Olá leitores!

Como estão? Espero que bem, e tenham aproveitado bem o tempo em companhia de suas respectivas mães. Algumas ficaram muito felizes (como a mãe de Max Verstappen) e outras foram muito xingadas (como a do Alonso e a do Logano), mas de qualquer maneira no esporte a motor as mães não passaram incólumes nesse domingo.

O WEC foi até a floresta das Ardenas para realizar as 6 Horas de Spa-Francorchamps, estreando o conjunto Eau Rouge/Raidillon remodelado, reproduzindo em escala menor o traçado que a fez famosa e não aquela quase reta dos últimos tempos. Nas Ardenas chove, e esse sábado choveu muito, tanto que as 6 horas de corrida renderam apenas 103 voltas realizadas pelo Toyota vencedor, o carro #7 de Kamui Kobayashi/José-Maria Lopez/Mike Conway, que recebeu a bandeirada 27 segundos na frente do Alpine #36 de André Negrão/Matthieu Vaxivière/Nicola Lapierre, que terminou em 2º lugar. O pódio da Hypercar ficou completo com a equipe do Glickenhaus #708, que nos treinos conseguiu sua primeira pole position. Na LMP2 Felipe Nasr correu com o carro #5 da Penske, em companhia de Dane Cameron e Emmanuel Collard, e terminou numa boa 4ª posição na categoria e 6º na geral, fazendo um excelente trabalho no stint final.

A Fórmula Um foi até Miami fazer sua corrida inaugural naquela cidade, numa pista de rua construída nas cercanias do impressionante estádio do Miami Dolphins. Essa proximidade levou ao inusitado “presente” aos pilotos que subiram ao pódio: um capacete de futebol americano. Claro que por ser a corrida inaugural em Miami houveram capacetes comemorativos, sendo que o mais incomum foi o do Lando Norris, com a pintura emulando uma bola de basquete. Talvez não tenha trazido sorte, já que ele foi praticamente arremessado pra fora da pista por Pierre Gasly, que abriu muito na curva 8 e voltou de maneira despreocupada, atingindo a roda traseira do Lando. Mas talvez nada tenha sido tão incomum quanto a marina falsa construída no interior da pista. Sim, sabemos que Miami não é o lugar dos EEUU para se procurar por bom gosto, mas também não precisavam avacalhar... A corrida não foi das melhores, apesar do traçado da pista ser bem interessante, talvez a zona de DRS da reta principal possa ser ampliada em eventos futuros. Mostrando que nesse momento efetivamente a Red Bull possui um carro superior ao da Ferrari, não apenas em velocidade de reta, Max Verstappen venceu mais uma vez, tendo passado boa parte da corrida com uma confortável vantagem sobre Charles Leclerc, que não conseguiu converter a pole position em vitória justamente por conta do carro da Ferrari, nesse momento, ser razoavelmente inferior ao da Red Bull em ritmo de corrida. Em uma volta lançada, ótimo, mas na corrida... Acompanhando o vencedor Verstappen e o segundo colocado Leclerc esteve Carlos Sainz Jr., que conseguiu se recuperar de um mau treino na sexta-feira para um sábado e um domingo bem decentes, na medida do que o carro permite. Segurou bem as investidas do Sergio Pérez no final, deixando o mexicano na 4ª posição, adiante dos 2 carros da Mercedes em 5º e 6º, com Russell na frente de Hamilton, que parece estar mais preocupado com suas joias do que com a tentativa de entender o comportamento do carro dessa temporada. Enquanto isso, o companheiro de equipe mais uma vez colocou o “Patrão” no bolso... Excelente resultado para a Alfa Romeo, com Bottas em 7º.

A NASCAR foi até uma das mais tradicionais pistas do calendário, Darlington, para a tradicional etapa em que os pilotos correm com pinturas relativas ao passado, realizada neste domingo. A corrida em si não foi das mais emocionantes, mas realmente deu o que falar após a bandeirada. Primeiro estágio vencido por Joey Logano, o segundo por Ross Chastain, que estava com um carro muito rápido e já tinha sido o 2º no primeiro estágio. Tudo indicava que teríamos mais desperdício de alimento na comemoração do Chastain... felizmente não foi esse o caso, já que o Homem da Melancia perdeu o controle do carro em uma ondulação da pista na saída da Curva 2 quando disputava a liderança da prova e foi parar sozinho no muro interno da pista. Darlington tem a fama de ser uma pista difícil, e a fama se justificou com uma série de acidentes, inclusive um que levou a dupla narrador e comentarista da transmissão tabajara a ficarem discutindo qual seria o tamanho de um “Big One”... segundo o comentarista, intelectualmente comparável ao Logano, Big One é a partir de 12 carros... então em Darlington provavelmente tivemos um “Mid One”, já que “apenas” 9 carros se envolveram no mesmo acidente. É, o mundo das narrações esportivas na República Sebastianista da Banânia, após ir de mal a pior, repetiu o ciclo... Ó vida, ó dor, ó sofrimento... e já que falamos em Logano, ele andou comportado por algum tempo, mas nesse domingo voltou a ser o que é na realidade. Na relargada ocorrida na volta 286, William Byron acabou encostando o carro na criatura, e por conta de um toque lateral a criatura do carro 22, que lá naquela ervilha seca que ele chama de “cérebro” se considera o herdeiro espiritual do Dale Sr., se achou no direito de arremessar o Byron no muro, numa manobra absolutamente desnecessária, mas que ao final da corrida ele tentou de todas as formas justificar como legal e necessária. Talvez tenha convencido o troglodita padrão que torce pro Logano, mas a desculpa foi mais furada que peneira e definitivamente a reação foi maior que a ação anterior. Loganus venceu a corrida, mas aposto que as chances dele não ir muito adiante nos playoffs é bem real. Pena que o Matt Kenseth não esteja mais nas pistas para jogar novamente o #22 no muro, ele merece. Com os danos do contato, Byron terminou apenas em 13º lugar. O 2º lugar ficou com Tyler Reddick, que se aproveitou bem das confusões alheias para mais um bom resultado. A 3ª posição ficou com Justin Haley, o 4º lugar com Kevin Harvick e o Top-5 se encerrou com Chase Elliott.

Até a próxima!

Alexandre Bianchini