Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Formula E no México, Stock em São Paulo e chororó na F1 antes da pré-temporada PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 14 February 2022 00:37

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Certamente melhores do que esse vosso escriba, atolado em problemas os quais não tenho ninguém para “delegar” a resolução e ainda enfrentando – na volta ao trabalho presencial – 2 horas de deslocamento para ir trabalhar e outras 2 horas para retornar pra casa... somando às 8 horas de trabalho acrescidas de 1 hora de almoço, e praticamente não tenho tempo para resolver nenhum desses problemas. Aí reclamam que estou estressado... bom, mas enfim, ao menos o problema de telhado causado por um vendaval que deve ter provocado ventos quase com velocidade de ciclone ainda consegui resolver durante as férias, agora é trabalhar pra pagar o cartão de crédito usado pra pagar o material. Mas, enfim, nem sei o motivo de ter escrito isso, vocês são meus leitores e não meus psicólogos... vamos ao que interessa: corridas!

 

A Fórmula Makita, digo, Fórmula E, foi até a Cidade do México para uma das melhores corridas que a categoria já teve. Nem mesmo os carros da Porsche praticamente fazendo uma corrida a parte no último terço da prova conseguiu transformar a corrida em algo maçante/entediante. A briga pelas outras posições foi acirrada praticamente durante a corrida toda, e alguns pilotos não se furtaram ao contato (não é, António Félix da Costa) na hora de disputar posições. A falta de parachoques nos carros talvez tenha impedido uma disputa no estilo BTCC, mas levaram o arrojo até onde era possível com carros monopostos. Destaque para Edoardo Mortara (Venturi), que batalhou como um leão desde o início da prova, chegou a assumir a liderança, mas teve de reduzir o desempenho no final pra não ficar sem bateria pra cruzar a bandeirada e cruzou a linha de chegada em 5º lugar. Excelente piloto, apenas tem que aprender que em algumas categorias não dá pra acelerar 100% o tempo todo... algumas corridas de Endurance fariam bem para ele. Ao cabo da prova (agora com duração de 45 minutos mais 1 volta) quem ocupou o degrau mais alto do pódio foi Pascal Wehrlein (Porsche), seguido de perto por Andre Lotterer (Porsche), para alegria do pessoal de Stuttgart. O degrau mais baixo ficou com Jean-Éric Vergne (DS Techeetah), à frente do seu companheiro de equipe Félix da Costa, que terminou em 4º. Como Di Grassi (Venturi) na pista fez a melhor volta e terminou (na pista) em 8º, ele poderia levar o ponto extra... mas como lá na primeira metade da prova ele abusou do arrojo e foi considerado culpado na colisão entre ele e Maximilian Günther (Nissan), a punição de 5 segundos o retirou dos 10 primeiros colocados, portanto perdeu o ponto extra... esse ficou com Nyck de Vries (Mercedes), que terminou em 6º lugar. Sérgio Sette Câmara, lutando com a fraqueza do carro da Dragon/Penske, largou em 20º e lá terminou a corrida. Daqui a pouco Tio Roger cansa de brincar de carrinho elétrico e pula fora dessa encrenca...

 

E em São Paulo, com um Sol para cada um dos presentes em Interlagos, tivemos a abertura da Temporada 2022 da Stock Car, infelizmente a última temporada com o delicioso ronco dos motores V-8 (a partir de 2023 serão 4 cilindros turbo... vou ali chamar o Hugo e já volto). O complexo regulamento da corrida de duplas previa que os pilotos titulares fariam a primeira bateria e os convidados a segunda. Isso só não funcionou pro coitado do Timo Glock, que aceitou o convite pra fazer dupla com um certo ex piloto da Ferrari e basicamente veio passar calor longe da praia, pois nos últimos minutos da primeira bateria Felipe Massa teve problema na transmissão do carro e nem conseguiu chegar aos boxes para o necessário conserto – se é que tinha conserto, geralmente essas informações não são divulgadas por completo... enfim, ao menos de acordo com as declarações pós corrida o Timo gostou da experiência nos trópicos e se dispôs a retornar aqui no futuro. A primeira bateria teve a vitória de Gabriel Casagrande (Cruze), com Thiago Camilo (Corolla) chegando em 2º lugar e Daniel Serra (Cruze) em 3º. Já a segunda bateria teve o pódio composto por Enzo Elias (Cruze, em parceria com Galid Osman) no posto de honra, se aproveitando muito bem de ter largado em 3º no grid invertido por conta do Galid terminar a primeira bateria em 8º, com Albert Costa (Cruze, em parceria com Allam Khodair) em 2º e Augusto Farfus (Cruze, em parceria com Daniel Serra) em 3º. Com o 4º lugar obtido por Gabriel Robe na 2ª bateria, o grande vencedor na somatória dos pontos foi Gabriel Casagrande, com Daniel Serra em 2º lugar na soma da pontuação das duas baterias e Thiago Camilo em 3º. Merece destaque a corrida de Pietro Fittipaldi (que foi o parceiro de Tony Kanaan) na segunda bateria: largou em 21º e terminou em 5º. Mesma sorte não teve Rafael Suzuki: terminando a primeira bateria em 9º, entregou o carro para o convidado Bleekemoelen largar em 2º... e o holandês terminou apenas em 6º.

 

No mundo da Fórmula Barbie, aparentemente o único carro “real” apresentado foi o da Aston Martin, que provavelmente será o mais belo do ano. Acho muito difícil que as outras equipes consigam um layout tão feliz para o carro. A McLaren apresentou e não conseguiu chegar nem perto da Aston Martin, apesar que o carro da Indy ficou com visual mais agradável que o da F-1. Não sei se o carro de Vettel (cabeludo após um implante capilar que o deixou parecido com aquele antigo personagem de desenho animado, o Urso do Cabelo Duro) e Stroll vai andar bem, mas por enquanto é o único que eu teria um pôster na parede... a Red Bull mostrou uma maquete em tamanho real, mas sem o detalhamento do carro real (que deveremos conhecer apenas nos treinos de pré temporada). Tudo para esconder os segredos tão arduamente pensados para esse novo regulamento... acredito que mais equipes apresentem maquetes ao invés do carro real, portanto por enquanto o que dá pra efetivamente avaliar é apenas o grafismo para 2022 Por ocasião dos testes dos carros na pista dará para avaliar melhor como cada equipe preferiu abordar a questão efeito solo.

 

E quando não é o choro incontido da torcida do Hamilton em geral e da imprensa inglesa em particular (estão chegando a propostas absurdas a respeito do resultado do campeonato de 2021, até a imprensa italiana ficaria com vergonha das propostas dos ingleses) é o pessoal das equipes reclamando que agora vão ter que trabalhar no quesito suspensão, afinal não tem mais um pneu com um ombro enorme pra fazer o amortecimento do carro. Que ladainha chata, parecem crianças de 5 anos que você tirou o bolo de chocolate de cima da mesa e elas não vão poder comer. A pior foi que “vai prejudicar o conforto dos pilotos”. Cáspita, acho que a última vez que um piloto se sentou confortavelmente num F-1 foi na década de 70, essa posição atual com os pés quase na altura dos ombros pra poder potencializar o efeito do bico alto do carro é horrorosa, e os cidadãos vêm falar de “conforto”????? Ah, (piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii)!!!!! (melhor eu mesmo cobrir a sequência de palavras de baixo calão que escreveria a respeito) Esse pessoal está muito mimado, tem que colocar essa galera pra trabalhar em rally raid pra verem o que é bom... esse conforto todo de escritórios de fábrica, aí sai e vai para autódromos com instalações nababescas, acabou criando uma geração de chorões. Colin Chapman, do seu túmulo lá no Pantanal mato-grossense, deve estar balançando a cabeça em desaprovação...

 

Enfim, é isso. A expectativa para a Daytona 500 semana que vem não é pequena, garanto. Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.