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Drugovich, Fittipaldi e Collet na pré-temporada da F2 e F3. E tem brasileiro na F4 espanhola PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 06 March 2022 20:49

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos corridas, mas não faltou ação para nosso jovens pilotos que sonham em chegar na Fórmula 1. Tanto na pista quanto dos bastidores.

 

A gente vai começar falando do que aconteceu fora das pistas. Com a triste guerra que está acontecendo na Europa oriental, com a invasão da Rússia no território da Ucrânia, o mundo do esporte também sofreu abalos e neste caso, os atingidos foram os esportistas russos (e por apoio na guerra, os de Belarus). As medidas se espalharam pelo mundo e por diversas modalidades, chegando à Fórmula 1, onde o Russo Nikita Mazepin, piloto da Haas, teve – inicialmente – o patrocínio retirado dos carros e da equipe e depois ele mesmo retirado da equipe, o que abriu espaço para Pietro Fittipaldi, piloto reserva da equipe e que deve ocupar o lugar de Mazepin na abertura do campeonato. Espero que permaneça por toda a temporada, mas sabemos bem que dinheiro tem falado mais alto que talento para se chegar – e permanecer – na Fórmula 1, especialmente nas equipes menores.

 

Desta vez sem confrontos, tiros, porradas e bombas (valeu Valeska), Vamos ter mais um brasileiro dando os primeiros passos fora do país. Ricardo Gracia, filho do dono do kartódromo de Birigui-SP e que disputará a F4 no Brasil também irá participar do campeonato espanhol da categoria. Ao 17 anos e com um título de campeão brasileiro de kart em 2020, Gracia vai enfrentar adversários duros em pistas de alto padrão como as de Barcelona, Aragon e Jerez na Espanha e a categoria também irá à Portimão e Spa-Francorchamps.

 

 

O autódromo de Sakhir, no Bahrain recebeu os pilotos e equipes da Fórmula 2 e Fórmula 3 para três dias de treinos. Esta foi a primeira das duas sessões de treinos que as duas categorias realizarão neste circuito do Emirado Árabes e onde irá acontecer a abertura dos respectivos campeonatos. Três brasileiros estarão envolvidos nas disputas. Na Fórmula 3, Caio Collet continua na MP Motorsport e com o apoio da academia de jovens talentos da Renault. Na Fórmula 2, Felipe Drugovich retornou à MP Motorsport e Enzo Fittipaldi, recuperado do acidente sofrido na Arábia Saudita no ano passado, reassume o carro na equipe Charouz.

 

Testes da Fórmula 3.

No primeiro dia de testes, Nosso representante não consegui andar entre os mais rápidos. Evidente que cada equipe vai para estes testes pré-temporada com um programa de experimentos que nem sempre são semelhantes as das outras equipes. No primeiro dia, pela manhã, Caio Collet marcou o 20° tempo entre os 29 pilotos que foram para a pista. O tempo de 1m49.036s foi 1s e 31 milésimos mais alto que o de Arthur Leclerc, da Prema. Na parte da tarde, os tempos melhoraram e o brasileiro marcou o 18° tempo, com 1m48.948s, mas foi 1s 334 milésimos mais lento que o tempo de Zane Maloney, da equipe Trident.

 

 

No segundo dia Caio Collet mostrou progressos. Apesar de seu companheiro de equipe, Alexander Smolyar continuar sendo o mais rápido entre os pilotos da MP Motorsport, os tempos do brasileiro continuaram melhorando e pela manhã ele marcou 1m48.140s, ficando com a P13, sendo 624 milésimos mais lento que Isack Hadjar, o mais rápido. Na parte da tarde, vento e areia pioraram a condição de pista e os tempos subiram. Caio Collet melhorou na tabela, ficou com o 7° melhor tempo, com 1m48.953s, 703 milésimos mais lento que o rival direto, agora na equipe Art Grand Prix, Victor Martins. No terceiro e último dia a manhã mostrou os pilotos (talvez) mostrando algo mais e Caio Collet ficou com a quarta melhor marca, com 1m.47.782s, 535 milésimos mais lento que Isack Hadjar e pela primeira vez, superando Alexander Smolyar, um dos companheiros da MP Motorsport.

 

Testes da Fórmula 2.

Na Fórmula 2 a esquadra brasileira teve uma baixa: após três anos na categoria, Guilherme Samaia não deve disputar a temporada 2022. A boa notícia foi a volta de Enzo Fittipaldi, recuperado do grave acidente sofrido na Arábia Saudita, para assumir um dos lugares na equipe Charouz. Felipe Drugovich, de volta à MP Motorsport vem com um carro de “nova cara” e um patrocinador estampado além do seu nome.

 

 

No primeiro dos três dias de treinos Felipe Drugovich já chegou acelerando forte e marcou o segundo melhor tempo na sessão da manhã, com 1m44.910s, 388 milésimos mais lento que Liam Lawson. Enzo Fittipaldi fez um grande treino e ficou com a P12, fazendo sua melhor volta em 1m45.617s, 1s e 65 milésimos mais lento que o primeiro colocado. No treino da tarde/noite os tempos baixaram consideravelmente. Felipe Drugovich fez sua melhor volta em 1m43.590, sendo este o 6° melhor tempo, mas a diferença para o tempo do primeiro colocado, Jehan Daruvala, que marcou 1m42.074s foi impressionante. Enzo Fittipaldi continuou andando bem e marcou o 8° tempo do período, com 1m43.946s.

 

No dia seguinte, a pista amanheceu muito suja, com bastante areia e isso comprometeu os treinos onde os pilotos partiram para fazer “long runs”, mais preocupados em analisar dados do que em quebrar cronômetros. Júri Vips foi o mais rápido e o único a virar na casa de 1m46s. Enzo Fittipaldi fez o 4° melhor tempo, mas muito longe, com 1m48.889s. Felipe Drugovich foi apenas o 12 com 1m49.442s. Já a parte da tarde, com pista limpa e carros bem leves os tempos desabaram. Felipe Drugovich marcou sua melhor volta em 1m42.273s, mas ficou apenas em 8° e distante 650 milésimos do tempo de Liam Lawson. Enzo Fittipaldi fez somente o 16° tempo, mas ficou a 466 milésimos de Felipe Drugovich.

 

 

No último dia de treino a pista os pilotos foram para o treino correndo contra o tempo como nunca. Havia uma previsão de tempestade de areia para a parte da tarde. A pista, como de costume, estava suja pela manhã mas foi Felipe Drugovich o piloto a virar mais rápido, com 1m44.911s. Enzo Fittipaldi e seu novo companheiro de equipe, Cem Bolukbasi viraram na casa de 1m49s, bem distantes dos mais rápidos, mas em 11 dias saberemos quem estava mostrando seu verdadeiro potencial.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.