E aê Galera... agora é comigo! O final de semana teve pouca atividade no cenário nacional. Deveria ter acontecido (inicialmente essa era a data) mais uma etapa do campeonato mais gourmetizado do Brasil, a Porsche Carrera GT3, Challenge, Cup, sei lá mais o quê. Mas mudaram a data para junho. Não seria por falta de carro alemão que a gente iria ficar sem corridas neste final de semana: dentro da programação do Autódromo Internacional de Interlagos tivemos a abertura da temporada 2022 do Mercedes Benz Challenge, competição que – como comentei na semana passada – vai voltar a correr em outros autódromos pelo país, com transmissão pelo canal Bandsports, tendo a celestial e poderosa narração do Filho Deus do Egito e os comentários de 10 anos de idade Rafa Costa (é sério isso? Já vão perverter o menino pra esse caminho sem volta? Vai ter denúncia de trabalho infantil? Alguém chamou o Conselho Tutelar?). As duas corridas aconteceram no domingo e na primeira, a pole da categoria CLA45 AMG foi de Gerson Campos (eu também corre na GT Sprint Race), tendo ao seu lado Fabio Lemans na categoria C-300S a pole foi de Vithould Ramasauskas que teve ao seu lado Rodrigo Detilho. Somando as duas categorias eram 33 carros no grid. Na largada lançada, Gerson Campos largou bem e contornou o “S” da Sadia na frente. O P2 não fez jus ao sobrenome e tomou dos pilotos da segunda fila, com César Fonseca tomando a P2 e Fernando Junior a P3. Todos passaram de boa no “S” da Sadia, coisa que o pessoal da Stock Car não consegue fazer. Na freada pra curva do lago o líder errou, perdeu a curva, cruzou a pista desgovernado, indo sair pela área de escape. César Fonseca (e quem vinha atrás) agradeceu, Fabio Lemans retomou a P2 e foi pra cima do líder. Vindo de trás, Betão Fonseca vinha escalando o Pelotão. Na C300, Vithold Ramasauskas era o líder, com Marcos Índio na P2. César Fonseca vinha controlando bem os ataques de Fabio Lemans. Mais atrás, Fernando Jr vinha segurando Adriano Rabelo enquanto Betão Fonseca ia chegando nos dois. Em um vacilo na entrada do pinheirinho, Fabio Lemans tomou a ponta. As melhores disputas aconteciam na C300, com algumas situações de 3-wide, mas ninguém atacando o líder. Fabio Lemans passou e abriu uma vantagem tranquila para César Fonseca. Betão Fonseca não conseguiu encostar em Adriano Rabelo. Fabio Lemans venceu com folga no final, tendo César Ramos e Fernando Jr. fechando o top-3 da CLA45. Na C300, mais uma vitória de Vithold Ramasauskas. Destaque para o comentarista mirim, que mandou melhor que o Dr. Smith, e o rei da babação do patrocinador do Brasileiro de Endurance. Meio dia, ao vivo no Bandsports, tivemos a corrida 2, com grid invertido nas 6 primeiras posições em cada uma das categorias. Betão Fonseca, que caiu pra P6 no final, ficou com a pole da CLA45 AMG e Cauê Barud com a pole da C-300S. Na primeira tentativa abortaram a largada por má formação do grid. Na segunda volta de apresentação, um carro ficou no meio da pista na descida do lago e outro parou na área de escape do mergulho. Com isso, o tempo foi contando (as corridas são de 12 voltas ou 30 minutos) e as voltas também. A largada aconteceu após 10 minutos de tempo de prova. Desses vez tivemos confusão no “S” da Sadia e a maior vítima foi o vencedor da corrida 1, Fabio Lemans, tocado por Roger Sandoval. No final da reta oposta, foi Adriano Rabelo quem saiu da pista. Logo depois, Vini Azevedo saiu no laranjinha e aí o diretor de prova teve que botar pra fora o Safety Car. Metade do tempo de prova e nem uma volta efetiva de corrida. A bandeira verde veio com 18 minutos de corrida e Elias Azevedo, aparentemente, passou Betão Fonseca antes da bandeira verde. Aparentemente ele devolveu a posição na saída do “S” da Sadia, mas acabou superado também por César Fonseca, Fernando Junior e Gerson Campos. Betão Fonseca abriu vantagem e deixou a briga pra trás, com seu irmão na P2. na C-300 a briga era de Nezio Monteiro, Vithold Ramasauskas e Alexandre Navarro. César Fonseca escapou no “S” da Sadia, rodou e bateu de ré na barreira de pneus. No final da reta oposta, Gerson Campos bateu com Rafael Mascarenhas e o Safety Car teve que voltar pra pista, faltando 4 minutos para o fim da prova. Vithold Ramasauskas já era o líder da C-300. Na CLA45, os três primeiros eram Betão Fonseca, Fernando Jr. e Elias Azevedo. A corrida terminou em bandeira amarela. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Evidente que é inevitável falar do presuntinho quando tem corrida em Mônaco. O problema é quando começam a distorcer a verdade. - Estou desconfiado que o Matuzaleme ta bebendo o mesmo chá de cogumelos alucinógenos que o Dr. Smith. Perguntam pra ele alface e ele responde cebola. - Desta vez a TV em Palmas tirou os desenhos do Pokemon e seus genéricos para colocar a pré-hora de uma hora na íntegra. E o melhor: não teve a participação do Arrelia Jr. e da Chapolim Colorada. - A Cadeiruda Pererê arranjou um patinete adaptado (era do Enzo Fittipaldi) para circular pelo paddock. É muito desespero pra não perder a boquinha. O Jornalista Matador ta dando um banho de competência. Ele só tem que ser mais “entrão” no approach aos entrevistados. - Muito louvável a Band fazer uma pré-hora e uma pós-hora (de 10/15 minutos) da corrida, mas deviam se inspirar no Sky Sports para ter mais conteúdo e menos abobrinha (o aposto não era bem esse...). - Alguém devia mostrar para esse pessoal da F1 Nutella os VTs dos GP de 1972 e 1984 em Mônaco... ou mesmo o a corrida da Turismo Nacional em Cascavel este ano. - Alguém pode explicar para o Caprichoso que a Fórmula Regional Europeia não é a Fórmula 4 europeia? Quem sabe ele para de falar essa bobagem (o advérbio não era bem esse... e outras ele continuará falando) pra bajular o Barrichello. - A pérola da narração foi quando ele falou “esse trecho está completamente seco...” era o túnel! O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com três palavras não era bem essa...) foi ouvido num raio de 5 km. - Após a Fórmula Nutella, troquei de canal para a grande narração da Indy 500 na TV Cultura, que teve uma pré-hora de conteúdo, uma excelente narração com o Alexi Lalas e os precisos comentários do Taquara Rachada receberam um upgrade com a convidada para a transmissão, Bia Figueiredo, que foi perfeita nos comentários e no timing para entradas. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |