Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
A Meyer Shank Racing está no caminho certo / McLaughlin segura Palou e vence em St. Pete PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 02 March 2022 22:48

Oi amigos, tudo bem?

 

Se a gente analisar a prova de St. Petersburg apenas pelo resultado, vai concluir que a abertura do NTT IndyCar Series, para a Meyer Shank Racing, não foi boa. De fato, não foi boa. Mas digo uma coisa: foi boa! Sei que está parecendo conflito entre Tico e Teco, mas vou explicar.

 

Obviamente que lutamos para conseguir mais do que o 14º lugar para mim e o 15º para o Simon Pagenaud, mas algumas circunstâncias impediram que isso acontecesse. Por outro lado, foi uma experiência tão rica para uma equipe que está subindo de patamar que todos nós, sem exceção, deixamos a belíssima cidade da Flórida bem otimistas.

 

Foi um passo importante num ano que será de enormes desafios para a equipe. A corajosa decisão de ter dois carros na temporada toda, algo inédito na história da MSR, exigiu uma verdadeira revolução interna, sobretudo no aumento de pessoal e adoção de novos procedimentos.

 

Por mais que tenhamos treinado e trabalhado na fábrica para aliviar essa curva de aprendizado, nada se compara ao desenvolvimento conseguido numa corrida de verdade. Eu diria que o entrosamento dos novos membros é excelente e isso ficou provado em St. Pete. Os treinos da pré-temporada foram fundamentais para que esse ponto fosse atingido.

 

Mas tem coisa que não adianta tentar, pois somente numa corrida, bem na hora que o bicho pega, é que vemos como estamos de estratégia e pit stop. Sim, verdade, dá para treinar troca de pneus e reabastecimento o tempo todo, só que simulação alguma reproduz a tensão de fazer isso numa corrida. 

 

 Apesar do resultado não ter sido o esperado, para a equipe do piloto brasileiro, o trabalho está no caminho certo. 

 

E a estratégia é a mesma coisa. Na teoria, na hora de traçar os planos bem antes da largada, tudo funciona que é uma maravilha. Só não é melhor porque não dá para combinar com o resto do grid. Garanto para vocês que cada carro tem um plano “perfeito” para ganhar a corrida, mas só um desses planos funciona. No caso de St. Pete, só funcionou o plano do Scott McLaughlin, do Team Penske.

 

Nossa estratégia traduziu o pensamento que tivemos em todo o final de semana. Sabíamos que seria uma corrida dura, um teste de resistência para todo o time e um plano conservador permitiria uma evolução paulatina. Para falar a verdade, eu acho que fui um pouco conservado demais no Qualifying, pois a pista estava muito diferente desde a última vez que tinha andado lá, em 2017.

 

Quando eu digo “diferente” não quer dizer que mudou tudo radicalmente. Você pode conhecer demais um traçado, como é o meu caso em St. Peter, onde sou recordista de vitórias, com três visitas ao Winner Circle. Só que uma mudança no asfalto aqui, uma nova zebra ali, uma leve mudança no raio de uma curva acolá – e adicione um hiato de cinco anos e um carro novo -, dá a impressão de que é outra pista. 

 

Simon e eu percebemos a mesma coisa durante a corrida, ou seja, uma turbulência grande quando a gente estava muito próximo do carro da frente. Claro que é uma coisa administrável, mas numa pista de rua, com poucos pontos de ultrapassagem, o cara da frente pode andar até mais lento do que você, mas as chances de passar são raras.

 

Sem citar nomes, que não é o caso aqui, fiquei travado várias voltas atrás de dois alguns concorrentes mais lentos. Eu andava embutido neles quase o tempo todo, mas não eles não eram lentos o suficiente para poder passar. Num certo momento da corrida, eu perdia 0s5 por volta em relação aos líderes, mesmo andando num ritmo forte. 

 

No final das contas, tivemos o fato de estarmos os dois pilotos nos pontos, conseguimos terminar nossa primeira corrida no novo formato com os dois carros recebendo a bandeirada e a equipe ganhou enormemente em termos de eficiência.

 

Vou ser honesto com vocês. A Meyer Shank Racing ainda não é uma equipe grande e isso vai levar um tempinho ainda, mas estamos no caminho certo e bem acelerados para chegar lá rapidamente, ainda neste ano, se Deus quiser.

 

Forte abraço a todos e até semana que vem.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

Valeu a pena esperar pela abertura do campeonato. Tivemos uma corrida incrível, com diferenças de estratégias que poderiam levar a múltiplas possibilidades. No final, uma disputa intensa pela liderança e a nova geração mostrando que os medalhões da categoria vão continuar sem ter vida fácil.

 

A batalha das estratégias de corrida de duas e três paradas foi um dos grandes pontos nesta abertura de temporada da IndyCar Series em St. Petersburgo. Após 100 voltas Scott McLaughlin conquistou sua primeira vitória para o Team Penske depois de lutar até a bandeira quadriculada com Alex Palou em perseguição, especialmente nas voltas finais.

 

A Corrida:

 

Scott McLaughlin conseguiu manter sua pole position e deixou Will Power para trás, enquanto Colton Herta avançava para o segundo na largada. Poucas curvas depois, Rinus VeeKay passou para terceiro enquanto Power caiu para quarto. Pato O'Ward fez uma super largada, indo da P16 para a P9! Romain Grosjean, P5, reclamou do contato de Power e mencionou que foi atingido na asa dianteira quando Power fechou a porta na curva 1.

 

 McLsughlin, largando na pole, tomou a ponta na largada, seguido por Colton Herta, que superou Will Power.

 

Com cinco voltas, McLaughlin estava 1,4s à frente de Herta, que superou Veekay, 2,5s atrás. Os três estavam em pneus macios Firestone. Will Power, o P4, era o único no top 10 com pneus duros. Marcus Ericsson tirou a P5 de Grosjean, Alex Palou estava na P8 depois de iniciar P10. Quem estava se dando mal era Simon Pagenaud, que começou na P6 e estava na P10. Pior era a situação de Helio Castroneves. Meu líder de coluna caiu da P17 para P18.

 

As tentativas de mudar a estratégia de corrida começaram quando Jack Harvey foi o primeiro a parar na volta 8. Felix Rosenqvist e Helio Castroneves foram na volta 9, quando as estratégias alternativas começam para aqueles com pontos de partida ruins. Josef Newgarden foi na volta 10, trocando os pneus macios pelos duros. Na volta 11, McLaughlin estava com 1,8s de vantagem para Herta e 4,0s para VeeKay, que perdia ritmo. Will Power, mesmo com pneus duros continuava na P4, apenas 4,4 segundos atrás do líder. Scott Dixon juntou-se à estratégia de três paradas na volta 12. O'Ward parou na volta 13. McLaughlin continuava avrindo e na volta 15 tinha 2,8s sobre Herta e 5,9s sobre VeeKay. Até que Will Power tomou a P3 go holandês. Em seguida vieram Ericsson e Grosjean. Na volta 20 VeeKay já tinha caído para a P7.

 

 Administrando bem os seus pneus macios, o neozelandês da Penske foi abrindo vantagem na liderança.

 

A volta 20 era a referência para quem iria fazer duas paradas, mas antes disso, com os pneus duros rendendo mais que os macios usados, Will Power superou Colton Herta e assumiu a P2. Apesar de estar com pneus macios e gastos, isso não parecia um problema para Scott McLaughlin, que tinha 6,1s sobre Power e Herta estava agora 8,8s distante do líder.

 

A primeira bandeira amarela com entrada do Safety Car aconteceu na volta 25, quando David Malukas deslizou na parede na saída da curva 3, bateu no muro e a corrida acabou para ele. Todos os pilotos que estavam com estratégia de duas paradas pararam na volta 27. Com tantos carros entrando nos boxes, aconteceram problemas e Marcus Ericsson deslizou para fora e em direção a Graham Rahal, que atingiu Romain Grosjean levemente. Isso rendeu uma punição ao sueco, que foi para o fundo do pelotão.

 

 Scott Dixon tentou uma estratégia de 3 paradas, tentando subir na classificação, contando com as bandeiras amarelas.

 

Alexander Rossi ficou na pista e herdou a liderança. Dixon foi para a P2, seguido por Pato O'Ward, Josef Newgarden, Pagenaud e Kyle Kirkwood. Dos que estavam com a estratégia bem definida de três paradas, Power era P14 seguido de Palou, Herta, Ericsson, Rahal e Grosjean. Rossi manteve a liderança no reinício da volta 34; Rahal tirou a P15 de Herta. McLaughlin estava sob pressão de Palou na P12. Herta retomou a P15 de Rahal e começou a pressionar Power. Rossi deixou a liderança na volta 38 quando fez sua parada e colocou pneus macios. Dixon herdou a liderança com O'Ward 0,9s atrás. Herta passa Power para P13 na volta 39. A volta 40 e Dixon assume a liderança para 1,5s em O'Ward e 2,4s em Newgarden. Newgarden para pela segunda vez na volta 42. A liderança é de 3,2s na volta 45, já que Dixon está pilotando forte. O'Ward para do P2 na volta 48. Dixon segue O'Ward e para no final da volta. A liderança foi trocando de mãos enquanto as estratégias se embaralharam até o terço final da prova.

 

McLaughlin parou na volta 65 e Palou na volta 66, retornando logo atrás do piloto da Penske. Com as coisas resolvidas na volta 69, McLaughlin liderava o grupo das duas paradas na P3, com Palou, VeeKay, Power e Herta atrás.. Dixon era o líder, mas iria parar assim como O'Ward. O mexicano parou na volta 74. Dixon na 79 para retornar na P8. McLaughlin voltou a liderar. Na volta 83 e McLaughlin tinha 2,4s sobre Palou e 6,2s em Power em terceiro. VeeKay era o quarto, 9,8s atrás, e a partir daí, Herta, Rahal e Grosjean estão todos com mais de 10s atrás.

 

 No final da prova, o campeão Alex Palou colou no líder Scott McLaughlin, mas não conseguiu tomar a dianteira.

 

Na volta 88 o retardatério Jimmie Johnson segurou o líder e Palou – companheiro de equipe Ganassi – colou no líder. As 10 voltas finais foram intensas, mas cott McLaughlin conquistou sua primeira vitória para o Team Penske depois de lutar até a bandeira quadriculada com Alex Palou a menos de 1s. Will Power terminou na P3, fechando o pódio e levando um bom resultado para a equipe Penske.

 

A próxima corrida acontece no oval do Texas, no dia 20 de março. Uma corrida longa, de 600 Km (375 Milhas) em um traçado de 1,5 milha. Quem sabe, no oval, teremos um melhor desempenho do meu colega de coluna.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Thursday, 03 March 2022 09:14 )