. E O’Ward venceu duas corridas na temporada 2021, chegando na última etapa em Long Beach com chances de conquistar o título, que terminaram com um abandono por problemas mecânicos. No entanto, Brown declarou que o teste foi mais do que apenas o resultado de ele cumprir essa promessa, mas também um desejo de avaliar o potencial de O'Ward em carros da Fórmula 1.

 

Pato O'Ward mostrou talento, velocidade e capacidade para pilotar um Fórmula 1. Agora só falta a oportunidade. 

 

Embora as oportunidades de testes na Fórmula 1 sejam limitadas, as equipes da categoria buscaram uma forma de abrir mais chances para os novatos, tornando obrigatório o uso de carro por um piloto de testes em duas sessões do chamado treino livre 1 a partir deste ano. Zak Brown diz que caberá ao chefe da equipe, Andreas Seidl, decidir quem seria o melhor para ter no carro, mas ele acredita que O'Ward está bem cotado para fazê-lo depois do teste em Abu Dhabi. Com três corridas na américa do norte sendo duas delas – Austin e Cidade do México – acontecendo depois do final da temporada IndyCar, esta possibilidade cresce para o mexicano.

 

Pato O’Ward tem uma “vantagem” em relação aos pilotos norte americanos: o México tem uma ligação muito mais forte com a Fórmula 1 do que os Estados Unidos. Eles tiveram ao longo da história pilotos como os irmãos Rodriguez – que dão o nome ao principal autódromo do país – e há uma década tem Sergio Perez, atualmente na equipe Red Bull.

 

Uma pena a Fórmula 1 não ter três ou quatro carros em uma equipe com recursos como a Ferrari, a Mercedes, a Red Bull (esta tem, de certa forma, com a Alpha Tauri) e a McLaren. A competição ia ficar mais interessante e pilotos como Pato O’Ward e Colton Herta poderiam ter espaço por lá.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 

    
Last Updated ( Wednesday, 05 January 2022 19:07 )