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Depois de Indianapolis, Detroit / Uma Indy500 como deve ser PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 01 June 2022 22:08

Olá amigos, tudo bem?

 

Quero começar a coluna de hoje cumprimentando a equipe Ganassi pela grande performance na Indy 500, no domingo passado, em especial o vencedor Marcus Ericsson e o meu amigo Tony Kanaan, que chegou em 3º.

 

Obviamente que adoraria estar aqui comemorando a quinta vitória no Indianapolis Motors Speedway, mas estou feliz porque a Meyer Shank Racing completou as 200 voltas de forma robusta e competitiva. E não estou falando só de mim, mas dos dois carros da equipe.

 

Como falei na semana passada, já havíamos alcançado um acerto muito bom para a corrida e encontrado uma solução para a questão da velocidade, que tanto fez falta no Qualifying. No Carb Day, na sexta-feira,realmente a performance foi melhor, mas apesar de todo o trabalho que eu e o meu engenheiro fizemos até o último treino, a velocidade ainda não era aquela que precisávamos.

 

Se vocês me perguntarem o que aconteceu para esse déficit, a resposta mais honesta que posso dar é: não sei. Enquanto estou escrevendo, ainda estamos investigando. Apesar disso, fui para a corrida com muita confiança por um bom resultado e com uma estratégia muito bem definida, tendo em vista que estava largando em 27º. Era preciso muita cautela para não se envolver em confusão nas primeiras voltas e estar entre os 15 primeiros quando a corrida atingisse 100 voltas.

 

 

Para as 50 voltas finais, precisaria estar no Top 10 e aí partir com tudo. Tudo isso, é claro, contando com ótimo trabalho no pit nas seis paradas programadas. Fui bem conservador no stint inicial. Na volta à pista, após meu primeiro pit, na volta 36, passei a andar em 18º antes do primeiro Safety Car, provocado pelo acidente do Rinus Veekay, na 38ª volta.  

 

Quando o Callum Ilott bateu na volta 69, eu estava em 18º e fiz o segundo pit na volta 72. A partir daí, até o terceiro pit (volta 106), fiquei em 14º, quando o Romain Grosjean bateu. Ou seja, estava cumprida a segunda meta.Na segunda metade da prova, fui avançando e completei a 150ª em 9º lugar. Fiz minha quarta parada (volta 146) ainda sob bandeira verde, pouco antes de o Scott McLaughlin bater.

 

Aí, até o fim, fui andando forte e assumi a7ª posição logo na última relargada, após a bandeira vermelha provocada pelo Jimmie Johnson. Cruzei a linha de chegada em 7º e o meu companheiro de equipe, o Simon Pagenaud, logo a seguir. 

 

A evolução do 27º para 7º foi possível porque todo mundo trabalhou de forma perfeita e, vou ser honesto com vocês, se tivesse um pouco mais de velocidade, estaria ali no bolo nas últimas três voltas. De qualquer maneira, seria muito difícil vencer os pilotos da Ganassi, pois eles tinham de sobra o que estava faltando para mim.

 

No todo, foi uma jornada muito feliz em Indianapolis. Como vencedor do ano passado, meu rosto estava por todos os cantos da cidade, dei uma infinidade de jornalistas e recebi muitas homenagens que me emocionaram bastante.

 

Para completar, depois dos anos de ausência por causa da pandemia, meus pais puderam estar comigo novamente na Indy 500, ao lado da minha irmã e meus sobrinhos. Foi muito legal.

 

Mas foi um resultado muito bom, diante das circunstâncias, e agora estou seguindo para Detroit, local da próxima corrida do NTT IndyCar Series, no domingo agora, a partir das quatro e meia da tarde (horário do Brasil), com transmissão da TV Cultura e da ESPN/Star+.

 

É isso aí. Até semana que vem e muito obrigado pela torcida.

 

Helio Castroneves

 

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br

 

 

Olá Amigos,

 

Meu Deus, que espetáculo maravilhoso foi esta 106ª edição da Indy500! Inicialmente tivemos a sorte e a felicidade te termos pista seca ao longo de todo domingo, mesmo o céu estando com muitas nuvens, não havia perspectiva de chuva.

 

A presença do público foi outro grande espetáculo: havia uma perspectiva de que seria possível chegar perto do número conseguido em 2019, antes da pandemia, com 320 mil pessoas presentes no IMS, mas a venda de ingressos “acelerou forte na saída da curva 4” e cruzou a brickyard lane com um público recorde de mais de 340 mil espectadores presentes.

 

A corrida foi um espetáculo de estratégia e foi arrebatadora em emoções até o último momento. Não vou aqui contar o que todos viram (porque eu acredito que todos que lêem minha coluna viram) como as coisas aconteceram nas 200 voltas da corrida. Assim, vou começar pelo fim, dado os parabéns à Chip Ganassi e sua equipe de engenheiros, mecânicos e pilotos pelo grande trabalho feito ao longo do mês de maio para chegarem no domingo com seus carros e pilotos na condição de favoritos e carros a serem superados.

 

  

Com extrema supremacia, os carros da Chip Ganassi Racing lideraram mais de 85% da corrida, fosse com Scott Dixon, Alex Palou e – no final – Marcus Ericsson. O improvável piloto sueco, que fez carreira na Europa e que saiu da Fórmula 1 longe dos holofotes teve a chance da vida depois que seus companheiros de equipe tiveram problemas nas paradas dos boxes. Primeiro foi Alex Palou, que entrou nos boxes em bandeira verde e logo em seguida uma bandeira amarela perlitiu que todos os demais entrassem e ele saísse da disputa pela liderança. Depois foi a vez de Scott Dixon, que parecia ter a corrida sob seu total controle e, em uma parada desastrosa, viu as chances de vitória desaparecerem em seu aeroscreen.

 

 

A corrida ficou então para o terceiro piloto da equipe, o sueco Marcus Ericsson, que tinha feito uma boa classificação e vinha andando entre os primeiros durante toda a corrida. Ele tinha uma boa vantagem para seu perseguidor mais próximo, Pato O’Ward, que nas 15 voltas finais não parecia ter como se aproximar o suficiente, apesar de estar com uma média de velocidade cerca de meia milha por hora mais rápida que a do piloto da Ganassi. A questão é que ele não tinha uma hora, sequer 30 minutos, para encurtar a distância e conseguir pegar o vácuo do carro do líder... até que veio uma bandeira amarela!

 

 

O acidente de Jimmie Johnson na curva 2 – local onde praticamente todos os problemas de pista aconteceram – fez surgir a bandeira amarela quando faltavam apenas seis voltas para o final. A direção da corrida acionou a bandeira vermelha pouco depois, levando os carros para o pit lane e paralisando a prova com 4 voltas restantes para serem completas as 500 Milhas. O chamado “fogo amigo” poderia ter ferido de guerra mortalmente a equipe e o líder da corrida, que teria os adversários colados em sua traseira quando viesse a relargada.

 

 

Dito e feito, os carros foram para a pista e deram duas voltas atrás do Safety Car antes da ser dada a bandeira verde. Pato O’Ward, como era de se esperar, lançou-se com tudo para buscar a liderança, seguido de Tony Kanaan, piloto brasileiro, já vencedor da Indy500, que integrava o “exército da Ganassi” e que também vinha fazendo uma excelente corrida, andando sempre entre os 10 primeiros. Marcus Ericsson se defendeu de todas as formas, mudando sua linha nos trechos retos mais longos para dificultar o trabalho de Pato O’Ward. Ele conseguiu escapar do ataque mortal do mexicano por três retas até entrarem na reta oposta e mais um acidente na curva 2 provocar a bandeira amarela na volta final (não precisava. Era a volta final. Na NASCAR eles não acionam a bandeira amarela nesses casos), colocando fim à disputa e confirmando a vitória de Marcus Ericsson e da Chip Ganassi.

 

E não vamos ter tempo nem para respirar. Neste domingo já teremos corrida em Detroit, dando continuidade ao campeonato.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 

 

 

 

    
Last Updated ( Thursday, 02 June 2022 07:26 )