E aê Galera... agora é comigo!

O final de semana teve corrida com público e churrasco em volta da pista de Santa Cruz do Sul (mas duvido que no padrão do novilho no rolete que meu Compadre preparou para celebrar meu aniversário), com quatro corridas da Copa Truck, a categoria dos caminhões gourmet, que fez sua primeira e sua segunda etapa, com cada uma das rodadas duplas – uma no sábado e outra no domingo – além de termos a abertura da GT Sprint Race.

Como a Copa Truck resolveu fazer duas etapas em um mesmo final de semana, tivemos o dobro da ação e uma mudança importante fora da pista: a direção de prova ficou com o amigo do Adoniran Barbosa, o Ernesto! Mas ele, o PIROCA (sim, esse é o sobrenome dele), estava lá em Santa Cruz do Sul, mas como Comissário Desportivo. Na pista, faltou o campeão da temporada 2021. André Marques! O campeão saiu por cima, vendeu a equipe para Roberval Andrade e agora é torcedor e fã como a gente. Galera, antes que minha editora, Chica da Silva, a Rainha da Bahia, venha me passar sermão por causa de textão, vamos falar das corridas.

Na corrida 1, fui assistir pela internet, pelo Portal Highspeed, do meu camarada Pedro Malazartes, que escondeu seu penteado ‘boi lambeu’ debaixo de um boné e o seu narrador, o Urso do Cabelo Duro. Beato Salu fez uma largada fera, assim como Wellington Cirino. Beto Monteiro dormiu na mandioca e ainda levou um chega pra lá do Beato Salu, caindo para a P6. Quem também fez uma largadaça foi o Dr. Smith, que mostrou que pilotar caminhão é a sua, aproveitando-se do enrosco dos caminhões da VW para assumir a P2 e fechar a primeira volta. O pernambucano recuperou uma posição e subiu pra 5°. Cena surreal: aquele piloto do caminhão de sucata que derramava óleo no ano passado, mesmo se dizendo “ecológico”, agora com um caminhão comprado, manteve o amadorismo e na terceira volta perdeu um pneu traseiro! Ficou manco em 5 rodas enquanto o traseiro esquerdo externo pulou a cerca e foi parar no mato. Enquanto Wellington Cirino abria vantagem na frente, sem ser ameaçado pelo Dr. Smith, Beto Monteiro foi pra cima e recuperou as posições em cima de Danilo Dirani e do Beato Salu, que ficou segurando Dirani e Roberval Andrade – sem Corinthians – que aproveitou um vacilo do Dirani e tomou a P5 no final da reta.

Beato Salu segurava Roberval enquanto Beto Monteiro tirou a diferença para o Dr. Smith. Danilo Dirani teve problemas e – pela grama – tentou levar seu caminhão para os boxes. Roberval Andrade conseguiu, depois de muita briga, passar o Beato Salu. Na primeira não deu, mas na segunda na segunda que Beto Monteiro ficou lado a lado com o Dr. Smith, o piloto do IVECO não conseguiu segurar. Comédia da corrida, os caminhões da ‘equipe-improviso’, que também corria de sucata no ano passado, tanto pai quanto filho tiveram a porta aberta durante a corrida. O filho foi a do carona, o pai a do seu lado. Wellington Cirino venceu de ponta a ponta, com autoridade de dono de equipe.

Depois do balé do bebum perneta para fazer a inversão do grid, a primeira fila ficou com a Muié do Dono e Regis Boessio (é BOESSIO, não é BOESEL, Urso do Cabelo Duro! Presta atenção nas paradas.). A largada foi atrasada porque “os caminhões da turma do improviso” foram ficando pela grama, teve gente indo para os boxes e com o caminhão fervendo... e o tempo foi passando. Na largada da corrida 2, Boessio ignorou a Muié do Dono e tomou a ponta. Beato Salu fez uma largada de dragster e tomou a P2. Depois disso, foi só confusão. Roberval Andrade botou o Dr. Smith para fora da pista. Beto Monteiro saiu sozinho e, na tentativa da volta, assustou Fabiano Cardoso, que foi na grama por dentro, foi na grama por fora e acabou rodando e provocando uma batida de frente com Roberval Andrade e o Pe Jota comprou pronto. Parecia engavetamento de meio de rua.

Com pedaços de caminhão por toda a curva e a pista lavada de óleo e fluidos, o amigo do Adoniran Barbosa – o Ernesto – diretor de provas, foi forçado a colocar o Safety Truck na pista, mas simplesmente acabou com a corrida. Era a primeira volta e a corrida tinha 20 minutos de duração. A corrida tinha que ter sido interrompida com bandeira vermelha, mas – provavelmente – por conta da corrida estar sendo transmitida ao vivo tanto na Band como em um dos canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...) ficaram tentando limpar a pista antes do tempo acabar. A equipe salvou a pista para 2 minutos finais de insanidade e o Beato Salu – possuído – passou Boessio onde ninguém passa ninguém pra tomar a ponta. Foram apenas duas voltas de bandeira verde e o Beato Salu segurou a liderança. Mas quem terminou o dia na liderança do campeonato após as corridas do sábado foi Wellington Cirino.

No domingo, etapa nova e desta vez eu fui prestigiar o meu camarada e melhor narrador de corridas do Brasil, o Sinestro, que teve que aturar o Prosdócimo como comentarista. A pista molhada levou o Ernesto, o amigo do Adoniran Barbosa e diretor de prova a determinar que a largada fosse em fila indiana e atrás do Safety Truck. O grid ficou sem vários dos acidentados nas corridas sábado.

Na bandeira verde, Wellington Cirino e Beato Salu tentaram ocupar o mesmo espaço no mesmo instante de tempo e com caminhões isso é complicado. Os dois ficaram com os caminhões avariados. Melhor para Roberval Andrade que tomou a liderança na curva da Bota. Salu foi advertido pelos ‘comissacos’ e Beto Monteiro, seguido de Regis Boessio, vieram na Balada. Cirino caiu pra 5°. Não demorou pra Beto Monteiro enfiar a mandioca no Beato Salu e tomar a P2 enquanto Cirino apertava Boessio. Dr. Smith vinha na P6. A briga pela ponta estava boa, com Salu tendo uma folga na P3 e Regis Boessio segurando Wellington Cirino e Dr. Smith, numa pilotagem espetacular do piloto gaúcho. Beto Monteiro tentou de tudo para tomar a liderança, mas nos 5 minutos finais, Roberval Andrade conseguiu uma vantagem tranquila sobre ele pra receber a quadriculada.

Como acontece nas categorias que tem o “dedo do Midas”, Carlos Col, tivemos o balé do bebum perneta pra fazer a inversão do grid e com as baixas das corridas do sábado e os avariados largando lá trás, os ocupantes da primeira fila eram a Muié do Dono na P1 e o ex-rei da sucata na P2. Detalhe para alguns caminhões colocando rodas na grama – molhada – pra resfriar os pneus. Como a pista secou, o amigo do Adoniran, o Ernesto, determinou a largada de forma normal, com as filas formadas e os caminhões dois a dois. Tinha tudo pra dar problema (o advérbio de modo não era bem esse...). E deu! Os dois da primeira fila foram engolidos e não apenas atrapalharam a largada, provocaram uma batida generalizada na curva 1. Quem escapou se deu bem e Wellington Cirino tomou a ponta, com Beto Monteiro na P2 e um beneficiado Danilo Alamini na P3. O ex-rei da sucata caiu pra P10 e a Muié do Dono além de bater, rodou e caiu pro fundão do pelotão. Cirino e Monteiro fugiram na liderança enquanto Alamini segurava todo mundo na P3 até que o Beato Salu fez seu milagre e tomou a posição. Diferente da corrida 1,  onde aliviou nas voltas finais, na corrida 2 Beto Monteiro bateu com a mandioca no líder Wellington Cirino, não dando sossego para o piloto do Mercedão, mas teve que se contentar com a P2. O Beato Salu foi o 3°.

No domingo, antes das corridas da Copa Truck, o pessoal da Sprint Race encarou chuva e pista molhada enquanto eu continuava a comemoração do meu aniversário com um novilho no rolete e chopp trincando para ter a companhia do meu camarada, o Sinestro e o operador de serra elétrica, Marcelo, nos comentários. Só que, na transmissão do youtube, não era o Sinestro quem estava narrando e não tinha comentários. Não apareceu o nome do substituto nos créditos. Os 20 carros deram 3 voltas para aquecer como puderam os pneus antes da bandeira verde. A coisa já complicou na curva 1 com dois carros rodando, mas os demais pilotos escaparam de bater nos atravessados. Rafa Teixeira tomou a ponta. Na categoria PROAM  o líder era Dudu Trindade e na AM Giovanni Girotto.

Enquanto o líder abria vantagem, seguido de Dudu Trindade, a briga estava boa na AM, com Walter Lester tomando o lugar de Girotto. Quem vinha numa corrida de recuperação, depois de largar no final do pelotão, na P15, era Ricardo Sperafico, enquanto Giovanni Girotto recuperava a posição em cima de Walter Lester. Faltando 6 minutos para o final, Sperafico já era o P3 e estava a menos de 2 segundos de Rafa Teixeira. Dudu trindade foi cabeça e deixou o pessoal da PRO – Ricardo Sperafico e Rafa Dias – passar sem brigas. Sendo ele da PROAM, não seria ameaçado pelo Antônio Junqueira, 10s atrás na P6. Na descida para a curva da bota, Ricardo Sperafico tomou a ponta faltando um minuto e meio pro fim da corrida. Na ultima volta, Rafa Teixeira tentou recuperar a liderança, mas o experiente Sperafico se defendeu bem para receber a bandeirada em primeiro. Rafa Teixeira e Rafa Dias completaram o pódio. Dudu Trindade venceu na PROAM e na AM, Walter Lester recuperou a liderança no final.

Pra corrida 2 a transmissão começou com o VT as corrida 1, essa com o Sinestro na narração e o Motoserra nos comentários. Daí a gente descobre que nas 3 voltas atrás do Safety Car o cronômetro já estava na regressiva, por isso a largada em fila indiana e que o narrador era o daquele site “Churumello”, os “Desacelerados”. Tudo explicado! Acabou o VT e já emendaram a largada da corrida 2 (com mais água na pista). O pole, Thiago Camilo segurou o pelotão e o pessoal de trás teve que segurar. A coisa complicou e teve panca feia na largada. O amigo do Adoniran Barbosa, deixou a primeira volta seguir até antes da chegada na reta, onde o Safety Car esperava pelo líder, Thiago Camilo. Pista limpa, corrida retomada, Ayrton Chorne tentou tomar a ponta, mas o experiente piloto da Stock Car. A disputa durou pouco. O Safety Car voltou pra pista com Brendon Zonta atravessado na curva da Bota. Essa foi mais rápida e, na retomada, Chorne atacou forte novamente. Adalberto Batista parou no miolo e o Ernesto voltou a botar pra fora o Safety Car. A corrida foi retomada com 4 minutos pro final e dessa vez Ayrton Chorne superou Thiago Camilo pra ganhar a ponta. Sergio Ramalho veio em 3°. Na PROAM o líder era Rafa Seibel e Giovanni Girotto liderava a AM. Thiago Camilo veio buscar a ponta e Ayrton Chorne acabou errando, na volta pra pista deu de porta com Camilo e isso o levou para o muro. Lance de corrida, Thiago Camilo reassumiu a ponta, mas brigou muito pra segurar Sergio Ramalho e Rafa Dias e nesta sequência, separados por pouco menos de 1 segundo, receberem a bandeira quadriculada. Rafa Seibel venceu na PROAM e Giovanni Girotto na AM.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Quando a coisa é feita do jeito certo, a gente tem que elogiar. Alguém deu um aperto no Chucky, o Brinquedo Assassino, assessor de imprensa dos caminhões gourmet e o site tá cheio de notícias. Pelo visto, o Midas e a Vanda (com V), costumam ler a minha coluna!

- Por falar em coisas gourmet, o pessoal da Porsche fez uma “pré-temporada” no autódromo de Interlagos para os pilotos tomarem contato com o novo carro da categoria, o 992 (a Porsche deve estar preocupada. Só faltam mais 7 números pra acabar os 900 e alguma coisa). Mas o calendário da categoria para este ano, nada!

- Temos um novo colunista no site: o Conde Drácula! Meu Jesus Cristo (a expressão com três palavras não era bem essa...) onde é que vocês arranjam esse pessoal? Vi a novidade na segunda, já tarde da noite (deve ser o horário que ele escreve). O texto é bom! Sacanagens (nesse contexto, pode, né, Chica?) à parte, seja bem vindo Vlad!

- Como estava celebrando meu aniversário neste final de semana passado, não deu tempo de ficar prestando atenção em muita bobagem (o advérbio não era bem esse...) que o pessoal falou nas transmissões, mas o Urso do Cabelo Duro ficar chamando o Regis Boéssio de “Regis Boesel” foi duro de aturar (o aposto não era bem esse). Malazartes, isso é pior que os ‘P’ mudos pronunciados. Dá um tapão na orelha dele.

- Por falar em tapões, eu estarei em Goiânia no próximo domingo para a abertura da Stock Car. Vai uma galera aqui de Palmas e eu pedi pro Compadre providenciar a compra de dois passas VIP pra gente circular nos boxes e paddock. Tropeço, Chucky, coleguinhas da “imprensa especializada” em geral e Nhonho em particular. Não vejo a hora de ver vocês! HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar