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Mil Milhas com dono, Stock Car sem público, um ano de Giovanni na CBA e panela velha PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 23 January 2022 23:19

Olá pessoal,

 

Eis-me aqui para a segunda (e felizmente última) semana cobrindo as férias do Alexandre nesta coluna das segundas-feiras. Para alegria de todos, ele vai estar de volta das merecidas férias e, com seu humor ácido e bem pontuado, fazer a melhor análise dos finais de semana de velocidade.

 

Tive sorte – e a benção de Deus – mais uma vez por termos vividos momentos importantes e interessantes, dentro e fora das pistas (ou estradas), no Brasil e no mundo. Afinal, é muito melhor lidar com fatos do que com especulações e, sinceramente, eu não tenho mais paciência para essa especulação sobre Hamilton, Masi, Mercedes... É muita falta do que fazer! O Masi dançou, o Hamilton vai correr e a Mercedes vai dar uma pernada daquelas na concorrência (Putz, tô dando uma de Pai Alex... tomara que ele não se ofenda).

 

Como disse, falando sobre realidade, quero parabenizar a promoção das Mil Milhas Brasileiras por abrir – com chave de ouro – a temporada do automobilismo no Brasil em 2022. Assisti as primeiras voltas e também as horas finais de transmissão pelo Bandsports, que tem feito um trabalho excelente com o automobilismo e também motociclismo, com grandes eventos e excelentes transmissões.

 

A vitória do protótipo Sigma, que promete incomodar os AJR no Campeonato Brasileiro de Endurance, foi incontestável. Da pole pra ponta no S do Senna e todas as 373 voltas na liderança. Não vou me alongar nos aspectos da corrida, uma vez que – daquele jeito (temeroso) que só ele faz – o Paulo Alencar deve comentar a corrida com mais ênfase na sua coluna semanal das terças-feiras no nosso site. Prefiro falar pela vitória que os promotores do evento, desde a primeira edição do retorno da histórica prova, enfrentando descrédito, boicotes, desprezo por parte dos veículos de imprensa e de gente que fez chacota da primeira edição, com apenas 12 carros, salvo engano. Neste ano foram 34 carros no grid e ano a ano a corrida vai se consolidando com o trabalho sério e dedicado de que a promove. Como diria o jornalista Rodrigo Mattar, mas desta vez para o bem, parabéns aos envolvidos.

 

Quem também merece os parabéns é o atual presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Giovanni Guerra, pelas ações implementadas neste primeiro ano de mandato, onde o fortalecimento do kartismo nacional, mesmo com o golpe das fabricantes de kart na Europa que sabotaram a realização do Mundial em Birigui. Como troco, o trabalho junto a FIA levou a criação do FIA Regional CUP de Kart e o Brasil será sede da nova competição da FIA Karting, a FIA Regional CUP, para pilotos da América do Sul, América Central e África. Serão três etapas, cada uma em um dos três kartódromos brasileiros homologados pela FIA Karting: Birigui (SP), Imperatriz (MA) e Conde (PB). Ainda no kartismo, tivemos a criação do Campeonato do Nordeste de Kart, que levou pilotos de todas as regiões do país. O 56º Campeonato Brasileiro de Kart teve um recorde mundial de inscritos, com 545 pilotos. Aplausos também aos processos de gestão colegiada, implementados no CNK (Comissão Nacional de Kart), presidida por um kartista – Rubens ‘Binho’ Carcasci – e com um colegiado formado por Rodrigo Piquet, Nilton Amaral (New), Marcelo Motta e Ricardo Molina. Além de contar com uma equipe de trabalho permanente: Ricardo Molina, Jéssica Nacagome, Roberto Guimarães Pessoa Junior (Norte/Nordeste) e Fernanda Gonçalves, Substituindo o modelo anterior de decisões monocráticas. O mesmo modelo foi aplicado ao CTDN (Conselho Técnico Desportivo Nacional) que tem a presidência de um ex-piloto, Fábio Greco, e tendo como demais membros Carlos Montagner, Nestor Valduga, Haroldo Scipião e Eduardo Polati. No campo internacional, voltamos a ter um assento no Conselho Mundial de Esporte a Motor e ampliação no número de representantes da CBA nas diversas comissões da FIA, mas talvez o maior ganho foi a eleição de Fabiana Ecclestone como vice-presidente para América do Sul. Que venham mais feitos, Giovanni. Parabéns!

 

Parabéns também para a VICAR, que de forma consciente e responsável, antes de vermos os governadores e prefeitos “cancelarem o carnaval” e os desfiles das escolas de samba, a maior promotora do automobilismo nacional anunciou que a etapa de abertura da Stock Car, que será a sempre esperada “Corrida de Duplas”, onde são esperados sempre grandes convidados e que certamente teria um enorme retorno financeiro para os promotores, mas estes foram corajosos ao assumir este compromisso social. A chegada de Fernando Julianelli para a VICAR tem se mostrado um dos melhores acertos nos últimos anos no automobilismo nacional e também internacional, com a promotora “adotando” uma categoria de monopostos FIA, a Fórmula 4, algo que nós no site e eu, pessoalmente, nos autódromos, fizemos campanha por anos.

 

E para encerrar, não posso deixar de aplaudir o fantástico Rally de Monte-Carlo e a espetacular cobertura feita pela nossa equipe no principado, em parceria com nossos irmãos italianos, levando quatro enviados e continuarmos a fazer a melhor cobertura do WRC (e isso foi dito por eles) na internet. E a temporada começou com tudo e uma disputa que só foi decidida no domingo entre dois gigantes da história dos Rallies: Sébastien Loeb e Sébastien Ogier. Juntos, são 17 títulos mundiais no WRC. Juntos, com o resultado desta corrida, 16 vitórias em Monte-Carlo, oito para cada um! Convido a todos para lerem a coluna dos nossos irmãos italianos, mas encerro esta coluna parafraseando aquela música sertaneja que o Sergio Reis canta: “Não interessa se eles são coroas... panela velha é que faz comida boa”! No caso deles, corrida boa.

 

Grande Abraço,

 

Flávio Pinheiro