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O silêncio dos culpados PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 16 February 2022 20:55

Caros Amigos, A língua portuguesa é de uma grande riqueza, repleta de recursos. Um destes recursos, as figuras de linguagem, sempre exerceram sobre mim um enorme fascínio.

 

Estes estas figuras de linguagem tenho as minhas favoritas: a paráfrase e a paródia! A paráfrase se caracteriza como sendo uma reafirmação de um tema já trabalhado por outro autor. Embora sejam usadas diferentes palavras, estruturas e estilos. Diversos autores apresentam obras literárias e artísticas sobre temáticas comuns. Já a Paródia é caracterizada como sendo uma subversão de um tema já trabalhado por outro autor. Ocorre um rompimento com o que foi dito anteriormente, havendo uma clara alteração da abordagem, sendo majoritariamente utilizada com finalidade jocosa e satírica.

 

Fazer uso de termos jocosos ou satíricos jamais foi algo presente nos meus hábitos e/ou palavras, mas o título da coluna desta semana é um claro rompimento com algo dito, na verdade escrito. Mais propriamente o livro que li no final dos anos 80 e que foi fidedignamente transformado em filme, o silêncio dos inocentes. A minha paródia, no caso, é uma forma contundente de criticar o silêncio da Federação Internacional de Automobilismo.

 

No último dia 14 de fevereiro aconteceu a tão esperada reunião do conselho do esporte a motor e no trâmite burocrático – e pouco prático – da entidade, a Comissão de Fórmula 1 da própria FIA foi informada sobre parte do que o inquérito investigativo, embora todos os detalhes ainda estejam sendo mantidos em sigilo. , exceto uma breve declaração do órgão regulador do automobilismo, que pouco disse e ainda menos esclareceu sobre as questões que talvez sejam as mais relevantes em 72 anos de Fórmula 1.

 

Lamentavelmente, este tipo de atitude apenas depõe contra a imagem da Federação Internacional de Automobilismo e também a do próprio Grupo Liberty Media, proprietária da Fórmula 1, que é um negócio bilionário e não pode ficar exposta à riscos de atos incorretos e de graves consequências para a credibilidade do esporte (e do negócio). É impossível não questionar a FIA o porque de postergar algo que certamente eles já sabem.

 

A situação deve ser algo de tal preocupação que os maiores interessados além dos proprietários da categoria, os representantes das equipes certamente perceberam que tudo o que a Fórmula 1 não precisa é de mais animosidade. A reunião durou um pouco mais de quatro horas onde o que houve de mais concreto foi a definição nas mudanças na pontuação das corridas que não completarem o número total de voltas e também das chamadas “corridas sprint”. Apesar de estar na pauta da reunião, o GP de Abu Dhabi também fez parte da reunião, mas nenhuma conclusão sobre os fatos ocorridos foi apresentada.

 

Lamentavelmente, a postura e o silêncio do novo presidente da FIA, Mohammed Bin Sulayem, depõe contra seu início de mandato, onde promessas de mudanças foram a plataforma de sua vitoriosa candidatura.

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva